sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Libertadoras de Almas


Para dentro de uma "taça" gigante vos "atiro".
A água que vos sacia a sede, sacia vos também o calor, o sol que vos queima.

De um grisalho já pouco preto, e um castanho tão escuro que parece chocolate.
Cães tão raros, tão únicos...

Quando molhadas... transforma-se no abutres, nos carrascos, em lobos...
Trazem convosco as sombras do mundo, as chaves dos aloquetes que nos trancam as janelas...
Transformam-se nos espectros libertadores de almas..

Com dificuldade em chegar à borda da "taça", Matilde esperneia, e esforça-se, molhando me aos poucos com os salpicos aflitos das suas braçadas.
Com o amor que tenho, me atiro a ti.

Molhas-me a cara, o cabelo, o corpo... e seguro-te pelo torço, puxando-te para mim, enquanto a Skuly fica cá fora a ver...
Todo molhado.. sorriu, e sinto as amarras destrancarem o meu corpo, e a minha mente...

Rasgo um sorriso na cara, e um sentimento de paz, de liberdade, de voar...
Encharcado, sem medos, sem preconceitos, sem vergonha da liberdade... e de ser diferente, sorriu e abraço os espectros sombrios.

Com o calor da liberdade, o frio transforma-se em toques suaves, em toques que exploram os meus sentidos, o meu aconchego.

O poder de ser livre e aproveitar estes momentos tão únicos, tão especiais, que serão para sempre.. memórias de almas libertadas.

O Perfume da Alma... [3]


-- Adorava ter asas.. -- mermuras-te.
-- Já as tens. -- retorqui com um sorriso, admirando-te.

Voltei a olhar para a rapariguita.
Sentia-me nostálgico, lembrava-me dos invejosos prazeres de criança, quando corria, pula e saltava...

Olhas-te-me a mão mais junto de ti, percorreste o braço e os cabelos com o olhar timido, corada... também tu me olhas-te e me admiras-te.

Lembrava-me ainda aqueles dia no campo, onde morava os avós da minha mãe... campos grandes repletos de animais, legumes, árvores... de perder a vista.
Inveja de voltar a sonhar com o mundo, de me magoar e sentir o aconchego dos animais junto de mim.
Das saudades de sentir a erva transformar-me em orvalho, e me levar por aqueles mundos de aventura.
Das saudades de sentir o frio pela manha, de acordar com o sol fraco no horizonte.
E de ressuscitar de novo, com uma taça de cereais e leite á mistura, para o novo dia que só acabava quando a fome apertava o meu coração excitado.

Das saudades... de correr por entre os animais, rebolar no chão e abraça-los a todos como peluches! ^^

Saudades... da chuva, da lama, das poças de água, e dos dias efémures de desenhos animados,
passados em casa, enrolado nos grossos cobertores que me picavam o corpo pouco protegido com camisolitas brancas de pijama, das etiquetas que me picavam o pescoço...

Saudades!! do amor dos meus avós, do carinho e atenção que sempre me deram, e que me ensinaram quando passava com eles os meus dias de criança, naquela quinta. Longe de tudo.
E tão perto do meu coração...

Voltei a olhar para ti, desvias-te o olhar e a cabeça muito repentinamente.
Estavas nervosa...
Também eu fiquei... e baixei a cabeça, olhando-te as mãos pálidas e venerando os teus dedos finos e unhas compridas.
Fechas-te-a delicadamente, como uma flor... um movimento tão delicado que enaltecia um perfume e um toque em mim, delicadeza de profunda simpatia, trazia algo frio, cheiro a rosas, um toque de gentileza e algo muito suave.

Pegas-te no lápis e continuas-te a desenhar...
Olhei o teu rosto corado e nervoso, tentavas esconder algo...


