quinta-feira, 31 de maio de 2012

A minha rosa envergonhada...


Entrei em casa, cansado do calor. Levei uma baforada de ar fresco e deparei-me com uma casa vazia. Desprovida de qualquer grito dos meus pequeninos. -- O que andam a fazer aqueles traquinas? -- pensei. Pousei as chaves e a mala, olhei-me ao espelho e ajeitei os cabelos.

Via ao balcão da cozinha... e devagar, coloquei as minhas mãos sobre as suas ancas...  Abracei-lhe a barriga e cheirei-a... Beijei-lhe o pescoço, lambi-lhe a orelha e disse-lhe num sussurro:
-- Amo-te...
-- Está calor! Onde metes-te o puxo? -- respondeu depois de me depositar um beijo nos lábios. Tirei o puxo do pulso e mostrei-lho. Segurou-o e apanhou-me o cabelo. Em três tempos o meu cabelo desaparecera-me dos ombros, e já só sentia as suas mãos acariciarem-me o rosto e o pescoço.
-- És tão bonito... -- disse ela deslumbrando-me. Parecia nostálgica, enfeitiçada! Olhava-me nos olhos... o nariz, os lábios e todas as "imperfeições" que só eu podia ver.
-- Fazes-me tão feliz... -- respondi de sorriso largo e tímido. Com um beijo, fogoso e terno, abracei-a com força. Junto de mim. Querendo que o coração de ambos pudessem conversar. Matar saudade da distância que todos os dias nos faziam sentir.
Abraçou-me por cima dos ombros e segurei-a com força. Senti o seu peito contra o meu. O seu corpo parecia tremer... Pouco mais baixa do que eu, tocava-me de uma maneira tão especial, que me fazia sentir relaxado. Pareciam massagens, eram carinhos, eram beijos, palavras mágicas. Senti-lhe a língua penetrar-me a boca e a sua saliva passear junto da minha. O seu cheiro enaltecia-me a mente, levava-me para outro mundo.
Senti-lhe as mãos tocarem-me gentilmente a cara, e a saudade que sentira durante todo o dia fez-me contemplá-la até que aquele sentimento desaparece-se. O desejo de a voltar a ver, de a voltar a beijar, de lhe tocar e senti-la só minha. A minha mulher, a mãe dos meus filhos, a minha musa, a minha alma gémea.

O seu sorriso fazia-me corar de vergonha, mas tão tolo quanto ela, sorria também. Pousei as minhas mãos na sua anca. Um gesto que ela adorava, que a fazia derreter de prazer e de ternura. Sentia-se minha, só minha. Sentia-se pequena e desejada.
Mordiscou o lábio e disse-me num sorriso matreiro, envolto em vergonha:
-- Os garotos não estão cá...
-- Eu logo vi... ou tinham feito alguma ou fugiram. -- ela sorriu e foi absorvida pela imagem dos seus filhos. Corriam pela casa, pelo verde jardim a gritar e a saltar. A sujarem a roupa e a esfolarem os joelhos de tanto subir às árvores. São piores que o papá na idade deles!
-- O que estás a pensar em fazer com este tempo só para nós? -- sorrio passando-me as mãos pelo peito.
-- Tomar banho...
-- Fogo! És um desmancha prazeres! -- chateou-se. Cruzou os braços e ficou a olhar para mim quase com beicinho.
-- Contigo... à luz das velas, rodeados de rosas... que tenho no carro, a comer uns bons-bons...
Um sorriso começou a crescer, a ganhar magia, os seus olhos brilhavam e sentia-se numa espiral crescente de felicidade, de desejo, amor e carinho. Saltou-me para os braços, fechou os olhos e abraçou-me com força.
-- Porque é que és assim? Porque é que és assim tão perfeito? Não te mereço...
-- Porque te amo, e adoro fazer-te feliz... meu amor... -- e passei-lhe a mão pela cara, de olhos fixos nos dela. O meu sorriso deu-lhe reconforto, paz, e uma calma que parecia fazê-la chorar.
Dei-lhe um beijo e dirigi-me para a porta de entrada.
-- Já venho...

Ela acabou de arrumar o ultimo prato e foi para cima, para o quarto. No corredor, uma foto do casal. Na altura namorados. Tirada numa floresta, num dia estranho. Sorriu, mas sorriu pelas coisas boas e pelas más que tinha esquecido e que já não lhe faziam confusão. Abriu uma gaveta junto às pernas do armário, e remexeu alguma lingerie... Abriu um pequeno saco e sorriu empolgada. Não podia ser o dia mais indicado para a usar... tinha-a comprado à uns dias, e deixou-a escondida para uma ocasião especial.
-- "Ele vai adorar!!" -- pensou para si.
Guardou-o embrulhado, e despiu-se. Vestiu apenas um robe, e ficou à janela do seu quarto, à espera. De sorriso estampado e a sua mente perdida num dia tão solarengo. Ansiava o seu marido, o seu homem, junto dela, dentro dela. Deseja o seu cheiro, sentir as suas mãos pelo seu corpo, e aquela língua tão marota... que a deixava molhada só de pensar no prazer que ele lhe dava. Era incrível... sentia-se a melhor mulher do mundo.

Ele preparou o banho, espalhou as pétalas das rosas pela casa de banho, pela banheira e sobre a água em espuma. Acendeu dois paus de incenso e colocou uma sinfonia de Telemann a tocar. Baixou o volume só para criar o ambiente e contemplou a sua façanha. Não podia estar mais feliz. Sabia que ela ia adorar, chorar e derreter-se... mereciam um tempo para os dois, e estava ansioso por lhe fazer as massagens que ela tanto gostava.

