sexta-feira, 27 de abril de 2012

O dia da Morte / O valor da Vida

Depois de ver o filme "O Tempo que Resta" (Le Remps Qui Reste - 2005), comecei a pensar como seria se eu soubesse que iria morrer dentro de um mês, mais dia menos dia.
Só o facto de não saber, assusta, mas se tivesse a certeza do dia e da hora... isso seria ainda mais assustador.
Perdemos a noção de tudo? Deixamos de dar valor a tudo? Às pessoas? Talvez o nosso Eu comece a dar mais valor às coisas que antes... pareciam nem existir.
"Vive cada dia como se fosse o ultimo". Se assim fosse, ninguém trabalhava, porque a vida que nos resta não deve ser desperdiçada a trabalhar. De facto, ao sabermos que temos X dias de vida, faz-nos desistir do emprego. "Qual é o objectivo de continuar? É suposto vivermos e sermos felizes nos nossos últimos dias.".

Faz-me lembrar um documentário sobre o Suicídio Infantil que vi à vários anos. Um rapaz marca o dia e a hora, e naquela semana, ele viveu como se cada dia fosse o seu ultimo. Podia sentir as coisas que o rodeavam, tudo parecia ter vida, tinha valor. Comer um gelado deixava de ser só por gulosice e até a água tinha outro sabor, outra textura. Cada parte do seu corpo parecia respirar.

Mas... o que fazer nesses últimos dias? Naqueles tempos mortos que por vezes aparecem e ficam colados como resina. São uma tortura, porque vamos morrer e não estamos a aproveitar o tempo, estamos só a vê-lo passar. Se calhar é esse o sentimento que procuramos afinal. No fim de tudo. Sentarmos-nos no meio do nada de uma natureza que hiperativa, a ver o tempo passar por nós...
Alguns dormem, outros preferem continuar com a mesma rotina. Despedimos-nos da família e dos amigos. Isolamos-nos ou convivemos, OU, tiramos as melhores férias. "Mortos não pagam dividas".
A comida e a água ganham outro sabor, cada garfada é uma mistura de dor, de saudade, de angustia e de autenticas explosões de prazer.
Choramos a nossa morte, choramos o inevitável, choramos a solidão do nosso Eu, no nosso pequeno mundo, da nossa pequena bolha. A nossa bolha!

É no fim, que damos valor a cada rotina da nossa família, a cada palavra, a cada viagem, a cada jantar, a cada ida ao cinema. Não vamos pelo que lá encontrarmos, vamos por eles, pela viagem, pelas conversas, pelos risos, pelos rostos. Mas... estar junto deles sem nada para fazer é o maior sentimento de impotência e tristeza para com aquele dia, que de certa forma perdemos. Porque, por muito felizes que estejamos ao lado deles, cada olhar para aquelas pessoas que "um dia foram" a nossa familia, percebemos que eles continuarão os seus caminhos, a sua vida. Que o seu peito ainda irá encher milhares de milhões de vezes, que poderão ver o mundo, que poderão abraçar, beijar e dizer: "Amo-te" ou "Adoro-te". Caímos de joelhos num choro que nos tira o ar.

Queremos sentir-nos vivos, activos, ocupados com algo que valha o tempo da nossa atenção. Que valha tanto ou mais que estes últimos segundos da nossa vida.
A ida à escola deixa de ter valor, porém... sentimos algo enquanto esperamos ou enquanto nos sentamos e ouvimos pela ultima vez aquele professor que tanta raiva nos dava ou que tanto prazer nos dava em ouvi-lo. Percebemos que ninguém a não sermos nós, naquela sala ou naquele corredor, sabe que vamos morrer. São pessoas que combinam o fim de semana, e cujas as agendas se enchem de tarefas até ao próximo mês.
Ficamos sozinhos. Estamos sozinhos. Pois falar não vai adiantar de nada. Ninguém sabe como nos sentimos. Ou gozam ou sentem pena. E nós? Teremos mais um ou dois dias depois desta semana acabar. Se tivermos essa sorte. Contamos então as horas perdidas, os minutos... as tarefas chatas.

O nosso propósito neste mundo, deixa de existir. Deixamos de ter valor, de ter tempo. Deixamos de ser, de criticar, ou criticar tudo o que agora tem tanta importância. Porque devia ser assim e não assim, devia existir isto ou mais daquilo. O próprio mundo deixa de ser ainda menos perfeito do que era quando olhávamos para ele.

Como gerimos o tempo? Como o sentimos? A correr? A passo de caracol?
Não, a vida não é fodida, nem difícil, nem um desafio. Não o era à milhares de anos atrás, até alguém começar a mandar. Não havia assassinatos, nem violações, nem guerras em nome de deuses ou de ideias ou de territórios, apenas lutas e conflitos entre famílias, entre grupos, entre espécies pelo seu território, pela sua comida. Quando ainda éramos australopitecos, quando tudo não passava de uma grande confusão, a vida sim, era bonita. Não havia tempo e por consequente não havia stress, nem obrigações, nem casa para pagar, nem água, nem luz, nem escola para pagar, nem transportes. Podíamos morrer de uma dor de dentes? A dor era terrível? Sim, podíamos, mas nunca na vida nos podíamos sentir tão vivos. Nessas alturas, o nosso corpo esperava que tudo parasse. Porque depois de uma constipação, ficamos maravilhados com a energia do sol. Basta ficarmos uns dias doentes, ou torcer um pé, que ficamos logo com saudades da nossa energia. A Saudade vem bater-nos à porta de casa e pergunta aos nossos pais se podemos ir brincar para a rua.
Não havia medo da morte, apenas medo de ser comido ou abandonado.
A vida tinha valor.

A dias da nossa morte, lembramos-nos de tudo o que queríamos fazer ou que podíamos ter feito. Mas sabemos que já não temos tempo. Uma lista que é preenchida ao longo do tempo que nos resta é a melhor maneira para termos a certeza de que não nos esquecemos de nada.

Quando recebemos a noticia, engendramos maneira de arranjar tempo para pedir desculpa ou dizer o que nunca dissemos às pessoas que nos rodeiam. Para um pai será o mês mais difícil da sua vida. Saber que nunca irá ver o que os seus filhos alcançarão, no que se irão tornar. Que amigos irão fazer, as namoradas/os, os choros, as aventuras, as conversas, nos filhos, nos netos. Faltava dizer tanta coisa, faltava mostrar-lhes tanta coisa...

Sinceramente.... não sei o que pensar ou concluir, sei apenas que se acontecer comigo, não me calarei um único dia! Que iria passear e fazer tudo o que nunca fiz. Eu sei que é esse o objectivo, mas como se costuma dizer: "Só damos importância às coisas quando elas desaparecem".

Já não tenho medo da morte.

Não somos mais do que uma sombra...
Não somos mais do que uma memória,
Uma lembrança, um sentimento, uma ideia, um gesto.
Somos apenas fotografias emolduradas, que eu dia serão esquecidas.


-------------------------

My Life Without Me
P.S. I Love You
O Tempo que Resta
The Jacket

Regressar depois da Morte
Anna Bagenholm (Back from the Dead)

Nostalgia...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Inspiração divina...


Segundo escrito no wikipédia, sobre aquilo que é "A palavra de deus" em Bíblia, a própria bíblia é:
"É considerada pela Igreja como divinamente inspirada."

Se é uma inspiração divina, não prova que vem de deus. Outro facto interessante, é que foi escrito por várias pessoas, por 40 para ser mais preciso.
Trata-se de um documento doutrinário originalmente compilado pela Igreja Católica para orientação de suas doutrinas.
Para além de ter sido escrito de 40 maneiras diferentes, a mesma história, foi compilado, filtrado, escolhido a dedo, o que ficava e o que não ficava.
Porém, o interesse neste texto não é falar na bíblia em si, mas na maneira que foi escrita. E as histórias foram divinamente inspiradas. O que significa, que à mais de 2000 anos, o que a bíblia pretendia ensinar e explicar, era o mundo daquela época. Escusado será dizer que não foi escrito para Europeus.

Inspiração divina, tem muito que se diga sobre ambas as palavras.
Primeiro de tudo, o que é "inspiração"?

Inspiração é uma emoção, um sentimento, (ódio ou amor) que temos por algo que nos fascina e motiva a fazer algo. É um processo emocional como a endorfina, que está encarregue de nos injectar com doses de prazer/ansiedade quando andamos de montanha russa. É o prazer misturado com o medo.
Continuado. Inspiração é um acto que surge na nossa mente através de emoções. E neste contexto, inspiraram-se numa criatura suprema, super inteligente, poderosa e sábia. A razão de todas as coisas. Bem... não, ele não é a razão de todas as coisas. Aliás, ele nem sequer existe, porque, ou ele tinha enviado um livro cá para baixo, o que acho estranho, porque ele nunca escreveu na vida, e a escrita humana, incrivelmente, apareceu à cerca de 7000 anos, pelo que pura e simplesmente, não existe nenhum deus. É um facto.
Ou tinha também inspirado todo o mundo, já que ele está em todo o lado e em todas as pessoas. Mas não, preferiu "hipnotizar" apenas aqueles coitados que não tinham grande coisa para fazer.
Inspiração tem apenas um significado e várias áreas onde se pode usar.
Para eles, foi uma tentativa de explicar o nosso mundo através de algo poderoso que nunca compreendiam. Da mesma forma que antigamente se matavam virgens ou se faziam danças para os deuses darem chuva, hoje sabe-se perfeitamente como é que se formam as nuvens, do que são feitas, como viajam pelo globo, como é transportada a água, a que temperatura evapora, e... por incrível que pareça, o tempo continua imprevisível.

