segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Chora. Sofre.

[Alone in the room - Pinterest]
Dark Piano - Broken by Lucas King

O que fazes sozinho, sentado na escuridão?
O que consegues aprender no silêncio do quarto que se fecha sobre ti?
O que sentes nas costas cansadas?
Onde se entranha o medo? As tristezas? As desilusões? A solidão?

Quanto mais lutas para fugir do frio que te embrulha nos cobertores da cama, na frieza e instabilidade da tua vida, dos teus pensamentos, mais sozinha ficas; mais longe de ti, mais fundo no poço.
Quanto mais lutas por ti, pelo sopro da vida, pelo carinho, pela voz que te sai trémula entre os lábios, mais fundo vais, mais longe te perdes, no choro que tens como único amigo.

Repetes vezes sem conta, na tua mente, a aparente destruição de tudo o que existe em teu redor, ao teu lado, à tua frente... desenterras memórias do passado para te dar alegria no presente e te servir de apoio ao futuro. Mas os teus olhos em lágrima, de garganta apertada de sofrimento, da aflição do descontrolar de uma avalanche que cai sobre ti como se tudo tivesse escolhido o mesmo dia para acontecer.
Descobres entre as frestas do muro que te enclausura, te sufoca, te faz perder o toque da luz, a força dos raios do sol, que a natureza apodrece e morre aos teus pés e tudo se torna incerto.
O que restava de beleza no mundo, desapareceu com o vento, com a chuva, com a queda das folhas.

Não há palavras bonitas, não há doces, filmes ou noites longas na cama, que curem as feridas que se abrem e se mantém.
O frio entranha-se nos ossos e tornam-se parte do frio que carregas na face, nas mãos, nas costas arqueadas.
Todos os sonhos e objectivos de dissipam, como a beleza do mundo, perdem as cores, a vontade, a inspiração. A única vontade que existe nesse novo mundo, é chorar.

O que fazes sozinha sentada na escuridão?
Não estás sozinha, não estás abandonada.
Onde se entranha o medo?
No coração que sempre bateu.
Chora. Sofre.
As coisas melhoram, vais ver.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [51]

[We just bought it! - Pinterest]

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Um raio rasgou o céu, de uma ponta da casa à outra, iluminando a violência do vento e da chuva para lá das amplas janelas. O chão tremeu. O som entrou pelos ouvidos como uma locomotiva em descarrigalamento.
De entre a fúria da natureza, surgiu o tom azul e logo de seguida um tom vermelho. Piscavam cores lá fora. Abri a porta de madeira, inchada e pesada, as dobradiças deram sinal de horrores e a miúda tentou desprender-me os dedos da sua pequena mão. Era escusado ter medo do que desconhecia se nunca lhe desse uma oportunidade... espreitei com a garota à frente e vi uma figura feminina, fardada, sair do carro de pistola em punho. Escondia-se por trás da porta, sob a chuva gelada, com os relâmpagos a cair atrás de si.
Conseguia sentir a difícil respiração daquela agente, sobre as toneladas de água, os barulhos rasgados e as vibrações sonoras que se acompanhavam de um espetáculo de luzes.
-- Se queres viver volta para trás! -- gritei-lhe com a arma apontada à criança chorosa, com a mãe a arrastar-se ensanguentada em plano de fundo.
A agente aproximou-se, cuidadosamente.
-- Larga a arma e solta a criança! -- gritou-me, com um paço firme.
-- Jéssica... querida! -- descobri-lhe no rosto.
-- O que fazes aqui!? -- parou, surpreendida, com o dedo ainda no gatilho.
-- A acabar um serviço, e tu? -- sorri-lhe, olhando Joana.
-- Fui chamada devido a assalto e tentativa de homicídio.
-- Vieste à casa certa!
-- Hã? Porquê? -- perguntou de arma apontada para o chão, lançando o olhar entre mim e a garato, e a mãe que tentava pedir ajuda numa voz já sem força.
-- Vais-me ajudar a arrumar esta desgraça toda ou...?
-- Que valente merda que tu fizeste!!! -- gritou-me. Num só movimento, empurrou-me para trás, quase como um soco no peito.

