sexta-feira, 30 de abril de 2010

A minha alma nasceu escrita... I



O meu grito ecoa pelas paredes deste ambiente vazio, sem vida.
Sem luz, onde apenas a morte pinta de negro o caminho que piso.
Onde as chamas não têm força para iluminar, nem me aquecer.
Sinto o frio percorrer-me as espinha, eriçar-me os pelos, e fazer-me tremer de desconforto...

Fecho os olhos, e um brilho branco, cega-me por momentos a visão.
Vejo pequenas estrelas, de uma tamanho ínfimo vaguearem aos meus olhos.
As suas cores pintão o branco, e as pupilas começam a arder.

O branco, já ténue, faz aparecer uma figura estranha, nua, de cabelos compridos e soltos.
Cabelos que se confundem com a porta de fumo negro e pesado. A sua idade aparente de 17 faz-me questionar o que fazia ela ali, à minha espera.
Ela, pálida de pele, de olhos abertos e profundos, pede-me que lhe dê a mão, e que não olhe para trás...
Ao tocar-lhe, sinto entrar em choque, sinto o coração bater mais devagar, mas o meu cérebro receber informação.
Informação... sonhos, ideias, visões, lembranças, gostos, ódios... vejo então no fim, a minha pessoa, a entrar com aquela mesma rapariga pálida, dentro da porta de fumo.

Olho então para trás, e vejo-me a mim.
Pesado na mão, uma faca, ensanguentada.
Começava agora a reparar, que o chão afinal não era assim tão branco... e que o sangue começara a pintá-lo.
O que faria eu ali? Com tal objecto na mão?
-- Vem comigo! -- gritou a rapariga. -- Ou morres.
-- Não! -- gritou o meu outro eu. -- Ela vai matar-te paulo! Assim que entrares por essa porta, tens de fugir assim que tiveres oportunidade!
Não me compreendo, e tudo aquilo não faz sentido. Estaria eu a olhar-me para um espelho, para algum tipo de pensamento que me prevenisse de que algo de mal me iria acontecer?

O meu outro eu, corre para mim, e ela agarra-me ainda com mais força pela mão. Puxa-me para dentro do que quer estivesse do outro lado. Ele salta também, mas já íamos longe.
Um corredor em pedra, iluminado por pequenas tochas, guiava-nos a uma sala demasiado baixa para mim
Sinto algo pegar-me por trás, e é então que sinto amarrarem-me á força, a uma cadeira desconfortável.
3 monstros, sem cara ou expressões, possuindo apenas 2 olhos em covas profundas da cara, amarram-me, e posicionam-se atrás de mim.
-- Sabes? -- diz ela -- Ele foi um dos primeiros a escapar daqui com vida.
-- Tira-me daqui! -- digo eu. -- O que me vais fazer? Matar-me também?
-- Claro paulo! É por isso que vieste parar aqui não foi?
-- Do que estás a falar? -- pergunto, olhando para ela, caminhando à minha volta.
-- Não querias... morrer? Não querias... desaparecer? Ir para um sítio calmo onde mais ninguém te pudesse incomodar?
-- Mas... como sabes isso?
-- Tens de ter mais cuidado com o que dizes! -- diz ela com um sorriso. -- Nós somos... "Eles", somos... anjos caídos, espectros... somos... o teu consciente personificado em vida num universo que não existe.
-- O quê? -- digo espantado.
-- Nós somos deus dos sonhos! Somos deuses da vontade, do choro e do sofrimento, somos espectros da morte e da solidão! -- continua ela.
As suas roupas começam a compor-se, a criarem-se e a juntarem-se junto do seu corpo.
Era algo magnifico, era como pequenos pedaços de algodão, que se juntavam em cores claras e em espécie de pós, formando por fim, o tecido que a cobria.
-- Sabes? -- diz ela -- Não era suposto tu conseguires fugir-nos! ELE!! não era suposto ter fugido. Nós somos demasiado bons no que fazemos! Nós mata-mo-vos por vós! Fracos, incompetentes. Nós enfiamos uma faca nesse vosso misere pescoço, comemos a vossa alma, e seguimos para outro.
-- Porque fazem isto? -- pergunto.
-- Ao principio não nos importávamos, mas vocês vinham cada vez mais aqui, a este lugar. Ressuscitam e entram num universo completamente novo,e levavam a mesma vida que levaram anteriormente...
-- Não compreendo nada! Do que estás a falar? Deixa-me sair e discutimos isto mais calmamente. -- respondeu eu, quase chorando de um medo incrivelmente colossal de morrer torturado e mutilado daquele modo.