-- Amor? -- chamou ele.
-- Estou a ir...
Entrei na banheira e continuei a olhar para o ambiente. Queria que fosse perfeito até ao fim. É então que a minha atenção é interrompida, pela coisa mais bonita e perfeita que existe na minha vida... Ali estava ela, de sorriso maroto e em pose sexy. Suavemente, deixa pousar o robe no chão. A temperatura sobe a pique e eu fico sem jeito. Ela aproxima-se vagarosamente, desfrutando da paisagem, absorvendo os cheiros, sentido a música dançar sobre a sua pele e derretendo-se sobre todas aquelas emoções, aquela magia...
Chegou-se perto de mim, e com um sorriso tímido e uma voz quase sussurrante me disse:
-- Sou bonita?
-- Oh amor! És a mulher mais bonita do mundo! Até fico sem fôlego quando te vejo dormir...
Encolheu-se tímida, a tapar a sua menina, olhando o seu peito.
-- Não me podia sentir mais feliz por estar ao teu lado. Amo-te tanto meu amor! -- e abracei-a com todo o carinho, desejo e ternura. Com força e medo. Não a queria largar, não a queria parar de sentir assim, tão frágil e sensível. Perfeita...
-- Amo-te assim... minha pequenina...
-- Amo-te...

Com amor, para a minha rosa envergonhada...

terça-feira, 29 de maio de 2012

Mesmo com amor...



Mesmo com amor, eu continuo a desejar nunca ter nascido.
Continuo a desejar morrer e matar-me.
Continuo a sonhar com o dia que parece demorar.
Continuo a suicidar-me vezes sem conta... esteja onde estiver.

Para mim não é fraqueza. Para mim, desejá-lo, não é desistir.
Eu sou consciente do que faço nesta "terra".
Eu sou consciente do que tenho para dar ao "mundo". E eu não tenho nada, porque não sou ninguém.
Ninguém faz de mim gente. Ninguém faz de mim importante. Ninguém faz de mim maduro, se eu não o fizer por mim.

Qual é o objectivo?

Nunca devíamos ter descido das árvores. E tudo se tornaria num mundo melhor.
Não havia zangas, não havia stress, não havia dividas, não havia tristeza, nem frieza. Não havia inimigos nem segundas intenções. Fomos a melhor espécie que já pisou esta terra, e tornámos-nos na pior merda com duas pernas.
Não, não tenho orgulho do que alcançámos como espécie. Os prós e contras tornam-se o oposto da anti-matéria e da matéria. Em que no fim, havia mais matéria que anti-matéria.

Sim, realmente desejar não só a minha morte mas também a de todos deve-vos fazer odiar-me.
O amor que sinto, talvez nem seja deste mundo, e até a minha própria mente, devia ser estudada por psicólogos, mas eu não tenho cunhas nem dinheiro. Talvez devesse ter andado numa escola privada, mas os meus papás não têm dinheiro para esse tipo de caprichos. Talvez me devesse ter faltado mais motivação para estudar e menos brincadeira, mas o meu pai preocupava-se em fazer-nos felizes enquanto era-mos crianças e a minha mãe em nos tornar educados.
Era-mos o orgulho. Era-mos calados. Era-mos educados. Era-mos "inteligentes". Era-mos diferentes.
EU... sou diferente.

Aquilo que eu me tornei, aquilo que eu tive, aquilo que eu vivi, aquilo que eu senti, aquilo que me ensinaram... foi e é, a melhor coisa que me puderam dar. Que me souberam dar. Que eu pude aprender e compreender.
Não sou o melhor aluno na escola, não sou o mais inteligente... mas tenho amor pela minha namorada!
Tenho amor e desejo por quem me ama e respeita.
Sei ser criança e maduro. Hoje sei que estou melhor. Hoje... sou melhor.

Quer acabe ou não a universidade, quer chegue ou não longe na vida, pelo menos, saberei que fiz o melhor com aquilo que tinha. Saberei que dei o melhor. Que fiz o que achava correcto.

Morrer... como sempre escrevi por aqui, é um desejo. Uma questão de tempo. Uma data no calendário.
Eu disse aos meus pais que desejava nunca ter nascido, e não me arrependo nem me dá nenhum nó na garganta. Voltarei a dizê-lo.
Se um dia os meus filhos me o disserem, da mesma maneira que o disse aos meus, as coisas serão diferentes. Não fiz nada de mal. Fiz algo de bom. Não criei nem eduquei crianças com problemas psicológicos, mas crianças capazes de chegar muito, mas muito mais longe. Com ou sem a minha ajuda. Poderão chegar onde não cheguei. Poderão sentir o que nunca senti. Poderão compreender o que nunca tive tempo nem capacidade.

Não quero criar filhos prodígios apenas e só com capacidades académicas. Com as melhores notas, com as melhores relações. Quero criar filhos conscientes e maduros. Inteligentes e com a sua mente a pensar fora da caixa. Serão os meus filhos. E terão a melhor mente que alguma vez alguém poderia conhecer. A melhor mente com que alguém poderia conversar e aprender.

Não quero nem ambiciono prodígios. Ambiciono crianças capazes de serem mais e melhores do que as outras. Tal como eu sou. Narcisista e com a capacidade de amar que mais ninguém terá neste mundo. Com a capacidade de aprender e crescer. De atingir metas de consciência que eu nunca fui capaz de atingir com a minha idade. Desejo crianças conscientes e com capacidade cognitiva, filosofa e psicológica acima de tudo e todos. Os meus filhos serão melhores do que eu.