Entrou, furiosa, arrumou a arma, e olhou em volta. No momento em que seguiu o rasto de sangue da mãe galinha, parou a marcha. Digeriu o rasto de destruição por toda a sala. Pintado no chão, nos tapetes, nos móveis virados, no sofá ensaguentado, nas mulheres de corpo e alma destruidas. Enraivecida, voltou a atenção para mim, de mãos nas ancas.
-- OLHA-ME SÓ PARA ESTA MERDA!!! VÊ O QUE FIZESTE!!! Não sei se te consigo safar desta... Pedi-te para não voltares a fazer mais nada do género, e nem um ano passou e voltas ao mesmo!? Eu devia-te ter prendido logo na primeira vez! Mas és meu irmão... ODEIO-TE TANTO!!!


Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [52]
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domingo, 15 de abril de 2018

A construção de um império pessoal...


[Photo: Chadwick Tyler | Model: Jana Knauerova]

Viver não é sinónimo de fumar, de beber, de ir para a esplanada do café, do bar ou dançar numa discoteca. Não é viajar, nem ir à praia.
Não é sinónimo de gargalhadas com os amigos, numas muitas "loucuras" de brincadeiras parvas e infantis, que surgem pelo simples facto de ou já estarem bêbados ou em grupo.

A falsa satisfação social que o tabaco e o álcool proporcionam, envenenam o cérebro jovem que ainda não amadureceu, que ainda não cresceu. Depende do contacto social, das amizades, das conversas efémeras e do vício luxuoso de gastar +5€ cada vez que sai.
Porque quando as árvores tombadas começarem a surgir no teu caminho, e situações difíceis que não podes controlar ou melhorar te inundarem a preocupação; As conversas cheias de gargalhada, onde te sentiste aceite, integrado, ouvido e valorizado, não terão o impacto suficiente para te ajudar a decidir.

És tu quem dá o paço em frente.
És tu quem toma a última decisão.
Mas garanto-te que tomá-la quando o álcool já entrou no organismo, as gargalhadas substituiram as conversas sérias e o conforto que os amigos te deram nesse momento ínfimo da tua vida, não terá o impacto que desejas. Pura e simplesmente, porque não foste capaz de ver que a árvore tombada tinha um arbusto de silvas do outro lado. Se estás à espera que eles estejam ao teu lado na tua primeira entrevista de emprego, na ida às finanças, na fila dos CTT, ou naquele primeiro exame de código, estás cego.

Os amigos ajudam a apaziguar o stress, o nervosismo e a dar uma falsa satisfação ao ego. Esses teus "momentos de viver", de "aproveitar a vida", são outra droga, outro vício que já não controlas, que julgas ser o bem mais necessário; Os momentos que te tornam quem és...
És incapaz de ir para o café sozinha, porque na realidade, és incapaz de estar sozinha no mundo, por tua própria conta. Tens medo da solidão. Tens receio do que os outros possam pensar em ver alguém sozinho no café. Vives de um medo que não controlas.
O momento em que entras para o mercado de trabalho, recebes dois sacos: um de responsabilidades e outro de deveres.
A tua liberdade, a tua voz, a tua opinião, deixam de contar, porque as pessoas são mais velhas do que tu, têm mais poder do que tu, e se te poderem foder, fodem.
Voltas então ao mesmo vício, à necessidade de estar com os amigos, de puxares um cigarro e beber uma cerveja, na esplanada do café, com o desejo de soltar o stress, o nervosismo e a tristeza acumulada durante a semana de trabalho.
Entras num poço, numa espiral que não te leva a lado nenhum mas que acreditas estar a fazer alguma coisa com a tua vida porque estás feliz nesse momento, e a vida nem está má; recebes o teu ordenado, tens carta e até carro próprio ou dos teus pais, e sais para passear e até lês uns livros... mas não podias estar mais longe da realidade em que se tornou e se transforma a tua vida.
Paras no tempo. Estagnas. Tornas-te mais um(a), português amargurado, que critica o estado do mundo, do país, ou da mentalidade dos outros, por o país não ser como os teus amigos. Não ser fácil como o teu cigarro e a tua cerveja.
A única solução que encontras para combater esse tédio, essa falta de vida própria, é sair com os amigos, lançares objectivos para o "próximo ano" e "acreditar" que as coisas vão melhorar.
Mas continuas a estar longe da realidade. Continuas a ser incapaz de ver e de compreender por ti, sozinho(a), que viver a vida não se faz através de cafés, cigarros e cervejas, tão pouco de viagens, mas das decisões. Do caminho difícil que precorres para realizar um sonho.