Descalcei os sapatos, aguerracei as calças e sentei-me, um pouco afastado da planta, na margem do rio, onde molhei os pés.
Olhei em volta com ambas as mãos apoiadas na margem decorada por grandes pedras.
As crianças brincavam... mas nao havia som.
Olhei para ti, e desenhavas...
Olhas-te-me... e ficas-te nervosa, e eu.. sorri algo escondido, com receio, um sorriso de apreensão..
Voltei-me para o meu reflexo, e pude ver-te...
Olhavas para mim por entre esse cabelo voador...

A flor... transformar-me ia no 2º plano do teu desenho.
Não havia linhas guia, e eram raras as correcções ao teus traços precisos.
Pintávas-me de traços firmes e demorados... sonhando nesse mundo em que me vias.
Os traços do cabelo, as costas... tudo num fervor de sentimentos inquietos e inseguros, afrodisíacos e calmos...

um desenho de amor...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Esta raiva que cresce....


Esta raiva que me cresce no peito...
Transformasse em ódio e em violência verbal.

Estou farto que falem mal do meu cabelo!
Que o querem ver cortado ou apanhado!!

Isto para mim é descriminação e obrigação de sermos quem nao queremos ser, e com o qual nao nos sentimos bem.
Eu ando com o cabelo solto, porque sempre andei com ele assim, porque gosto de me ver assim e sinto-me bonito.
Com ele apanhado, estou mais "desprotegido", sinto-me exposto e odeio tê-lo apanhado, excepto quando tenho de fazer a barba, a nao ser que o queira cortar acidentalmente.

Odiei cortá-lo quando ele estava tão bonito, tão comprido, e adorava como me ficava.
Chamem-me o que quiserem! Gosto do meu cabelo, e sou eu quem diz como é que o quer.
Nao é por causa da merda de um trabalho que o vou cortar ou apanhar.
Odeio cortá-lo, ou apanhá-lo.

Estão a fazer comigo, o mesmo que fazem com os meus cães, acham mais bonito a Matilde (lavradora) só porque é um cão de raça, e é "bonito".
Eu, continuaria a comprometer a minha vida á Skuly (cão de água, do qual não conheço a "marca") é muito mais inteligente, desconfiada, e minha irmã!!
É do meu sangue, e adoro a sua personalidade.

E se o cabelo me custar dúzia de empregos, onde terei de andar com ele apanhado, ou cortá-lo, prefiro fazê-lo, prefiro perde-los!
Mas não deixarei que me obriguem a ser quem nao sou, para mim é a mesma coisa que me despir num centro comercial, em frente a toda agente...

Para quem se perguntar, estou a falar do LIDL.
Já começaram uns rumores de que eu teria de apanhar o cabelo.
Não ouvi mais nada...

Corteio-o uma vez, e nao gostei! e nao o vou voltar a fazer.
Faz parte da minha personalidade, da minha pessoa!
Vi programas do "Extreme-Makeover", onde havia raparigas de cabelo bastante comprido, que tinham medo de o cortar, pois essa era a sua personaliade!
E em 10 raparigas, apenas umas 3 o cortou.
Se ficaram mais bonitas? -- nao é esta a pergunta que vocês se devem fazer mas:
"Sentiram-se bonitas"? -- talvez durante as primeiras 24h.

Não me sinto desconfortável por mudar de "visual" ou o modo do meu penteado que sempre uso... sinto exposto, nao me sinto ser eu. e se nao me sinto bem a "fazer" algo, nao o faço.
E nao gosto!! que me digam como tenho de ter o cabelo, nao sou escravo de ninguem, nem me impingem nada. Sou quem sou, e deviam ter isso em conta, se me tivessem dito logo de inicio no contrato que o meu cabelo solto era um problema, nao me inscrevia.

Gosto do meu cabelo, gosto de ser como sou, e ninguem me muda, nem ninguem me vai obrigar a ser e a sentir o contrário!!!
Pôr uns ganchos no cabelo, nao me importo.

===
Neste momento,( á coisa de 10 segundos) o meu pai veio-me tentar "disuadir" de agir repentinamente sobre este assunto.
Que se eu quisesse ter dinheiro, teria de engolir um pouco o (pouco) "orgulho" que me resta.

