sábado, 25 de outubro de 2014

Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [27]

[. by nairafee]

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Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [26]

-- Não, obrigado, já tomei. Mas apetece-me algo doce. -- disse-lhe de olhos focados nos dela. Os meus olhos brilharam, oferecendo-lhe um sorriso silencioso, provocando na sua mente uma recordação específica. A minha lingua nos seus seios, lambuzando-os em círculos e chuchando-os com uma certa réstia das memórias de amamentação que me deram um conforto físico.
Levantei-me da cadeira e desloquei-me à vitrine com os doces. Atrás de mim começava um burburinho entre as duas mulheres, cochichando sobre mim, conspirando sobre mim.
-- Ele é um... UAU! -- balbuciou a Madalena abananada. -- Já tiveram juntos? -- perguntou, levantando rapidamente as sobrancelhas.
-- Não vou falar sobre isso!
Madalena olhou para a sua amiga de olhos arregalados e respondeu:
-- Ele é bom?
-- Madalena! -- começou, olhando por cima do ombro, controlando a minha distância. -- Não te vou falar sobre isso! São assuntos meus!
-- Bem... Olha, não te preocupes que não te o roubo!
Madalena levantou-se chateada e saiu do café. Olhei para ti e percebi que se tinham chateado. Corri atrás dela. A tua amiga passou a janela do café e ficaste a olhar-nos. Agarrei-a pelo braço, como se fossemos um casal zangado um com o outro, e um certo ciúme cresceu-te no peito.
-- Não sei o que vos deixou chateadas, mas se for por minha causa, peço imensa desculpa. Venha sentar-se.
Olhou-me ainda um pouco magoada e fitou-te do lado de fora. Voltou a olhar para mim e ajeitou o cabelo. Entrou de novo no café e sentou-se à tua frente. Sentei-me de novo no teu lado e foste incapaz de olhar para ela nos primeiros minutos.
Foi preciso vir os vossos cafés e uma fatia de bolo de chocolate, molhado, para quebrar a tensão. Madalena poisou a chávena do café, e deslumbrou-se com a primeira fatia de bolo que cortava com o garfo. A leveza com que o metal dilacerava o chocolate suculento, fizeram-na vibrar de tal forma, que um arrepio lhe desceu pela espinha.

Naquele momento, deu-me vontade de a agarrar (Madalena), pelos cabelos, e forçar-lhe a cara no bolo. Com o garfo rasgar-lhe a pele das costas e deliciar-me com a morte agoniante gritar-lhe do corpo. Apeteceu-me ver os seus olhos chorarem de medo e aceitar a censura da sua boca através de um garrote no seu pescoço.
Lambeu os lábios e bebeu novamente. Recebi finalmente o meu chá e o ar à volta daquela mesa mudou novamente. Estavam ambas mais calmas e receptivas a dialogar. Comecei:
-- Como está a sua filha?


"As mulheres mais bonitas, são as mais inteligentes"

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