quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Crianças sem sonhos...


Hoje em dia, as crianças têm um papel mais importante na vida "social", no seio familiar, para um pais, do que tinha antes do fim do século 18. Pelo qe vi num documentário francês sobre a criança.

A importância da criança para o país, a longo prazo, e a compreensão de que cada criança é importante e não deve ser rejeitada, que deve ter educação, uma boa alimentação e saudável, "começou" na Inglaterra numa altura em que não havia rapazes para combater na guerra. Esta transformação da visão que as pessoas tinham sobre as crianças, alterou-se quase repentina-me. Fábricas começaram a surgir para criar brinquedos, roupas. Se as crianças fossem saudáveis e vivessem mais tempo, significa que haveria mais soldados prontos a combater. Na altura em cada 10 crianças, 9 não chegavam à idade adulta.
Foi necessário esta mudança para que a criança tivesse um significado profundo para o futuro do país. A criança tinha agora uma família, e era importante. O seu futuro era importante.

A igreja foi a primeira a denegrir os actos de "poligamia", filhos ilegítimos e bastardos. Tudo o que não provinha de um casal de duas pessoas, era considerado algo terrível. Essa ideia dos casamentos monogâmicos, só surgiu perto dos finais do século 12, onde as igrejas se começaram a fartar de ver tantas crianças entrar nas igrejas, deixadas ao abandono.
A relação entre pais e filhos nessa altura era fria, sem amor e carinho. Os bebés morriam prematuramente, e em cada 8 crianças que uma mulher pudesse ter, apenas 4 deles, com muita dificuldade, conseguiam chegar à adolescência. Não só devido às doenças, mas também à falta de dinheiro, de comida para puder sustentar.

Na roma não havia quartos, nem portas. Comiam todos juntos, não havia mesas separadas. Faziam as necessidades todos juntos, fazem sexo todos juntos, e dormiam todos juntos. Não existia a palavra vergonha. Tudo se fazia sem pudor.

Também é importante referir que Napoleão Bonaparte, foi um dos principais "criadores" das educação obrigatória. Todas as crianças deviam ser alfabetizadas, irem à escola. Criou o sistema "nacional" de saúde como hoje o conhecemos, todos têm direito à vacinação. Implementou um sistema de canalização, para que todas as pessoas tivessem direito à higiéne. Não foi um monstro, foi um revolucionário. Odiava a sujidade.

Hoje as crianças são educadas para serem formadas, terem um curso universitário. Não nego a escolaridade obrigatória até ao 12º ano, mas sermos quase que obrigados pela sociedade, pais, amigos, familiares, vizinhos, revistas, músicas, filmes e televisão, a tornar-mo-nos em doutores, e engenheiros, torna a nossa existência, a existência do ser humano, numa brincadeira para com as nossas capacidades únicas como seres inteligentes e curiosos que somos por natureza.


Estamos a esmagar a criatividade e a originalidade que todos temos, porque o que nos ensinam na escola, única e exclusivamente, é: "Se errares, se não estudares, nunca vais ser ninguém na vida!", "Errar é errado e deves ter medo!".

O que nós, pais e professores, devemos fazer é precisamente o contrário! Devemos ensinar aos nossos filhos que errar é apenas mais um processo de aprendizagem. E não estou a falar do fazer algo errado como roubar, matar, bater, insultar... Falo de que não devem ter medo de cair, nem de ter vergonha por dizerem algo. Que não devem ter medo de errar a uma conta, a ler, a escrever, a Aprender. Não se deve dizer que é errado interpretar algo de uma forma totalmente diferente da que os próprios professores ensinam. Óbvio que ajuda à percepção, mas até eu às vezes tenho algumas dificuldades. Não é errado brincar com bonecas, com carros, com camiões. Não é errado nem devem ter medo de chorar, de desabafar, de serem diferentes! E do que a sociedade se aproveita, é da "facilidade" com que as crianças são influenciadas, pois tudo à sua volta lhes diz o que devem fazer, como fazer, o que dizer, como serem, como agir, como escrever, o que escrever, o que dançar, o que não dançar, para criarem grupos de crianças às quais consigam vender. As modas das roupas são o melhor caso, e o pior deles todos! A moda da música, demonstra que o cérebro das crianças não evolui segundo elas mesmas, mas segundo a maneira que as empresas querem que cresça. As crianças de hoje são controláveis!! E isso é um perigo!

Acabou-se com a diversidade de habilidades que cada pessoa tem, para só se aceitar na sociedade pessoas com capacidades "normais" e que estejam dentro dos paramentos normais de um país/empresa. Dá-se tão poucos créditos aos cientistas, aos fisicos, aos filósofos, inventores, camionistas, pedreiros, electricistas, mulheres a dias, empregados de mesa, empregados de balcão, linguistas, tradutores, controladores de tráfego, escritores.... pessoas muito mais importantes do que aqueles estudantes que acabam de sair quentinhos da universidade!! Porque quem lhes limpa as sanitas, são pessoas importantes, quem lhes fez a casa, quem faz a instalação eléctrica, que limpa as ruas, quem lhes diz o que tomar para a dor de cabeça ou para as dores de garganta, se calhar, e muito provavelmente, é muito, e são, muito mais importantes do que um engenheiro. E no fim de tudo, tudo se conjuga, mas quem fica com os louros todos, são aquelas ovelhas, padronizadas e moldadas à sociedade de hoje.

Nós estudamos para termos um emprego, trabalhos para ter dinheiro, temos dinheiro para comprar comida, compramos comida para sobreviver! A nossa "vida" perfeita como a desenhamos, toda esta sociedade, este consumismo, modas, e publicidade são apenas e só, uma maneira de nos controlarem enquanto população, e para nos entreterem o cérebro. Todos os dias somos bombardeados com publicidade para comprar isto e aquilo. Nós vivemos para trabalhar! E trabalhamos para sobreviver!

E o que devia ser feito, era cortar em todos os impostos que existem, e tudo o que se quisesse-se criar, construir, adquirir, inventar, fazia-se! Sem se pagar um tostão! E se essa prática existisse em todo o mundo, acreditem que à mais de 100 anos que estaríamos tecnologicamente e medicamente mais avançados. Mas é por sermos controlado por todo um conjunto de factores, desde o dinheiro à ideia que "auto-satisfação" que nos impingiram ao logo dos vários anos da nossa vida, somos meras ovelhas que apenas se podem tornar diferentes sem muito exagero, ou sem sair muito do carreiro.
O que estamos a fazer neste momento, é a criar crianças sem qualquer tipo de felicidade. Crianças sem originalidade ou talento, sem criatividade. E isso é um problema grave para o futuro das nossas gerações, pois perdemos tudo aquilo que nos define como humanos. A criatividade.

Precisamos de reestruturar a educação que existe nas escolas. Introduzir a dança, as artes, a música. Digo isto porque na minha altura tudo parecia durar pouco tempo. A música devia fazer parte do infantário, Mozart, Beethoven, entre muitos músicos. Ouvirem histórias ao som de alguma música, ouvirem poemas e incutir-lhes a leitura desde cedo, tal como a dança deveria ser algo natural e não programado para qualquer que fosse o dia da semana. A música devia ser algo natural, estar presente nas brincadeiras. Dar e criar espaço para que as crianças possam voar.
Deixarem folhas e lápis de cores disponíveis, deixarem instrumentos de música e puzzles. Iriam fazer barulho?! Iria parecer que tinham começado uma revolução ou estoirado alguma guerra, mas seria importante que fossem livres! Porque não é o barulho que os vai fazer ficar surdos ou desrespeitadores, é a falta dessa liberdade que cria pessoas frustradas, stressadas, infelizes com as escolhas das suas vidas. Toda a criança é um terreno fértil para cultivar e manter em máximos cuidados. É importante também dizer, que se deve "sempre" incentivar a criança a ser autónoma e auto didáctica. Que por auto-recriação queira aprender, conhecer mais, ir mais longe, subir ou descer um monte de areia, sem medos, sem receios. Todas devem ter o direito, a liberdade e a disponibilidade de poderem crescer com todas e quaisquer influencias. Porque nem todas têm a disponibilidade de crescerem por falta de pais em casa ou de uma entidade que saiba e compreenda o que é ser criança, e o que é cuidar de uma mente tão jovem e entusiasmada como a de uma criança... é um assunto que deve ser levado a sério, e algo que não deve ser posto de lado até à altura do parto. Todo e qualquer pai, deve ter a consciencia de que para um filho ser e permanecer "humano", feliz e capaz de se compreender a ele a ao mundo que o rodeia, é necessário muito mais do que apenas carinhos, é necessário estar presente, e dar-lhe o maior número de experiências que ele conseguir compreender e perceber. Um bebé não compreende uma paisagem, mas é importante sair com ele e mostrar-lhe, e atenção!, expo-lo aos sentimentos dos próprios pais. Permitir que os bebés explorem o som da natureza, do vento, das folhas, das árvores. Proporcionar-lhes um local, em casa, ou fora dela, de aprendizagem.

O cheiro influencia, a música de fundo influencia, as emoções dos pais influencia, as cores, os brinquedos, os sons, o calor, o frio de uma divisão, a presença dos pais na mesma sala onde brinca ou dorme o bebé. As histórias de dormir, a alimentação, os banhos, os tpc's, os amigos, os animais domésticos, os tapetes, o chão de tacos ou de azulejo, a banheira, a roupa e o cheiro do champô... tudo influencia a mente de uma criança. Não podemos que tudo se realize como idealizamos, mas podemos ajudar os nossos filhos a serem mais felizes, inteligentes, educados e capazes de concretizar os seus sonhos.