E é nisso que me impele continuar a acordar de manhã. É isso que me faz continuar vivo. É isso que me tira da tristeza que é não conseguir compreender a matéria em tempo recorde, acabar trabalhos, e ter sempre na cabeça que todos os meses tenho de pagar 160€.
Se vivesse uma vida desafogada, nunca envolta em merdas e preocupações, talvez eu crescesse muito mais. E nunca me irei cansar de falar de ti, pois da outra nunca parei até me mudarem de rumo.
E vou-te ser sincero. Ainda te amo e não é mentira. A outra também sabe, e aceita. Mas é por ser demasiado estúpido que ainda sinto por ti.
Sou um ignorante de merda, um inconsciente com o amor e as relações. Sou muita estúpido e de capacidade lenta. Por achar que ainda teremos alguma coisa.
Parvo eu, a pensar que fazes estas merdas todas só para ver o que é que eu digo. Para ver o que é que eu faço. Parvo eu a pensar que ainda me amas mas que não queres admitir... quando a realidade é que já mudas-te de banco, já mudas-te de parceiro, de homem, de pila e de cheiros. É tão bonito, é tão fácil amar não é?
Não sou como tu, sou melhor. E tal como eu, serão os meus filhos.
Demore o tempo que for preciso para te esquecer, que não será com a mesma facilidade fria e insípida que tiveste, acredita que eu serei muito diferente e muito melhor para a minha namorado do que alguma vez fui para ti.

Eu estou feliz, sou feliz e fazem-me feliz. Se me amas? Se fosses madura e responsável? Se fosses verdadeira contigo mesmo, se é que realmente me amasses, deixavas-te das tuas merdas e dizias-me. Mas tu és como todas as outras raparigas... amar não é contigo. Nem aprender, nem crescer, nem ter consciência ou aceitar... se não te sabe bem, deita-se fora. Como costumas fazer com o litro de leite que deitas fora quando acabas de comer os teus cereais. Sabe bem viver desafogada não sabe? Sabe bem poder ter tudo e qualquer coisa.
Não me custa falar, porque eu pelo menos, aprendi uma coisa desde muito cedo. Se não falar, se não perguntar apenas e só por ter vergonha, perco tudo o que mais gosto.
Quero e vou esquecer-te quando sentir que fiz de tudo para voltar. Mas... voltar para quem? Para o quê? Com que desejos? Recebido de braços abertos ou com uma cara ainda mais fria do que aquela que vi pela ultima vez? Os teus amigos... se fossem gente madura, ao invés de tentarem gozar comigo, estavam calados e de mente bem aberta para compreender e perceber o que nunca irão ter. Vocês perdem. Eu só tenho a ganhar de cada vez que penso em ti, ou falo de ti.
Fosses tu uma mulher que realmente me amasses até ao fim como me escreves-te, me disses-te e me fizes-te sentir, e falarias para mim. Medo? Medo de quê? As coisas não seriam iguais, mas não haveria razão para não funcionarem. O comodismo faz-te mal. E andares sempre a trocar de namorado, faz ainda pior. Sim, porque tu esqueces rápido e nunca aprendes nada com isso. Mas espero, sinceramente, estar errado.
És uma rapariga difícil, mas eu também sou. Sabes ser fria, mas eu também. Sabes manipular mas eu também sei. Amas? Eu sei amar. Mas estou diferente, muito diferente...
Da mesma maneira que eu não te reconheço, tu não me reconhecerias a mim.
Só quero que aprendas e te tornes na pessoa que sempre desejei que te tornasses desde o inicio.
Omitir? Mentir? Calar-me? Perco eu e toda agente que me lê. Perco eu e os meus filhos um dia quando lerem os meus textos. Sejam maus ou bons de se ler. Sejam depressivos ou felizes, são os meus textos, as minhas visões do mundo, os meus sentimentos. E deles não abdico.
Pelo menos eu tento fazer uma coisa... consciencializar as pessoas.
Posso não vir a ser uma grande merda no futuro, mas serei melhor que o meu pai e a minha mãe. Posso não acabar a universidade, que por minha vontade, continuarei lá, sem desistir, até a terminar, mas pelo menos terei e saberei dar o que nunca ninguém deu à minha namorada.

Os animais não vão à escola, não têm cursos, não usam palavras, não expressam amor nem sentimentos, não escrevem poemas e até podem nem pintar quadros... não têm objectivos nem sonhos ou ambições como nós, humanos, mas são os melhores de que existem no mundo. E quando acasalam, grande parte deles, é para toda a vida. Coisa que tenho dificuldade em ver nos casais que passam por mim. Que julgam saber tudo sobre as relações inter-pessoais, sobre os defeitos, sobre os erros, sobre as palavras rasgadas, e as falhas que têm, criam e causam na relação e não vêm. Não sou totalmente consciente, mas deixei de ser um garoto à muito tempo! Deixei de ser o namorado que tu tiveste à muito tempo. Não sou o outro, não sou o antigo Paulo, nem sou nenhum puto estúpido que tu vês, vias, ou gostas de pensar que eu era só para te sentires melhor.
Não sou. Falo de ti e das próximas e sabes porquê? Eu conto-te... para que para além de eu crescer, também os outros possam ver nos meus erros, nos meus problemas, nas minhas relações, no meu amor, a razão do seu namoro ou casamento estar em ruínas. De compreenderem e serem capazes de transformar as coisas más em coisas boas. Hoje por eles, amanhã por mim. Não é o que se costuma dizer quando se deixa passar a ambulância?
Não perco nada em falar de ti, até porque nem estou a falar mal, estou-te a consciencializar, a falar para ti, se quiseres ouvir. Mas também estou a "ensinar" aos outros. Principalmente aos meus filhos...

