segunda-feira, 8 de junho de 2015

Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [36]


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Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [35]

Lançou-me um olhar matreiro e encostou a sua anca à minha, empurrando-o contra si enquanto me ajeitava a camisa. Não estava desengonçado, nem mal abotoado, mas a sua dança de sexo, os preliminares tinham de me conquistar e deixar completamente doido para que eu lhe cede um daqueles beijos que ela tanto adorava. Aquele tipo de beijos que a deixavam de lábios e peito a fervilhar de prazer. Um beijo que a fodia pela língua...
Beijei-a. Deliciei-me de novo nas suas curvas e parei. Se ela queria derreter-se e babar-se sobre mim, como todas as vezes que fazia cada vez que me telefonava e me falava no seu tom de voz provocador, sexy e ansioso, teria de sofrer. E esperar para poder satisfazer um desejo quase incapaz de se conter é um orgasmo por si só.
Fingi um beijo, numa aproximação sedutora dos meus lábios aos dela e declarei ao ouvido:
-- Mais logo vou levar-te a um lugar especial... -- beijei-lhe a face. De olhos bem abertos à espera do desfecho daquela frase com um final misterioso, tentou impedir-me de levantar, de caminhar, utilizando as suas mãos nas minhas, à espera da resposta que continha um segredo que a começava a devorar por dentro. As mulheres não aguentam mistérios, nem surpresas. Adoram antecipar a sua vida, mesmo sem terem qualquer tipo de controlo sobre elas.
Com um beijo rápido distraí-a, afastando o meu corpo do dela, que suava pelas mãos e lhe aquecia o rosto. Saí do escritório com um ultimo olhar e um leve sorriso, passando pela porta de vidro que me deixara entrar neste escritório agora em completo silêncio. Era quase paranóico! Sentia os olhares cravarem-se nas minhas costas.
Ao passar pela ultima secretária junto à porta, uma rapariga, de cabelos lisos e compridos, chamou-me à atenção. Com que então eras estudante... Que tarde inesquecível! Ainda sonho com a tua boca...
Pisquei-te o olho, sobre o olhar atento da tua patroa e de Madalena, e ofereci-te um ligeiro acenar de mão. Nervosa, completamente vermelha que nem um tomate, sorriste também, baixando a cabeça.

Ainda te lembras "boca de criança"?

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