Deus pelos vistos não controla a natureza, mas pelo que diz na bíblia, criou tudo. Afinal parece que não.
Divino, é algo de maior, que transcende a compreensão. Não de todos os indivíduos mas apenas de alguns. Porque... ainda que não compreenda astrofísica e construção de satélites, posso dizer então que é algo que me transcende, que é divinal! Porque é fabuloso, consigo ver as implicações que isso traz ao meu quotidiano e no entanto, não tem qualquer conexões com deus, nem com jesus, nem com religião, mas com electrónica e muita matemática e física.

Neste momento, a bíblia acaba de ser queimada. Não é mais do que um conjunto de folhas, de histórias, de moralismo, de ciência arcaica para tentar explicar e ensinar como funciona o nosso mundo e porque é que é assim. Basicamente, ele é assim porque deus quis. Não, não é porque deus quer, é porque é assim mesmo à milhares de milhões de anos. A própria palavra "biblia" não pertence à igreja, é uma palavra que conjuga várias outras. É uma palavra que expressa um conjunto de palavras. Neste caso, uma bíblia de códigos para computador, é um apanhado de todos os códigos/cheats para jogos de computador. Os chamados Almanaque. Mas o termo bíblia, também foi usado antes. E foi usado, e acredito, para englobar um conjunto de histórias, de ciência, de tecnologia. Bíblia tem implícito a palavra "biblioteca" e a biblioteca é um local onde se guardam vários livros. Pelo que, na altura a imprensa ainda não tinha sido inventada, e era necessário dar um nome a um conjunto de ensinamentos. De alguma forma, tinha-se de ensinar os padres e os reis a ler. E como todos sabemos, as folhas de papel, com o tempo começam a ser comidas ou a ficar frágeis. Uma prova disso são os papiros, que com húmidade e calor extremos, podem danificar e fazer o papel perder a sua consistência.

A inspiração divina, não necessita de ser feito através de um pensamento sobre uma criatura poderosa, pode ser perfeitamente sobre um cavalo alado, uma constelação. É algo divino e deus não é mais nem menos que zeus, pois ele, tal como todos os outros, foi criado pela imaginação.

Ontem de noite apercebi-me de algo. Antigamente os nossos antepassados acreditavam que o Sol nascia todos os dias. Que nascia mesmo de Nascer. Que tinha uma morte, um tempo de vida. E se nós próprios também acreditávamos que quando vinha a escuridão, morríamos por uns momentos? Bem... isso ficou fora de questão a partir do momento em que tivemos de nos manter acordados à noite, quer no topo quer no sopé da árvore a vigiar o perímetro de predadores.
O que é interessante, pois foi deus que fez os animais, e no entanto, se tiverem possibilidade somos caçados e comidos. Não me parece uma boa pessoa esse grande e sábio deus.
Para castigar? Limpava-nos de uma vez.  "-- Mas nem toda agente é má!". Tens razão sim senhora, mas então explica-me porque é que quando ocorreu o dilúvio, que sinceramente foram centenas deles ao longo da nossa história, porque é que apenas a família de Noé é que foi salva? E as crianças? As crianças que morreram afogadas! Que mal fizeram a deus para serem castigas daquela forma? As crianças não têm "pecado". São crianças, são inocentes, mas no entanto deus matou-as. Que giro. :)

A bíblia é apenas um livro de histórias, não é a palavra de deus, se não tinha sido ele a escrever. Para além de que "divinamente inspirados" não significa que tenham sido controlados por deus, mas pelas suas emoções. É através da inspiração, do desejo de fazer melhor, de chegar mais longe que nos inspiramos a nós mesmos, que nos glorificamos abstractamente através de emoções, imagens, cheiros, ideias para criar uma obra prima extraordinária. E a bíblia... está longe de o ser. Considero mais importa os "Lusíadas" e as Odisseias como escrita e história literária da nossa conquista como espécie humana, como mamíferos.
Seja-mos sinceros, já todos lemos histórias muito mais bem escritas e interessantes do que esse livro com um enredo que deixa muito a desejar, cheio de falhas, de lacunas, de erros, de múltiplas interpretações, enfim... Se querem ler um bom livro Harry Potter ou O Senhor dos Aneis, parecem-me livros muito bons, com uma excelente história, lutas e dragões que fazem saltar da cadeira e... estão muito mais bem escritos.

Inspiração divina = Palavra de deus? É esse o espírito!


Podem ler mais sobre este assunto:
A razão da inexistência de deus...
O que é o "mal"?
Porquê acreditar em deus?
Relegiao...
Enstein - Carta revelada...
O Baptismo...
Relegião e a Educação do sec.XXI
Pk nao querem, estudos sobre os seus deuses?
Satanismo
Para os católicos!!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A publicidade da deseducação...


Porque é que a publicidade não é mais cívica?
Porque as empresas não têm a "obrigação" de educar os cidadãos. Porem, se defenderem um lado não/menos moralmente aceitado, são criticadas, "banidas", são lhes apresentadas queixas, e/ou em casos extremos, levadas a tribunal.

Um desses casos é o "reclame" do abandono de animais. Funeral. Foi banido por ser demasiado "triste", melancólico, fúnebre, emocionalmente desconfortante. Porque as pessoas preferem ver publicidade enganosa, sobre telemóveis, sobre a TMN, a Vodafone, sobre a nova moda, a note tendência, dos perfumes, dos festivais de merda, da musica de merda, das contas poupanças da treta! Do que ver uma "publicidade" sobre o abandono de animais, de bullying, de espectáculos, de reciclagem, sobre o cancro da mama ou no cólon do útero, sobre o combate à SIDA ou à violência doméstica, de cursos universitários, de vagas de emprego, de poupança económica, de publicidade em prol da educação e cidadania das pessoas, particularmente das crianças.
Mas é preferível ver publicidade sobre o novo telemóvel XPTO do que se se consciencializarem para o abandono de animais, violência doméstica ou problemas de higiene.

Sim, os desenhos animados já ensinam muito, se bem que há uns que só des-ensinam. E os pais, e os avósinhos e os professores..
Mas não chega! Como é que uma criança pode aprender o mais importante para se tornar um bom cidadão, educado com as pessoas e o mundo, se quando lhe transmitem essa informação a única coisa que ela quer é brincar e intrinsecamente descançar?
A hora de maior atenção já passou à horas, e estar a ensinar algo tão psicologicamente exigente, é como escrever a vermelho numa folha toda pintada de preto. Fica marcado? Fica. É fácil de perceber? Não.

O mesmo acontece com os adultos. "Já não tenho idade para estas coisas. Tenho mais em que pensar."
Como é que funcionou o fascismo? Não é de pequenino que se torce o pepino? E não podemos também educar, (MELHOR!!) Re-educar os pais de hoje? As crianças de hoje?
Eu abordo este assunto em Ser-se... .

Num país, onde pais fumam junto das suas crianças, e que sem pensarem nisso, a dão a fumar do seu fumo, vêm-me vocês criticar a mim porque critico e "culpo" a publicidade que dá na televisão? Vêm-me vocês dizer que cada um é dono de si e que devem saber o que estão a fazer?
Li à uns dias uma noticia que me chocou bastante: Governo quer proibir fumo nos carros com crianças.
Critiquem-me agora por eu criticar o que passa na televisão! Se me criticam por isso, então não têm consciência dos problemas que a televisão trás às pessoas.
Vocês, pais que fumam, gostam que fumem para cima das vossas crianças? Então porque raio também fumam para cima dos filhos dos outros?!? Têm consciência do mal que o tabaco faz? Têm sequer responsabilidade como pais? Têm? A mim parece-me que não. Se para além de não terem respeito para com os vocês filhos, então para os filhos dos outros ainda devem ter menos, mas eu é que sou o mau da fita por criticar tudo e todos... é esse o espírito!

Eu não estou aqui a criticar por criticar, estou a criticar porque sinto e acho que as coisas estão mal! Não estou aqui para moralizar, só para consciencializar, alertar, dar uma opinião, uma visão. Mas eu já faço a minha parte. Não gostam, existem mais blogs, e de certo que é preferível ouvir os comentadores das televisões do que me ler. Por isso não me critiquem, porque pelo menos eu tento dar uma razão, e vocês simplesmente criticam porque é fácil. Nem sequer precisam de explicar porquê, apenas criticam, sabe bem... não é? Exacto.