Um grande problema que as crianças enfrentam hoje na nossa sociedade, é o tempo. A falta dele para ser mais concreto. Hoje em dia, as crianças não têm tempo para serem crianças! Depois da escola vão para ATL's onde fazem os deveres, e não têm muito tempo para brincar. Têm actividades. Têm espaço para brincar, mas será o espaço mais adequado? Lá! Nos ATL's, todas são educadas e ensinadas da mesma maneira, mas não com o mesmo tempo. Não existe um espaço onde a criança possa realmente brincar, aprender ou desenhar e até mesmo comer ao tempo dela. Não digo que não se deva puxar mais por alguém, mas faltar-lhe com as ajudas é que não!
-- "Ou és como os outros... ou és um inadaptável que vai ter problemas para o resto da vida!"
É isto que ensinam! É isto que dizem às nossas crianças! E isso é um problema muito grave!
Porque para além dos ATL's para lhes ocupar o tempo "livre", aos fins de semanas, os pais colocam-nos nos mesmos ATL's, ao cuidado de avós, ou em actividades como os escuteiros, catequese, igreja, futeboll, etc etc... quando se calhar, o que deviam fazer com os seus filhos era ir passear, ainda que alguns pais não possam, passear pelo parque, castelos, monumentos, algo lúdico e educativo! Os escuteiros também ensinam muita coisa, mas num local onde se usa uniforme, para além de introduzirem a "disciplina" e a "ordem" nestas crianças desde cedo, obrigam-nas a serem iguais às outras.

Neste pais, as próprias crianças, chegam ao ponto de se preocuparem com as roupas umas das outras, como referi num texto anteriormente. A sociedade ainda não compreendeu a necessidade real que as crianças têm para o futuro de tudo. Quer dos próprios pais, quer do país e do mundo!
É importante haver diversidade de talentos, é fundamental abrir-lhes os horizontes. Se todos fossemos para médicos, não haveria casas, se todos fossemos para economia, informática, gestão empresarial, psicologia, contabilistas ou advocacia, não haveria músicos, dançarinos, escritores, não haveria filmes, realizadores, editores de imagem, de som, fotógrafos, cientistas, físicos, biólogos, e os edifícios antigos não ficariam de pé, se não houvessem , não compreenderíamos a nossa história sem os historiadores. Não haveria pratos onde comer ou fazer o comer, se não existissem escultores, não haveria colheres, facas, nem revistas... não haveria roupa diferente sem designers de roupa.

Hoje em dia, não haveria fraldas descartáveis se não tivéssemos ido ao espaço. Não haveria telefones sem satélites.

É importante haver diversidade. É importante dar às nossas crianças a melhor educação e também prepará-las para a o "mundo lá fora". Mostrares-lhes de que podem seguir o sonho delas sem se sentirem pressionas por barreiras ou medos.

Uma criança sem sonhos, é uma criança sem futuro e sem vida. Uma criança com medos e incertezas, é uma criança que desconhece o que é ser feliz e viver feliz.

Nós criamos bebés! Não criamos adultos!
Nós ensinamos crianças! Não criamos engenheiros!
Porque quando alguém segue para a universidade, essa pessoa está a seguir um sonho pessoal e não uma obrigação de estatuto pessoal imposta pela sociedade. Ou pelo menos assim devia ser.

Sem liberdade não há grandes génios. E a liberdade, como já foi referida, é algo muito importante em ter em conta quando introduzirmos as mentes das nossas crianças à diversidade de experiências, quer sejam físicas, olfactivas, visuais, auditivas ou paladar que a natureza nos proporciona.

Nós não somos o "mundo", apenas vivemos na natureza, em caixas de betão...


To me, human communities depend upon a diversity of talent, not a singular conception of ability.
"A three year-old is not half a six year-old." They're three.

by Ken Robinson
Fonte: [link]

Ver:
http://www.ted.com/talks/elizabeth_gilbert_on_genius.html
http://www.ted.com/talks/ken_robinson_says_schools_kill_creativity.html
http://www.ted.com/talks/janet_echelman.html
http://www.ted.com/talks/sir_ken_robinson_bring_on_the_revolution.html

http://apluschildrensbooks.com/2011/12/15/tips-reading-childrens-books-aloud-interesting/
http://www.theupbeatdad.com/

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Um amor... o meu único amor...


Quero segurar na tua mão e cuidar de ti... velha e cansada... frágil e sem paciência. Deitar-me todos os dias ao teu lado e sonhar... fazer da nossa vida, o melhor de que existe no mundo... um sorriso pelo qual vale a pena lutar.

Para te proteger e aconchegar... um sorriso, um amor que desejo. És a única mulher que não quero perder... a única para a minha vida.

Amo-te... e sempre te irei amar. SEMPRE!!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Tenho medo...


Tenho medo quando te esquecer o cheiro...
O toque das tuas mãos no meu corpo...
A tua calma e os teus abraços...
A tua voz e as palavras de conforto...
O teu "Amo-te" tocar-me nos lábios...

Tenho medo quando te esquecer a cara...
Os teus beijos...
O que é abraçar-te com força...
Tenho medo de sentir a saudade apertar-me o corpo num sufoco de dor...
Medo de viver uma vida sem ti neste mundo...
De não te voltar a ver e reconhecer... sentir-me feliz com o teu sorriso, com a tua presença, nos meus passeios ou à noite com os meus sonhos e choros... medo de não te ouvir, de que o tempo apague o teu cheiro...

Tenho medo de saber que quando morrer nunca mais estaremos juntos... sem abraços, sem amor, sem caricias, sem sorrisos, sem calor ou memória...

Tenho medo de perder o mundo... de não te puder segurar nos meus braços e dizer: "-- És a pessoa mais importante para mim... e vou amar-te até ao fim dos tempos!"

Tenho medo de não saber o que é ter um filho nosso...
Tenho medo do que é não beijar a barriga e desejar que seja tão feliz como sonhamos... de não saber o que é ver-te ao longe, de branco, perfeita desde o primeiro dia...
Tenho medo de não saber como é casar... de me ajoelhar e te segurar na mão...
Tenho medo de não saber como é chorar por eles... chorar de alegria pela noticia... e de não saber o que é vê-los crescer e serem felizes!!

Tenho medo de não te ter... de te perder para sempre.
Tenho medo de visitar a tua campa... e de me lembrar de todos os teus sorrisos, de todos os risos, momentos de amor e paixão que partilhámos... e não te puder abraçar e dizer: "-- Está tudo bem... eu estou aqui."
De te querer abraçar e sentir de novo... mas não estares aqui.
Tenho medo de dormir sozinho... e de me lembrar dos dias em que te via adormecer, tranquila e em paz, entre os meus braços, entre o amor que juntos tivemos...

Tenho medo de um dia te ver partir... e saber que não te vou poder sorrir e fazer feliz.
Na hora da minha morte, só terei uma coisa para dizer ao mundo:
-- Tenho orgulho em ter vivido ao teu lado! E onde quer que estejas, meu Amor, estarei contigo até ao fim... para sempre a princesa do meu coração. Amo-te amor da minha vida.... meu amor eterno.


Não tenho medo da morte... mas medo que ela leve teu sorriso...
Amo com o coração...

Saberei um dia...

domingo, 18 de dezembro de 2011

Parabéns!


Sinto que serei infeliz para o resto da minha vida...
Todos os dias, me parecem dias de chuva... e quer caminhe sozinho ou com a família, é a tua presença que me faz mais falta, aqui, junto a mim, nestes dias que me são de chuva.

Em todos eles, o sol parece fugir da minha vida, sem sorrisos, sem carinhos, apenas com uma grande nuvem carregada de tristeza... de melancolia e saudade. Saudade de te abraçar e de te fazer sentir o amor que trago preso no peito... embrulhado em choro e solidão...

Dias que passam devagar, ocupado e assombrado por ti, nestes dias que me são mais tristes. Onde não consigo sorrir... sem pensar em ti. Sou um vazio sem sentido, que não sonha nem deseja... sou alguém que vive por viver, sem a alegria que me faz sonhar.

São dias que passam, dias que não esqueço, desejando para sempre ser feliz, junto de quem me fez perder. Perder por amor, por paixão e desejo. Um dia sem ti, e não sei mais o que é "viver" e "ser feliz".
Amo-te... (L)


Parabéns por teres chegado aos 22 anos! Pena que continues a ser o mesmo pacóvio de sempre... Tens muita coisa para aprender...

A ser homem, a ser responsável, a ter cabeça e pensar... fora do quadrado.
Parabéns Paulo!

Parabéns Pedro! ;)

sábado, 17 de dezembro de 2011

A velhada...


Noutro dia tinha entrado num autocarro, novo, em fase de testes do SMTUC.
E os condutores trocaram de posição, e então um deles ficou a explicar como funcionava o nosso sistema.

Uma velha muito indignada, e na conversa grita do fundo:
-- Isto faz tempo?
-- Não faz tempo minha senhora, estou apenas a explicar-lhe como funciona.
-- Mas nós temos horários a cumprir!

Este velhos de hoje, parece que não pensam que o pais já não é feito para eles, mas sim para os mais novos. Agora que pensei nisto, hoje vi uma velha a fazer um telefonema, e a mim parecem-me macacos a tentar abrir nozes com iPhones. Não sabem o tipo de tecnologia que está na palma das mãos dela. Não fazem ideia de que as coisas merecem e têm de se adaptar aos cidadãos e não aos seus umbigos velhos.

Este pais não é para velhos!! Este pais é para os mais novos e DOS mais novos!
População mais pobre de mentalidade. Ainda presas ao Salazar e à "nossa" senhora de Fátima...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Invisivel...


ouvir com: 

Eu quero...
Eu desejo...
Eu preciso...
Eu imploro...
Eu sussurro... para ti.

Quero ficar sozinho, e morrer...
Saudades de um mundo que esqueci...
Quero partir e nunca mais voltar...

Pela escuridão de um poço.

Quero puder amar e ser deixada em paz... sofrer com o que quiser e chorar sozinho, por mim.
Falhar e rir da minha vida de merda...
Vomitar e desejar nunca ter nascido...

Quero ficar sossegada no meu quarto, onde as paredes se pintam de preto...
Quero ficar nua, no meu canto que me desencanta... num respirar que me corta os sonhos e as esperanças.
Tenho medo de deixar de deixar de ter medo... e morrer sem saber sentir.
Medo de me perder em sonhos, e viver um pesadelo.

Com a força de um grito atirar-me à morte!

Deixem-me gritar... deixem-me sossegada! Desapareçam de mim.
Deixem-me ir... caminhar pelos meus caminhos e nunca mais voltar para junto de vós.
Deixem-me ir... por favor! Deixem-me ir...

Quero estar sozinha... nos meus gritos injustos.
Não me toquem... não se cheguem... peço-vos. Não falem comigo. Eu não quero...
Não sorriam, nem me incluam nas vossas vidas, apenas deixem-me sossegada... no meu canto deste estranho que chora por mim.