Julgas que perco por ser assim?
Julgas que perco por dizer o que digo?
Julgas que perco por falar de ti ou do que me incomoda ou me deixa triste?
Só aprendo e tu nem sabes o quanto...


Mesmo com amor... mesmo ter crescido, ter aprendido e ter-me tornado melhor e muito diferente. Anseio morrer de veias abertas e com um nó na garganta.
Não sou eu que desapareço do mundo, é o mundo que desaparece de vocês...
Eu faço cá falta, mas estou-me a cagar para isso, para ti e para vocês.
É tão bom viver feliz não é?
É tão bom ser-se sociável, ter amigos e amiguinhas, ter namoros e namoradas, amar este e aquele. É fácil ser-se cidadão modelo, e não um cidadão único. É bom ser-se aceite...
Tu não gostas? Eu adoro...

Sou criador e não um repetidor!

As relações...



Existe algo acerca das relações, hoje em dia, em que se algo não está bem, simplesmente se desiste. Se algo não "funciona" como queremos, deitamos fora. Se algo dá demasiado trabalho para corrigir ou compreender, atira-se para um canto e arranja-se outro mais fácil e acessível. Eu sei do que falo. É por isso que falo.
Hoje em dia, as coisas trocam-se, quer estejam a funcionar "bem", quer tenham problemas. Se forem demasiado complicadas, é para esquecer...

As relações de hoje, fazem-me lembrar uma noticia que vi à vários meses na SIC, se não estou em erro, sobre um casal que decidiu adoptar uma criança. Ao fim de uns dias, acharam que não queriam aquela criança e devolveram-na. É a mente que abunda a nossa sociedade. Pois pelo que pude ler nas pesquisas, a devolução de crianças adoptadas é maior do que se imaginava.

Primeiro estranha-se e depois entranha-se. Como me costumava sempre dizer o meu pai. Se não gosto de algo, é uma questão de tempo até deixar de torcer o nariz e "aceitar".
Aceitar não é o mesmo que deixar ser afectado por isso, mas precisamente o contrário. É aceitar a outra pessoa. O que é muito incomum hoje em dia. Aceitar implica, não pelo lado negativo, compreender, tentar compreender. Ter consciência da razão de a pessoa ser assim. Tentar "moralizar", educar e re-educar. "Perder tempo". Mostrar e explicar de forma madura aquilo que sentimos, que problemas pode causar ou o desconforto que nos faz sentir.

Numa conversa que tive com o meu irmão, partilhámos a ideia de que, hoje em dia quem tem de lutar numa relação, são os homens e não as mulheres. E a razão de isso estar cada vez mais em voga, não tem só haver com o a revolução feminina, mas também com toda a publicidade por trás de cada roupa, música, imagem de moda. O neuro-markting re-constrói mulheres pelo lado negativo e anti-instintivo, anti-natura daquilo que realmente deviam ser. E o mesmo acontece com os homens. Porém, as mulheres são o alvo mais fácil. São bombardeadas com milhares de imagens de beleza, homens ricos, histórias de amor perfeitas, fantasias que só existem em contos de fadas.
Deixa-se a consciência, a aprendizagem, as descobertas, as aventuras, o moralismo, a realidade, e as relações interpessoais de lado, de fora. São colocadas a um canto. E nem percebem aquilo que perdem por se deixarem manipular. Não sabem o perdem, pois também não aprendem nem crescem.
E um dos piores problemas, é que julgam estar certas.

Ouvi de uma colega, uma critica que ela fazia à publicidade a cremes e à silhueta e o corpo perfeito. De um lado, numa revista, aparecia um texto que enaltecia o quão todas as mulheres eram bonitas e perfeitas. Que não precisavam de cremes, nem de perfumes ou de dietas para serem modelos exemplo. E do outro lado da página, aparecia a publicidade a um novo creme, ou a uma nova dieta.
"Sente-se gorda ou flácida?" "Tome já o XKY!"
É este tipo de publicidade, este tipo de abordagens que têm para com as mulheres, que faz com que elas cada vez mais saiam do seu instinto animal, para passarem a ser cópias de modelos a tentar serem as melhores. O pior, é que só fazem mal a elas próprias. Pois uma mulher, ou um homem, que não tenha auto-estima. Que não saiba dar valor ao corpo que tem, às rugas, às estrias, não é uma mulher mas uma obsessão e doença psicológica.
Na minha opinião, a mulher não deve deixar, de todo, o local que sempre controlou e no qual sempre foi perfeita. Cuidados íntimos, higiene, preocupada em parecer bonita para o namorado, preocupada em mostrar que aquele é o macho dela. MAS... que também ela tem uma opinião a dar. A mulher deve ser sinónimo de gentileza, de carinho, sentimentalismos. É carente, frágil, necessita de carinhos constantes e mimos em "exagero". E sim, também deve ser critica, mostrar a sua opinião, mas saber dá-la! Saber aceitar e compreender. Devem acima de tudo, deixar os óculos "sujos" em casa e mostrarem os bonitos olhos que têm, a cana do nariz, as sobrancelhas e as olheiras.

Uma mulher não tem sempre que ser uma flor. Mas também não deve deixar aquilo que sempre foi. Não deve deixar de ser uma influencia positiva para um homem. Pois uma mulher consegue sempre trazer o homem mais "bruto", para o seu lado e ser quase tão sensível ou mais do que ela própria.