Ela pára, bate as palmas, e diz: -- Ehjn limnir.
É então que as paredes daquela sala evaporam, literalmente, e tudo o que fica é o infinito branco.
E em meu redor, vejo biliões de cadeiras, e aprisionadas a elas, pessoas despidas, do seu cabelo, das suas sobrancelhas... tudo tinha desaparecido.
À medida que olhava, via pessoas serem arrastadas para as cadeiras, pessoas a serem retiradas das mesmas, já sem vida, pintando por breves momentos o chão, que se limpava em pingos que voavam em direcção ao "tecto" distante.
Conseguia ver também outros seres, estranhos, alguns semelhantes a nós humanos, e outros com caras mais semelhantes a répteis, outros a aves, ou a peixes...
Via... pessoas serem mortas com uma facada no pescoço e duas no peito.

-- Sabes? Vocês deviam ser Seres mais interessantes do que aparentam cá de cima. -- continuou ela, já quase completamente vestida. -- No inicio, acreditava-mos que deixar-vos viver, estaríamos a fazer com que as vossas vidas fossem iguais ás vidas que levaram antes. Foi então que um dos nossos matou sem querer um dos vossos.
Rindo-se e passando a sua mão pelo meu peito, queimando as minhas roupas e transformando-as em cinza que subia ao "tecto".
-- Começámos por pensar que matar-vos neste mundo, trouxesse alguma felicidade ás vossas vidas, e que talvez vocês as conseguissem mudar mas... acabámos por não nos importar-mos com mais nada! Estamos aqui em cima à demasiado tempo, sem fazer nada. Matar-vos, tornou-se um prazer, um jogo, uma competição! Eu própria, adoro a tua personagem!
E quase num só salto, ela senta-se em cima de mim, de pernas abertas, tentando "provocar-me"; E com um sorriso nos lábios pintados de vermelho, ela diz:
-- Adoro matar-me vezes sem conta! Contar-te sempre a mesma história, e fuder-te antes de te enfiar a faca por esse pescoço tão bonito que tu tens... -- diz ela, passando as unhas compridas pela pele fina. -- ADORO ouvir-te de todas as vezes que te digo isto. Até tenho orgasmos! UI!
-- Mas porque é que me fazes isto?
Ela desata-se a rir, com um grande sorriso e os olhos em puro brilho, ela beija-me.
-- Tu também me adoras fuder! É por isso que estás sempre a vir para cá.
-- É a primeira vez que isto que me acontece. -- morde-me o lábio e desseguida o nariz, e enquanto faz alguma força para se levantar do meu colo, diz: -- Lembra-te paulo! Acho que a tua vida não é assim tão... banal como o resta da destas pessoas... Não me digas que não tens visões! Nem sentimentos estranhos sobre algo. Não me digas que nunca conseguis-te prever o futuro. -- pergunta ela por fim abismada. -- Malta, querem ver que temos aqui um paulo diferente dos outros? Ai que eu vou adorar ainda mais matar-te.
Ela puxa de uma faca, igual à que o meu outro eu trazia. Brilhante, limpa e um punho coberto de cabedal semelhante a fios de lã dourada. Colocando-se atrás de mim, ela corta-me as cordas que me amarravam. Senta-se de novo em cima de mim, levanta o vestido fino, e senta-se em cima dele, depois de me provocar a erecção.
"Um homem é capaz de conseguir ter tesão em qualquer lado e situação. Até mesmo perante a morte."

-- E sabes porque é que gosto de te fuder, matar?
-- Não.
-- Porque tu respondes sempre de maneira diferente ao que te digo, ainda que o diga da mesma forma. Tens sempre respostas diferentes. Porque a tua vida... não se resume a fazer dela a melhor coisa do mundo, mas sim a conseguir viver nela com as respostas e ajudas que os teus Eus te dão nas outras vidas, nos outros universos. Porque tu... és único. Ainda que inicies a vida sempre da mesma maneira, evoluís em cada uma delas. Tornas-te mais inteligente e capaz. És a única personagem a quem os outros podem ligar-se. És o principal, criado através de um erro. És o meu ser precioso. És quem eu mais adoro! Ensinas-me tantas coisas de cada vez que voltas para cá. És especial, porque todos te ajudam a ser cada vez melhor. E mais ninguém consegue fazer isso. És meu. Só meu!

É então, que reparo num fumo espesso e negro surgir lá mais ao fundo.
Era a porta por onde entrara. E de arrasto, trazem o meu outro eu, ainda mais ensanguentado.
Atam-no a uma das cadeiras e ela levanta-se. Caminha até ele e diz qualquer coisa que não entendo.
Enfia-lhe a faca no pescoço e decapita-o.
Volta a aproximar-se de mim e volta a sentar-se. Baloiça calmamente, e aos poucos aumenta a velocidade.
Sinto-me estranho. Sinto-me doente e mal disposto.
Vejo e ouço as pessoas gritarem, morrerem ao meu lado, enquanto sou o único a ter um dos melhores momentos. E agora apercebo-me... Os meus outros Eus não me avizaram de tal espaço, de tal mulher, de tal sala de branco. Sinto-me estranhamente vazio.