Quero morrer na minha solidão...
Desaparecer por uns dias, e voltar uns anos.
Um mundo que não sorri para mim, que não olha para mim, nem que me inveja... um bonito que não sou, algo que não consigo ser, e uma solidão que me aperta o peito. Um choro que não sai, uma dor que permanece e não quer cair...

Não vivo, não respiro, não sou, não sinto... não passo de ar que incomoda.
De mau cheiro que não sai, e de uma cara que transforma amor... em ódio e raiva profunda.

Quero viver no meu mundo e puder amar... sem medos e segredos.
Que deixem o meu cabelo em paz, os meus erros de lado, e amarem-me então... com o coração.
Uma promessa não feita por amor, sem cumprir por sofrer... sem ser genuíno e amar defeituosamente, como o meu coração sempre quis, e eu nunca tentei ou fiz...

Oh... vocês pessoas... vocês humanos... deixem-me socegada, quieta e passiva, pávida e pálida de morte, com os meus desejos e sonhos, que me aquecem com ele um mundo que desejava em desejo, que não tenho por medo e sem esforço...

Pernas que não correm, nem deixam correr... onde apenas o sofrimento me embala em sentimentos sem amor ou sorrisos, onde o sofrimento e a tristeza, me enaltecem a paixão de não saber viver ou amar...

Ninguém me vê porque não sou ninguém...
Ninguém sente a minha falta...

Desejar sem desejo, dormir numa casa sozinho... num frio que queima um coração já ferido.
Deixem-me apodrecer, no centro de lado nenhum, onde sempre devia ter ficado, intocável pelo amor... e pela dor de fazer sofrer.

Olhar-me num espelho, e ver um vazio profundo, um branco ser cor, um preto sem luz, sem sorrisos... vislumbrar a minha morte.

Longe, sem amor, com a chuva como companhia.
Uma vida sem titulo... uma vida sem amor...
Sonhar com os meus filhos... e partir assim deste mundo.


Quero...
Ninguém sente a minha falta...
Lágrimas de sofrimento...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Rã - Espécie ameaçada


À uns dias vi num documentário, recente, sobre animais, e numa parte do documentário disseram que os sapos ou as rãs, não tenho a certeza, são uma das espécies ameaçadas e em vias de extinção.

São animais que existem à mais de 300 000 milhões de anos, e são um papel importante, pois mantém a população de insectos controlada.

Estudaram isso, de certeza, na escola em Ciências. Onde existe um equilíbrio de procura e oferta, entre predadores e presas que matem uma população de indivíduos num certo numero.
Quanto maior for a oferta, maior poderá ser a procura.

O que nos leva à frase célebre:
"If all the insects were to disappear from the earth, within 50 years all life on earth would end. If all human beings disappeared from the earth, within 50 years all forms of life would flourish."
By Jonas Salk

Segundo este texto: About Frogs | eHow.com dizem que o primeiro sapo/rã a existir foi à 200 milhões de anos. O que significa que são fósseis vivos, muito mais velhos que os famosos dinossauros.

Segundo este texto: "Are frogs on the brink of extinction?", refere um ponto importante na causa para a extinção desta espécie. Devido aos efeitos climatéricos, desflorestações e grande procura de novas áreas para construir residências, madeira para fabrico de casas, exploração de carvão, etc., estas espécies, entre muitas outras, vêm o seu habitat ser destruído.

É caso para dizer que todas as espécies de animais, são necessárias para criar e manter um equilíbrio no nosso planeta, quer para controlar outras espécies, quer para preservar outras espécies. Tal como as abelhas são importantíssimas para a reprodução de flores. Tudo tem um equilíbrio, e caso não tenha, a natureza trata de o encontrar.

http://sonhosembranco.blogspot.com/2010/03/minhoca-no-berco-da-vida.html

Outros links de interesse:
http://frogmatters.wordpress.com/category/zoo/
http://thescientificorchard.blogspot.com/2011/07/and-largest-frog-that-ever-lived-is.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Golden_Poison_Frog

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Poisoning cancer cells with sugar

 
Como o titulo indica, o envenenamento de células cancerígenas, pode ser um dos melhores métodos já criados/ descobertos até hoje.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Where I Belong


I saw this face.
This... vision.
And then you step into the road...
Was the moment of my life...
-- This is the moment of your Life.
You were perfect!
-- I still am...

Uma vida em branco...

 


Eu vi vida... a minha vida, através de todos os momentos de reflexão... e em todos eles, ela seria vivida sozinha, até acontecer algo mágico... uma magia que perde o brilho cada vez que respiro... que sorrio...

Uma vida sem mim, e tudo ficaria melhor.
Sinto que realmente não faço cá falta... não faço ninguém feliz.
Tudo à minha volta se torna infeliz, triste, enganado... para sempre. É uma ferida que não fecha, por muito que a tente fechar... mas sou tão burro, que nada mais do que faço é soprar e encher de areia.

Já fui perfeito... delas escondia tudo! Até um simples sorriso...
Mas as relações ensinam muito... e os anos dão o tempo... tempo para crescer e perceber que se não for esta é aquela... mas eu sinto amor. Não é "amor", é Amor, paixão, estima, carinho... que quer dar, que deseja fazer sentir... que chega a saturar.
Dar Amor com carinho... mas se nunca fui capaz de o sentir... também não o saberei dar.

Não foi isto que desejei... um momento que transforma tudo...

domingo, 13 de novembro de 2011

I want to fall...


Quero cair...
Ar que me falta, e que me faz sofrer... uma dor aguda que me consome sem pena.

Quero cair... aos teus pés de cristal e ter-te para sempre...
Quero cair... nos teus braços, e desejar que nunca mais acabe...

Um ultimo toque...
Um ultimo beijo...
Um ultimo olhar...
Com a certeza no peito, de que serás sempre o meu céu, a minha força, o meu desejo...

Saltar sozinho para o vazio que é não te ter... a dor que é te perder.
Num salto com o medo da morte, agarrado ao teu amor que ainda me faz sorrir...
Um ultimo dos teus sorrisos... tão bonito... tão quente... que me aconchega agora... na hora da minha despedida.
Quero-te comigo, e comigo sempre estarás! Até ao fim do mundo...

Nesta e na outra vida... até ao fim do que possa sonhar ou alguma vez imaginar.
Desejo-te a TI! Com todos os momentos que partilhámos... um abraço naquele jardim, um beijo daquela chuva... e a minha vida sem ti, não faz sentido...

Quero cair sobre as folhas do nosso jardim, e recordar o que fomos e sempre seremos! Rodeados pelos nossos filhos e momentos menos bons...
Uma dor na garganta que a aperta com raiva... por tudo o que te fiz sofrer...
A mágoa que é... te perder!!

Incapaz de te deixar de amar... quer agora, quer na hora da minha morte.
Entras-te em mim, e de mim nunca irás sair!

Quero os teus carinhos... as tuas palavras, o teu amor... Não as de mais ninguém!
Quero cair... e desejar não acordar, daquele que já foi o nosso sonho... CONTIGO ATÉ AO FIM!
Daquele que continua a ser...

Para sempre Amor...

Nunca irei largar a mão que me deste naquele nosso primeiro dia...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Um baloiçar dos pensamentos...


05/06/2011 - 23:45

Ali estavas, sentada com um livro velho de histórias... lias, como se cada palavra fosse real.
Os dois, que brincavam com bonecos, entre almofadas e ao som de música tão calma e imperceptível, que o silêncio, não era silêncio, e era música.

Riam-se e faziam barulhos. Não sabiam falar, pois ainda eram muito novos... mas as suas mentes voavam.
Não te ouviam ler, essas histórias antigas, que os nossos avós nos contavam na hora da sesta... Não compreendiam as histórias, nem as lições de moral... Mas sentiam as palavras, pela tua voz meiga e carinhosa.

11/11/2011

A mesma voz que os fazia adormecer à noite, enrolados nos seus cobertores, entre amor e beijinhos, destes pais dedicados.
A mesma voz que cantava com eles, e para eles, naqueles dias de verão... onde o piano se torna alvo constante de ataques: "-- Por favor mamã! toca para nós!!".
Tão puros que eles são, tão cheios de vida e inteligentes... saem à mãe. A vontade de conhecer, de tocar e experimentar o mundo, salta-lhes pelos olhitos. Tão novos, tão nossos...

Vemo-los correr pelo quintal, de espírito livre, como sempre lhes ensinámos. A sua ingenuidade, é o que nos torna felizes... O pai natal, na nossa casa, existe!
Todos os dias, ao deitarem-se, dizem-te que és a melhor mãe do mundo, e que o pai não sabe brincar... Que os teus cabelos cheiram a rosas e a lençóis lavados. Que o pai não sabe segurar num livro, e que brinca com os nossos  peluches quando não estás a ver.

És a única mãe que desejo para os nossos filhos!
Desejo-te para sempre... aqui comigo, e com eles.

Para ti... Amor


Nada do que disser daqui para a frente te interessará, mas digo-o na mesma.

Amor:
Quando te conheci, admito que não foi amor à primeira vista pela pessoa que eras, mas foi sim sem dúvida pela tua beleza e as tuas conversas.
Fiz-te sofrer, fiz-te chorar e isso deixa-me para sempre triste.
Com o passar do tempo comecei-me a apaixonar pela pessoa que eras. A pessoa que realmente eras e que eu nunca tinha conhecido.
Estou contigo, para ti será estava, porque és e sempre serás tudo aquilo que eu não sou, e aquilo que eu deveria ser. Nunca encontrei uma mãe, esposa e amiga, tão perfeita como tu.
Guardarei bem os teus segredos, e à próxima, se houve uma "próxima", dir-lhe ei que te enganei e menti 4 vezes. Dir-lhe ei sem vergonha ou ódio, que foste e sempre serás para mim a mulher mais extraórdinária que já conheci!!!

Gostava que as coisas tivessem cido diferentes desde o inicio... que eu tivesse sido diferente, melhor.
Tu mereces ser feliz, mas não comigo porque não tenho perdão. Depois disto... é que não tenho mesmo.
Sei que nunca mais te irei ver na vida, e por isso deixo estas palavras para ti.

