segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A objetificação da Mulher e do Homem na sociedade e em contexto de Violência Doméstica... [7]

A objetificação do Homem
Através dos vários meios de comunicação social - Parte 3

A mulher, continua a ser objectificada, tal como o homem, mas existe algo a seu favor: a Exigência.
A exigência é uma das "defesas", um dos caprichos que as mulheres "exigem" do mundo construído pelos homens. É uma escolha instintiva, se... vivêssemos no habitat natural, sem regras ou leis. Mas esta "escolha", perante a sociedade controlada por emoções, leis e "boa educação", não é algo belo como quando vemos os machos a lutar pelas fêmeas.
Uma mulher pode ser exigente com o tipo de homem que procura, e a sociedade não poderá dizer que é algo errado, imoral ou de pouca maturidade. Ela "tem o direito" de escolher quem quer ao lado dela. "Tem o direito" de exigir o tipo de homem. Com status social, se é rico já é uma goldigger, mas se for do tipo de homens que é cavalheiresco, que é um "achado", um "artefacto raro", que dá flores, faz surpresas, leva-a a jantar fora, é bom na cama, etc. Aquele tipo de homem que não se encontra sentado em casa e o tipo de homem que não comem quando saem à noite. O que elas exigem deles, é o macho-alpha que se encaixe de forma quase perfeita nas ideologias, gostos e prazeres que elas têm, que elas querem continuar a ter, ou que não querem abdicar.

As mulheres, pela "lei" da sociedade, têm direito a serem e fazerem esse tipo de exigências.
MAS um homem não tem esse direito. Caso o faça; caso tome essa decisão, é considerado machista, sexista, porco e interesseiro.
O homem não tem poder de escolha, porque é automaticamente visto como um monstro que só veio ao mundo para usar e abusar das mulheres. Os homens "são todos iguais".
Mas a realidade, é que o homem tem tanto direito como a mulher. Não vale a pena desculpar ou dar a solução de que: Se os homens não quisessem só sexo, não haveria mulheres traídas por parvalhões. No entanto, os engatatões e as mulheres que são engatadas ou saem à noite para o engate, já passaram por muito homem e muita mulher (respectivamente), para perceber que o bom é foder. Quando for para assentar, minha gente, esses vão acalmar-se e tornar-se-ão mais selectivos.
Essas pessoas, que querem sexo, também selecionam os seus alvos, e não há mal nenhum nisso. Foder é uma dança de acasalamento. Nenhuma gaja ou gajo, sem estarem bêbados, aceitariam que qualquer rapaz ou rapariga se atirassem a eles. É preciso que essa pessoa seja bonita, divertida, interessante e que tinha algo diferente para lhes mostrar, algo que seja capaz de lhes chamar a atenção que outra pessoa já não o tenha feito.
Mas se o homem é exigente e selectivo, se rejeita, ele torna-se novamente o mau da fita.

Este pensamento feminista, oprime o homem de encontrar a parceira que ELE quer, com todo o direito que elas têm no dia-a-dia. Não é errado escolher. Não é errado preferir uma a outra, é a lei da natureza. É por isso que os lobos não engravidam todas as lobas. Eles procuram as que melhor se ligam e se dão com ele.
E vamos aproveitar para por os pontos nos is:
Os homens querem uma mulher, em primeiro lugar e acima de tudo para foder! Ponto final!
Tudo o resto: conversar, aprender, conhecer, viver, chorar, amar, partilhar, sair para jantar, ver um filme, ouvir música, debater, construir, desenvolver, rir e sorrir, vem depois. E acreditem meninas; se vocês não demonstram interesse na cama, não tarde ele procura alguém que o tenha! E se não demonstram interesse em estar ao lado dele ou com ele, rapidamente voz achará uma seca.