Continua...

sábado, 24 de abril de 2010

Narcisista...



Os meus braços sangram, pingando a colcha da minha cama.
Poças formam-se, pequenas, molhando-me o vestido fino.
Amordaçada, para que não me ouça falar...
Apunhalada, pelo ódio dela.

E choro-lhe para que pare de me bater, para que pare de me tratar mal...
Tento fugir, mas amarrada à cama, com as cordas a cortarem-me os tornozelos e o resto das mãos,
limito-me apenas, esperar para que ela acalme, ou me mate.

Ela rasgou-me o vestido, cortou-me o cabelo...
Violou-me, e gritou-me aos ouvidos.
Bateu-me até ouvir os osso estalarem...
Deixou-me desfigurada.

E eu gostava tanto de mim!
Adorava a curva do meu nariz pequenino.
Adorava as minhas pernas e os pés bonitos.
Maravilha-me, todas as manhãs, aquele corte de cabelo...
E os meus braços pálidos, muito magrinhos deliciavam-me de toda a vez que lhes passava a mão, esfregando.

De onde vem aquele ódio?
De onde vem?
E eu, que me adorava tanto, que me amava mais do que qualquer outra pessoa...
Adoro-me, pelo que sei, pelo que fiz, pela minha extrema beleza, pelos meus cabelos, pelas minhas mão e unhas perfeitas.
Pela minha higiene, pelos meus olhos, pelo meu nariz, pernas, pés, orgasmos... adoro-me tanto.
Mas ela, farta de ver ao espelho o meu amor por mim, mutilou-me!
Aquela parva! Aquela egoísta....


Por fim pus termo àquela misere parva!
Já sentia enjoou-os de cada vez que ela só pensava no quanto perfeito ela era...
Parti-lhe os dentes, a boca, o nariz, tudo!!


Aquele minha outra EU, tomou de assalto a minha mente...
Violou-me o ego, a minha esperança...


Agora sou perfeita!!
Agora sim estou bonita!
Com o maxilar deslocado...
O nariz rebentado, e os ossos quebrados..
Os pulsos cortados, abertos, dissecados...
A cona rasgada e as pernas abertas...
Agora sim, sinto-me bela.
Aquela puta só me andava a encher de merdas!
A transformar esta nova beldade, num monstro.


Eu tinha feito um esforço tão grande, para me tornar assim... perfeita física e psicologicamente.
Tento gritar através do pano... mas as paredes do quarto abafam qualquer tipo de som.
Estou desfeita...
Deixa-me ver ao espelho! deixa-me admirar a beleza que me resta...
Não quero pessoas ao meu lado, eu tenho-me a mim!
Eu sou perfeita que chegue.
Sou...
Pára! Tira-me daqui.
Deixa admirar-me ao espelho, ou este dia não correrá tão bem.
Deixa-me... por favor... deixa.

Múltiplo narcisismo.
Múltipla personalidade.
O meu ego cresceu tanto, ao ponto de gostar de mim mesma...
Cresceu, ao ponto de me começar a odiar a mim mesma, por me achar deslumbrantemente perfeita.
Por achar que seria mais do que qualquer outra pessoa.
Por achar... que eu daria mais a mim mesma, do que qualquer outro.
Comecei a odiar-me, ao ponto de me bater, ao ponto de mutilar a minha beleza...
Ao ponto... de deixar de respirar, apenas e só, para matar esta pessoa...


A beleza dela, faz-me chorar...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O espermatozóide em 1677...

Nome cientifico: homunculus

Em 1677,  Anton van Leeuwenhoek, holandês, descobriu o espermatozóide.
No inicio do desenho, uma escola que estudava o inicio da origem humano, colocou a hipótese de que um único ser minúsculo, era carregado na cabeça do espermatozóide, como se vê na imagem.
A única contribuição que a mãe tinha de fazer, era proteger o bebé durante a sua formação e desenvolvimento, até dar à luz.

Esta teoria era conhecida como "spermism".
E como toda a pessoa estava contida na célula/ cápsula/ cabeça/ casulo, algumas pessoas concluíram que as células do esperma, tinha Alma.
A ideia foi usada para ajudar no argumento de que, a masturbação era um pecado.

Mais informações: http://phthiraptera.blogspot.com/

Afinal o pó que andava no ar...


"Última Hora! Especialistas decidiram mandar abrir os aeroportos de toda a Europa: o pó no ar era afinal dos cachecóis dos benfiquistas!"


Afinal o pó que andava no ar... era dos cachecóis do Benfica! xD
Não festejavam à tanto tempo, que já tinham apanhado pó...

Fonte: http://tempo-de-secura.blogspot.com/

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Inocência de menina



Olha para mim, estrela.
Olha-me nos olhos, com esses teus de arco-íris.
Porque te afastas?
Porque me olhas assim...?
Brilhas tão ténue-mente, que deixei de te reconhecer no céu...
Deixei de cheirar a flor que me guiava de volta a casa...
Não me queres ouvir cantar?
Não me queres soltar no mundo?