Desculpa ter-te mentido, mesmo que seja imperdoável. Senti-me mal, horrível, com nojo e vergonha. Só queria esquecer o que tinha feito. Nunca te deveria ter mentido.

És a mulher da minha vida! Sempre foste, sempre serás!
És insubsituivel, mesmo com todas as tuas "pancas", perfeita, bonita, talentosa, inteligente e decidida. És tudo aquilo que sempre desejei.
Desejo-te as maiores felicidades para o curso e para a tua vida. Que eu tenho a certeza que será bem melhor que aquela que tens tido comigo até aqui. Repleta de mentiras.
Mereces TUDO!! E ser feliz é uma delas...
És perfeita.
Perdoa-me tudo o que te fiz... e não perdoes nada.

Sem ti, meu amor, nunca mais serei feliz.
A minha vida será uma merda, e nunca mais irei acabar o curso.
Nunca serei feliz comigo e com a minha vida, nunca o fui até te ter conhecido...
Todos os dias, darei uma razão para "viver" só mais uma vez.

Não suporto não te ver.
Não suporto não estar contigo.
Mas depois de tudo o que te fiz, deixares-me, foi e sempre será o melhor.



Desculpa, Amor, ter-te feito sofrer tanto.

Amo-te muito meu Amor!!
Quero-te para sempre entre os meus braços!

Um beijo grande e fofo, pequenina do meu coração...

Até um dia... (L)

Desejaria morrer aos teus braços, AMOR DA MINHA VIDA!!!
Eu menti-lhe 4 vezes!! Que nojo...

Queria ter morrido naquela manhã..


Eu não, porque se eu erro hoje, é para aprender a ser melhor amanhã.

domingo, 30 de outubro de 2011

Uma vida que marca...


Lembro-me de ser gozado pelo meu nome. (ó motoreta!)
Lembro-me de me sentir inferior na escola, de ter poucos amigos e de ser posto a um canto, pela minha professora.
Lembro-me de ter necessidades especiais na escola, e de ter explicadora na 2ª classe da primária.
Lembro-me de ter chumbado no 2º ano. De me apaixonar por uma rapariga, e de o meu amor não ser correspondido. Miudas ricas de nariz empinado...

Lembro-me de os meus pais me baterem e ralharem comigo, das indecições que tinham um com o outro em eu e o meu irmão fazermos a coisas.
Lembro-me de querer subir o monte e o meu pai deixar, mas a minha mãe aos berros a dizer que NÃO!.
Lembro-me de querer andar à "bulha" (a brincar - a sério) mais o pedro, contra um bando de garotos, e a minha mãe não deixar, e depois passado uns tempos, já dizia que sim.

Uma vida de incertezas...
Lembro-me de os meus pais me ensinarem a diferença entre o E e o P, e nunca a saber, e ficarem chateados comigo.
Lembro-me de me baterem, e de ter saudades deles quando ficava em casa e eles iam trabalhar.
Lembro-me de me assustar uma vez com a máscara que o meu pai trouxe um dia, e de continuar a ter medo durante mais uns 6 ou 7 anos. Tinha medo de a olhar e de tocar.

Lembro-me das minhas "tias", já velhas, que me obrigavam a fazer os deveres da escola.
Lembro-me de elas terem dezenas de puzzles e eu brincar mais o meu irmão.
Lembro-me da atmosfera daquele apartamento que mais parecia uma biblioteca enfiada algures noutro país, entre uma floresta mágica.
Lembro-me de roubar moedas debaixo de umas estátuas... se calhar foi por isso que morreram.
Lembro-me de os meus pais não brincarem comigo. De o meu pai dizer que ía só à casa de banho, e depois nunca mais voltava.

Lembro-me de a minha mãe cantar canções para dormir, enquanto o meu pai andava à caça de um morcego ou de uma coruja.
Lembro-me de a minha mãe e nós, vermos os desfiles de moda, e ela gozar com tudo, e dizer que o que elas traziam na cabeça, parecia um pequnico.
Lembro-me de me chatear com o meu irmão engolir a saliva e eu ouvir.
Lembro-me de sentir estranho, por pensar que toda agente no mundo tinha as orelhas diferentes uma da outra, quando na verdade.... era eu o único.

Lembro-me de todos os garotos na escola já andarem a trocar os cromos dos poquemons, e eu só receber as primeiras 4 saquetas uns 4 meses depois. Lembro-me de essas saquetas trazerem pastilhas, e eu guardá-las para mais tarde.
Lembro-me de brincar na terra, e de arrancar folhas das àrvores do meu quintal, para fingir que eram notas.

Lembro-me de as raparigas não gostarem de mim, e de ter umas paixonetas um bocado esquisitas.
Lembro-me de "sempre" o ultimo a ser escolhido pelos meus colegas para fazerem as equipas.
"-- Escolham-me a mim!! Eu sei que não jogo um peido mas ao menos escolham!"
Lembro-me de ser apontado pelos meus colegas, como a causa de serem sempre eles o alvo dos professores, e a desculpa de se portarem mal.
Lembro-me de ser gozado até aos 14.
Depois na proficional, lembro-me de ser gozado até aos 19.

Lembro-me "dos meus colegas de turma", me atirarem com pedras na estação.
Lembro-me de ter tido uns 8 cães, e todos terem morrido com causas que desconhecia.
Lembro-me de passar toda a minha vida doente da garganta, e de um dia ir para a escola sarapintado de iozina, e os meus colegas gozarem comigo.

Lembro-me de a minha mãe ameaçar o meu pai que queria o divórcio.
Lembro-me de o gritar à nossa frente tanta vez, que acabámos por começar a nem ligar.
Lembro-me de ter escrito uma vez na primária, num caderno, em resposta a uma pergunta:

"O que ouves fora da porta do teu  quarto?"
e de eu responder:
"Ouço os meus pais a ralharem um com o outro".
Lembro-me de o professor (Professor Dias), dizer que não era nada daquilo e apagar-me a resposta.
Depois escrevi o que todos os outros escreveriam:
"Ouço os pássaros a cantar, os carros a passar, o meu irmão a brincar..."
Mas os outros meninos eram todos filhos únicos...

Lembro-me de o professor me bater uma vez com os nós dos dedos na cabeça, mais os aneis que tinhas enfiado nos dedos e eu chorar, porque estava desatento.
Lembro-me de sair a chorar para ao pé da minha mãe, e de ela me dizer:
"E fez muito bem! E está calado se não ainda apanhas mais!!"
Lembro-me de não ser amado pela minha mãe, e ainda hoje tenho dificuldade em ver isso.
Lembro-me de não me sentir amado. De os meus pais me ensinarem a matéria da primária, e apenas do meu pai a explicar-nos a matéria de história numa quadro branco.
Lembro-me de ele me comprar uns brinquedos fiches, e de os arranjar com uns ferros, para não se partirem ou cairem partes do corpo. Os brinquedos que eu tinha...
Lembro-me de nos chamar ao quarto com os livros e de nos ler passagens. De nos explicar o significado.

Lembro-me de inventar uma história e de a mostrar ao professor.
Lembro-me de me sentir inferior e de não perceber as matérias, tão rápidamente como os outros.
Lembro-me de chorar por não conseguir fazer a letra perfeita.
Lembro-me de ser vita de bullying, na proficional, à frente dos meus professores, e eles não fazerem nada quanto a isso.

Lembro-me de os meus pais me contarem o ataque de raiva que a minha mãe teve um dia, e de ela rasgar "todas" as fotografias deles os dois juntos e as atirar da escadas abaixo em pedaços. Tudo porque ele nos queria levar a nós e à mãe dele, ao Portugal dos Pequeninos, mas não termos dinheiro para isso.
Lembro-me de ter medo da minha mãe, e de ela não me desejar as boas noites.
Lembro-me de ser apenas o meu pai a fazê-lo, enquanto a minha mãe se deitava.
Será que nos ama mesmo? Ou amava na altura? É muita coisa para fazer com dois garotos que não paravam um segundo...

Lembro-me de ela me dizer que tinha nascido com um sinal enorme nas costas, e que com o tempo ir desaparecendo.
Lembro-me de a despedirem. Lembro-me de a acusarem.
Lembro-me de um senhora PUTA como à merda, receber mais dinheiro que as outras funcionárias do ATL, e não fazer um peido. Passava os dias todos a limar as unhas.
Lembro-me de ter medo do escuro...

Lembro-me de ter um computador e de não lhe ligar nenhuma.
Lembro-me de uma vez na 3ª classe me calhar o planeta Plutão, e de me sentir bastante bem com a ideia.

Sinto que não vou ser ninguém, e que nem tenho nenhuma missão neste mundo.
Sinto que ninguém liga ao que eu digo, e que não sou importante.

Lembro-me de a minha "tia" morrer, e eu não sentir pena por isso.
Lembro-me depois, aos 18 anos, de sentir a falta delas, e de ter pena por elas não estarem comigo, para verem no que me tornei.
Lembro-me de todos os outros serem especiais e eu não.
Lembro-me de fazer anos no ultimo dia de aulas, e ninguém se lembrar.
Lembro-me de os meus colegas de 18 anos, na proficional, não se lembrarem dos meus anos, mesmo que os tenha avisado no dia anterior.
Lembro-me de os únicos dois ricos e inteligentes da minha turma, na primária, e no ciclo, terem direito a festa de aniversário e bolo na sala de aula, e os outros não.
Lembro-me de não saber inglês.
Lembro-me de calhar em turmas, onde era o alvo de gozo dos meus "colegas".
Lembro-me de ter ódio aos ricos, e ainda hoje tenho.
Lembro-me de o meu irmão me partir uns legos num ataque de raiva.
Lembro-me de ter pedido um quarto só para mim por causa disso, e de ter perdido grande parte das peças.
Lembro-me de ele ser mais alto que eu, de ter mais força que eu, e de uma vez, quando eramos mais novos, chorarmos agarrados.
Lembro-me de ele me ensinar coisas novas, e de ele perguntar à noite:
"-- Está ai alguém?".
Lembro-me de ver filmes de terror, e de sonhar, ainda hoje, os mesmos sonhos de quando era pequeno.
Lembro-me de a minha mãe me ter deixado fumar um cigarro dela, e perceber que fumar faz mal.