Uma das coisas que se tem notado, é do simples facto de que raparigas que preferiram continuar a estudar e a viverem com uma ou duas pessoas no espaço dos 4/5 anos em que tiraram a licenciatura, têm uma maior dificuldade em apareceram no mercado como maduras, como adultas, com personalidade, com resiliência e força psicológica suficiente para se sentirem confiantes e vivas perante um macho.
Para este tipo de raparigas, a exigência é muito grande. Se não dá à primeira conversa não perco o meu tempo. Estão num patamar tão alto, porque já têm namorado ou acabaram recentemente com um, que para voltar a descer terão de fazer duas coisas:

  1. Descer do seu pedestal, aceitar que está solteira e que o mundo não vai acabar.
  2. Não descer de todo e procurar incessantemente, exigindo, um homem melhor do que aquele que ela deixou ou que a deixou.
Por causa deste tipo de situações, os homens bons, são vistos por este tipo de mulheres, como "fracos", "pouco desenvolvidos". E até mesmo perante mulheres que têm experiência, muitos namoros e desgostos, isto irá acontecer. Mas aquilo que separa estes dois tipos de mulher, é precisamente a experiência. Enquanto uma não a tem e exige no homem para que seja Assado e Cozido, a mulher experiente dará uma oportunidade emocional e intelectual à cara metade. O que acontece nesta ultima situação, é uma abertura de si para com o rapaz, na esperança de este se sentir confortável e confiante com ela.



O que aprendi com raparigas/namoradas exigentes?
O que aprendi ao ser exigente com elas?

Falarei então da minha perspectiva:
Ela gosta de mim, ama-me, mas evita estar comigo em público. Há sexo, há beijos, há abraços, mas se eu fico excitado, com um simples beijo, para ela é sinal de "querer só sexo". Se ela não aceita que veja pornografia ou outra coisa qualquer, porque diz sentir-se traída, demonstra falta de confiança em mim, de respeito pelo que gosto, e de maturidade da parte dela. Os ciúmes interferem ao ponto de me "proibir" de ver até mulheres na televisão ou na internet.
O que aprendi? -- Que uma rapariga que não têm consciência de que são dois indivíduos, que ambos têm os seus gostos, e de que da parte dela não existe maturidade suficiente para confiar na cara metade ou que os ciúmes exagerados minam uma relação.
O que ela exigia? -- Que não olhasse para outra raparigas, que não me masturbasse a ver sexo, que fosse mais homem, que fosse mais responsável. (Numa altura em que eu ainda me estava a descobrir)

Ela demonstra gostar, mas não beija, não abraça, não vem ter comigo, não me abraça quando me vê, usa sempre a mala em cima das pernas quando vamos de carro ou estamos no cinema e não posso passar-lhe a mão na perna. Não se sente confortável em experimentar ou em fazer caricias e algo mais físico, como preliminares antes do sexo. Virgem e tem medo: recusa-se a fazer o que quer que seja! As conversas dela, quando sai de casa para "viver" é uma panóplia de situações depressivas que passa em casa.
O que aprendi? -- Existem momentos para conversas tristes e problemáticas. Se ela não dá sexo, se não tem vontade em descobrir, se não abraça, não beija nem existem momentos que poderia haver troca de carinho e amor da parte dela, então a situação em que me encontro não é uma relação, mas uma amizade.
O que ela exigia? -- Que aceita-se que ela era tímida, que tinha medo em fazer ou experimentar algo perto do sexo. Que não estava habituada a beijos e abraços. Que a mãe lhe ficasse com o ordenado e o usasse para fazer as compras para a casa.