Tão inocente, tão frágil...
O teu cabelo abraça a crueldade, e transforma-o num encaracolado indomável...
Ao passares pelos jardim desta escola, fazes as folhas voar...
Todas as outras raparigas invejam o teu mundo estranho.
Inocentes...
Novas, e sorridentes.

As aventuras, as viagens no outro lado do mundo... transformam-te intrigante.
A tua beleza choca-me, por ser tão simples e perfeita...
Os lábios pequenos e finos, arranham-me os olhos, arranham-me o coração...
A sua ilustre imagem, tem mistérios por desvendar.
O teu toque, arde, tal é o meu gosto por essa pele macia...
Vives sozinha, com os teus passos, os teus desenhos de flores e animais...
Sozinha com a tua imaginação...
O universo, para ti, criasse em cada palavra, em cada gesto...
E morre, em todos aqueles que simplesmente imaginas, e não tornas real...

Dás bolotas ao esquilo, que corre de ti desenfreado...
Acaricias a flor, de poucas pétalas, da semente que fizeste e viste crescer.
O coelho que escondes no teu quarto... "come-te" o cabelo...
Para ti será como um gato, que cuida de ti... Elas dizem que é por causa do coelho te saborear o cabelo que o tens sempre tão brilhante e limpo.
Eu digo que será pela beleza que emanas do teu cérebro.

O perfume que impregnam as tuas roupas, são rosas... são lírios e lavanda...
São aromas que invadem o salão do refeitório.
São cheiro que fazem manifesto aos portões das outras raparigas.
Que derrubam torres, que destrói-em donzelas encarceradas...

As tuas janelas, que se abrem enquanto nua,
Mostram-te crua
E ao apagar das velas,
Os olhos fecham, e dormes entre elas...
O coelho chora,
E tapa-lo em prosa.
São cobertores, Rosa!
São desertos
São escamas
De coração coberto,
Os cabelos ganham brilho, ao luar...

Elas gritam em sonhos, e tu deslumbras as majestosas lutas, criadas pela tua corajosa cavaleira...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Passeando á chuva...


Estava no ciclo da Mealhada, onde o meu pai trabalha.
Viro-me para o João, e pergunto-lhe muito convicto da minha palavra e atitude.
-- Tens medo da chuva João?
"-- Não." responde ele, juntamente com a sua expressão.
-- Então vamos.
E atirei-me à chuva, seguido por ele.
Sem chapéu, ambos nos aventurámos no mundo vazio, que se sentia fora daquela escola.

Para quê o medo? Para quê fugir?
A chuva não é tão linda?
Quer dizer, por vezes fico doente, por andar à chuva e ficar molhado, mas...
Quando fico debaixo dela, levando com os seus pingos gélidos, sinto-me livre do mundo, da suciedade, das palavras, e deixo o cheiro à terra molhada  inundar-me o nariz.

Os pingos batem-me com força, caiem, ainda assim, poucos na minha cara, cai um num lábio, nos braços desprotegidos, na minha t-shirt. Para quê fugir? Para quê correr?
Para quê ter medo?

As cadelas vão à frente, mantendo um olhar "constante" em mim, à espera de algum tipo de aprovação, algum tipo de movimento ou acção. Olhei a Sckuly, e sentia voar, ainda um pouco tímida e intrigada com aquele novo sentimento, aquele tempo não seria o primeiro, mas seria talvez um porta que se abria.
Para ela, sentir aqueles pingos, era melhor que correr, do que fugir ou brincar...
Para ela, era um novo modo de consciência, de percepção do mundo, um novo passo para a sua evolução individual de inteligência.
Naquele momento, ela crescera.
Sentira por momentos, o verdadeiro cheiro do mundo sem correntes, sem preconceitos... Sentiu a natureza do seu ser.

Já a Matilde, sentiu-se estranha, era algo "novo", algo que não conseguia compreender.
Mas também a fazia sentir-se mais livre das correntes da boa educação, das correntes do seu crescimento.
Ou talvez, elas quisessem apenas ir para casa, protegerem-se daquele frio vento, e daquela chuva pesada e inconsistente.

Mas, entre elas, eu seria sempre um pai, uma entidade superior com quem elas podiam confiar...
Logo, não existia preocupação nas suas mentes, talvez medo, talvez o instinto animal se tenha ligado por segundos, mas... desligado, depois de aprenderem, de que serem apanhadas pela chuva, era algo normal.
Talvez naquela altura, eu lhes tenha mudado a sua mente tão enraizada no instinto animal.