Lembro-me de ter vergonha, de ter muita vergonha.
Lembro-me de não ser amado no tempo certo.
Lembro-me de os meus pais me tratarem como uma criança com idade acima da que já tinha. De me tratarem como se fosse mais velho.

Lembro-me de continuar a brincar até aos meus 18 anos, com legos e outros brinquedos.
Sei agora que não tive a educação que devia ter tido. Tive a melhor educação a nivel cognitivo, e que mais ninguém teve.
Sei agora que os meus pais me deviam ter feito esforçar mais nos estudos, a ter uma boa alimentação, a sentir amor.
Sei agora que não devia ter estado esposto às zangas deles, nem às indecisões.

Os meus pais... estavam demasiado ocupados para nós, pois estavam cançados e a trabalhar para não nos faltar comer na mesa, nem roupa.
Mas faltou o mais importante... amor e carinho, e certas regras.

E é por me ter habituado a isto. À falta de várias coisas importantes como o estudar, que hoje tenho dificuldades, e que me estou a cagar para ele, mesmo sabendo que é importante!
Porque para mim, não estudar, é como eu saber que é a terra que anda à volta do céu.
Para mim é tão real não estudar, nem ser necessário esforçar-me, como o céu ser azul.
Mesmo que eu saiba que é importante...


Da mesma forma que eu pensava sobre as minhas orelhas. Acreditava piamente, que TODAS as pessoas no mundo tinham as orelhas diferentes um da outra. Era esse o mundo para mim.
Tal como o é às vezes. E hoje sei que estou errado, por VI que todos à minha volta as têm iguais, e que até são diferentes uma da outra.

Muitas vezes penso que sou metade o meu pai e metade a minha mãe, porque tenho a orelha de cada um. Mas ODEIO ser-lhes igual! ODEIO ser parecido, ou sequer parecer.


"-- Lembras-te de muita coisa ò paulo!"
Não! Apenas sei a vida que tive!! E sei que é por causa disso que sou assim. Estranho e estúpido.
É por saber e tentar compreender o que fui e o porquê, que me conheço. Ou talvez... que me compreenda...
É a forma que tenho em me conhecer e em saber o que deverei SER para que os meus filhos não sejam como eu.
Quero ser para eles, o que nunca ninguém foi para mim...

Lembro-me de o meu pai dizer:
"-- Aproveita para brincar enquanto és novo..."
Falta-me aproveitar a "vida". Falta-me vive-la. Falta-me senti-la.


Eu gosto de mim, mas odeio-me profundamente.

sábado, 29 de outubro de 2011

Tenho frio... amor


A cama está fria, e existe demasiado espaço entre mim e a parede. Falta alguém...
Não é um peluche, nem uma almofada... é algo mais, algo que me perfume, que me faça desejar morrer assim, enrolado, de cabelos entrelaçados.

Com a saudade nos lábios, com a saudade de lhe tocar e poder sentir a sua respiração.
Sinto falta do que me faz feliz... do que me aquece em aconchego.
Desejo-te nos meus sonhos, e sentar-me contigo, no jardim da vida, onde eu serei finalmente o que ambiciono, e te farei feliz até ao fim dos meus dias.

Amo-te, e sei com todas as minhas forças, que a minha vida sem ti não é nem será vida, nem vivida.
Preciso de ti, comigo, embrulhados no nosso amor, que só nós temos e mais ninguém sentirá.

Não me quero perder no vazio desta cama... que me engole, num sofro profundo de agonia.
Desejo que tudo fique como sempre sonhas-te e como eu sempre quis que ficasse...
Só TU me importas, e farei o que puder para te ter de volta. De volta a uma vida nova, sem mentiras e com todo o amor e respeito que sei que te posso dar!!

És a minha vida! (L)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Não sei... mas tenho esperança


[00:10] Eu vi-te um dia...
[00:15] Num dia de chuva...
[00:21] Eras tão bela...
[00:28] E tu sorris-te e vi o Sol!
[00:34] Forma-mos um arco-iris...
[00:40] E o teu abraço... fez-me churar
[00:46] Mas não deixas-te.
[00:50] Era tão frágil, nos teus braços...
[00:57] Fazes-me feliz!
[01:00] Fazes-me sonhar!
[01:03] Fazes-me voar...
[01:05] Por entre as ondas...
[01:10] Dos teus cabelos...
[01:14] Para lá das nuvens...
[01:21] Dos teus sentimentos... que guardo com carinho.
[01:34] És a flor do meu jardim!
[01:41] O raio de sol... que me aquece.
[01:48] Que me acorda, na manhã mais triste...
[01:52] Eu não mereço...
[01:59] O teu sorriso..
[02:05] Os teus carinhos.
[02:11] Eu sou tão pequeno...
[02:17] Eu não sou nada...
[02:21] Nem sei fazer...
[02:25] Não sei amar... não sei acarinhar, não sei fazer-te feliz.
Queria-te na minha vida, entre os meus braços.
Sentir o bebé, nos nossos abraços, e num sorriso, uma fotografia imortal...
Fazê-lo sonhar em histórias, e levá-lo comigo onde mais ninguém sonha ir, e criar...
Dormir, e sentir-me ao meu lado... como dois velhos cansados, resmungões.
Quero abraçar-te, desejar estar acordado, e fazer-te sentir... o que ainda não consegui.

domingo, 2 de outubro de 2011

Prós e Contras - Esperança no Futuro - com Miguel Gonçalves

 
 

Programa completo:
Prós e Contras 20-06-2011 - Parte 1
Prós e Contras 20-06-2011 - Parte 2

Um "discurso" inspirador, de um jovem que vive com a geração à rasca. Não "na" geração à rasca, mas com a geração.

Um ponto que eu gostaria de deixar claro, é o de que, a música que marca a "Geração à Rasca", é contra vocês! Contra vocês geração que se declara à rasca. É sobre vocês! Não é a vosso favor.

Vêem dizer que tenho de tirar boas notas, mostrar bons relatórios, e não são só os meus pais que o dizem, é a namorada, os familiares, tios, primos, conhecidos. Mas estudar só para tirar boas notas, não me garante futuro nenhum. Lembro-me de ter visto em outros "Prós e Contras", que havia milhares de informáticos, e nem precisam de ser informáticos, milhares de pessoas com cursos, mas que por já serem velhas, independentemente do conhecimento que têm, não conseguem emprego.
Eu vou tirar um curso, ocupando todo o meu tempo só para os meus estudos, focando-me apenas e só nas notas. No fim, não sou ninguém! Não sou nada! E não sou porque não desenvolvi, não criei, não idealizei nada. Que é como ele fala no video. Eu preciso de criar! Preciso de me conhecer e saber no que sou bom, no que faço melhor, no que sei fazer, e aquilo que posso dar. Porque "toda agente" tira um curso, nem que seja em 5 ou 6 anos.

Mas ter prática e saber o que pode fazer com aquilo que aprende, já é diferente! Eu conheço gente na universidade que já anda à mais de 3 anos em Engenharia Informática, e não consegue idealizar ou racionalizar um software para utilização prática. Com base de dados, actualizações, etc.
Eles sabem usar as ferramentas das aulas, sabem programar, mas não consegue construir. Não têm a capacidade de ver, de compreender como é que as coisas se conjugam. Não como eu tenho, ou como eu faço.

E vejo isso, porque na minha 2ª aula de POO, estive a programar com um rapaz que compreendia o que estava a programar, mas não via o Objecto como uma função, uma acção. Para ele, era como desenhar um boneco com traços, e não ia mais além. Também podia estar distraído, mas também consigo ver quando alguém está entusiasmado. E eu tenho uma visão muito mais dinâmica e perceptiva no que toca à programação.

Este rapaz, que tem aulas comigo de POO, vai acabar o curso, mas não vai saber programar, em conjunto com grandes empresas. Não terá capacidade de trabalho. E como Miguel Gonçalves explica, é preciso mostrar trabalho! Não é sair das universidades... "Acabei a minha licenciatura, agora quero que me arranjem emprego!", "Tenho boas notas, quero ir e receber tanto!". Eu também quero emprego, e receber X, mas ninguém me vai aceitar se eu não tiver experiência, e é por isso que quem tiver um portefólio dos trabalhos que já fez, tem mais facilidade em ser chamado para ali e para acolá! Quando lancei o meu programa "QuotaGest", logo na 1ª semana, tive 2 propostas de Software, e a disponibilização de um servidor, onde poderia colocar o QuotaGest, de forma online. E até hoje, já contei 4/5 propostas de software diferente. Coisa que nunca esperei. Foi preciso uma boa publicidade, mas o trabalho também falou por si. Colegas meus disseram-me para deixar o trabalho de lado, e estudar para fazer as disciplinas... Não fiz as disciplinas, mas já tenho uma pequenina quota de mercado, onde posso lançar software, pago ou não pago,  e quiçá, montar uma empresa.
Ainda que eu saiba que um curso mais tarde pode fazer jeito, e dou-lhe valor, os trabalhos que faço por fora, também me são importantes para o futuro.

Tenho de me vender, para poder ser comprado.
Tenho de saber ser, para poder ser visto.

Porque as empresas não pagam por estar lá a trabalhar, pagam pelo meu serviço, pelo meu trabalho, pelas horas que estou a dar às empresas. Porque se não estivesse a trabalhar para esta empresa, estaria a trabalhar na outra do lado, a fazer coisas melhores, que poderiam levar a empresa Y para a frente, e não à X. Como aconteceu com a Google e o Facebook. Onde a Google passou a pagar mais, ou a dar mais regalias, só para que os seus programadores e inovadores, permanecessem na empresa, e não na inimiga.

Da mesma forma que não percebo porque é que existem toneladas de Designers em portugal, se as Pequenas e Médias Empresas, não percebem um chavo do que podem adquirir de um licenciado com capacidades para fazer logotipos, websites, panfletos, videos, etc.
As pessoas não sabem! Não estão preparadas!

É preciso crescer. É preciso inovar e querer fazer melhor.
A empresa que criou o software, chamou a Hypervisual, e decidiram criar um novo design e numa nova paleta de cores. Deram um novo ar, mais limpo, mais simples, mais arrumado e mais actual, à aplicação que antes era morta e sem vida, mal organizada visualmente, e sem expressão.