É fácil sonhar, mas é na luta dele, do esforço ao longo dos anos, dos sacrifícios, que te realizas e vives.
Os livros de auto ajuda são uma excelente oportunidade para aprender a ser alguém melhor do que já és, mas apenas ler não chega. É preciso ver os outros, experimentar, errar e tentar.
Se não partir de ti a mudança... Se não vier de ti a vontade consciente de deixar para trás os maus hábitos, os vícios, e começares a fazer da tua solidão, do teu Eu, da tua alma, um amigo, uma prateleira com livros de tuas anotações, da cultura e razões fundamentadas de seres o que és, não cresces, não te tornas melhor...

Por viveres a vida de forma tão vibrante, divertida e despreocupada durante tantos anos, o impacto da realidade das coisas que te rodeiam começam a apertar no pescoço, a fazerem-se sentir em peso nas costas mal habituadas, começa-se a fazer sentir, quando precisas de tomar uma atitude, uma decisão importante e falhas ou te é difícil, porque o hábito assim o proporciona.
Entras em stress, em pânico, em parafuso, por coisas tão simples... Não te é habitual "pensares demais" nas coisas. Preocupares-te com elas. Com a responsabilidade ou exigência do trabalho que tens a fazer, dos documentos para assinar ou assuntos para tratar, nos mais diversos locais que desconheces, onde não se riem para ti, não te aceitam no grupo ou bebem uma cerveja contigo enquanto puxam do segundo cigarro, porque não estão entre amigos que se apoiam...
Por viveres a vida de forma tão vibrante, divertida e despreocupada durante tantos anos, as coisas que te rodeiam, tal como as pessoas, as aventuras, as coisas exitantes, loucas e diferentes, perdem força, beleza, curiosidade aos teus olhos. Tudo se torna "igual", parado, monótono, indiferente...

Viver, caro humano, não é a "curtição" num café, numa esplanada, em pleno desboche social, para quebrar tabus, ideias políticas ou ideologias sociais, mas sim na produção e desenvolvimento de quem tu és, e usares o que tens para dar, para melhorar o mundo. Não precisas de ir tão longe, basta fazer a diferença com aquilo que mais gostas de fazer.

Viver, tem como base dois pontos:
  • A construção de um império pessoal.
  • A construção de um império social.

A construção do teu império pessoal, é aquilo de que te constróis. É aquilo que és quando estás sozinho. É a maturidade e a personalidade que desenvolves ao longo da tua vida.
São as experiências que tiveste. São os erros, os fracassos, os sucessos. São os filmes, as séries, os livros, as revistas, os documentários.
Esse teu império pessoal, é o que te define. São os argumentos que possuis para provar porque gostas da cor, ou da música, ou do filme que te dizem tanto.
Se não és capaz de crescer por dentro, será dificil cresceres por fora quando estiveres sozinho. E acredita, um dia vais estar sozinho... E se não estiveres sozinho fisicamente, vais estar sozinho de forma pessoal, sem conhecer ninguém e ninguém te conhecer. Nesse dia, quando o teu Eu surgir, vais sentir na mente que não foste capaz de desenvolver nem de habituar, a solidão e a frieza do que é estar sozinho e dependeres de ti para sobreviver no mundo. Porque na verdade, criaturazinha, não tens valor nem és ninguém, tal e qual como eu.