Ela gosta de mim, mas precisa que lhe faça perguntas para saber como está, o que pensa e o que sente. Combina-se várias vezes para nos encontrarmos e diz ficar indisposta. Faz um "esforço" para ir ter comigo porque lhe peço muito e a única coisa que quer é ir para casa. No sexo, faz por fazer o "jeito", não parece ter grande vontade.
O que aprendi? -- Se não vai ter contigo por vontade, se não está contigo com vontade. Se não há nada para dizer, se não quer dizer nada. Se não quer caminhar em frente ao invés de ficar parada a "sofrer", se no sexo, quando faz é um pouco por "também tenho de dar porque ele deu", de mãos para baixo, sem demonstrar desejo, demonstra falta de confiança em si. Não é algo de mau ou de errado. Mas uma rapariga com 25 anos, já devia ter maturidade o suficiente para se sentir mulher. Julgo apenas o que conheci e não sou ninguém para acusar do que quer que seja, ainda que este pedaço de texto possa ser hipocrisia minha. Mas se não demonstrou vontade em estar, a não ser quando estávamos sozinhos. E quando estávamos sozinhos, não parecia envolvida o suficiente no acto, estaríamos a perder tempo um com o outro. Não é que não gostasse de sexo, mas eu, gosto de saber que a outra pessoa também gosta em dar. Não era pessoa de olhar para o céu, de conversar, de falar sexo a menos que tivesse vontade de fazer.
O que ela exigia? -- Que não fizesse piadas sexuais/picantes. Que não falasse tanto. Que não estivéssemos em público porque sentia-se observada. (É preciso aprender a controlar esses medos, caso contrário um dia seremos dominados por eles.)

Conhecia por facebook, amiga de uma amiga da minha mãe. Estudante, recentemente separada de uma relação de 4 anos.
O que aprendi? -- Apesar da idade já bater quase nos 30, a mentalidade era ainda miúda de 16/18 anos. Muito incomodada com a frase "Uma rapaz não deixa cona para ficar sozinha". Não tinha nada de adulta. Estava ainda amargurada, apesar de ter sido ele a acabar com ela e lhe dizer que já não sentia nada. Não era interessante para conversar, e bastou perceber isso por ser muito negativista com ela própria ou não falar de todo, ou sequer fazer perguntas.
O que ela exigia? -- Que não fizesse tantas perguntas, que não "julga-se" o ex-namorado, que não fosse frontal.

O que aprendi com elas?

Aprendi que a higiene é muito importante. Assim como falar sobre sexo, ter uma relação aberta e sincera. Gostar de sexo e de dar prazer. Gostar de abraços, beijos e de caricias. É importante que cada um dê ao outro sem pedir ou pensar na troca de favores. Cada um caminhar metade do caminho para se encontrarem e mais importante, conversarem e exporem sem medos.
Se elas não dão o mínimo em termos emocionais e não são maduras, com uma personalidade e opinião própria, demonstra uma falácia para com uma relação entre duas pessoas. A curto-médio prazo, não mudaram, não cresceram, não aprenderam nem ensinaram nada de novo. Estão paradas no tempo e ainda a descobrirem-se.

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A objetificação do homem, perante mulheres exigentes, é como um combate de box no qual tentam acompanhar a namorada para tentar perceber como e o que querem realmente da relação ou deles próprios. Neste tipo de relação só há um lado que ganha e que permanece satisfeito, chegando ao fim da relação como se tivesse sido, ela própria traída. O homem tenta dar, mas acaba por dar muito, se não mesmo tudo, e perde o que nunca teve.
Da minha perspectiva, um mulher que não avança, deve ser informada e até mesmo avisada se for necessário, de que as coisas não estão a funcionar.
Porém, quando as coisas se sentem que não estão a funcionar, que não existe nada que os une, que os mantenha juntos, que não há nada para partilhar, que não existe desejo ou vontade, não há razão para continuar a enganar duas pessoas. Vocês e elas/eles.

Elas podem exigir, e os homens também. Poderá não ser saudável para quem leva o "não", ou o fim da relação na cara, mas é importante para fazer crescer as pessoas. Para as fazer amadurecer e as fazer perceber que tipo de homem ou de qualidades e defeitos querem, toleram e aceitam ao seu lado.

A objetificação da Mulher e do Homem na sociedade e em contexto de Violência Doméstica... [8]