Uma relação, um namoro, não é algo, ou não devia ser algo, "simples". No sentido em que se acabar acabou. À que saber e compreender onde é que se errou e não percebeu, e tentar corrigir isso. Um vicio ou uma mania pode desaparecer num curto espaço de tempo se a pessoa que estiver ao nosso lado for compreensiva. Souber estar do nosso lado, saber falar e incentivar. Lutar pelas nossas conquistas, dar valor ao nosso esforço e não andar sempre com palavras derrotistas na ponta da língua. Não ter sempre algo frio e cruel para nos atirar à cara. Pois como me aconteceu a mim, nunca fiz nada para a ver sofrer. Nunca menti  por puro prazer ou porque é a única coisa que sei fazer. Menti, omiti, para não a fazer sentir-se triste.
Bastava também ela não perguntar todos os dias. Deixar e esquecer o assunto, pois era algo que eu fazia para mim e não para ela. Há que saber lidar com os problemas.
Compreendo que se tenha sentido triste, incomodada. E compreendo que tenha pensado que ela não tinha jeito nenhum. Mas tocar no assunto, todos os dias, cria um cancro. E o que devia criar era um espaço de compreensão, onde expunha a sua "dor" e o seu desconforto.

É a falar nos problemas, nos meus problemas "simples" e sem ponta por onde lhes pegar, que eu próprio me ensino, aprendo, cresço e ganho mais capacidades para um dia educar os meus filhos. De mostrar um lado diferente aos meus colegas ou aos meus pais. E até mesmo... à minha namorada.

Se algo está mal, deve-se resolver. Se ninguém traiu ninguém, ninguém matou ninguém, ninguém agrediu ninguém, então o problema não deve ser assim tão grave ou impossível de resolver. Um vicio, dependendo do vicio, é tratado com uma boa dose de compreensão, espaço e boa disposição.
Uma zanga, esfuma-se no ar, com uma simples caixa de chocolates, um bilhete e 2 rosas. Um jantar ou um piquenique com os filhos. Uma ida ao cinema, um jantar romântico à luz das velas em casa. Ou até mesmo um banho e uma massagem.
Há que saber ser-se. Há que saber compreender, aceitar e ouvir o outro para que uma relação cancerígena, se transforme num verdadeiro conto de fadas. E ás vezes nem é preciso muito para que se torne e se volte a envolver com o mesmo amor que cada um tinha no inicio do seu namoro.

As relações de sucesso, são criadas por duas pessoas com amor uma pela outra e não simplesmente ódio. Duas pessoas diferentes podem-se amar, se souberem ser. Se souberem crescer. Se tiverem maturidade. Se compreenderem as relações interpessoais. Se souberem aceitar, dar espaço e valorizar as conquistas de cada um. Mostrar onde errou e o que pode fazer para corrigir. O que pode melhorar. Comunicação é importante, mas o saber comunicar e lidar com a pessoas que amamos é algo diferente.
Se duas pessoas se amam, por muito diferentes que sejam, ou opiniões que tenham -- cada pessoa pensa por si o que é diferente e o demasiado diferente -- não vejo a razão de haver distanciamento, frieza, ódio, raiva, nojo. Existe desconforto, mas também existe aceitação e compreensão.


É comigo com quem tu te queres casar?
É comigo com quem tu queres ter filhos?
É a mim que tu queres aturar?
É comigo com quem tu queres aprender, crescer, ensinar, descobrir, viver, sentir e explorar?
É comigo com quem tu queres partilhar a tua velhice?
É de mim que tu queres receber o carinho, o amor, a dedicação e a atenção para o resto da tua vida? Quando tiveres velha e senil. Quando não te conseguires mexer nem limpar...
É comigo que queres partilhar a velhice e a doença?
É ao meu lado que desejas partir?
É comigo?
-- "Sim!"


Uma relação não deve ser vista como uma prisão, mas como uma caixinha de surpresas! E acreditem, existe muita coisa para descobrir e aprender dentro dessa caixa.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

40 bolos... e uma dor de dentes!


Na pesquisa por um bolo, deparei-me com este site, e logo me apressei em ver os posts de bolos e doces. Eis que me deparo com uma lista de 40 ideias para bolos, para oferecer no dia da mãe.

Se repararem, as cores Laranja e Chocolate aparecem bastante nesta lista. E sem dúvida de que cada um deles nos desperta atenção, desejo e gulosice. Para não falar da água na boca...

Não se esqueçam de lavar os dentes! Gulosos...
40 bolos... e uma dor de dentes.

Não sei porquê, mas fiquei com vontade de provar a Tarte de cenoura...

Pais e o sexo...


Sexo. Fazer amor.
Como será que os pais pensam nos seus filhos a fazerem sexo com os seus namorados/namoradas?
Como é que imaginam? O que sentem? O que vêm? Do que têm medo?

É um assunto "tabu"? Depende da perspectiva. Se eu tenho uma certa... vergonha em debater este assunto? De momento sim, mas talvez tenha uma opinião diferente quando acabar este texto.