Outra coisa interessante, que não ajuda em nada os alunos, é os professores pedirem para fazerem trabalhos, quer em Word quer em cartolina e não lhes dar qualquer orientação ou explicação. Quem ensina? Ninguém! Eu não aprendi. Não na minha altura. Hoje estou +/- "preparado", por aprender com o trabalhos dos outros. A falta de organização é uma falha que persegue cada criança até à vida adulta se esta não for corrigida. E por falta dela, inventam disciplinas/ aulas técnicas para os ajudar nesse mesmo aspecto. Não há tempo para tudo, não é? Não há, porque os próprios pais e os próprios professores não querem! Enchem os garotos com trabalhos e mais trabalhos, com actividades extra-curriculares, e ao fim de semana, é só espetar os filhos num ATL e lá vão as mamãnzinhas para a manicure!! E os papásinhos para os campos de futebol ver a bola! Ou emborcar umas cervejas, é maioritariamente assim e não digam que não! Quanto mais ocupados tiverem os filhos, melhor, porque os pais de hoje e de ontem, não querem ser pais.

A falta de organização, devia ser algo ensinado a cada criança, desde tenra idade, mesmo na primária. Começam por arrumar os livros, os lápis de cor, as mochilas e os casacos. Depois no ciclo, é-lhes introduzido os trabalhos em cartolina, trabalhos em computador, etc. Não precisa de ser algo exaustivo, precisa de ser algo gradual, tal como é a matemática e a língua portuguesa, mas o problema com essas duas disciplinas, é que os alunos que não percebem tão facilmente ou com a mesma rapidez, ficam para trás, com dúvidas. Os únicos que se safam são aqueles cujos os pais sabem utilizar bem ou moderadamente as ferramentas para a execução desse tipo de trabalhos. Os pais deviam sentar-se com os filhos e desenvolver esse tipo de trabalhos juntos! Tal como fez o meu pai com aquilo que sabia e podia! Tive trabalhos pouco atraentes de boas notas? Tive, mas não foi por ser pouco inteligente, foi por nunca me terem sensibilizado e ensinado a fazer esse tipo de coisas, a estruturar os trabalhos, a procurar, a reter informação, a resumir. E quem devia ter a obrigação de me ensinar, nunca me ensinou.

É um problema, pois se a criança não é capaz ou não lhe é ensinada a ser mais organizada, o seu pensamento, atenção e aprendizagem nas aulas, em casa, no ATL ou seja onde for, ficam confusas, baralhados e só irão compreender as coisas que já deviam ter percebido à uns anos atrás, com uma idade muito mais avançada. Só comecei a compreender melhor o uso da história de portugal para uso de "cultura geral" e para as minhas próprias experiências, para uso pessoal, quando fiz 16 anos. Numa noite em que fazia parkour aqui na minha terra com uns amigos. Deu-se-me um vaipe, e compreendi na altura. Juntei os pontos e tudo se iluminou. Coisas que eu pensava que tinha esquecido ou que não serviam para nada, faziam agora sentido. Faz-me lembrar o filme "Limitless".

Criamos então crianças desorganizadas com problemas de organização de ideias e de informação, de matéria, de educação, de cidadania, de moralismo. E comercializa-se-lhes produtos, modas, ideias e emoções baratas (falsas), que não as ajuda em nada, só prejudica.

Existe um problema em todo este portugal. E todos sabemos que a televisão influencia muita gente em muito pouco tempo. Falo sobre a televisão pois é o que chega a mais pessoas, mas não se esqueçam da rádio, das revistas, dos jornais, dos posters na rua, nos panfletos, entre muitos outros.

Abordei um assunto também sobre a publicidade, sobre o trabalho de pessoas que não tinham valor nenhum para outras. Aquele monte de revistas...
Hoje em dia não se dá valor, quer ao individuo, quer à equipa, e li a razão de isso acontecer em portugal. Como se pode ler na revista Marketeer - Nº 189 Abril de 2012, das páginas 17 à 20.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O nome das coisas...


"Como te chamas?". Porque é que é tão importante? Quer dizer... porque é que gostamos de saber como os outros se chamam? Não em todas as ocasiões, mas quando nos envolve de alguma maneira.
É e serve para identificar, conhecer e interagir "melhor". A pergunta é feita tanto para pessoas como para  objectos, animais, plantas ou natureza.
Não precisamos de saber o nome para o usar, mas precisamos para poder conversar sobre ele. Chamar-lhe "esta coisa", não diz muito e uma imagem de um objecto ao fim de algum tempo acaba por se perder nos cantos do cérebro. A identificação através de uma imagem e de um nome, é a ferramenta que pertence e é usada no córtex cerebral.

Informações sobre Memória.

Quando perguntamos o nome a outra pessoa, existem vários porquês associados. Podemos perguntar para posteriormente lhe associarmos os dados, sejam eles quais forem. O nome associa-se a uma cara, a uma roupa, a um momento, a um sentimento, tudo criado pelo cérebro. É por isso que quando olhamos para alguém e a reconhece-mos "facialmente" mas não através do nome, ficamos a coçar a cabeça à procura do nome. Vasculhamos todos os cantos e recantos, e se porventura tivermos a "infelicidade" de não nos lembrar-mos... lá vem o momento embaraçoso.

Perguntar o nome a uma pessoa que se encontre à nossa volta, e que possivelmente tenha comunicado ou esteja a manter uma conversa, é uma maneira de lhe dizer-mos: "Estou interessado em te conhecer melhor." ou "Quero que vás mais longe na tua opinião." ou ainda "Podes-te chegar mais perto de mim ou do nosso grupo.". Haverá outras, mas fico-me por estas, pois o intuito é perceber porque é que perguntamos.

Mas tem de haver algo mais. Algo que explique o porquê de uma cara sem nome ser... estranha e misteriosa, com um pouco de desconforto à mistura.
Na caça, quando ainda caminhávamos na savana, conhecer e saber quem estava ao lado de quem e onde, permitia localizarmos-nos no grupo, como por exemplo identificar o macho alfa.
O nome passa a ser então, mais do que uma palavra, passa a ser um resumo da própria pessoa. Um resumo conciso e fácil de lembrar. O X e o Y são bons a atirar lanças. O Q é bom a correr durante muito tempo. O Z é bom a incorra-lar e a orientar as presas para uma emboscada. Sabemos que o X está ao lado do Y, que o Z está lá mais à frente e que o Q vai do lado oposto. Podemos então pedir que cada um deles execute uma acção, não como grupo mas como indivíduos. É fácil de perceber que se todos fizerem bem o seu papel, acabarão por apanhar o animal. É uma macro-acção realizada por indivíduos, tal como o fazemos quando utilizamos um computador. Mexemos no rato, no teclado, entre outros dispositivos, para realizarmos uma acção. Quantos mais objectos conhecermos e soubermos manipular, melhores e mais rápidos nos tornamos.

Um nome ajuda a resumir um individuo/objecto, da mesma maneira que as caras não são todas iguais, nem mesmo em animais, por muito parecidos que nos sejam. As ovelhas sabem destingir a mãe, o pai, ou os irmãos. Ainda que para nós nos seja impossível.
Os nomes vieram tornar tudo muito mais rápido. Permitiram a evolução do cérebro humano, a criação e associação de palavras para símbolos, sentimentos, ideias, etc.

Existe algo que nos intriga, especialmente se essa pessoa tiver uma máscara à frente. Mas nesse momento não queremos saber o nome, queremos conhecer a cara. Mas qual é a razão? Por dia passamos por centenas de caras, e a que nos intriga mais, não foram aquelas que têm muito mais para contar no interior, mas aquela que está escondida. Um nome deixa então de ter valor, pois o mistério, se revelado, passou a ser outro e não o nome. O nosso cérebro ficou saciado, pois o que nos faz especular ainda mais, é a razão para o qual a pessoa estava a usar a máscara e que outros segredos e mistérios esconde.

Um nome é apenas uma informação de fácil acesso para outras informações. Se pensar em maçã, a imagem da maçã surge-me à cabeça. Se pensar no meu irmão, ele aparece-me com um sorriso na cara. Se pensar em mim, lembro-me de rapaz estranho de cabelo comprido do qual não conheço muito. Tudo tem um nome associado, nem que seja apenas "jardim", mas como se costuma dizer, uma imagem vale mais que mil palavras, e dar um nome a uma fotografia, hoje em dia tem uma grande importância pois de certo que irá ser pesquisada pelo que contém e não pela extravagancia do seu fotografo em lhe dar nomes sem nexo ou sem nada haver.

É importante dar um nome, mas mais do que isso, é importante dar valor, se assim o desejarem,  às imagens que guardam na memória, pois sem elas, hoje não seriam nada. Como humanos, não seriamos nada, não teríamos a capacidade de memorizar, e até mesmo as lembrar-mo-nos de emoções. Tenho dificuldades em acreditar que estariam tão vivas em nós se não tivéssemos criado e evoluído a partir de algum sistema/mecanismo. É essa uma das razões básicas que nos leva a perguntar: "Porque é que é assim?" "Porquê?". O ser humano nasce curioso pelo mundo, porque é algo que o cérebro aprendeu a fazer. Dar um significado às coisas. Dar um nome, uma razão, uma emoção, uma lembrança, algo que possa usar para partilhar ideias. A linguagem, falada e escrita, não são mais do que uma extensão das nossas emoções. Um sonho não é apenas um conjunto de imagens, são emoções. São um conjunto de acções que criam um sentimento. E sem compreender esses sentimentos, ficamos estranhos, vazios, incomodados, pois não percebemos o que temos, quer seja bom quer seja mau.