Continuo a preferir a morte, a continuar a minha vida.
A vida nao é bonita!! :S Nem nunca o será!

Continuo a nao cortar o cabelo ou a apanhá-lo.
Posso colocar uns ganchos.
Chamem-me cabeça dura, resmungão, orgulhoso, persistente, teimoso...
Coisa que nunca farão comigo é manipular-me.
Se deixo de ser quem sou por apanhar o cabelo?
Em parte... SIM!
A minha alma não é apenas interna, é também externa, e adoro-me tanto como sou, como por fora.

Já que nunca ninguém gostou, prefiro ser eu, unico e sósinho a amar quem sou.

==
às vezes.. temos de engolir sapos.
talvez o use apanhado, mas nunca me colocaram correntes no meu humano!
A força e ódio que cresce e me faz crescer... faz de mim um anti-social, adoro!, continuarei a ser a pessoa fria que sou por dentro, e que a minha [...], ajudou a criar depois da separação, até um sorriso será forçado.

Odeio toda agente!
Eu conheço-vos, e ninguém me impinge...!!

domingo, 20 de setembro de 2009

O Perfume da Alma... [2]


[Deviantart Picture: Wings by ~danceafterdark]

Levantei os olhos, para que eles matassem saudades da tua face, e tinhas um sorriso tão bonito, que o meu coração pulou de alegria.
O meu corpo recarregou energias, senti-me protegido, aconchegado no mundo obscuro que ambos partilhamos...

Nao disses-te nada, apesar de saberes.
Corei.
Tocas-te-me com o lápis na mão.
Olhei para ti, e apontavas para algo lá ao fundo, do meu lado.
-- Olha.. -- respondes-te tu, apontando com o teu olhar.
Olhei, e vi uma rapariguita dos seus 4 anos de idade, correndo... uma borboleta de cores vulgares voava acima da sua cabeça, ainda assim, a criança era persistente.

Caiu no caminho pedestre, repleto de terra.
Esmurrou o joelho, que ficara rapidamente ensanguentado.
Com os olhos cobertos de lágrimas, levantou-se olhando a borboleta, limpou os olhos com o braço e susteu o choro. Erguendo as pequenas mãos no ar, correu uma vez mais atrás da borboleta, até que... esta subiu mais alto.
Pôde simplesmente admirar o fantasioso bater das suas asas, enquanto as suas pernas ardiam de dor.
-- Adorava ter asas.. -- mermuras-te.
-- Já as tens. -- retorqui com um sorriso, admirando-te.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Nova Geração?


[Deviantart Picture: Teenager by ~Quoo]

odeio esta nova geração!hmmm
a vossa geração.
porque vocês só têm 12 e 13 anos, e parecem ter 16 e 17..
quando na verdade, nem sabem estar.
querem sê-lo demasiado cedo, e serão para sempre pessoas com mentalidade inferior, porque cresceram depressa demais.
com tecnologia nas maos.
alguma vez um filho meu na pré, ou no ciclo ou no liceu andaria com um telemóvel?
ou com 5 anos teria um portátil?
era só o que mais faltava!
para além de que, vocês nunca saberão o que é crescer, ser criança e ver desenhos animados!
hoje em dia os desenhos animados é só violência, e porrada, e asneiras, e narutos, e coisas estupidas...
no meu tempo, viamos o jardim da celeste, a rua sésamo, Dora (o cavalo), Zás Trás, bué-ré-ré, ren and stimpy, Sayler Moon, os Cavaleiros do zodiaco e uma catrefada de desenhos sem violencia..
e o unico que havia de "violento" era o DragonBall.
até viamos a heidi, o marco, a abelha maia, e o battaton.
brincávamos o dia todo com bonecos, e carros, e bonecas, e roupas dos bonecos, e construíamos casas com lego, e brincávamos ás guerras com os tropas de plástico, e fazíamos puzzles...
agora.. o que é que vocês têm?:S