A construção do teu império social, é tudo o que fazes com familiares, amigos, estranhos, empregados de mesa ou qualquer outro tipo de interacção com pessoas. São a "cortição" até às tantas da noite com os amigos e colegas, seja de trabalho, de escola ou de infância.
São as tardadas ou as horas prolongadas na esplanada do café, no meio de uma conversa para marcar presença, para rir e engalhofar.
São as cunhas, são as amizades rápidas, os namoros. São a capacidade de meter conversa para criar amizades, através da simpatia ou educação.

Ambas são importantes. Ambas te dão ferramentas para viver e saborear a vida de uma forma consciente e responsável. Pois de um lado tens a capacidade de estares sozinhos e criares os teus momentos, os teus sonhos, e do outro tens o amor ou a atenção que muitos de nós precisam.

A única diferença, é que preferiste desenvolver as tuas "competências" sociais, enquanto acreditavas que o teu império social crescia no mesmo passo.
Fazem mais por ti as caminhadas no meio da floresta, com ou sem GPS, o pôr do sol e aqueles pequenos momentos que te dão energia ou tristeza à alma. Faz-te melhor a exploração da gruta que negas existir dentro de quem és desde que nasceste. A escuridão da depressão de que todos transportamos como um cancro em bomba relógio.
Faz mais por ti um livro, que um cigarro e uma cerveja na mão.
É quando tens a cabeça debaixo da bota pesada, que te pressiona o crânio, te prende as mãos e te arranca do coração e do corpo todo o desejo e força de "viver", que passas a saber o que é realmente estar vivo e a importância que as coisas que nunca fizeste te começam a gritar tanto, até abrirem tuneis na pele, do nó da garganta às pontas dos dedos, como arrepios e assombros que em voz de lamentação, te fazem perceber e consciencializar de que deverias ter sido mais produtiva para contigo, ao invés de "curtir" a vida da forma mais despreocupada e luxuosa possível, porque "só se vive uma vez."

Mas é precisamente aí que pessoas como tu se enganam, se engasgam, se tornam hipócritas. É nesse momento de paralesia social do "desboche" e "curtição", que param, que estagnam. Porque é verdade que só se vive uma vez, e que se deve levar e fazer essa caminhada da forma mais alegre e preenchida possível, só não te podes esquecer de que para viver ao máximo, precisas de comer, precisas de roupa, de um tecto, de uma cama, e essa vida tão maravilhosa que levas de adolescente irreverente, um dia acaba, porque o dinheiro é emprestado pelos teus pais, como injecções de capitais.

Se não fizeres pelo teu futuro, não terás nenhum.


Para ti, que não fumas nem bebes, que não sais muito de casa e tens poucos ou nenhuns amigos com quem sair... Lê; Percebe que não precisas de nada dessas coisas para viveres. Para cresceres, para te tornares num homem ou numa mulher. A tua história não se constrói no meio de venenos e vícios que te sugam o pouco dinheiro que tens todos os meses. E o tempo que estarias num café, poderias estar a ler um livro, a escrever, a desenvolver projectos. Não precisas de ter medo por andar sozinho(a).
Sê tu próprio. Não te sinjas por modas, nem pelo que os outros fazem.
Acusarem-te de não viveres, de não curtir a vida, não significa que estás errado, signfica que preferes investir o teu tempo noutras coisas.
Usa esse tempo livre para enriqueceres a tua cultura geral. Para ler, para compreender melhor o mundo que te rodeia.
Constrói e solidifica a essência daquilo que és. Tornares-te melhor de ti para os outros. Cada tentativa que resulte num erro, estás a um passo mais próximo de te tornares quem sempre desejaste ser. Mesmo que te inspires em alguém físico, ou no personagem de um livro ou das tuas histórias, reconhece e percebe que um dia irás lá chegar, irás ser tão bom ou melhor do que aquilo que sonhas.
Dá tempo. Alcançar esses objectivos demora anos.
Uma dica... Põem os pés fora de casa ou os pés bem acentes na terra. Sê analítico em tudo o que te acontece ou te rodeia. Não deixes as emoções tomarem e controlarem as tuas decições. É esse o caminho que tens de percorrer para te tornares alguém ainda mais interessante. Crescer! Descobrires-te, re-inventares-te. A ti, e à tua história. Virares a página do teu próprio livro, e continuares, levando contigo tudo o que sabes, tudo o que sentes, tudo o que sonhas, tudo o que te faz sofrer e sorrir.