Existe uma razão para tudo o que nos rodeia, e se eu puder aproximar-me daquilo que vocês não vêm, sentir e perceber aquilo que vocês não sentem nem percebem, por muito disparatada que possa ser a minha visão e explicação das coisas, ficarei mais consciente do que sou, enquanto animal que sou instintivamente. Serei mais capaz de dar explicar o ser humano, o meu mamífero interior com cérebro capaz de recordar caras, nomes, objectos, símbolos, imagens, momentos...

Um passo de cada vez...

terça-feira, 17 de abril de 2012

A tristeza do teu olhar...


Olho para ti, deitada sobre uma cama feita de branco. Um azul gentil pintado em volta de desenhos rendados. Eram flores que pareciam crescer dos pés da cama e descansar sobre as almofadas.
A janela iluminava o quarto vazio, sem prateleiras, sem livros, sem bonecos...

Estavas calada, inerte, de vestido e pés descalços. Uma gota escorreu-te pela cara e olhas-te-me com desgosto. Senti nos teus olhos a dor, as perguntas que te faziam enlouquecer e entrar num estado onde nada fazia sentido; onde cada pensamento te oprimia, te corroía, deixando um sorriso arrepiante e tenebroso na face que ardia em morte. Um medo depressivo que rasgava a força dos teus ossos.

-- Porque me fazes isto? -- choravas.
Podia sentir o atrofio do teu coração junto do meu ouvido. Um respirar fraco de um peito em doença. A dor apertava-te os pulmões, num desespero sufocante que te degolava.
Já não tinhas sonhos, nem desejos... assim falavas, engolida por um túmulo.

Era desesperante ver o brilho dos teus olhos escorrer já sem lágrimas. Sem força, deitada assim tão pálida, transformavas a cama no teu leito fúnebre.
-- Porque é tão difícil amar-te? -- acusavas. -- Preciso de ti! -- e engoliste em dor, a resposta que nunca consegui deixar voar. As entranhas torciam a cada raiar do sol, sem puderes sentir o meu corpo junto do teu; Num abraço puro e inexplicável, em que os pêlos que se levantavam e todo o teu corpo tremeria. Querias sentir o conforto, a segurança que nos envolvia em cumplicidade.

Ergueste a mão olhando para mim... uma lágrima desceu pela cara, deitou-se gentilmente nos teus cabelos e disseste-me num suplicio, com a voz magoada e atirada ao medo:
-- Beija-me... beija-me...
Olhas-te para o lado; Poisas-te a mão sobre teu peito e os olhos fecharam. Temes-te o mundo.

Depositei na tua testa um beijo, e outro e outro... olhaste-me de frente, chorosa. Beijei-te o nariz e senti as lágrimas nos teus doces lábios. Senti a tua cara e limpei as lágrimas com dois ternerusos beijinhos. A minha mão acariciou-te a rosada bochecha. Encostaste-te a ela, derramando duas gotas do mais puro cristal.
-- Amo-te tanto... -- soltaste, num choro descontrolado, num abraço apertado da saudade mais profunda, da tristeza mais salgada. -- Preciso de ti! -- gritas-te num descontrolo de lágrimas e soluços. -- Sê meu...

-- Amo-te!



Nada podia ficar ao acaso... (+/- 4h)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Meu anjo caído...



Meu anjo... meu anjo caído. Que no peito trazes a dor das mil almas que para sempre amas-te... à eterna juventude te subjugas-te e de joelhos choras-te a morte de cada uma, excepto a minha.
Meu anjo... meu segredo eterno...
O teu sopro dá vida, inspira, emociona e fascina até o ser mais ínfimo, uma paisagem de deslumbre de um universo sem fim, de um negro que me abraça e engole na escuridão. Beija-me... e arranca de mim um olhar sem vida, pálido, de um corpo em epifania, num deslumbre que me arrepia a alma.

Transforma-me num pensamento, e leva-me até à origem do universo. Quero ver... quero lá estar, quando tudo acabar. E volto a respirar, a cheirar o mundo... Abraça-me, segura-me e eleva-me aos céus, meu amor... minha paixão, meu assombro. Luz da minha vida. Procuro-te. Minha esperança.
Assobia a música da natureza clássica que jaz morta entre os nossos pés, e faz as folhas voarem ao som daquela nota mais simples, e rodopiarem na sinfonia mais melódica que fará um prado de flores brotar e pintar-se de novo. Canta do coração a melodia do paraíso da tua alma e a neve derreterá para sempre, numa impetuosidade que se espalhará numa dança de emoções.

Ao som do borbulhar da vida, me deito perante vós. Me choro em suplicio para que me poupais a vida, a alma nua descansa em pedra branca, tal sois a vossa pele. Embrulhada delicada estarás para sempre, um pensamento puro, uma inspiração divina sereis!
Mas desejarei... desejarei-vos ao meu lado. Pois antes de saber que vos amava, que acreditava em vós, tocas-te no meu coração. O meu sangue ferveu, o coração saltou e sozinho chorou. Era magia... um chilrear que o fazia tremer. Era vivo por fim...

Deambulando perdido pelo mundo, num arfar ardente... sem sonhos, sem vida e sem sorrisos. A mãe morte caminha ao meu lado, como um corvo que não descansa. Ferve-lhe na foice a vontade de me provar  o sangue. Sou perseguido pelo passado de uma mão que me continua a roubar os doces e as esperanças.

Oferece-me a tua mão, meu anjo... pinta-te do branco que um dia iluminou a minha alma, a minha pequena alma. E poisando a tua foice sobre a minha cabeça, me transformes em mais do que uma nuvem no céu... devolve-me às nuvens das estrelas onde poderei para sempre viver num mundo que se junta para ser assombrado. Assombrado por ti, até que o relógio do tempo pare. O universo escureça e tudo seja engolido no fúnebre que um dia foste, cais-te sete vezes, e oito te levantas-te.

Ama-me... meu humano renascido, das penas que deixei cair por vós. Levantai-vos. Amai-me o meu eterno espírito. Sê o meu pecado, o meu fruto proibido, a sede e a fome, a vergonha do nu que pelo véu se soltou.
Selai as nossas almas e deixai-as brotar na mais bela flor. Abraçai-me como nunca me abraçaram, beijai-me os lábios com a graciosidade e o encanto que só vós me poderei conceder. Gratificai-me com a vossa beleza todos os dias da sua vida.
Sê meu! Oh... sê meu! E para sempre vos chorarei... seja ele deus, eu serei sua esposa, o seu anjo alado.
O teu anjo caído... sê meu! Oh... sê meu...



-- What are you?
-- I'm an Angel.
-- What's your name?
-- Satan.

Inspiração:
Tree Of Live
Antonio Vivaldi - The Four Seasons
Fallen by ~earthquakk
The Mysterious Stranger by Mark Twain

domingo, 15 de abril de 2012

Porque é humilhante peidar em público?


No seguimento do post anterior "Porque é humilhante cair em público?", no comboio surgiu-me outra pergunta.  Obviamente surgiu porque estava com gazes, e melhor oportunidade do que esta para estar precisamente na mesma situação, em me sentir lesado, para além de tentar dar um resposta.

Não é o facto de ser só humilhante, os outros sentem-se incomodados, mas há algo pior. Somos vistos como pessoas não saudáveis e isso afasta. É uma certa influencia, pois gostamos de nos dar/conviver com as pessoas +/- saudáveis, limpas e higiénicas. Não quereremos apanhar germes nem doenças. É algo natural e instintivo a qualquer animal, mas nós como percebemos que também existem doenças e germes no nosso corpo, temos maior receio.
O cheiro incomoda é certo, e também podemos acusar alguém, ter nojo e até odiar.
Mas qual é a razão? Porquê esta reacção?
Porque imitamos os outros? Em parte sim, mas porque torcemos o nariz a tudo o que cheire mal. É uma característica de "todos" os animais. Afastarem-se de cadáveres em putrefacção, pois significa que ainda podem haver predadores por perto. É algo que nos protege. Se algo cheira mal, é provável que nos faça mal ao organismo. Mas nós não nos comemos uns aos outros, qual é a razão então? É a que disse acima.
Podemos não comer algo, mas isso não nos proíbe de ter uma opinião sobre essa coisa.
Implica que é um animal com uma saúde péssima, possivelmente com vírus e doenças. É uma fardo, um peso e um incómodo, já se sabe. É alguém com quem o nosso sente de imediato repulsa de acasalar (caso seja do sexo oposto), se for um amigo, queremos distância durante algum tempo. E porquê? Porque cheira mal, incomoda, e de certa forma, está a fazer-nos mal. Não é uma competição entre dois machos, não é de todo uma luta, é também de certa forma, incomodar, de "violar" o nosso espaço.