"nova" geração, que nao é geração, para ser sincero... é uma "revolução" sem justificação nenhuma.
alguma vez, nós no nosso tempo, saiamos para aqui ou acolá sem dizer para onde íamos?
ou ficávamos até ás tantas da noite na bebdeira, a fuder gajas e gajos, e a a fumar?
quem o fazia, era maior de idade, e a revolução era a das calças de ganga, da musica extrema... e agora? :S
é tokios hotel para aqui e acolá, musicas todas igualsinhas...
vocês nao sabem o que é brincar, sabem é mexer em telemóveis, no computador portatil/ fixo, estar nos hi5's, no youtube, myspace e facebook's:S
"vocês" nascem quase que parece, obrigados!! para se tornarem adultos o mais depressa possível.,
e espero que nao estraguem, nem portugal nem o mundo...
a culpa simplesmente nao é vossa, é dos vossos pais.
e dos meios de comunicação.
os pais já nem querem ser pais, e dão-vos tudo...
quando eu era criança, com 10 anos, quem comprava o meu lego era eu com o meu dinheiro que ía sempre juntando. e agora?:S vocês chegam ao pé dos vossos pais, e pedem 50€ e dão-vos.
os padrinhos, dão mais 200€, e os tios, e os avós.
não têm a mínima noção do que é gerir o vosso dinheiro, é gastar a torto e a direito.
e de onde vem 50€ vem mais 100€ e 200€
vocês hoje têm demasiado.
nao, nao é por serem novos tempos que vocês têm demasiado, é porque os pais já nao sabem nem querem agir como tal.
nascem a querer ser adultos, antes ainda de saberem gatinhar.

O berço está a tornar-se demasiado pequeno para se deitarem....

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Perfume da Alma...


[Deviantart Picture: :JARI GOTH 42: by ~DarkBeCky-StOcK]

Olho-te ao longe, sentada num banco do jardim, junto ao rio.
Vestida de preto, com os teus cabelos loiros que esvoaçam no vento.

Tinhas vestido algo, muito requintado, sedoso, e suave, muito aristocrata, de várias camadas.
A saia... escondia todo o teu eu, do mundo exterior, o que te permitia correr e saltitar por entre cada pensamento, desejo, criação... sem temer.

Desenhavas algo num caderno de folhas brancas, parecia uma flor, que estava junto ao rio.
Vi o fio de um suposto headphone, sair-te pelos cabelos brilhantes. E não te disse nada.
Sentei-me ao teu lado, e podia ver o teu Iphone em cima da saia.
Ouvi a tua musica, quase como um sussurro calmo... podia jurar que era Dark Sanctuary!
Musica calma, sombria, bela, inspiradora de nostalgias.

Eu sabia que sentias a minha presença, mas não me olhas-te.
Continuavas místicamente enfeitiçada por aquela flor tão invulgar, e ainda assim, que despertava um intenso fervor no meu corpo, dizendo à minha mão para a alcançar e recolhe-la junto dos objectos estranhos e belos.

Ao olhar-te mais em pormenor, apercebi-me de que estavas de pernas cruzadas, e usavas umas botas de salto alto, mas a sua parte frontal nao era fina, como estava á espera, era de um redondo que demonstrava grande conforto.

Olhei-te para a face, quase escondida por esse cabelo guerreiro, que lutava com o vento ao lado do sol... e tu, fitas-me os olhos pequenos e sempre curiosos, tão abruptamente como a brisa forte que te destapa a cara dos cabelos longos, por meros segundos.
tão azuis, tão grandes, lábios vermelhos e carnudos, e o nariz... tão fino e bonito.
Nesse momento, o meu mundo estremeceu, e a minha alma esboçou um sorriso.
Que rapariga tão bonita, tão mística, tão diferente e única, tão sombria, sensual...

Olhei para o chão, corado, pensando que me acharias criança, um rapaz da minha idade "nao deve" parecer uma criança, ou mostrar os seus sentimentos emocionais, tão frágeis quanto os de uma rapariga.