Tu, que me lês, e és um merdas; Sentes-te um merdas ou te fazem sentir um ninguém que não sabe aproveitar a vida, curtir, festejar, fazer amigos. Vou-te contar um "segredo".
Para poderes fazer alguma coisa da tua vida, tens de começar uma revolução dentro de ti para alcançar a mudança mais importante da tua mente: Confiança!
Enquanto não tiveres confiança em ti, nas coisas que fazes, nas coisas que dizes, e te deixares dominar pelas incertezas, pelos medos, pela vergonha, pelos pensamentos negativos, pela depressão ou pela morte daquilo que testemunhas todos os dias de ti próprio, vais continuar a caminhar na mesma estrada, com espinhos e árvores tombadas.
O dia em que respirares confiança, vais enfrentar o próximo degrau: tornares-te Macho/Fêmea-Alpha. E por muito que finjas ter confiança, um dia isso vai tornar-se parte de ti como o caminhar, e não há mal nenhum nisso, porque no fim e no fundo, todos nós usamos máscaras.
Os ombros vão estar direitos, as costas deixaram de estar quebradas pelo medo e insegurança, e o teu caminhar vai ser firme e confiante.
Com o tempo, com a luta que pretenderes fazer, vais perceber mais tarde que TU podes alcançar tudo! Que TU podes fazer tudo, ser tudo, ir a todo o lado e perguntar o que quiseres! Porque a vida, torna-se muito mais simples, muito mais fácil, quando a vês sem medos, sem vergonhas, sem o nervosismo de interacção humana.
Depois do teu exame de condução, o medo de conduzir controlava a tua mente. Injectava em ti sonhos aterrorizantes de acidentes e multas. No entanto, com o tempo, ganhas-te confiança nos pedais, nas mudanças, no volante, e em ti mesmo. Se olhasses para trás, para a tua primeira aula de condução, dirias que foi uma das experiencias mais assustadoras da tua vida, mas que conquistaste, com o tempo, por muito dificil que tenha sido.
É precisamente assim que deverás ver a vida. Não há razão para ter medo, vergonha, incertezas, receios, nervosismo, ou entrar em paranóia ou stress por algo tão insignificante.
Porque o segrego, é saberes que o podes fazer! É saber que com o tempo tudo se torna um hábito ou te nsai aturalmente.
É agarrar a vida pelos cornos! Torcer e amassar! É rasgar tudo aquilo que te prende numa zona de conforto que existe apenas na tua mente, e seres a pessoa curiosa que és! Perguntar, descobrir, aprender.

Não precisas de beber, de fumar, de sair à noite, de ir ao cinema, de ter montes de amigos e te sentires integrado num grupo. Isso são tudo cadeados que te prende nas caixas daquilo com que a sociedade te pretende controlar e desmiular. Esses vicios e fraquezas não fazem parte da pessoa que és; da pessoa que escondes e guardas dentro de ti: o Macho/Fêmea-Alpha! O líder! O corajoso! O destemído! E não há mal nenhum em seres tudo isso porque os outros não fazem ideia nem querem saber.