Neste caso a vergonha é a consciência de que sabemos que ninguém nos vai apoiar ou desejar, inclusive, de que cometemos um erro e que não há forma de o remedir, não é algo corrigível ou do qual podemos voltar atrás. A vergonha é um estado que nos coloca "submissos" sobre alguma coisa "maior".

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Porque é humilhante cair em público?

[Shame by ~Mary1988]

É humilhante cair em público, pois no nosso instinto animal, sermos "trapalhões" demonstra que somos fracos, que não temos forças para nos defendermos, que não enfrentamos ou sabemos enfrentar os outros.
Mas qual é a razão para nos sentirmos "mal"?

É o ser-se "trapalhão" que influencia tudo à nossa volta, não é algo mau, é normal e aprende-se "muito" de uma queda; Mas pode ser um sinónimo de desatenção, é um animal que não está em alerta, e que por isso põe o resto do grupo em perigo.
Se um membro do grupo não está atento põem em risco os restantes do predadores e grupos rivais. Este sentimento "pejorativo" que as pessoas têm por quem cai, e por muito preocupadas que fiquem é algo instintivo; Fazem/sentem o mesmo que um grupo de lobos. Se um lobo fica ferido, tendem em deixá-lo para traz. É um peso morto que ninguém quer ter de carregar. E é isso que se sente instintivamente pela pessoa que cai. É e torna-se, naquele momento, um fardo.

É o instinto animal a dizer-nos: 
A nós que caímos, que estamos condenados se não recuperar-mos depressa.
E para nós que vemos cair, a "condenar" e a menosprezar.

No entanto, ajudamos, ou tendemos em ajudar, não é algo único e particular para os humanos, existem outras espécies de animais que se entre ajudam, como é o caso das Suricatas. Pelo que li no fundo deste texto Pesquisas mostram (...), apenas as suricatas cooperam entre si, mas é provável que existam mais alguns mamíferos capazes do mesmo feito. E digo mamíferos, porque insectos e répteis estão num patamar muito diferente da dos mamíferos quando falamos em predadores. Os mamíferos sempre foram perseguidos desde o seu aparecimento no período Jurássico.

Mas este tipo de "humilhação" pública leva-nos a outro ponto: O que é a vergonha?

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A razão da inexistência de deus...



Deus é um ser imaginário, introduzido em vários contos e fábulas para educar e moralizar as crianças à centena de anos. Este esforço de educar as crianças, não é recente nem pertence exclusivamente a jesus.

Resposta: Uma curta resposta à pergunta: “por que Deus nos criou?” é “por causa da sua vontade”. Apocalipse 4:11 diz: “…porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas”. Colossenses 1:16 repete: “Tudo foi criado por meio dele e para ele”.

Ter sido criada por causa da vontade Deus não significa que a humanidade foi feita para entreter a Deus ou para servir como divertimento. Deus é um Ser criativo, e o ato de criar lhe satisfaz e dá prazer. Deus é um Ser pessoal e tem prazer em ter outros seres com quem Ele pode ter um relacionamento genuíno.

Deus criou-nos para poder ter um relacionamento? No entanto não podemos falar com ele.
Criou-nos porque tem prazer em ter seres ao lado dele. Criou-nos porque lhe satisfaz e dá prazer.
Bem, devo ser muito burro, mas quando eu ou alguém cria algo com vontade, por exemplo um desenho, crio-o para meu divertimento, para me dar prazer, para me entreter, e deus, pelo texto acima fez o mesmo. Criou os humanos para se entreter e lhe dar divertimento. E quando falo em divertimento não digo em manipular ou brincar com o ser humano, mas sim, divertimento vem de divertir.

Tendo sido feitos à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:27), os seres humanos têm a habilidade de conhecer a Deus – e de amá-lO, adorá-lO, servi-lO e de ter comunhão com Ele. Deus não criou os seres humanos porque precisava deles. Como Deus, Ele não precisa de nada. Por toda a eternidade passada, Ele não Se sentiu sozinho e não estava procurando por um “amigo”. Ele nos ama, mas isso não é a mesma coisa que precisar de nós. Se nunca tivéssemos existido, Deus ainda seria Deus – Aquele que não muda (Malaquias 3:6). O “EU SOU O QUE SOU” (Êxodo 3:14) nunca foi insatisfeito com Sua própria existência. Quando Ele fez o universo, Ele fez o que Lhe agradava. Já que é um Ser perfeito, tudo o que fez foi perfeito, tudo “era muito bom” (Gênesis 1:31).
Nós temos a "habilidade" de o amar, de adorar e de servi-lo, pelo que somos também "escravos" dele mesmo. No texto a negrito, "prova" que ele realmente não precisava de nós. Vivia sozinho consigo próprio, sem falar com ninguém. Não precisa de comer, nem de respirar, entretém-se sozinho com o absolutamente nada. Um dia ficou farto de não fazer nada, e criou-nos só por próprio prazer porque estava entediado (tédio).  Se ele não estava à procura de um amigo e não se sentiu sozinho porque é que nos criou? Porque lhe dá prazer. Como foi descrito acima.
Quando Ele fez o universo, Ele fez o que Lhe agradava. Já que é um Ser perfeito, tudo o que fez foi perfeito, tudo “era muito bom” (Gênesis 1:31).
Sim, ele esqueceu-se é que o próprio universo tem vida, e daqui a milhares de anos vamos todos morrer, porque a nossa Galáxia Via Láctea vai chocar com a Galáxia Andrómeda. Foi um pequeno erro que ele cometeu quando criou o universo. Devia estar distraído...

Links sobre a colisão entre as duas Galáxias:

Além disso, Deus não criou “colegas” ou seres iguais a Ele. Logicamente, Ele não podia fazer isso. Se Deus criasse um outro ser de poder, inteligência e perfeição iguais aos que Ele possui, então Ele deixaria de ser o Único Deus Verdadeiro e dois deuses passariam a existir– isso seria uma impossibilidade. “A ti te foi mostrado para que soubesses que o SENHOR é Deus; nenhum outro há, senão ele” (Deuteronômio 4:35). Qualquer coisa que Deus criar tem que ser inferior a Ele. O ser criado não pode ser nunca superior Àquele que o criou.
Se ele cria-se outro deus como ele, acho que, logicamente, deixaria de ficar sozinho e não necessitaria de "nos criar" para se entreter. Se ele deixaria de ser o "único deus verdadeiro", isso significa que num casal de gémeos, um deles é uma cópia rasca?
O ser criado não pode ser nunca superior Àquele que o criou.
Por acaso pode, porque nós humanos já conseguimos criar robôs que soldam muito melhor. Que são imbatíveis a jogar xadrez ou às damas. Que têm uma capacidade de cálculo muito superior à nossa. E um dia os robôs serão 200% ou 1000% vezes melhor do que nós. É por isso que hoje em dia se estuda muito a inteligência artificial para além da das crianças desde tenra idade.
Outra aspecto interessante, é que nós criamos os nossos filhos, as mulheres dão à luz e o casal educa-o. Cria-mo-lo. E para além de o ensinarmos e o vermos crescer, as probabilidades de chegar mais longe, de ser superior a nós, o seu criador, hoje em dia são bastante altas. Por tanto nós somos melhores que deus. Amamos os nossos filhos e desejamos que cheguem mais longe. Já deus não nos fez da mesma maneira, mas diz amar-nos.

Ao reconhecer a soberania e santidade completas de Deus, ficamos impressionados que Ele escolheu coroar o homem com “glória e honra” (Salmos 8:5) e condescendeu a nos chamar de “amigos” (João 15:14-15). Por que Deus nos criou? Deus nos criou por causa da Sua vontade e para o Seu prazer, para que nós, como Sua criação, tivéssemos o prazer de conhecê-lo.
Segundo a parte a negrito, Deus, como já foi dito mais acima, criou-nos por puro prazer e vontade. Porque estava entediado e não tinha nada para fazer... Para além de ter sido "afirmado" acima, de que ele não precisava de nós nem de ninguém. 
Deus não criou os seres humanos porque precisava deles. Como Deus, Ele não precisa de nada. Por toda a eternidade passada, Ele não Se sentiu sozinho e não estava procurando por um “amigo”.
Então criou-nos porquê? Qual foi o objectivo? "...para que nós, como Sua criação, tivéssemos o prazer de conhecê-lo."
Parece-me que ele estava muito solitário e sozinho. Porque se ele não se sentia sozinho, não teria a necessidade de criar algo que tivesse "prazer" em o conhecer. Porém, nós não podemos conhecer algo que não fala para nós, e que nós não podemos ouvir. Porque duas pessoas conhecem-se, não só através da linguagem física, mas também pela fala. Através de um diálogo. O que não acontece entre nós e deus.
Outro erro que deus deixou escapar. Estava desatento o pobre coitado...
Se queria que tivéssemos o prazer de o conhecer, significa apenas e só, que ele estaria com algo problema no seu ego. Deixou de conseguir estar sozinho no seu mundo. Deixou de acreditar em si, que ele era o mais sábio, o mais bonito, o mais capaz e o supremo. Teve uma fraqueza... aparentemente.