Entre os meus cabelos compridos, e cara tapada, quase que assumindo as culpas por ter espreitado para o teu espaço... o teu mundo; vejo-te pausar a musica. Pousas o caderno na perna, e com o teu cuidado tão femenino e gentil, tiras o headphone do ouvido mais perto de mim, e poisas o lápis e a borracha branca. De um branco tão pálido que parecia um pedaço de nuvem.

"-- É bonita não é?" -- dizes, contemplando e redesenhando todos os traços perfeitos da flor. E qual não é o meu espanto, de que um ser já tão magnifico e iluminado, sai a voz mais doce, meiga e sensível que alguma vez ouvira.
Estremeci de tamanha gentileza que transportavas nas tuas palavras.
"-- Sim, é." -- digo sorrindo, erguendo a cabeça.
Olho para as tuas mãos, e tinhas vestido um Mitene para braços, que te tapava também as costas da mão. As unhas pretas, faziam-me entrar devagarinho no teu mundo secreto.

Levantei os olhos, para que eles matassem saudades da tua face, e tinhas um sorriso tão bonito, que o meu coração pulou de alegria.
O meu corpo recarregou energias, senti-me protegido, aconchegado no mundo obscuro que ambos partilhamos...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

sinto-me fritar... cala-te!


[Deviantart Picture: Shh, this is gonna hurt. by ~PisikeP2takas]

O meu cérebro frita...
Ora tenho de estar calado e ignorar, ora tenho de falar e seguir a corrente.

Nao posso ignorar as emoções, nem os concelhos, nem deixar de me preocupar..
mas contudo.. nao posso deixar ser manipulado pelo meu cérebro regido pelas regras da suciedade.
como se fossem regras escritas nas paredes do meu cérebro.

Tenho apenas de "seguir a corrente", mas sempre consciente, ser tolerante, deixar-me levar um pouco.
O meu eu, pede-me para nao pisar a linha que me separa das "pessoas", e o do que me mantêm humano.

Nao posso "mudar" os processos.
Mas se aprender antes, o processo acaba.
(Os processos para mim, são aquilo ao que as pessoas dizem: "ainda vais acordar..")
Nao posso simplesmente tentar muda-los, ou tentar nao seguir o que o meu cérebro diz.
Á coisas no nosso cérebro que nao se apagam nem se mudam, é um código que todos temos.

Mas.. ainda assim, fiz tanto, mas o meu cérebro frita.
Sempre a processar, sempre a pensar no que fazer, no que dizer, em como dizer.
E nao me importo, mas importo-me em sentir bem, mentalmente saudável.
E tantos pensamentos, deixam-me esgotado.

À coisas que tenho de aceitar... mas compreender porque ajo assim! :)

Tudo seria mais fácil se nao houvessem regras de suciedade.
Cala-te! gostava de perceber como ficas-te assim!!
Era tudo mais fácil se fosse como todos os outros? inconsciente dos processos do seu cérebro?
sim! odeio é sentir que nao me conheço.
que nao me consigo controlar, e eu? estou mais que controlado.

Cala-te antes de dizeres merda! Mas fala, sem receios...

domingo, 13 de setembro de 2009

porque damos demasiada atenção?

[Deviantart Picture: be my friend by =Tamsoo7a]

Porque é que damos demasiada atenção.. a algo que nos acontece?
Do género,
"-- Ele podia ter estado quieto, mas não."
e chatear-mo-nos com coisas que... são tão insignificantes, e ainda assim, chatearmos e dar-mos atenção ao que nos acontece, ao que acontece com os outros?
"porque aquela anda com aquele, e ele não gosta dela..., e ela é isto, e ele é aquilo..."
Porquê? porque damos importância a este tipo de coisas?
porque nos preocupamos com os assuntos dos outros?
ou porque falamos e comentamos?

É para troca de informação?
para nos sentirmos mais valorizados?
é por darmos atenção a assuntos que acontecem a todos, que ficamos aliviados?
como se tivéssemos a desabafar com alguém...?