Enquanto não te puseres á frente do urso, não saberás que tens um lobo dentro de ti. Se vais sair, cordeirinho, sai à vida agarrando-a pelos cornos! Torce e amassa! Tudo o que tens de fazer, é saber que o podes fazer. Só tens de ir lá e conquistar. E mostra a todos os filhos da puta que te disseram que não podias fazer nada da tua vida, que estás a caminho! Porque tu vais conquistar tudo aquilo que eles disseram que não serias capaz. E lembra-te: Tudo aquilo que não te matar, é melhor correr!!!
Tens dentro de ti tudo o que precisas para ser um líder, para conquistar e dominar a tua vida e o que desejas para ti. Será com esses pés que vais desbravar caminho para que outros te sigam. Será com essas mãos que irás criar o que mais desejas. Com a tua postura, irás dominar e conquistar qualquer lugar que entres. Se errares? É natural, como a natureza. Não vives para aprender, aprendes para descobrir realmente como viver.
Tu constróis a tua vida.

Mas... e quando te sentires triste? Vazio, com medo, nervososo, envergonhado, sensível? Aprende a perdoar. A perdoar aquilo que és. Aprender a analisar o porquê das coisas que te deixam assim. Além disso, quem disse que depressão é uma coisa má? Que descer até ao fundo do poço é uma coisa horrível? Que ter medo te destrói? É com os momentos mais tristes e infelizes da nossa vida que podemos valorizar o sorriso, a gargalhada, a piada, os momentos realmente bons, bonitos e genúinos. Pois para sentires o carinho e o afecto de um abraço, tens primeiro de sentir a solidão e a tristeza profunda. Aprende a abraçar a solidão e tudo o que ela traz consigo.

Existe uma frase muito interessante sobre relacionamentos:
"Ao inicio é tudo muito bonito. Cheio de amor e paixão; A pessoa lambe-te de alto a baixo e de um dia para o outro, deixas de ser alguém."
As pessoas à tua volta, têm o Síndrome Titanic. O que me sempre me diferenciou de pessoas da minha idade, é que eu sabia que o navio iria bater um dia. Enquanto eles estão na "curtição", a fumar, a beber, a "viver a vida", despreocupados por o navio ir bater no iceberg, eu já comecei a aprender a nadar.
Consciêncializa outra coisa: Essas pessoas que conheces, que vão para os cafés, ou que bebem e fumam, que saiem de casa para "aproveitar" a vida, que saem à noite, grande parte dessa gente não tem filhos, não tem obrigações financeiras dispendiosas todos os meses. Muitas não trabalham, não têm filhos, só estudam, e os papás sustentam todos esses gastos de vida louca. Vivem a vida com o dinheiro dos pais, e não há nada mais humilhante para o carácter de uma pessoa dessas, do que usar e gastar o dinheiro de outras pessoas, para aclamarem e plenos pulmões que eles é que sabem "viver a vida", e curtir, e que eles é que são fixes porque têm amigos, e saem de casa, e fazem festas e vão todos juntos até á praia. Mas alguém os sustenta...

A construção do teu império pessoal, da tua pessoa, da tua mente, da tua solidão, da tua força, da confiança e da tua presença, é a escada mais importante que subirás na vida. Tu és o Alpha.
Se as coisas não te desafiam, não te irão mudar. E quando um dia olhares para trás, para a pessoa que és hoje, vais sentir orgulho ou saber que podias ter feito mais?

O que farias se não tivesses medo?

O que farias?
O que dirias?
Onde irias?

Isso que sentes, que te prende, é o único obstáculo entre ti e a realização de tudo o que desejas ser. É uma pergunta que te faz tremer, porque descobres nesse ponto de interrogação o vazio em que sempre sobreviveste, sem nada para espremer, sem nada para emoldurares. Foste, simplesmente. Existes meramente, como um peão num jogo de xadrez. Como uma cara no meio da multidão, no plano de fundo da vida dos outros.

Vais ter medo a tua vida toda, ou vais fazer alguma coisa com ela!?