Como é que os pais se sentem, ao saberem que o seu filho iniciou a vida sexual? Que tem uma vida sexual activa. Quer seja má ou saudável. Pois existem várias perspectivas do mesmo assunto. Fazer amor sem haver amor, não é saudável. Fazer amor sem ter prazer, não é saudável. Fazer amor "obrigado" também não é saudável.
Eu não sou pai, ainda, mas... De certa forma, e talvez esteja a pensar demasiado cedo nas coisas, pois eu próprio ainda sou um rapaz "muito novo", que pouca ou nenhuma experiência tem com a sexualidade. Mas acho interessante, da perspectiva dos pais, a maneira como eles/eu vêm os seus filhos, o que imaginam, se é que imaginam alguma coisa.
Educamo-los e educam-nos (a nós) para usar o preservativo. Será que eles sabem quando estamos a fazer amor? A porta está trancada... não se ouve nada a não ser a televisão ou a música. O que sentem?
-- Estão a fazer amor... É melhor deixá-los sossegados.

E nós? Conseguimos imaginar os nossos pais a fazer amor? É muito semelhante ao que nós fazemos com as nossas namoradas/namorados, mas... parece estranho. Em algum momento da vida deles, o paizinho teve de ejacular dentro da mãe. Assim como as vossas professoras, tiveram de receber o esperma dentro delas. Demasiado pornográfico? Ou demasiado natural? É estranho, é interessante e pertinente abordar este assunto.
Fazer amor torna-se algo "bonito", algo do qual obtemos prazer e onde libertamos o nosso stress frustração, mas também é um momento único onde podemos dar e receber amor da maneira mais física, psicológica e emocional possível.
Como abordei num texto anterior, as pessoas ao fazer amor transformam-se. Não significa que seja pelo lado negativo. O cérebro, quer do homem quer da mulher, ficam um pouco mais concentrados no prazer, no próprio prazer, mas também no prazer um do outro. Deixam de conseguir falar para começarem a ter uma respiração mais acelerada, com o calor do corpo, os cheiros, os aromas, o prazer, as sensações físicas, os gemidos, e a maneira como se abraçam ou se tocam um ao outro, torna o ambiente naquele local, muitos mais do que "fazer amor", para passar a ser uma explosão de amor e prazer.

Sem dúvida de que a geração de hoje tem uma mentalidade muito mais aberta, muito mais interessada em descobrir e aprender. Dependendo da pessoa.

Mas abordemos outro assunto. E chega até a ser bastante engraçado.
Quantas das pessoas que vêm num shopping, acham que fizeram amor à 15, 20 ou 30 minutos?
Acontece. Nunca me aconteceu, que me lembre, mas achei engraçado e interessante quando o meu irmão me perguntou pela primeira vez.

Imaginar os nossos pais a fazerem amor, ou a combinarem horas quando não estamos em casa para fazer amor, é algo "estranho". Só em filmes! Não é?
E as cenas mais ousadas? As langeries? As Fantasias? Será tabu pensar nisto, e até para mim se torna "estranho", mas é algo natural.

Os filhos deitados ainda na cama, ou a verem desenhos animados, e os pais a fazerem amor de porta aberta.
Os filhos na escola ou com as namoradas, e os papás a combinarem uma hora a aproveitarem o tempo para se dedicarem um ao outro.
Não fazem amor todos os dias? Não é importante, desde que haja amor, respeito e maturidade. Não sei como será a minha vida como pai, de casado e com filhos. Mas tentarei dar à minha mulher espaço para se sentir confortável. Dar-lhe amor e carinho para se sentir amada ou bem disposta, sentir que tem pertence, que tem um local dela. Que saiba que eu a amo quer haja muito ou pouco tempo para aquele momento tão especial.

Fazer amor, para mim, não é foder, nem é "sexo". Existe um pouco de prazer à mistura, como tudo, mas não significa que não tenha carinho e respeito pela pessoa. Já por algumas vezes me saíram palavras "estranhas", mas não significa que quem as diga, namorado ou namorada, seja um autentico bicho. Um porco de merda como todos pensam. Fazer amor, é dar amor, é dar tempo. É dar prazer, atenção, é deixar sair o stress e as frustrações, esquecer o que nos incomoda ou deixa tristes. Uma pessoa transforma-se. Ninguém fica igual durante um momento como este. Nem mesmo um violador. E até mulheres violadas, num certo ponto tiveram prazer. Não digo que seja com todas. É preciso ter a consciência de que mulheres/homens violados não sentem o mesmo, ou podem não sentir o mesmo. Não quero que me julguem. É algo que suponho, é algo que penso, é algo que levo a reflectir. Uma violação não é algo que acontece de ânimo leve. Mesmo para os pais dessa rapariga, ou marido dessa mulher, as coisas, depois de acontecerem se tornam simpáticas. Fazer amor com essas pessoas fragilizadas e brutalmente rasgadas, da mesma maneira que faziam, demora e pode demorar anos.

Pais e o sexo... não abordo este assunto no seu todo, pois tenciono que cada um pense e reflicta sobre ele quando não tiver tão ocupado. Digamos... quando estiverem na paragem à espera do autocarro, ou do comboio. Na fila do supermercado ou à espera da vez na sala de espera.

Há várias maneiras de se fazer amor. Bem... sinceramente, faz-se sempre da mesma maneira. Podem ter é abordagens diferentes. Sentimentos diferentes. Desejos diferentes. Mais preliminares. Mais carinhos, massagens. Cheiros, perfumes, ambientes, iluminação...
Contudo... cada um tem a sua maneira de encarar as coisas. Mas será, por vezes, a maneira mais correcta?
Existe respeito? Existe amor? Existe desejo e vontade? Existe carinho e sensibilidade?

Amor inteligente, relações saudáveis.

sábado, 26 de maio de 2012

Fazes-me sorrir...

[Eu]

Fazes-me rir e não sei bem porquê...
Espetas-me um sorriso na cara e nem precisas de te esforçar.
Ouves-me e aturas-me... eu... um rapaz tão estranho.