Eu diria.. que somos assim porque os processos criam essas situações.. para aprendermos... ou simplesmente.. perceber o que os outros fizeram de mal, para que não façamos o mesmo.

Mas ainda assim... apesar de me ajudar, e apesar de serem processos que não conheço, nem quando surgem, quero e consegui mudar isso.
porquê bloquear essa aprendizagem?
Eu nao vejo as coisas dessa forma, vejo sim, como um desafio ás minhas capacidades.
Faço-o um bocadinho por impulso, por ser diferente, à força sim!, mas serei sempre eu mesmo!
Serei melhor, eu vejo as coisas assim, e esta é a minha opinião.
Controlarei melhor o que sinto, o que vejo, o que falo...
Desejo de voltar a dominar o que sou...

Situações/ processos que acontecem a todos, são úteis... para qualquer um.
Mas eu não sou como vocês, gosto de me aventurar na estranhas do meu sêr! e ser quem eu quero realmente.

Deixar de "fofoquices", deixar de "perder o meu tempo" com os outros, com tudo, e comigo.
Ser.. consciente!

domingo, 6 de setembro de 2009

A minha primeira "bicicleta"...



[Deviantart Picture: My First Bike by *kannibaldevotchka]

A minha primeira "bicicleta" ou pelo menos veiculo com rodas, foram uns triciclos.
Uma galinha, toda em vermelha, e um pato amarelo, nao me lembro bem.
Lembro-me de passear com o meu irmão pela rua, a fazer as nossas corridas de "alta-velocidade", enquanto reproduzíamos o pequeno motor "existente" naquele pedaço de brinquedo.
Pedaço, pois era algo também muito sentimental, e nosso.
Era o nosso veiculo, a nossa nave, onde partíamos em descoberta do mundo, do nosso grande universo.

Brincava-mos sempre que nos deixavam e podíamos.
Tudos os bonecos, legos, carros, e desenhos animados eram completamente postos de parte...
e lá íamos nós, montar nas nossas naves, em busca de mais um dia de "salvamento".
São grandes as saudades desse tempo, desse tempo de criança... onde...
simplesmente podíamos ser crianças e brincar o tempo inteiro, inventar e criar algo novo todos os dias...
Saudades... do desconhecimento deste mundo gigante, do desconhecimento da palavra dinheiro, preocupação, tempo, horas, dias.. e noites.
Saudades do nosso mundo, onde tudo era perfeito e simples... tirando as perguntas de meninos curiosos que fomos e somos.

Saudades.. de me sentir de novo criança!

Em relação á minha primeira vez a andar de bicicleta... lembro-me de atravessar a estrada de um lado ao outro sem conseguir meter os pés aos pedais, ou chegar com as maos aos travões... e bater num muro. nao me magoei, mas o meu pai ralhou comigo.
montado numa bicicleta maior do que eu... é o que dá.

Mas... todos os momentos com os nossos pais, são momentos de "primeira vez de bicicleta".
Onde aprendemos, caímos, onde somos inexperientes e caímos novamente.
E eles... estaram sempre lá para nos ajudar a levantar e tentar de novo, ensinar-nos a cair, e a limpar-nos os joelhos e as mãos ensanguentadas que tanto nos ardem...
E ficaram ao nosso lado, quando nos tirarem a(s) rodinha(s), e tornar-mo-nos, crescermos no mundo que floresce a cada pedalada.

Porque aprender a andar de bicicleta não é simplesmente aprender a andar de bicicleta, é aprender desde de pequeninos o que a vida tem para nos oferecer, e que, dependendo de tudo o que nos possa acontecer.... os nossos pais estarão ao nosso lado, para nos ajudarem a levantar e salvar-nos dos monstros. :)

O que é "espectacular"?



[Picture Link: http://genesecriacionismo.blogspot.com/2009_02_01_archive.html]

O que é, ou como se descreve o amor?
talvez se começar-mos por algo menos... "complicado", nos ajude.