Os meus pais nunca me ensinaram que andar à chuva é bom. Ou que poderia andar calmamente.
Ensinaram-me, de que não deveria andar nela, pois ficaria doente, como provara centenas de vezes.
Para além da boa educação dos meus pais, ser pequeno e ver tanta gente fugir da chuva, "enraizou-se" em mim, e em cada um de vocês. Mas... com a vontade de ser diferente, de sentir e experiênciar coisas diferentes e estranhas... avancei para a chuva, um dia, com elas as duas, e senti aquilo que mais ninguém alguma vez me conseguiria dar. A paz e a calma. Sem correntes. Tal como naquele dia, em que a Matilde me molhara todo depois de se sacudir.

Foi um respirar puro, foi como mel a percorrer-me as veias, e o cérebro pode experiênciar o vazio, a anulação do instinto, a anulação de regras.
E quando olhavam para mim, com as duas cadelas encharcadas... Sentia-me "mal", mas pelo simples facto de saber que me estavam a julgar, mas ao mesmo tempo, não me importava... afinal, eu estava a aproveitar o verdadeiro momento. Abrira a porta, a janela, saíra para a rua a enfrentar a natureza violenta, crua e mãe.

Não é algo que pode ser "ensinado" ou "explicado", deve ser vivido.
Não pode ser obrigado, só porque sim, mas sim, encarado como experiência.
É para mim, um modo de vida. Viver assim. Experimentar assim. Ser assim...
Pensar fora do quadrado, pensar fora das regras, caminhar fora da estrada, sempre consciente.
Ser e existir por aqui, sem medo. Pois afinal, eu o verdadeiro mundo.
Ter medo? De quê?
Para quê fugir? Para quê, preocupar-me?!
Levo na mente a minha morte, nada é pior, nem nada será ainda pior...
Pois eu sei, de que haverá algo sempre "pior".
Haverá sempre, algo mais.
Haverá uma etapa para superar.
Será, para mim, a chuva, o meu descanso, o meu revelador.
Para quê fugir? Para quê correr...?
As vossas mentes, presas em correntes, proibida e trancada por cadeados.
Critiquem-me, pois sou eu vejo a vossa alma crua viver regida por palavras, por deuses, e regras, que em mim não cabem...


A chuva cai-me nos ombros, pesada, lamentando em murmúrios... os dias tristes que lhe nego.
Não fujas... do mundo que te acolheu.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Os Girassois também cheiram...


(Para ouvir com:)
Cracks OST

P: Porque é que o girassol se farta de rodar a cabeça e nunca apanha nenhum torcicolo?
R: Porque usa óleo vegetal! :D
by Paulo Mota

Agora copiem esta merda, e digam que foram vocês ó caralho!


Por entre o Sol morno, aqueço as minhas pétalas que reflectem a tua beleza, o teu olhar meigo, azul como o mar que nunca verei.
Não me arranques! Deixa-me ficar por aqui, com as outras.
Olha para este calo tão magro. Dou-te inveja não dou?
E as minhas folhas, que recebem energia apenas com a tua presença, voam com a brisa das tuas palavras...
São como beijos, doces, desses que as abelhas procuram... serás fonte inesgotável do teu toque único de seda...
Não serás algodão? Quase não te sinto tocar-me... enfeitiçado pelos teus lábios que me molham...
Com o som dos teus cabelos, com o som do bater do teu coração, a minha vida ganha um novo ritmo.
Viro-me para o sol, e espero que ao olhar para mim, para a minha beleza, me vejas em pormenor.

Chega-te mais perto, junto do meu núcleo tão brilhante e reluzente, e ouve, os cânticos, os poemas... sente na tua cara, o toque dos meus lábios.
Sabes a mel, cheirarás ao vento? ao luar, e ás rosas? À erva e ao pão quentinho pela manhã?

Os girassois também podem cheirar, e a menina que em frente em mim esteve, será rainha das borboletas, de onde quer que ela venha. :)

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E com este post, "anulo" assim o ódio do anterior.
Ser capaz de tal contrastes, é cativante e muito rejuvenescedor.
Poder escrever de várias formas, de várias maneiras, com vários sentidos, e sentimentos.
Ser capaz de sonhar no topo da oliveira, e de chorar, ao canto da mesma.
Ainda que escreva "bem", e para mim faço-o até muito bem, ninguém reconhece melodias de amor entre as palavras dos meus sonhos...

Adoro sentir o som florescer-me em cada nota...

Eu comi cianeto...



Trago sangue nas mãos...
Trago gritos nos bolsos...
Travado na garganta, levo cápsulas de comprimidos, que a corroem em saliva, pus e sangue.
A respiração está cortada, e tento olhar para a web-cam.
A minha cara muda de cor, os meus dedos engelham-se e tornam-se roxos.
Sinto o coração nas orelhas, e um zunido perfurar-me os tímpanos como agulhas..
As veias rebentam por dentro, o meu coração abranda, e volta a acelerar.