Fui beijado por um anjo.
Tocaste-me a alma como ninguém...
Fazes-me ser o que nunca fui, fazer com o tempo, o que nunca fiz.
Abres-me os olhos... e o coração.

Abris-te os braços e abraças-te-me com força, e nunca mais me largas-te, assim desejo essa imagem.
Naquele dia de sol, numa semana tão estranha, o teu sorriso, as tuas palavras, o teu cabelo...
Tive medo... tive vergonha... mas caminhámos um para o outro, vermelhos que nem tomates e ficámos parados. Assim... juntos, à frente um do outro. Toquei-te na mão, olhei para ela e beijei a palma.
-- Fazes-me feliz... -- disses-te.
Sorri e abracei-te com força. Oh... tremeste por todos os lados!
-- Amo-te... Amo-te... Amo-te... princesa do meu coração.

Cada vez que adormeço, invades-me os sonhos. Com os teus olhos tão grandes e bonitos. Pareces Alice a entrar no País das Maravilhas, mas quem fica maravilhado sou eu.
Desejo sentir a tua cara, pequenina, ouvir-te falar no meu colo. Sentir o teu coração e beijar-te com o maior carinho que guardo no peito.
Ver-te sorrir... faz-me chorar. Não de triste, mas de puro amor.
Sedutora-mente bela... magnificamente perfeita. És o espaço que me preenche a solidão e tudo o resto em que eu falho como humano.

Fazes-me sorrir... mesmo quando eu não me consigo levantar.
Ensinas-me e mostras-me, fazes-me crescer... e eu já aprendi tanto contigo, que espero não parar.
Contigo ao meu lado, sinto e sei que serei um bom pai, um bom namorado, um bom marido, pois tenho ao meu lado, a pessoa mais incrível e carinhosa do mundo. Tu!
Com o sonho de lhes ensinar a pintar, a desenhar e a ler... a ouvir a música clássica e o piano na sala...

A nossa relação, é como eu costumo dizer: "é um trabalho em progresso, um projecto inacabado."
É uma vida, uma relação que nunca pensei ser possível, ser real.
Podia sonhar, podia imaginar e até escrevê-la... mas surpreendeste-me com a tua gentileza, a tua sinceridade.
Não sei bem o que escrever, ainda estou em estado de "choque". Chocado pela tua beleza... pelos teus gestos, pela tarde, pelo o brilho dos teus olhos!
Sou um sortudo em te ter.
Desenhas a tua história e ensinas-me a escrever a minha. Com os teus livros, os teus filmes, as tuas músicas, e os teus textos... fascinas-me, invejas-me. Mas às vezes parece que gostas de me irritar... casmurra!
Com tanto rapaz por aí e tinhas de te agarrar a mim... mas eu sou o sorriso escondido que tanto procuravas. "A mente incrível à espera de ser descoberta". Dois tolos, dois casmurros, dois estranhos entranhados de confusão psicológica... coitados dos nossos filhos! ^^

Se não fosse aquele dia... não estaria aqui, não chegaria aqui. Aqui! Onde estou hoje, contigo.
Enfeitiçado pelas curvas do teu corpo, perfumado pelo teu perfume e envolvido nos teus caracóis.
És diferente... e eu adoro-te. Fazes-me feliz.

Fazes-me sorrir... e és capaz de me ouvir chorar. De barafustar e ficar distante. Não porque te odeio, mas porque é a minha maneira de crescer, de dar tempo ao cérebro. Lidas comigo de uma maneira tão especial que às vezes fico envergonhado por não te o fazer mais vezes.
Um dia sem ti, e a minha vida descarrila, num turbilhão de negativismo...
-- És a pessoa mais incrível e inteligente que já conheci! Tenho orgulho e prazer em te ter conhecido.

Amo-te (L)

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Eu tinha de escrever, porque eu sei que me adoras ler... ^^

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Hoje passei pela tua mãe...


Hoje passei pela tu mãe... e disse-lhe bom dia. Ela admirada, respondeu:
-- Ola. Bom dia.
Disse-lhe que te amava e ela esboçou um sorriso de orelha a orelha, escondendo uma  gargalhada de timidez. Corei que nem um tomate.
-- Não quero que fique com uma ideia errada de mim. Mas ela tem um sorriso tão bonito... e cada vez que penso nela fico sem saber bem o que lhe dizer.
-- Ai tu é que és o Paulo... Ela não é uma pessoa fácil; penso que sabes isso.
-- Sim, já pude ver. Mas eu também não lhe fico atrás. -- soltei um sorriso e ela riu-se.
-- O amor é louco não façam pouco. -- disse ela olhando para mim.

-- És um rapaz cheio de sorte em tê-la ao teu lado.
-- E ela é uma rapariga com um rapaz único. -- respondi, tentando mostrar à tua mãe que era um rapaz de bem.
-- Sempre soube que vocês fariam um bonito casal. Um casal estranho e difícil, mas um bonito casal. Com muito para dar, com muito para aprender um com o outro. Acredita em mim. Eu sei o que tenho em casa!
-- Ela faz-me mesmo feliz...
-- E tu a ela? Depois de terem voltado, parece que lhe caiu a graça do espírito santo em cima e anda sempre com um sorriso, sempre bem disposta. Nem sabes o bem que lhe fazes...
-- Nem ela sabe o quão preciso dela.