Este texto está tão cheio de contradições, que o simples facto de eu perguntar: "Quem criou deus?" e as pessoas me responderem: "Foi ele próprio", como é que isso é possível?
Um lápis cria-se sozinho? Uma afiadeira cria-se sozinha? Um animal reproduz-se sozinho?
É preciso haver uma acção que lhe precede uma reacção. Uma bala não não sai do cano sozinha. É preciso haver uma acção, e se algo que não existia de todo, passou a existir sem qualquer acção. Então o universo também pode ser explicado através disso mesmo. O Universo criou-se espontaneamente, sem qualquer intervenção de deus. Porque se o próprio deus se criou, ainda que não existisse nada antes, e se não existe pão num forno, o pão pura e simplesmente não pode aparecer. Uma flor não cresce do nada, precisa de uma semente, e a semente não aparece do nada, precisa de outra flor, repetida e infinitamente.
Deus não se pode ter criado a ele próprio, porque antes de ele existir, não havia nada; E não existindo NADA, nada pode ser criado.
0x1 é sempre 0.

Outra coisa interessante, é que está provado cientificamente, através de cálculos matemáticos, que o universo tem: 13,73 biliões de anos, desde a sua criação através do Big Bang.


Por que Deus fez o universo?“. Seguri que havia muitas razões possí­veis, mas um gatinho não pode compreender por que um homem gasta seu tempo lendo um livro, ao invés de correr pelo chão atrás de uma folha, porque a percepção do gatinho não está suficientemente desenvolvida para ler um livro.
Este texto, não explica nem dá uma razão do porquê do universo ter sido criado, apenas responde fugindo da questão, com uma resposta ainda mais absurda que a própria pessoa que a respondeu.
Porque realmente, um gato não tem capacidade, não é "não pode", de compreender porque é que o homem "gasta" o seu tempo a ler um livro. Porém, nós não compreendemos porque é que os papagaios conseguem repetir o que dizemos. Da mesma maneira que não conseguimos compreender porque é que os Ornitorrincos são um conjunto de mamíferos com características Ovíparas.
Significando então, que não somos só nós que não temos capacidade para entender um ser "perfeito" como deus, mas também não temos "capacidade" de perceber porque é que os Ornitorrincos são como são. E não passa de um simples mamífero.


Todos concordam que quando os seres humanos surgiram o mundo já existia, portanto desde os primórdios da história nos deparamos com uma imensa e misteriosa Terra à nossa volta. Para explicá-la os primitivos inventaram inúmeros mitos que contavam a criação do mundo, ou simplesmente declaravam que a Terra sempre existiu, que são as duas únicas possibilidades lógicas.
Talvez pelo fato óbvio que a mudança está em toda parte, e que nem mesmo as montanhas são eternas, chegamos a um consenso atualmente que o mundo e o Universo nem sempre existiram, como mitos muito antigos como a Gênese Bíblica já afirmavam. Segundo esta Cosmogonia, se vista literalmente, o Cosmo foi criado em 6 dias por um Deus Criador, e teria uma idade estimada entre 6 e 12 mil anos, não se tem certeza devido a imprecisão bíblica sobre certos períodos de tempo.
Há diversos outros mitos sobre a criação do Universo, mas um outro tão importante quanto o mito hebráico que baseia as religiões abraâmicas é o mito Hindu, que declara que o Universo foi criado por um deus chamado Bhraman. Mas há uma enorme diferença, é que na cosmogonia hindu, o Universo é criado e destruído num ciclo infinito, cada qual de 12 milhões de anos, que constituem um dia na vida do deus Bhraman. A idade total do Universo no Hinduísmo pode chegar a mais de 300 Bilhões de anos.

Como diz no texto, o "cosmos" foi criado em apenas 6 dias por deus e que possui uma idade estimada de 6 a 12 mil anos. Mas como já devem saber, o universo tem 13,73 biliões de anos e não apenas 6 ou 12 mil.

12 000 (12 mil anos)
13 730 000 000 000 (13,73 biliões de anos)

Se existem outras religiões, em que o universo tem outros valores para a sua idade, longe dos resultados científicos e matemáticos, essa religião cometeu um erro e é necessário assumi-lo.

Algumas árvores gigantes podem viver mais de 5 mil anos, e se vemos uma delas já grande, podemos deduzir que ela está ali há muito tempo, e se ela veio da semente de uma outra, e de outra e de outra, podemos retroagir indefinidamente para o passado.
Fonte: Qual a Idade da Terra?
Não preciso de falar muito sobre este texto, porque ele auto explica e prova que tudo o que a bíblia diz que deus criou e que tem apenas alguns mil anos, é errado e incorrecto. Bem... se é errado é incorrecto.
A terra tem 4,54 mil milhões de anos.

"...a Terra foi mesmo criada antes que o Sol.os cientistas nunca chegaram perto dele,como poderão dizer que ele veio primeiro?" Fonte: A Terra Foi Criada Antes Do Sol, Ou é Erro Astronomico Da Biblia? resposta de "Curioso".

É esse o espírito! Lá por nunca termos tocado no Sol, não significa que não conseguimos saber nem calcular a idade dele. Quando olhamos para uma pessoa na rua, conseguimos de uma forma muito aproximada dizer a idade dessa pessoa. E no entanto, não precisamos de lhe tocar, de fazer testes médicos ou perguntar directamente para saber +/- que idade tem. É algo inato. Como nós não sabemos de forma directa que idade tem o NOSSO sol, olhamos para outros. E todos sabemos que quando um animal cresce acima da média prevista de entre um conjunto de seres da mesma espécie, sabemos que esse animal é mais velho. Não é por NÓS não conseguirmos olhar para o sol, que ele não existe, ou que é impossível de olhar para ele. Existem filtros, um dos mais utilizados são os capacetes de soldadura.
Informações detalhadas sobre como funciona o Sol: Sol
E é óbvio que não vemos deus porque ele não existe. Mas lá por os nossos olhos não conseguirem observar de forma permanente o Sol, não significa que ele não exista ou que não possa ser estudado. Os nossos olhos absorvem a luz e funcionam como um balão, se um balão é enchido com demasiado gás ou liquido, por muito elástico que seja, chega a um ponto que rebenta.

Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. (Romanos 5:8)
Fonte: http://www.gotquestions.org/ (coluna esquerda/direita)
Sim, porque deus ficou farto de nós não o admirarmos, de não o adorarmos, de não o valorizarmos. E o que é que ele fez? Mandou cá abaixo o seu "filho" que sinceramente, nem explica como é que ele foi criado, apenas que apareceu na barriga de Maria. Hoje em dia, saber perfeitamente que ninguém nasce por obra do acaso. Ou o homem pôs o pénis na vagina da mulher, ou não o pôs. Simples!
Uma coisa interessante sobre o texto, é que ele mandou jesus para ser sacrificado por nós, pelos nossos pecados. Que eu sinceramente não percebo porque é que eu sou pecado, se os meus pais me fizeram com amor e carinho. Mas continuando, as novas gerações não têm culpa do que adão e eva fizeram. Porque se eu matar alguém, os meus filhos são assassinos. Se eu bater num cão, os meus filhos batem também.
Se eu fizer sexo com a minha mulher, os meus filhos fazem também. É isso? Os meus filhos e os filhos deles serão culpados pelos meus erros. É isso? É! É isso! Segundo deus e a bíblia.

Devemos muito aos padres na idade média que fizeram descobertas importantíssimas nos vários campos de biologia, ciência, astrofísica, etc. Mas não se podem esquecer que os mesopotânicos foram o primeiro povo a "criar" a escrita, por volta de 4000 a.c (antes de cristo).
"Os sistemas de escrita evoluíram de forma autônoma e não sofreram influências mútuas, ao menos em seus primórdios.[8] Possivelmente, as escritas mais antigas são a escrita cuneiforme e os hieróglifos. Ambos os sistemas foram criados há cerca de 5500 anos, entre sumérios e egípcios. Os hieróglifos originaram-se no Antigo Egito e a escrita cuneiforme na Mesopotâmia, (atual Iraque)."
Informações detalhadas sobre a origem da Escrita: Escrita



Os Sumérios são uma das, se não mesmo a mais, civilização antiga que existe no nosso planeta que apareceu à 5000 a.c. Pode-se ler na página do Wikipedia, sobre a religião e crenças, onde uma civilização que desconhecia "deus", jesus e a bíblia ainda não tinha sido escrita, onde falam do "submundo".
"Segundo a tradição suméria, os deuses criaram o ser humano a partir do barro com o propósito de serem servidos por suas novas criaturas. [...]
Já a vida após a morte envolvia uma descida ao vil submundo, onde se passava a eternidade numa existência deplorável, em uma espécie de inferno."
Fonte: Sumérios

Se esta civilização, tão antiga, já possuía a sua própria ideia de "inferno" e deuses, e não um deus, porque é que o deus da bíblia haveria de ser mais real?
A biblia, segundo dizem os crentes, foi escrita entre entre 1445 e 450 a.C.. Na wikipédia diz-se que foi escrita durante um período de quase 1600 anos, quando foi claramente +/- 1000. Escrito por 40 autores diferentes, o que realmente, ao longo de 1000 anos, lhe dá uma credibilidade extraordinária.
Foram escritos vários livros, e apenas os menos controversos foram aceites e compilados. Foram corrigidos e re-corrigidos para que não houve duvidas de que a biblia, fosse e estivesse certa.
Uma falha clara nos argumentos de qualquer religioso, porque a biblia fora escrita à mais de 3000 anos, com conhecimentos muito pobres e fracos sobre o mundo, a natureza e o universo. Não possuíam a compreensão nem a tecnologia que temos hoje e por isso, as coisas estranhas foram "explicadas" com a palavra deus. E não digam que não, porque é verdade!