Debaixo dos braços, por entre as costelas, sinto a pressão do sangue partir-me umas quantas.
Sinto ossos partirem, vejo ossos rasgarem-me.
E fico ainda mais aflito, enquanto sinto dentro de mim, o meu pulmão direito, encher-se de sangue, formando um balão grande como a minha cabeça.
Do meu nariz posso ver pingos de sangue caírem, e a temperatura do corpo sobe.

Do outro lado da web-cam, vejo outros rapazes e raparigas, comerem o mesmo que eu...
Vejo gente morrer primeiro que eu, vejo gente enforcar-se, cortar os pulsos, rebentar com a própria cabeça.
Vejo... o mundo de pessoas que me compreende, e que ainda, dia algum seria meu amigo.
O cianeto acaba por matar alguns dos que estavam presentes, e eu, era o único que ainda estava vivo.
Treinara durante muito tempo, suster a respiração, quebrando dezenas de vezes o meu recorde pessoal.
Mas os 5 minutos estavam a acabar, e sentia já na garganta, um incêndio queimar todo o ar que me restava nos pulmões.

E adormeci, enquanto o cérebro rebentado me saia pelos orifícios da cabeça, a maça acefálica fazia arrancar os olhos, e o meu nariz entupir.
Rebentando por dentro, sangue fervilha e bolhas pelo meu corpo...

Os meus pais correm pelo quarto a dentro, após terem conseguido rebentar a porta ao pontapé e à martelada. A minha mãe trazia o coração nas mãos, e o meu pai uma cara de mau.
Não estava no meu corpo, e seria apenas uma alma a caminhar pelo corpo de um miúdo com problemas mentais e psíquicos. Um rapaz depravado, com uma mente completamente fudida, distorcida, paranóica e melancolicamente pedrada. Confusa e virada do avesso, como o caos criados pelos ramos de uma fogueira e o fogo.

Deparados com tal cenário, os meus pais choram, incondicionalmente, tentam empurrar para dentro o meu cérebro e olhos, tenta concertar este filho de pouco mais de 20 anos, encharcado no seu próprio sangue e merda, entre as possas de sangue, entre lençóis coloridos e repletos de desenhos simpáticos, floridos e primaveris, pintados de vermelho.
O corpo era como uma pipa de vinho vazia... era um corpo literalmente morto, borbulhando como sabão o que restava daquela mistura de cianeto com paracetamol e penicilina.
A morte foi lenta, dolorosa, e desfigurante.

Agora, dariam mais importância do que nunca.
Eles, ali deitados sobre o corpo de um filho que veneraram, que cuidaram e protegeram.
Uma taça de pó, dos cereais, estava sobre a mesa da secretária, e uma garrafa de água quase intocada.
O horror nos seus olhos dava-me forças, e eu sorria.
Violando as suas caras com os meus gestos, os meus choros fingidos.
Esta seria uma noite memorável!

Formámos assim, naquele momento, com as nossas mortes, o nosso grupo. O grupo: "Os mendigos dos sonhos efémeros".
Pobres de espírito, e os sonhos, seriam curtos, pois tínhamos medo de tudo e todos.
Medo de sair à rua, de passear, de ser cumprimentado na rua, medo do sol forte, do frio, do vento, das pessoas... fobia de o "lá fora" não ser como os nossos sonhos. Tão reais, tão vividos, tão possíveis, tão dramáticos e melódicamente adaptados ás nossas mentes estimuladas por dor.

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Mais um excelente post! :D
Este texto tem como base um documentário sobre o suicido que passou há já muitos anos no canal Odisseia.
E o cianeto, com base no filme Contacto.
Esta "dor" reflectida em palavras, este desconforto, foi criado com esse mesmo intuito, mas também para expressar a dor que sinto. Mas que escondo.
E gosto disso, desse desconforto, tal como referi em outros posts como este.
Adoro o sofrimento físico, e ainda mais o psicológico.
Adoro mar de sensações, do desconforto.
Talvez me faça sentir mais forte do que sou, mas saberão realmente?
Poderei fingir diante de vocês.
O suicídio já foi uma opção para mim, e continuar a ser... mas continuo à espera do dia.
Ainda que a vida me corra "bem", tenciono e desejo sempre desaparecer.
Talvez por não amar nada nem ninguém... mas também, quando eles partirem, quem me é mais próximo, estarei pronto para enfrentar esses medos.

Ainda que vocês, pais, digam que devo sair de casa e conhecer gente, que devia fazer amigos, e  não ser tão mau, não ser tão resmungão e violento, estar sozinho, para mim, é enfrentar algo impossível para o ser humano. É o negar amizade, e o cérebro com isso evoluí sozinho, como "sempre" fiz..
E a violência para com o meu próprio eu, tornou-se tão forte quando "A conheci", e quando "Ela" me deixou, que se enraizou como diamantes, como pântanos e raízes que rasgam terra...
Será por "ela", que sou assim, tão negativo, será culpa "dela" o facto de ser tão frio, parvo, mau, respondão...
Foi por "ela", que tive de me tornar assim, pois já que ela não me dava carinho, eu com o ódio dela por mim, torneio no meu ódio pelas coisas... pelas pessoas.
O medo e dor tornou-se parte de mim, mas que nem sempre aparece.
Hoje, conheceram-me um bocadinho mais.
Mas não pensem que por acharem que me conhecem, vou ser mais simpático para vocês, só porque vocês me "compreendem".