Criem trabalho! Desenvolvam, pesquisem, procurem, criem relatórios, desenvolvam estudos, criem teses, que não são mais do que pesquisa sobre um determinado tema, aprofundado e com textos a comprovar a veracidade do documento, ou perguntas, ou dúvidas.

Blogs, são a melhor maneira de fazer publicidade, sites conhecidos, ou com grande número de visitantes. Mas não basta fazer publicidade, porque se o produto não for de qualidade, ninguém quer comprar nem usar. Mesmo que seja de borla.

É tudo muito lindo ter 20 a todas as disciplinas da universidade, mas não saber trabalhar numa empresa. Onde exigem um tipo de trabalho diferente do que foi desenvolvido na universidade ou nas escolas. Não falo mal de todos, e de que ter 20 é mau, pelo contrário, só digo que no geral, todos se preocupam em acabar o curso, quer com boas ou más notas, e acharem-se capazes para o mercado de trabalho de hoje, onde a única coisa que precisam é de mostrar o CV, e dizer os cursos que tem, mas não mostrar projectos.
Foi com projectos dos seus trabalhadores que a Google criou o Google Maps, Google Gmail, Google Blogspot, entre outros. Os empresários querem ideias que possam vender.

A geração à rasca foi a do tempo do Salazar, não é a nossa, onde podemos marchar para a frente.
Mas não vão por mim, porque afinal... eu nem acabei o curso, e ainda não sou gente, apesar de ter um dos softwares mais requisitados que é o QuotaGest.

Vejam o video, e ficarão com uma ideia do que vocês poderão fazer para se comercializarem.

sábado, 20 de agosto de 2011

A poluição do Tabagismo...


(Não parece uma coisa lá muito saudável pois não?)

Como todos sabem, ou DEVIAM saber, no dia 1 de Janeiro de 2008, passou a ser proibido fumar.

"A partir de hoje, muda a vida dos fumadores.
Acender um cigarro passa a ser um acto proibido em todos os espaços públicos fechados. Locais de trabalho, centros comerciais, recintos de diversão, hotéis, restaurantes, bares e cafés, aeroportos e transportes públicos são alguns dos locais abrangidos. As multas para os prevaricadores ascendem aos 750 euros." Link

Também deu na televisão, dito pelo meu pai, de um senhor dizer na televisão de que beijar um fumador, seria como beijar um cinzeiro! Só não foi enforcado em público, porque hoje em dia as pessoas são "governadas" por leis inteligentes e pela "liberdade" de expressão.

Passamos na rua, num dia de chuva, e vê-mos os fumadores todos cá fora à chuva, com cara de coitadinhos!! Todos encolhidos a um canto para não apanhar com a chuva. Coitadinhos...
O pior de tudo é que se acham no direito sequer de fumar! Acham que fumar é um acto de socialização ou até mesmo de integração. E está mais que provado, e está mais do que educacionalizado de que fumar faz mal à saúde! Cria maus hábitos às crianças! Leva por maus caminhos e a más companhias. Origina uma morte precoce e dolorosa, muitas das vezes, devido ao cancro.

Contudo... continua a haver muita gente que se acha sequer no direito de se indignar por não poder fumar normalmente e em paz, ou em locais de lazer e convívio.
Na Europa já existem países onde fumar é proibido em qualquer lugar, excepto em casa. Onde inclusive! É proibido deitar qualquer tipo de lixo para o chão, como por exemplo pastilhas e até mesmo escarrar.

Existe num centro comercial em São João da Madeira, um cubo em vidro transparente, que permite ver para dentro. Óbvio! Quando olhei para aquilo, lembrei-me de ratos presos dentro uma frasco, todos apavorados. O que me indignou e me enervou, foi ver tal... "esplanada" para fumadores, como se fosse a zona de segurança deles, ou algum tipo de protecção dos predadores. Mas também os imaginei dentro daquele cubo, todos a fumar, com o fumo quase tão espesso como o de um incêndio, com as suas caras de coitadinhos e enraivecidos. Parecem aqueles animais enjaulados para exposição. É este o país em que estamos! Onde os fumadores se acham no direito em ter direitos, e não respeito pelos outros e pela saúde dos outros, à sua volta.

Outra coisa importante, é o lixo que TODOS os fumadores fazem, sem excepção da minha mãe, com os filtros e piriscas de tabaco. No chão junto às portas dos cafés, bares e discotecas, onde é proibido ou não fumar, amontoam-se montes de filtros, porque as piriscas, essas são levadas pelo vento!
Na Cruz Alta, no Luso, de dois em dois dias, o chão do monumento, enchia-se com mais de 30 filtros de cigarro. Uma nojice que até os imigrantes se enojavam, quando os levava na mão para os pôr no lixo.

Afirmo, SEM MEDO!!, de que os culpados pela não reciclagem do lixo, pelo lixo e poluição do meio ambiente, são e sempre foram, os Fumadores! O que se vê nas ruas não são papeis de publicidade, são caixas de tabaco! Filtros de cigarros, pastilhas para o mau hálito, papeis amassados.
E afirmo isto, com uma único prova! Se para um fumador, é fácil atirar um filtro de cigarro ou pastilha embrulhada em papel para o chão, também é fácil atirar um lenço de ranho, papeis das compras, embalagens de chocolates. Deixar latas de sumo, garrafas de cerveja, palhinhas, espalhados nos passeios, em cima de pequenos parapeitos, atrás de caixas de electricidade, ou em cima de muros.

Saiam à rua e contem o número de caixas de cigarros espalhados pelas ruas! O número de filtros e pastilhas, lixo plástico.

O ministério da saúde ordenou a publicação de mensagens de aviso em todas e quaisquer caixas, ou pacotes de tabaco. Uns dias depois, lançaram uma caixa, que se vende, para tapar as mesmas mensagens que obrigaram a colocar nas caixas de cigarro. E algumas delas até têm flores e coraçõeszinhos...
E em alguns países já começaram a ser publicadas, em caixas também de cigarros, imagens "mórbidas" e "chocantes", com comparação de pulmões, cadáveres, entre outras imagens para além dos textos depreciativos para quem fuma. FUMAR MATA.

Independentemente de tudo isto, o número de fumadores continua igual. O número de adolescentes que fuma cada vez mais novos, aumenta de ano para ano, a o álcool ajuda. Tal como a falta da presença dos pais em casa e na vida das crianças. A falta de educação cívica e do individuo, ajuda ainda mais. Os garotos/adolescentes, cada vez são mais burros e não sabem sequer estar numa e em sociedade. Reflecto de tudo isso, para além do facilitismo e do comodismo que cada vez os nossos governantes, professores e profissionais, como pais, demonstram aos seus filhos.
Em Inglaterra, devido a estes e outros tantos factores, originou-se uma guerra sem qualquer tipo de convicções.

O tabaco, em portugal, é o que sustem a economia interna e ajuda a pagar algumas dividas. E é por isso que tão depressa não o proíbem por completo. Ajudando a afundar ainda mais a mente pobre e ignorantemente anoréctica dos nossos "futuros" cidadãos.
E ainda querem ser respeitados? Para além de causarem mau ambiente com o seu fumo e o acender do cigarro em locais que deviam ser respeitados, como por exemplos castelos, monumentos, palácios antigos, igrejas e mosteiros do tempos dos descobrimentos... ao invés de respeitarem o MEU ar, e por vezes os locais que se devem respeitar e preservar, só fazem pior. Impregnando o cheiro nos seus cabelos, e no cabelo das outras pessoas que esperam na paragem de autocarros, ou simplesmente passeiam pela rua.

Continuo sem perceber porque é que as pessoas continuam a fumar, apesar de saberem que faz mal à saúde. Só os adolescentes, irresponsáveis e ignorantes, fazem isso! Lá está! É porque essas pessoas são ignorantes e sobre tudo, não têm qualquer tipo de respeito pelos outros. Existem milhares de vícios, saudáveis, como o querer aprender, o querer escalar mais e melhor, correr, jogar ténis, passear, visitar monumentos e ruínas, andar de bicicleta, acampar, viajar...




Outra conotação que faço com o tabagismo, é a relação que existe com a religião, ou com o engravidar precoce. Também com a educação que os "avós" das terreólas dão às crianças, a falta de um Pai ou de uma Mãe, a falta de um guia, de uma referência!
Hoje deu na RTP1 uma reportagem sobre o porquê de as crianças passarem mais tempo em casa que na rua, e de cada vez mais se tornarem socialmente isoladas. Uma das razões dada, foi pelo facto de as mães de hoje, depois da revolução da mulher, também trabalham junto com o homem. Deixam as crianças sozinhas em casa. Outro factor, foi o de as crianças não terem tempo para brincar, eu digo antes: Não terem tempo para serem crianças!! Hoje em dia não têm tempo para brincar, para serem de facto, crianças. Muito menos têm tempo para se conhecerem e aprender.
Mas voltando ao assunto, o outro factor, foi o não terem tempo nas suas vidas, para brincarem, porque a escola ocupa grande parte do seu dia, depois os pais como não têm tempo para ir buscar as crianças, ou saem tarde, têm de as deixar nas cresces. Depois ao fim de semana, as crianças são preenchidas com a catequese, música (como referiu uma mãe), muitos de certeza absoluta que andam em futebol porque os paizinhos sonham com um filho jogador profissional. Para além da música, catequese, futebol ou actividades físicas, vem também a missa/ religião.

Resumindo o auto-explicável... as "nossas" crianças não têm tempo para serem crianças, para esfolarem os joelhos e brincarem. Para colmatar essas falhas, os pais dessas crianças ocupam-nas com tarefas nada importantes ou educativas e enriquecedoras para elas mesmas, deixam-nas sair até tarde, ou ficar fechadas em casa o dia todo, quando os próprios pais, deviam sair com elas a visitar locais bonitos e antigos em várias, se não todas, as cidades de portugal. Terem como destino alguma coisa cultural e educacional, como acontece com as visitas de estudo. Ao invés de os próprios pais darem educação aos seus filhos, e até mesmo a incuti-las para o civismo, deixam-nas à mercê da ignorância que abunda nas ruas e nos adolescentes das novas gerações, de Merda. Tornando-os, quer fumadores activos ou passivos! Tal como acontece com a sexualidade, com o álcool, drogas, e cada vez mais a ignorância escolar.