Resumindo o que não necessita de ser resumido ou sequer explicado, a biblia não é a palavra de deus.
"A Bíblia se diz escrita por pessoas sob efeito da inspiração divina." Foram "inspiradas" "por deus", não escreveram através da mente dele, nem através das palavras, nem dos actos. Inspiraram-se num deus para explicar o mundo.
"Bíblia [...] é o texto religioso de valor sagrado para o Cristianismo, em que a interpretação religiosa do motivo da existência do homem na Terra sob a perspectiva judaica é narrada por humanos[...]".
É uma perspectiva religiosa do motivo da nossa existência, e não uma prova. É apenas uma Perspectiva e não uma verdade absoluta ditada por deus.
Informações detalhadas sobre a biblia: Bíblia

Uma prova irrefutável da inexistência de deus, que prova sem dúvidas de que ele não existe, são as Estatuetas de Vénus.
"As estatuetas de Vênus são uma série de estatuetas pré-históricas (do Período AurignacianoPaleolítico Superior) [...]"
Período Aurignaciano, ocorreu em 34000 e 23000 a.C. Pelo que por esta altura, o ser humano nem devia existir, inclusive o planeta terra, - Segundo os crentes religiosos - pois como vimos acima, o universo  terá qualquer coisa como 6 mil a 12 mil anos, e não os já calculados e estimados 4,54 mil milhões.

12 000 (Idade do universo criado por deus)
34 000 (Idade de uma Estatueta de Vénus)

 


Outra prova irrefutável da inexistência de deus, são as pinturas rupestres, "[...]datadas do período Paleolítico Superior (40.000 a.C.) gravadas em abrigos ou cavernas, em suas paredes e tetos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas em lugares protegidos, normalmente datando de épocas pré-históricas.". Estas pinturas possuem +/- 40 000 anos, pelo que por esta altura, o ser humano não deveria existir, inclusive o universo.
São pinturas que podem ser provadas através de datação por radio-carbono. Da mesma maneira que podem surgir dados erróneos nas pinturas, o mesmo acontece com o manto que cobriu jesus após a sua crucificação. Pelo que a sua datação afirmou ser entre 1500 e 1600 anos. Coisa que um pano, feito do que fosse feito, não sobreviveria ao passar de milénios, exposto à oxidação/oxigénio, ao frio, e a ao calor extremo durante tantos anos, para além da luz. Vão-me dizer agora que as múmias dos egípcios foram encontradas revistadas com o seu linho. Mas uma diferença entre o Sudário de Turim, e o linho/peles/ligaduras é a de que o corpo, depois de enfaixado era mergulhado/molhado num liquido resinoso que protegia o corpo e o seu revestimento, do oxigénio e de insectos.
Informações detalhadas sobre pinturas rupestres: Arte rupestre
Informações detalhadas sobre a mumificação: Múmia
Não estamos a falar em múmias, porque segundo a bíblia, jesus não foi mumificado, mas estamos a falar do pano que ainda hoje, após 2000 e poucos anos, se conserva.

Outra prova irrefutável da inexistência de deus, é a existência de hereditariedade, em todos os seres vivos do planeta. Deus "criou-nos" à sua imagem e com toda a sua sabedoria, não criou juntamente os animais para terem as mesmas capacidades que nós.
Já falei em 2 textos anteriores, precisamente sobre esta capacidade Genética que todos os seres vivos têm, inclusive plantas e insectos. Não vou escrever sobre isso aqui, porque tanto o wikipédia como os dois textos que já escrevi abordam este assunto.

"Existem milhares de coisas que acontecem todos os dias que a ciência não consegue achar respostas, desde a resposta de como as abelhas voam [...]"
É precisamente por dar-mos respostas a essas perguntas, que temos aviões e que nos baseamos em todo o tipo de animal que voa ou plana para melhorar as nossas naves e aviões, quer sejam comerciais, de mercadorias, militares/guerra ou de pequeno porte. Inclusive Helicópteros e aviões de brincar.
Tecnologias criadas a partir da nanotecnologia.

E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. (Gênesis 2:2) 
Fonte: http://www.bibliaonline.com.br 
Descansou ao 7º dia, porque o esforço que fez foi muito...



Uma coisa interessante sobre o Adão e Eva, é que são "sempre" desenhados com os seu órgãos de reprodução tapados, como se fosse obsceno. Mas há uma passagem na bíblia que diz:
E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. (Gênesis 1:26) 
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. (Gênesis 1:28) 
Fonte: http://www.bibliaonline.com.br 
Primeiro diz para se "multiplicarem" e "encherem" a terra, e depois condena-os com a vergonha? Reproduzirem-se não foi um dos primeiros pedidos de deus? Como é que pode ser pecado se foi um pedido? E o homem Adão saberia como se multiplicar? E quem lhe disse? Foi deus? Explicou-lhe como funcionava o sistema reprodutivo? Que teria de inserir o pénis na vagina da Eva? Adão e Eva tinham apenas esse conhecimento? E como é que comiam? Descobriram o fogo sozinhos ou foi deus? E as constipações?
Terem saido do jardim do éden foi a melhor coisa que podiam ter feito.


Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea. (Gênesis 2:19-20)  

 É interessante, porque hoje em dia, são encontradas espécies que nunca se tinham visto na terra, e em locais que nenhum outro ser vivo seria capaz de sobreviver. E se ele realmente deu o nome a todas as espécies criadas, porque é que os peixes do fundo do mar não tinha nome? Deviam saber. Devia vir na bíblia. Ah... pois, o nome dos animais ficou ao critério de qualquer pessoa/civilização. Emendaram o mal pela raiz. Ao não dizer os nomes dos animais, preveniram identificá-los e localizá-los.


E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. (Gênesis 3:2-3) 
Afinal, se comessem da árvore proibida, morriam ou não morriam? Uma coisa é morrer, outra coisa é obter conhecimento.

E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?
Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
Então o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.
E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua concepção; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. (Gênesis 3:11-16) 
Se ele não queria que comessem da árvore, não a tinha posto lá em primeiro lugar! Porque quando os pais não querem que os filhos brinquem com facas, trancam as facas numa gaveta alta. E neste caso, os pais precisam das facas para fazer o comer, o mesmo não é necessário para deus, pelo que deus sabe tudo, é poderoso e sábio. Porque raio é que haveria de criar uma árvore proibida? É um deus mesquinho.
Ele fez o mesmo que um pai deixa-se uma caixa de fósforos em cima da mesa e dissesse ao seu filho:
-- Não tocas naquela caixa! E se esconde-se atrás de uma porta a olhar pelo buraco da fechadura só para se certificar se lhe tocava, e quando o apanha-se a experimentar um fósforo, salta-se para cima dele, a gritar-lhe que estava condenado! Que ia sofrer para o resto da vida!
Ora, se não queremos que os nossos filhos brinquem com fósforos, não os deixamos à mão de semear!

Outra coisa interessante, é que deus não lhes chegou a dar mais nenhuma oportunidade. Foram logo condenados para toda a eternidade. 
"E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua concepção; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.".

A pobre mulher teve a infelicidade de receber dor, enquanto que o homem fora obrigado a trabalhar no campo para produzir comida. Mas... isso é em qualquer espécies de animais. Todos os animais que dão à luz, têm dores, não é só a mulher, isso não é uma condição exclusiva do ser humano. Os cães têm, os cavalos têm, os elefantes têm, as cabras têm. Outra coisa interessante é a parte "e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.".
Muitas fêmeas no reino animal, são submissas, mas isso não significa que seja em 99% das espécies, porque elas ainda dominam muito. São elas que escolhem os machos, são elas que criam as crias, são elas que decidem quando acasalar, caçam, e temos um exemplo dos leões.
A restante parte "e ele te dominará", hoje em dia isso não existe na nossa sociedade e é impensável sequer não existir igualdade. Como podem ver, este texto foi escrito para aquela época e não para a nossa. O que só prova que se eu escreve-se um poema sobre a mentalidade de hoje, daqui por 1000 anos, a mentalidade seria completamente diferente.

Com apenas estes pequenos textos escritos na biblia e comentados por pessoas, vos provo que deus não existe, que não há necessidade de existir, de ser amado ou adorado.
Porque toda a bíblia está errada. E eu não me baseio apenas em 40 ou 50 "autores", baseio-me em centenas de cientistas, em centenas de estudos científicos, em matemática, em inovações tecnológicas e em descobertas em todas as áreas, desde a biologia, astrofísica, matemática, psicologia, química, medicina, física, etc.

E não me baseio num único livro compilado, com 1000 e poucos anos de existência, baseio-me em estudos e descobertas muito mais antigos.