O cianeto nas veias faz-me cócegas...

sábado, 10 de abril de 2010

Um e um só amigo...


Deixa-me chorar...
Afasta-te de mim!
Deixa-me sonhar, deixa-me viver...


Aparece amigo, Tobias.
Que branquinho, pareces lã...

Anda, sobe para a minha mão, e ouve-me apenas, o sofrimento e a dor, destes dias confusos.
Esses olhitos pequenos, vermelhos, intrigados...
Quem sou? Não serei o "paulo", nem uma pessoa "fechada". Não me poderei "explicar" dessa forma, estaria a dizer que eu sou a cara de todos os "paulos", ou a cara de todas as pessoas "fechadas".
Aceita-me simplesmente, e ouve-me os lamúrios.
Deita-te ao meu lado, enquanto não me curo da doença.

Coça-te junto a mim, para te sentir fofo, para sentir ainda que não seja um carinho, alguém tocar-me sem medo...
Olha-me nos olhos, e sente apenas o carinho entre este desconforto, entre este coração empedermido de negro, de palavras falsas, de coisas arrepiantes que vejo, que me fizeram...

========
Não sinto qualquer vontade de escrever...
Mas que se lixe ^^

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Amor de crianças...


99% dos namoros, acontecem sempre com 2ªs intenções.
Ela tem algo que ele quer/gosta.
Ele tem algo que ela quer/gosta.
Normalmente não é só 1 coisa, mas também os há.
Quer seja pelo dinheiro, pelo tipo de família, pela área onde mora, pelos amigos, pela musica, pelos filmes, pela bravura, pela coragem, pela força, pelo físico, pelos lábios, pelo cabelo, pelos cadernos, pela postura, pela roupa, pelo perfume, pelo cheiro, pelos pais, pelas amigas, pelos amigos, pelas noites de "aventura"....
Todos eles acontecem com 2ªs intenções. À! E como é óbvio, pelo sexo.

Ora... ainda que as mulheres de "hoje", as pitas de hoje, as raparigas, as cachopas de hoje queiram alguém que gostem delas, que as tratem bem, que as ajudem na cozinha, na limpeza da casa, na educação dos filhos, que as ajudem a tornar mais fácil "todos" os trabalhos pesados que sempre fizeram, mais rápido e fácil.
Elas continuam a preferir aqueles calhaus de merda, que a única coisa que têm é músculos desenvolvidos, e não é no cérebro.... (é não mão e o corpo).

Lembram-se daquelas festas, aquelas coisas que se faziam, entre turmas, que era organizado pela turma...
E havia sempre aqueles gajos que não eram bons a nada, mas que até ajudam as raparigas, quer fosse no inicio, durante ou no fim, que faziam tudo aos colegas...?
Bom, eu era assim, fazia tudo porque os considerava meus amigos, mesmo que eles me batessem nos outros dias do ano... (hoje sou pouco amigo, muito desconfiado, e sempre atento ao tipo de personalidade de cada "pessoa" que me passe pela frente.)

Mas continuando... Ainda que esses rapazes as ajudassem no fim, nas limpezas e a arrumar tudo, elas, por muito que hoje em dia quisessem "namorar" ou estarem "casadas" com um homem assim, elas, foram CASAR com aquelas bestas das trevas, que sempre odiaram, (e ainda hoje odeiam), mas que, por alguma razão, desculpam-se dizendo que eles são "homens", são másculos e viris, são "pais-de-família".
E os coitadinhos, que sempre fizeram "tudo" para se tornarem no "homem-perfeito", são rejeitados, porque, afinal elas querem é bois e não coelhinhos...

E ainda que apesar de vocês poderem ver na rua, alguns casais com um amor verdadeiro, saudável, e com um esforço de 100% vindo de cada um, esses casais são o 1% da nossa "equação".

Quando uma pessoa fica apaixonada, ou cheia de vontade de comer a outra, a primeira coisa que desaparece do cérebro, é a realidade, a razão, e o pensar.
E farão coisas que antes achavam horrível, que odiavam, ou tinha fobia. Tudo porque, pensam, que realmente amam alguém. Mas... amar alguém não será simplesmente "passar tempo juntos", mas sim saber que ambos irão aproveitar isso. Que ambos estão em sintonia, que acima de tudo, são amigos.