O tabaco será o culpado de uma grande percentagem dos problemas da nossa sociedade, e não é preciso puxar muito pela cabeça se quiserem saber porquê. É a vossa sorte! Não terem de pensar muito. Aproveitem, e fumem mais um bocadinho, já que com isso, vocês ajudam a descobrir curas para doenças e até combatem as dividas... à! e esquecem a "crise".

O fumar também é um dos "melhores métodos" para "integração social", quer numa escola, ou até mesmo, no local de trabalho. Que rico método de integração! Onde fazem mal a vocês próprios e aos outros!

Digam-me, vocês que fumam, acham sequer! que o acto de fumar é algo bonito?
-- Não é para ser bonito! Eu gosto muito de fumar porque me acalma!
Eu também sei de umas quantas coisas que me acalmam... correr, passear, caminhar com os meus cães ou com o meu irmão. Espairecer a cabeça ou estar com a namorada. Além disso, só faz bem à alma, e ao corpo.

Outra coisa que devo acrescentar, é a Lei, existente na União Europeia, onde é proibido em qualquer tipo de filme ou documentários, ou outro tipo de vídeos/ imagens/ fotografia, para mostrar ou vender ao público, a imagem de um cigarro, ou de alguém a fumar, ou até mesmo o incentivo.

China , Estados Unidos da América , Europa


Por isso, qualquer tipo de imagem, quer em publicidade, noticiários, filmes, fotos publicadas na televisão, ou até mesmo revistas, estão deste modo, proibidas pela União Europeia!!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Toni Carreira é o novo comentador da actualidade...


Parece que o Toni Carreira é o novo comentador da actualidade!
A SIC entrevistou-o, e perguntou-lhe o que achava do estado do país. Se a sua música iria ajudar Portugal a sair da crise. E qual era a sua opinião sobre a crise.

Está tudo louco! Mas quem é este homem? É alguém? Por acaso tem voto na matéria? E porque razão é que a música dele iria ajudar portugal a sair da crise? É assim tão especial?

Quem deve comentar o que quer que seja e opinar sobre a crise e como pode ser "controlada", digamos assim, são pessoas que estudaram para isso! Pessoas formadas para debater o assunto.
Quer dizer... toda agente pode opinar, até eu posso! Até mesmo o zé-povinho pode! Desde que não passe na televisão. Só significa e só estão a dar importância a quem não percebe nem nunca estudou nada sobre o assunto que é: "A crise".

Isto anda tudo virado do avesso! A partir do momento em que alguém que não sabe fazer mais nada na vida do que cantar musicas pimba, é-lhe dado quase 20 minutos de tempo na televisão, como se ele próprio fosse uma grande coisa, e tivesse um grande impacto na crise que se vive e sente em portugal, então posso afirmar!! Com 100% de razão, que portugal está cada vez mais burro e ignorante.

E nem preciso, já agora, de usar o "nosso querido" Toni Carreira! Basta-me falar sobre a nota média dos exames de Matemática e Português. Sobre a violência que se viu por parte de duas pitas, duas rapariguitas e da sua rena Rodolfo! Da estupidez que se vê cada vez mais na rua por parte dos putos, da nova geração.Esta de agora é a Geração Merda, a que está já a "torcer o pepino", é a Geração Parva de Merda!

É a ignorância que abunda nas ruas. Saiem de casa, e nota-se logo o cheiro ao mofo, de tão pouco que usam o cérebro para fazer uma coisa que se chama: "pensar".
Fazem o 12º ano, e já acham que têm direito a tudo e mais alguma coisa. Eu não sei se sabem, mas, hoje em dia, até para lavar sanitas!! é preciso o 12º ano. Logo, se queres ter uma vida "digna", convinha teres alguma vocação para além do teu "12º" ano. E ainda assim não significa nada! Porque com essas musicas de merda que ouvem, com os filmes de merda que vêm, com o tipo de piadas que vos fazem rir...

Uma coisa rápida, hão-de reparar que quem vai aos concertos do Toni Carreira, agora que está a dar na SIC, que são só velhas! Velhinhas carraqueticas! Precisamente o que se vê na TVI todos os domingos, acho eu, na missa!
Estava agora a falar do que se estava a passar em Inglaterra, e disse que não acreditava que acontecesse. Eu acredito.
1º Porque a ignorância leva a revoltas incompreendidas.
2º As pessoas sentem-se injustiçadas sem sequer perceber porquê. (Ignorância)
3º Adolescentes.
4º Reinserção Social.
Estas pessoas que recebem sem nunca terem trabalhado ou sequer descontado, têm o direito a receber?
Esta gente ignorante, tem direito sequer!! à vida?!
Está "provado" que a inteligência é genética. E nós, os seres humanos, INTELIGENTES, o supra sumo de todos os seres do planeta terra, devíamos ser, devíamos evoluir para sermos ainda mais inteligentes, em pelo menos 99% da população mundial. Bem... em portugal 99% da população é Ignorante. O que é que aconteceu? Onde estão os mais fortes? Para criarem linhagens melhores de indivíduos? A culpa é da televisão, da publicidade, da música, dos filmes, das escolas, das ajudas, do facilitismo, e do consumismo mórbido por moda e de tudo o que é novo, dos centro comerciais, e da falta de civismo e educação dentro de casa e fora dela. A culpa é da religião.

Não quero ter ideias como as de Hitler, mas agora sei o que ele queria do mundo. Ainda que não ache correcto o que ele fez com a vida dos "inocentes".
A culpa é também... do Futebol!
Existe mais violência num jogo de futebol, do que noutro lado qualquer, por qualquer tipo de razão. Qual é a razão? Os nossos genes, o nosso civismo, o nosso instinto Animal, parece que deixou de existir à muito! Nós não evoluímos para isto! Para este tipo de violência! Revoltas sim, revoltas justificáveis. Mas não violência sem qualquer tipo de razão e justificação a não ser... "divertimento".

Porque é que eu acredito que o que está a acontecer em Inglaterra pode acontecer em portugal? Simples! PUBLICIDADE gratuita!
À uns anos passaram nas noticias, que no brasil tinha acontecido um Arrastão em várias praias. E o que é que nós portugueses fizemos? :D Plagiámos!
Por isso acredito que os nossos "emigrantes", vagabundos, adolescentes carenciados, se revoltem também pelo direito a uma coisa... que não merecem! A não ser que trabalhem. :)

Se a moda comprova a falta de inteligência e de criatividade, e com o uso massivo de redes sociais para todos partilharem as mesmas ideias, talvez um dia destes, o mundo se revolte todo não sei bem porquê, só porque acham que terão... talvez o direito de terem os mesmos direitos para estudar e trabalhar, ainda que a sua inteligência genética possa vir a arruinar empresas e escolas, para além de eles próprios, estes "adolescentes" virem a causar distúrbios para outras crianças que nascem com a "sorte" e com a "facilidade". Podem vir a desencaminhar as gerações mais novas. Bem... parece que foi precisamente isso que aconteceu e que está a acontecer. O problema é dos jovens, que em casa não têm exemplos cívicos. É de uma população envelhecida que não educa, e que só piora as gerações e a sociedade. A anarquia, coisa que os adolescentes não sabem o que é, usam-na ainda assim, só porque acham que deviam ter tanto como os outros e ser tanto como os outros.

Culpam agora as novas tecnologias, redes sociais, internet, e a facilidade de comunicação.

Se portugal não começar a ser mais controlador, para com os jovens de hoje e os que ainda são mais novos, Inglaterra vai acontecer de uma maneira tão mórbida e violenta, e acredito que ainda pior que em Inglaterra, não porque somos "piores", mas porque já vimos como actuar! Como fazer as coisas, e até mesmo, obter prazer em roubar. É a falta de educação e o facilitismo que contribui para esta ignorância. As saídas à noite, discotecas, bebedeira, tabaco, garotos acordados até às 3 e 4 da manhã.

Aviso desde já, que será este o nosso futuro para portugal. Toda a nossa sociedade é a culpada. E como "nós" portugueses somos comodista, como comentaram na televisão, de que viram um grupo de pessoas a roubar outra, e em 60 pessoas ninguém fez nada. Achamos que alguém à de "corrigir" aquele problema. Em Inglaterra as pessoas formaram exércitos para protegerem as suas casas.

"Mais de metade da nossa juventude em portugal, não quer trabalhar."
Acredito, em modo de Teoria, de que toda esta crise, provocações à população, de que é feito pelos estados do mundo para dominar o mundo.

A culpa... é dos pais, e o Toni Carreira parece que passou a ser alguém importante para "todos" os portugueses. É tão bonito o "nosso" Portugal. Adeus Camões! ;)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Por não ter dinheiro..


Não faço mais da vida, por não ter dinheiro.
Não vou mais longe, por não ter dinheiro.
Não consigo mais, por não ter dinheiro.
Não cresço mais por não ter dinheiro.
Não aprendo mais, por não ter dinheiro.

Falta-me o dinheiro para ser "feliz"...
Falta-me o "poder" para "o" poder ter...

As revistas que não compro... Os Documentários que não compro, as coisas que não aprendo, as coisas que não posso ver, sem poder dar em troca, "dinheiro".
Tenho saúde, mas até ela eu tenho de comprar quando tiver doente.
Tenho filhos, mas até a eles tenho de comprar comida e roupas, se os quero ver crescer ao meu lado...
E o tempo? Que falta e faz falta?
E as coisas que não faço? Que não vejo? Que gostava de fazer...

É a anorexia do meu ser...
É o oprimir de um individuo, a opressão de uma mente que podia ser mais, que podia ser mais feliz, mais livre, sentir-me mais leve e sorridente, se tivesse o dinheiro, se tivesse o poder de ter tudo o que pudesse experiênciar...

Por não ter, vejo-me sem nada, mesmo que "possa" ter "tudo". E do que me vale então ver as coisas de outra maneira? Ou compreender? Ou ver os documentários? Se depois aquelas pontas que faltam, não aparecem para ser lidas, vistas, sentidas, por falta do tempo, por falta do dinheiro?

Não sou mais feliz, por não ter dinheiro, por não ter tempo. Por não puder ir para onde quero, por falta do tempo, porque a gasolina anda cara, porque o tempo é pouco, e temos sempre de trabalhar no dia a seguir. É uma frustração que não afecta ninguém, pois ninguém pensa nisso. Deixam de se preocupar.
E fazem "bem"...