Existe muita coisa para falar deste tema, e mais virá. O texto é longo e deve ser lido com cuidado e bem interpretado. O texto poderá sofrer alterações.
Continua...

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O que é o "mal"?


O mal que existe no mundo, costuma ser atribuído ao diabo, mas eu penso de outra forma.
O mal que fazemos é proporcional ao amor que nós como humanos somos capazes de dar.
Matar alguém, bater em alguém, gozar, etc, é algo que provém do nosso interior como animais que somos, não animais de "monstros" mas animais, seres terrestres, tal como leões e girafas. O nosso instinto animal, é que nos permite governar, hierarquizar um grupo de indivíduos, tal como acontece com macacos, lobos, leões, hipopótamos, aves, cabras, cavalos, entre muitos outros.
Hierarquizamos em todos os ofícios e trabalhos, o que nos ajuda a sentirmos mais importantes ou menos importantes que os outros.

O que nos distingue de quais quer destes animais, é a nossa capacidade de amar ou odiar em extremos, de sentir emoções extremas, fortes e vincadas.
Podemos sentir o amor em todo o lado, ou o ódio/violência no mesmo.
Nós somos seres que evoluímos particularmente na nossa capacidade emocional, e devido a isso, podemos entrar em depressão, ou andarmos felizes. Podemos chorar ou rir. Podemos abraçar ou bater. Podemos beijar ou odiar. Podemos ter nojo, podemos sentir amor. Podemos desejar ou sentir raiva.
Uma amiga disse-me à uns dias que a diferença entre nós e qualquer tipo de animal, é que nós criamos Arte por prazer. Existem elefantes que pintam, que tocam piano ou brincam com com bolas, se forem levados a isso. Incentivam essas acções, não implicando que retiram prazer emocional disso. É algo que fazem "voluntariamente" apenas e "só" por existir interacção de um outro individuo.

É por isso que as mulheres são mais sensíveis, emocionais, frágeis, devido ao seu mecanismo cerebral/hormonal para procriação e socialização no mundo. Já os homens competem entre si para ficar com a melhor fêmea. Comparam forças, tamanho de músculos e capacidade cerebral. Quem corre mais tempo, quem atira mais longe, entre muitas outras competições.
Somos o culminar do melhor que existe nos mamíferos num período de evolução com milhões de anos.
Como todos sabemos, as mulheres são seres muito versáteis e muito dedicadas ao ambiente social que nos rodeia, e isso não é nada inventado, está provado. Na revista Pais e Filhos de Fevereiro nº 253, em "O fardo de nascer rapaz.." falam precisamente desse assunto. Explicam não só o porquê de os homens serem assim, mas também a diferença entre os dois sexos.

Ouve um momento na nossa evolução em que uma "paisagem" deixou de ser vista como uma possível casa mas como um "fascínio". Mas é preciso ter cuidado com a maneira como "vemos" a palavra "paisagem" ou "espectacular". E eu irei mais fundo neste assunto. Quando nós humanos olhamos para uma paisagem e sentimos os fascínio por ela, pelo verde dos prados ou pelo branco da neve, não nos estamos a deslumbrar "emocionalmente" de forma directa mas a deslumbrar-nos de forma instintiva pelo que nos pode oferecer.
Abrigo, alimentos, madeira, frutos, refugio, fogo, protecção, entre outro tipo de proveitos que possamos tirar da natureza. É isso que eu acredito que vemos quando olhamos para uma paisagem. É arriscado dizer isto? É, mas acho que é um levantar do véu. Recuar às nossas origens e tentar perceber/entender e explicar aquilo que vemos à nossa volta e que não conseguimos explicar. O olhar para algo que achamos incrível, é saber que podemos tirar bom proveito do mesmo. Nós apenas não vemos as coisas dessa perspectiva tão "arcaica" e instintiva, porque o nosso cérebro está mais preocupado com as crianças, com as contas a pagar, o jantar, a falta de fiambre no frigorífico, o livro que falta ler, aquela noticia, ou publicidade...
Já falei precisamente sobre isto em: O que é "espectacular"?

Somos maus, não por causa de deus ou diabo, mas porque agimos com as emoções, sentimentos, fantasias, recordações. Sabemos que o conhecimento humano é insaciável, mas também o é quando comemos doces, drogas, e as coisas se transformam em vícios. E se nos tornamos insaciáveis através de gostos músicas, livros, conhecimento, filmes, e queremos saber mais, sentir mais, ler mais, ouvir mais, ir mais longe e alcançar mais níveis... esses níveis poderão ser bons ou maus. E acredito que como humanos, fazemos mais bem do que mal. Hoje em dia podíamos fazer muito mais, e digo "podíamos" não me metendo a mim ao barulho porque não sou exemplo.
Como seres emocionais que crescemos e evoluímos com esse aspecto em particular, as emoções, os neurónios espelhos,como também já falei antes, foram uma ferramenta muito importante para o nosso cérebro permitir uma evolução muito mais rápida e versátil comparativamente com a dos outros animais.

Fala-se muito que se realmente tivéssemos aparecido através da evolução, que os símios de hoje deveriam poder saber falar. Não é bem assim.
Existiram dezenas de espécies humanas, com cérebros humanos que acabaram por se extinguir, mas essas espécies não morreram, a linhagem delas não acabou, pois caso não saibam, hoje sabe-se que NÓS, homo sapiens, temos descendência do Homem-de-neandertal, entre muitas outras espécies de hominídeos que habitaram e viveram com outras espécies.
Existe inclusive uma teoria elaborada por teólogos extraterrestres, de que o Ieti ou também chamado de pé-grande, são a espécie que procedeu os símios à milhões de anos atrás e que nós humanos fomos criados através de várias espécies de macacos por extraterrestres, para podermos evoluir e aprender muito mais rapidamente. E para quê? Uma forte teoria é a de extracção de ouro.

Voltando ao inicio do texto, somos maus na mesma proporção que somos bons. Mas somos bons e maus porque temos emoções. E as emoções evoluíram connosco para podermos compreender melhor e de forma mais fácil o mundo que nos rodeia. Os bebés usam as expressões faciais para compreender o estado emocional dos seus pais. E caso também não saibam e já referia também isto em textos anteriores, o bebé é capaz de detectar mudanças de "humor" nos pais. É por isso que quando os pais deixam o filho com um avô ou tios, o bebé fica sempre "inseguro" e desconfortável, para além de se sentir perdido, pois a maneira como falam para ele, a mentalidade e as emoções que absorve do que o rodeia, não são as mesmas a que estava habituado.
Nós próprios usamos e lemos as emoções uns dos outros, não só para comunicar, mas para aprender. Voltamos novamente aos neurónios-espelhos.

Como vêm, as emoções estão mais do que ligadas ao nosso cérebro. Fazem parte da nossa vida e experiências. As emoções são comercializadas, são vendidas, quer em músicas, em filmes, em imagens, em perfumes, palavras, relações de amor, de amizade, entre pais e filhos, entre animais, paisagens e numa simples flor.
Se as emoções são parte do cérebro, então pode-se provar sem quaisquer dúvidas que o bem e o mal são produtos da mesma moeda. Não foi deus nem o diabo que implementou isso nas pessoas, é algo que evoluiu connosco.
Porque se uma criança nasce deficiente, não foi o diabo, foram os genes. Se alguém mata alguém, não foi o diabo que o possuiu, mas sim as emoções do individuo que o levaram a tal. Pode-se sentir amor e veneração por algo mórbido, depressivo e nojento. É a maneira que o cérebro humano encontrou para lidar com a morte ao longo de milhões de milhares de anos. E as mulheres têm um papel importante, pois a morte um filho, de um parceiro sexual, deixa sempre marcas profundas. Não só às mulheres mas também aos homens e às crianças. Partilhamos experiências, conhecimento e invenções de geração em geração, e dessa forma, as nossas emoções crescem também.

O que é o "mal"? É todo o ódio, stress, raiva, desespero, impotência, etc; que sentimos por outra pessoa, animal ou objecto com a ajuda das emoções, desde a sua forma primitiva e instintiva, à sua forma elaborada e complexa da nossa capacidade cerebral.
O mal que fazemos, tem de ser primeiro imaginado, tal como é com o bem. Pensamos em prendas para comprar ao nosso amado, ou gestos, ou técnicas, palavras ou frases bonitas. Magoar alguém, leva o mesmo processo. É importante compreender como se obtém pensamentos positivos e negativos.

Os animais na sua forma mais pura, natural e instintiva, matam e caçam para comer, matam para acabar com pretendentes.
Nós humanos, na nossa forma mais complexa e elaborada de formar ideias e sentir-mos o mundo, matamos por divertimento próprio, por gozo, por prazer. Fazia-mo-lo à milhões de anos, mas agora simplesmente conseguimos obter prazer disso, e tudo o que envolva prazer, o humano está lá plantado, pelo bem ou pelo mal.

O bem não é deus, e o mal não é o diabo.
Porque se Steven Hawkings nasceu deficiente físico, não foi por obra do diabo ou por obra de deus a testar a fé dos seus pais, mas sim, pura e simplesmente... pela má formação do feto.