Espectacular.
Porque é que.. dizemos que algo é espectacular?
por ser... bonito? (e o que dizemos por bonito?)
por ser.. algo que não conseguimos recriar novamente?
por.. nunca termos vistos algo assim.
por ser "impossível" de reproduzir, com os nossos meios tecnológicos.
por ser.. algo que existe apenas sonhado, algo que apenas a nossa imaginação pode criar?
mas... isto continua a deixar e a criar novas perguntas sobre o que é, e o que significa realmente o "espectacular".

espectacular, é.. ou pode ser, algo que nao entendemos!?
algo que é fascinante (e o que dizemos por fascinante?), e do qual o cérebro começou.. naquele preciso momento, a adquirir informações sobre, aquele "objecto" ou aquela coisa que nos "fascinou", que nos "espantou", "deslumbrou"...

Espectacular... pode ser uma forma de o nosso cérebro mostrar interesse por algo que nunca viu antes, pode-se dizer que é a curiosidade que cria e suscita na mente esse "interesse" pela "coisa".
Pela vontade de conhecer e tentar entender a "coisa", mas.. no qual, nunca terá a oportunidade. E a única coisa que guarda é essa "fotografia" ou a "coisa" para si, como sendo algo que não consegue explicar.. talvez sozinho.
É algo que.. simplesmente existe. sem "nenhuma razão", sem possíveis explicações.

Mas... ainda assim, o "espectacular" da "coisa", não está bem "identificado" porque...
o espectacular vai variar de pessoa para pessoa, e da maneira como se desenvolve.

O "espectacular" pode ainda ser uma pedra, um rio, um animal, uma cor, um cheiro, uma paisagem, um sonho...
"espectacular" é a nossa maneira de demonstra o quanto interessado está o nosso cérebro pela "coisa", pela vontade de compreender ou simplesmente adquirir informação sobre algo que nunca viu... talvez seja ainda... o desencriptar de toda a informação do nosso cérebro, á procura de algo que já tenhamos visto, igual á "coisa".

Espectacular, é o suscitar de várias zonas do nosso cérebro, que tentam ao mesmo tempo, "admirar", "perceber", "conhecer", "aprender" e "procurar" (no cérebro algo identico), para que possamos associar a esse "objecto" um sentimento.

o "espectacular" está agora... talvez para alguns, quase explicado, mas... ainda falta explicar muitos dos.. "sentimentos" ( e o que dizemos por sentimentos?) inerentes/ agregados ao "espectacular" da "coisa".
Porque.. esses "sentimentos" em causa, são processados através de imagens/videos do nosso passado... sobre coisas identicamente "espectaculares".

Ainda assim... o "espectacular" foi explicado. talvez não totalmente "compreendido", ou "dissecado" totalmente

Mesmo o significado atribuido a várias coisas pelas pessoas seja devido ao facto de todas "sentirem" de maneira diferente a "coisa", todas estas explicações e exemplos são verdadeiras para todas elas... pois o cérebro é regido por regras rigidas que ele próprio implementa...
mas contudo!! haverá pessoas que conseguem "re-programar" essas regras.

E são essas... que conseguem explicar melhor.
Não direi que sou a pessoa perfeita para explicar mas.. também eu me "re-programei", e o primeiro passo é compreender o porquê desse sentimento e como/ quando acontece, para puder e conseguir manipular esses processos.

[Picture Link: http://genesecriacionismo.blogspot.com/2009_02_01_archive.html]

O que dizemos por "amor"?
o que é? ou como pode ser explicado?
O amor sentido pela cara-metade, é algo ligado por "sentimentos" (e o que dizemos por sentimentos?).
básicamente é isso, são "sensações", "estados de espírito", emoções.
Mas... o amor pela outra pessoa é,
o cérebro gostar de "partilhar" a quimica de cada um.
é algo bastante mais instintivo e "animalesco" do que pensam, por isso...
partiremos dessa base, ou da menor base possivel do que é o "amor animal", e tentaremos dissecar essas "sensações" de amor para melhor entendermos.