Nunca namorem com alguém do qual não fossem amigos.
Os opostos não se atraem, nem completam-se. É treta!
Ter consciência, de que tanto ele como ela, querem aquilo, se preocupam com a relação, de que a amizade se junta extraordinariamente bem com o "amor", então sim, poderá ser uma boa relação.
Existem amigos que nunca na vida se apaixonariam um pelo outro, mas que se dão muito bem como amigos.
Mas... os namorados não deviam dar-se também assim?
E dão-se! Mas pelos vistos, os "amigos" são algo estranho.
Os amigos são o diário onde choram?
E os namorados? servem só para fuder e dar beijinhos? Arranjem umas putas e uns bêbados, e têm tudo isso. Não precisam de se comprometer com ninguém...

A relação que tu tens com os teus amigos mais íntimos, é diferente da relação para com o teu namorado/a?
Não lhes contas segredos? Não estás com eles? Não é alguém com quem te preocupas, com quem falas, que ajudas, prometes, "compras" presentes, fazes festas surpresas...?
Será porque... afinal aquele amigo/a intima/o é feia/o, e o teu namorado/a é o príncipe encantado?
Então, sempre parece que "namoras" com segundas intenções para além de gostar da "personalidade" dele/a, ou por vocês se "darem tão bem"...

A ultima coisa que eu quero, é não conseguir ver uma relação de um ponto elevado.
Explicando... ver tudo com clareza, sem que o meu "cérebro" seja governado pelo "amor".
Ficar cego numa situação destas, seria como caminhar com o diabo e não saber.
Se bem que, eu prefiro caminhar com o Diabo, do que com "Ele" (o vosso senhor deus).

sábado, 3 de abril de 2010

Não chores pequena...


-- Porque choras?
A menina chorava entre soluços, limpava as lágrimas e nada dizia.
-- Anda, vem comigo. Vamos caminhar um pouco.

Limpou-se e seguiu-me.
Caminhou ao meu lado, sobre aquele caminho de pedra, que rasgava aquele campo tão verde, tão brilhante, tão... magnífico.
O sol batia-nos no corpo, e aquecia-nos.
E os olhitos da rapariguita, brilhavam, entre o choro e a cara vermelha. Levava o joelho com um pequeno arranhão, que ainda assim, para ela, era um "dói-dói" demasiado grande.

Algum tempo depois, ela já brincava, saltava de pedra em pedra, com a saia suja.
Sorria, e ria. Aquele pequeno espaço iluminava-se, enchia-se de energia.
E eu, via-a apenas. Admirando o seu sorriso, a sua inocência, a sua criancice.

E de repente, vindo do nada, nuvens cinzentas encharcaram o campo que rapidamente se tornou cinzento e sem vida...
Depressa a chuva nos apanhou. Encolhemos-nos e sentimos os primeiros pingos gelados escorrerem pelo corpo, pelos braços, pela cara e cabelos.
Olhei para ela, e viu-a deslumbrar tamanha força, deslumbrar a força colossal da natureza.
Não parecia preocupada com a chuva, enquanto as centenas de pessoas à nossa volta, corria para debaixo de alguma árvore, enquanto ambos, ali no meio da tempestade, no centro do mundo, enfrentava-mos a força do frio e do vento.

Olhou para a minha mão, e agarrou-a com carinho. Mas fazer-me sentir, de que ela estaria ali comigo o que quer que viesse entre aquelas nuvens negras que escondiam o sol.
Eu, era o seu protector, e ela sentia-se bem no meio do nada.
A enfrentar os dragões dos medos.

Hoje, ela aprendeu a lição de se levantar após uma queda, e enfrentar de novo o meio que a rodeia.

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Ontem, no forum de Aveiro, enquanto eu comia um gelado e pensava numa maneira de explicar o surgimento do universo, vi um rapazito cair de cara no chão. Olhei para ele e não disse nada.
A primeira coisa que me veio à cabeça, foi o de me levantar e ajuda-lo a levantar-se.
Mas não fui capaz, algo em mim me disse para não o fazer.
Afinal, ele não estava a chorar. Olhei para trás, para ver se vinha alguém, e a mãe dele, sem correr, sem se preocupar "muito", continuo a caminhar normalmente.
Olhei para ele e... lembrei-me do que o meu pai me disse uma vez.
"Quando uma criança cai, em bebé ou não, não devemos correr nem gritar, nem ficar preocupados por isso."
é claro que temos de saber se a queda foi violenta e se magoou, ou se foi algo normal.
"Devemos deixar a criança levantar-se, e aprender de que cair não é uma coisa má."

Ele, o menino, levantou-se e continuo a correr, e a brincar com as outras 2 meninas que o seguiam.
Ele, aprendeu que cair, não é uma coisa má. E sempre que cair, pode-se levantar pois é algo natural.
Ninguém lhe vai bater por ter caído, nem lhe vai ralhar por ter sido desajeitado.