Parece que de certa forma, me fecho, mas nunca o faço, sou apenas um trónhado! Um infeliz e um infortuno, que não pode tocar no pacote de plasticina lá no alto da mesa, porque sabe que nunca irá crescer, por muitos aniversários que faça... E é então que os "sorrisos", deixam de ser sorrisos, para passar a ser tristeza, que se afunda no corpo, na alma, sem dar-mos por isso.
Fecha-nos numa folha branca, num rectângulo desenhado a lápis, sem puder pintar com lápis de cera.
Para nunca descobrir o que é pintar em aguarela, sem sentir nem ver, nem aprender...

Deixo de puder ser mais, talvez melhor, e mais feliz, por não ter dinheiro... para realizar os meus sonhos, os meus fanatismos, os meus desejos, os meus gostos... estou fechado.

Para quê então "viver"? Se SEI!! que nunca poderei alcançar tal coisa? Está destinado, eu sei... sinto-o.
Irradio de felicidade. E os meus sorrisos invadem mentes...
Já que não posso ser mais por não puder ter... quero dar aos meus filhos, quero ensinar, quero mostrar-lhes o que o "mundo" tem e dá em cada grão de areia. Quero que saboreiem o mundo como eu o vejo. Sem poderes, sem dinheiros, mas com todo o tempo do mundo... (assim desejo).
Uma visão do mundo, dos sons, das paisagens e do espaço sem tempo, num tempo que transforma o espaço... e um choro profundo, num arrepio de alma, fará tremer tudo o que já viram numa vida vivida na ignorância desculposa do que é ser criança.

Uns nasceram com tudo, e outros nasceram sem anda, e sem nada ficarão...
Poderão não ter nada com que ambicionar, mas poderão pelo menos, sonhar no mar de sentimentos que aprenderam, em sorrisos e compreensão, em abraços e carinhos, em beijos e imagens, onde as palavras não fazem sentido.

Não será por não ter dinheiro, que os meus filhos não terão o que vejo.
Não será por não ter tempo, que os meus filhos não serão mais inteligentes do que já sou.
Sou burro... bastante estúpido, cromo e desajeitado... mas fico feliz por puder sentir o mundo. Um mundo que não se sente... que não se maravilha, que não se ouve, que só "eu" sinto.

O tempo pára, e aquela flor transforma-se na magnificiencia que o universo criou em todo o seu esplendor, em milhares de milhões de CABUMS e PUFFS, explosões cósmicas e biliões de colisões...
A lágrima escorre pelo rosto. Com o mesmo sentimento vagueiam os sentimentos e as emoções por algo tão... inútil. Um amontoado de átomos rodeados em mistérios e sentimentos...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mentes que não evoluem...

[Father and Son by ~mudwrestler]

Ouvir com: (em alto som)

Quando penso, quando falo, quando me sinto impressionado, quando vejo o "Mr. Nobody", ou quando vi o "Tree of Life"... a consciência, que era  antes de ver o filme, sobe para um patamar ainda mais acima e incansável para a minha compreensão, estúpida e criança que era, antes de os ver.

Depois, vejo os comentários feitos a esses filmes, com 99% das pessoas a dizerem mal, que não prestou, que foi muito confuso, que esperavam mais, que era muito simples, ou outra treta qualquer, fico a pensar... será que sou parvo ao ponto de colocar esses dois filmes no topo de todos os filmes que já vi?

Acho que não. Porque não sinto como eles, não vejo como eles, e muito menos, mastigo como eles. Para mim, a história é importante, tão importante, como os sentimentos que são transmitidos. Um desses casos, um dos filmes que para muitos pode não ser grande coisa, nem apreciável, é o "Downloading Nancy", que tem muito dessas emoções através de cenas sem falas. É mais pelas acções, nesse filme, que se sente a história, a dor, o choro.

"The Box", também é um dos filmes, que não tem grandes efeitos especiais, mas que tem uma grande ideia e história. Grande parte das vezes, ou 90% do tempo ou das pessoas, não sabem "apreciar" um filme pelo que vêm e sentem, mas mais pelo facto de se existem explosões, ou imagens espectaculares e música fantabolástica. Digo-vos já, que o "Tree of Life", não deve ter mais do que 3 ou 4 músicas "interessantes", pois o filme é muitos mais visual e sonoro, e quando falo em sonoro, falo nos pequenos sons, simples, do cantar dos passarinhos, do ladrar dos cães, ou o som do vento. Outro filme muito sonoro e visual, é o "Vale de Abraão", português, que achei, uma experiência de sons e nostalgia, espectaculares.
O "Tree of Life", é muito mais profundo do que pensei, muito mágico, muito simples e natural. Não é para ser admirado pelas falas, nem pelas paisagens, mas sim pelo valor de cada gesto, de cada olhar, som, brincadeira, gota de água, caras e imagens que, a mim, me fizeram deslumbrar.

"Mr. Nobody", abriu-me as portas, que já antes estavam semi-abertas, portas para a compreensão do sentimento, do valor do amor, e da expressão ao som mais "comuns".
É algo verdadeiro.

As mentes das pessoas não evoluem... nem nunca evoluíram. Estagnaram naquela época entre... a "Idade da Pedra" e a "Revolução Industrial". Ficou-se por ali...
E de cada vez, que alguém cria uma coisa, verdadeira, que todos nós devíamos sentir, dizem que é uma merda. Tudo o que exija esforço de pensamento, para 90% das pessoas, o filme já não vale a pena. O mesmo acontece com os MP3s, Ipads, telemóveis... se for muito confuso e difícil de mexer, não uso!

As pessoas deviam evoluir, deviam crescer! Sair da toca e enfrentar a tempestade!
Os portugueses deviam sair da sua "casa", e olhar para cima, para o universo da vida. E serem alguém mais, do que bêbados, gordos, preconceitos, e velhos!
Porque eu pensava que a nova geração de pais, iriam conseguir tomar uma posição, e fazer de vez o 25 de Abril, mas só conseguiram fazer uma coisa... perpetuar o nome da sua geração: "Geração à Rasca", do: "Também quero porque tenho direito!".

A vida faz-se pelas experiências...
A vida faz-se quando se cai, e se aprende a cair...
A vida compreende-se, quando a sentimos, quando olhamos para o passado que fomos, para as experiências que fizemos.
A vida não é!! 2 diplomas, não é um Muito Bom num teste de Português, a VIDA É!
O correr no rio, andar de bicicleta, entre os pinhais e as hortas, é roubar fruta, cair e esfolar um joelho, ter medo e fugir, ter medo e chorar...
Sim, precisamos dos estudos, precisamos de dinheiro para comer, de ter algum papel que nos diga, que vamos ter uma vida boa, e feliz e confortável... mas o que é isso?
Que experiências são essas? O que será de ti? Quando chegares à conclusão, de que tudo o que te faz ficar nostálgico, são aquele cheiro às almofadas antigas, o perfume da tua avó, os brinquedos... O toque da chuva na tua cara, o frio que faz gritar o teu corpo... O que será de ti? Quem és TU?! Que experiências foste? Tiveste?
Será tarde de mais, quando te aperceberes do mundo que te rodeia.
Será triste e quase depressivo o suficiente, para te fazer "chorar", os anos perdidos na bebedeira, a ver filmes rascos, em sms sem jeito, em modas que segues.

Não és nada, as tuas memórias não têm valor, nem nunca darás valor, à coisa mais simples, que é o gesto de uma criança olhar para uma pedra ou insecto com total intrigação (intrigado), admiração ou experiência.

Darias mais depressa, 50€ por um par de óculos de moda, do que por um Cubo de Rubik, do por um DVD do filme: "K-Pax"... Darias mais depressa, 10€ para carregar o teu telemóvel, do por um Dicionário, ou um Livro "A Inteligência Aprende-se".
Darias MAIS DEPRESSA!! 20€ por um Livro de vampiros, do que 20€ por um bilhete de autocarro, para uma caminhada de 18km na serra da estrela.

São as Experiências que me moldam! São as coisas mais simples que me fazem pensar, sonhar, e aprender. São as nossas acções que nos ajudam a crescer. Bem, isso é óbvio. Quer dizer... as acções que tomamos, apenas nos formam como indivíduos, se nos ajudam a crescer?... às vezes nem por isso. E o que é "crescer"? Não será de certo um crescer físico, mas um crescer percepturial [perceptual?] (perceptivo).

Este crescer, como eu sinto, é para mim... a visão, a paisagem do universo que vemos em: "Contact". É olhar e sentir o mundo, sentir o som, sentir as lágrimas no rosto, por chorar-mos uma paisagem tão profundamente bela, e de tirar a respiração...
Sentir o fervilhar no nosso coração, o amor, a admiração, por... aquela rebentação do mar, pelo barulho das pedras ao tocar na água, o som do vento nos cabelos, os beijos dela, a caricia... deslumbrar... a brincadeira dos gatitos, entre os saltitos e a partida à descoberta do mundo que se parece criar a cada paço e etapa.

Uma visão do "nada" que vos rodeia. Uma visão do Universo, que teimam em ver pelo ecrã. Um mundo que fascino, por estes meus olhos, que leio e aprendo a sentir, ao invés de beber umas cervejas ou mandar sms, ou falar no facebook...

Sei, sinto-me feliz! Sinto-me mais do que... e tão pequeno como uma gota de cristal.

Chorar, por uma melodia... http://www.youtube.com/watch?v=xacflWZig8c
Que eu sofra, para te ver feliz... amor... esposa.
Amo-te, como nunca amei ou amarei. Como nunca sonhei... e como nunca senti! Pois é profundo o que os teus carinhos e caricias fazem ao meu corpo. Abalas-me o mundo... e segura-lo com a tua delicadeza.
Deixaram de ser choros, e passaram a ser sorrisos, como nunca fiz antes, como nunca sentia antes...
És mais do que fui, ou serei, e espero puder, ensinar-te o que sei, e aprender o que sabes.
E deixar no mundo, seres que perpetuem quem fomos, sendo eles e nós.
Amor só nosso... amor.

São mentes que não evoluem... por não respirarem as emoções, e esquecerem o mundo onde nasceram. Tão mágico... tão cru e simples. Esta... é a nossa Terra.