no próximo post...
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Nenhuma das imagens é desenho, pintura, ou desenho digital, ou algo ficticio...
Esta imagens foram tiradas por um telescópio á: Nebulosa de Órion
Um filme que recomendo a todos verem é: Contacto.
Link: http://osfilmescinema.blogspot.com/2008/02/contacto-contact.html

terça-feira, 1 de setembro de 2009

paulo... [2]



[Deviantart Picture: Surrender by *FaerieNymph]

-- Onde estás?
-- Aqui... no meu mundo. À beira do precipício. Atiram-me pedras...
-- Reage!...
-- Já o fiz. Saltei, e dei o passo em frente.
Toda a vida me passa diante dos olhos, enquanto vejo o vazio engolir-me.
O nevoeiro cobre toda a entrada deste abismo profundo.. sombrio, e tão gigantemente descomunal.
Enquanto salto, com um sorriso, abrindo os braços a esta vida, todos os meus ossos tremem.
O meu coração pára... caio.
Todo aquele negro que me pinta,
todo aquele negro que esconde o brilho dos meus olhos, apagam-me.
Fazem-me esquecer a dor.. os sentimentos, os problemas, e por fim... todo o meu cérebro descança.
Como nunca descansou antes! tão ténue os seus pensamentos, que apenas comando agora o bombear de sangue. tão escuro... tão vazio.

Voo. e tudo "assobia" ao vento.
As minhas roupas pretas arrancam-se, num rasgar e puxão tão forte, que me vergam e marcam o corpo como ferro em brasa.

Nu.. á mercê do que me espera na goela deste monstro, tudo o que me passa pela cabeça é simplesmente... nada.
Sem remorsos do meu mundo, sem medos, sem pena, sem vergonha, da pessoa que fui.
apenas ódio de mim mesmo. mas esse... nada tem importância para o sitio onde me vou.


[Deviantart Picture: run for your life by ~odderNatha]

O vento corta-me os olhos, e deixo de respirar.
-- Para onde vais?
-- Para o mundo que pertenço. Onde posso continuar a ser quem fui.
Mas renascer e tentar de novo!
SIM! tentar de novo.
-- O que te aconteceu?
-- tudo, simplesmente quero tentar de novo! (Encontro-me no topo de uma planície verdejante, a sua erva é alta...
as marcas que me vergam pelo corpo, enchem-se de sangue... caminho para a beira, sentido a brisa passar-me pelos cabelos e ardendo nos meus braços e corpo. olho para baixo.)
-- Vais saltar?
-- Nao! Vou correr!
viro-me.. e correndo, com tanta força que guardo no peito, me afasto de ti... com um sorriso largo no coração.
Estás longe. :)
Estou feliz por MIM!

[Deviantart Picture: brother and sister by ~like-yesterday]

Corro neste meu mundo sem fim,
procurando pelo meu banco e o meu jardim.

Para sempre....

Hyubris - Canção de Embalar [Cover]

Herois... D. Sebastião


[Picture location: http://revhelio.blogspot.com/2008/08/quem-o-seu-super-heri-15082008.html]

Tenho andado a pensar nisto nos ultimos dias...
Tenho reparado que na RTP2 têm passado muitos desenhos sobre heróis americanos.
Super-Homem, etc.
E nas camisolas da zara, tem surgido uma nova moda com camisolas de super heróis.

E.. como estão aí a vir as eleições, pensei que... isto, fosse alguma mensagem "subliminar", ou um sinal.
Parece que é o trazer de um sinal de esperança, e a Manuela Fereira Leite,parece-me ser a esperança.
Acho que vai ganhar, e parece trazer com ela um ar mais descontraído, inovador e decidido!

Será D. Sebastião... a surgir num país que "o" asseia à muito.
Será mesmo ela que nos colocará de volta no nosso lugar?
E devolver a "esperança"?

Este novo Sebastião parece ter garra para lutar!

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Chamem-me o que quiserem, e pensem o que quiserem. :) xD
Apenas é uma ideia e uma teoria minha. ;)