Do saco que levava comigo, retirei algo embrulhado, sem laços nem cartas. Um mistério e um segredo tal como eu gosto de ser.
-- Podia-lhe entregar isto? Acho que ela vai gostar.
-- E se ela não gostar fico com ela! -- respondeu ela com um sorriso. Eu ri-me corado e um pouco nervoso. Apalpou o embrulho e tentou desvendar o que era.
-- Não lhe tomo mais tempo. Foi um prazer conhecê-la! -- sorri.
-- Pensei nunca vir a conhecer o rapaz que roubou o coração à minha filha...
-- Não... nada disso, foi mais ela que roubou o meu do que o contrário. Acredite.
Despedi-me com dois beijos.
-- Eu entrego-lhe, não te preocupes.
-- Obrigado.

Eu com tanto medo da tua mãe, e mal sabia que ela era um anjo. :$

terça-feira, 22 de maio de 2012

O período fértil da irracionalidade...


Saiu um estudo realizado na america, sobre que tipo de homens a mulher vê como um bom pai, e se sentem mais atraídas durante o período a ovulação. E o resultado foi uma escolha maioritária para os mais bonitos, sensuais e rebeldes.

"...agem realmente com o impulso irracional comandado pela natureza a fim de procriar..."

Ao que parece, a  mulher durante esse período, fica atraída pelos homens com feições fortes, que têm tendência em serem rufias, rebeldes e terem um bom corpo. Instintivamente deseja procriar com o que tiver ou mostrar melhores genes.
Para mim, não é novidade nenhuma, o meu pai já me falou sobre este assunto à bastantes anos. E constato isso nos vários documentários de animais.
Da mesma maneira que as mulheres se sentem atraídas pelos mais rufias, rebeldes, bonitos e sensuais, pelos seus genes, os homens farão o mesmo. Desconheço qual a tendência para o meu sexo, mas não deve haver tendência, pois é a mulher quem manda e abre as pernas.
É, da minha perspectiva, a única que sente e tem o desejo de procriar. A única que tem capacidade para entrar num estado de fertilidade e, durante esse tempo, procriar.

Por tanto namorados, tenham cuidado quando ela entrar na ovulação, podem vir a sofrer muitas cornadas por trás. As mulheres deixam de pensar com a cabeça de cima para passar a pensar com a "cabeça" de baixo. -- Óbvio que estou a gozar.

Quando um homem faz amor, sexo, transforma-se. Mas não é apenas o homem, a mulher também sofre uma alteração. Não é apenas o homem que se excita, a mulher também fica excitada; e devido ao prazer, pode não agir ou reagir aos estímulos da mesma maneira.

Da minha perspectiva, e falarei por mim, não tenho nenhum estado de "fertilidade". Os meus sentidos ficam simplesmente mais apurados, mas sempre conscientes e muito críticos. Eu pelo menos, não me rejo apenas e só pela beleza exterior da de uma rapariga. Dou grande importância à sua maturidade, inteligência, maneira de ser, etc. Não desejo simplesmente uma mulher bonita, simpática e inteligente. Se não tiver maturidade, como vejo faltar em muitas, consciência nem capacidade de critica e cognitiva, não me atrai minimamente.
Quero uma mãe, não uma rapariga com mais para crescer do que eu.
Não sou exigente, sou maduro e sei o que quero. O intuito é crescer e não demorar a passar etapas e fases de crescimento. Quero alguém tão ou mais inteligente do que eu, e não alguém ainda com muito para aprender.

No meu caso, não me sinto atraido apenas e só exclusivamente pela beleza, ou pelas curvas, pelas hormonas que emana. Coisa que vocês mulheres se esquecem durante o período mais importante do mês. E até da vossa vida.
Eu gosto de pensar em tudo, de ponderar tudo. Pelo menos tento.


Mas acho interessante serem as mulheres mais cegas do que os homens quando se trata de uma situação tão importante como procriar. Como mentes sensíveis, emocionais e complexas que são, que escolhem um homem a dedo nos seus dias normais. Em que criticam e julgam tudo e todos. Uma mente que compete com outra dezenas ou centenas de mulheres com quem se cruzam ou convivem... esperava que tivesse uma mente mais consciente quando se trata de escolher um pai para os vossos filhos, e não apenas um homem com bons genes.
Como animais conscientes e dotados de um cérebro com capacidades "ilimitadas", não somos capazes, ainda, de deixar de parte o instinto animal e agir de cabeça fria, concentrada e dedicada àquela altura do mês e escolher quem será o pai, educador, amigo, professor, aventureiro e explorador dos nossos filhos.
Parece que as mulheres não são assim tão diferentes dos homens. E elas que falam tão mal deles, parece que afinal agem da mesma forma nas mais variadas situações.

Uma diferença clara dos homens para as mulheres, é a de que os homens estão sempre aptos para acasalar, procriar. Criar rebentos fortes e saudáveis. E da mesma maneira que uma mulher escolhe um homem pela sua beleza hormonal, o mesmo faz o homem.
Agora... eu não vejo muito bem a prática de sexo apenas e só pelo desejo do momento. É saudável fazer sexo, está comprovado, mas pessoalmente não gosto da ideia.
Da mesma maneira que os namorados olham para as outras raparigas, quer esteja ou não com a namorada ao lado, também não o faço, não é só pelo respeito, mas porque não me atraio facilmente pelas raparigas que passam. Olho mais rapidamente para a roupa que trazem vestidas, para o penteado ou as cores, do que para o rabo, para as mamas, para as ancas ou o cheiro que transmitem.
Odeio cheirar o perfume falso de uma mulher. O meu nariz prefere o cheiro ao suor e às hormonas bem perfumadas na sua camisola. E não, não falo de andar a cheirar as namoradas dos outros, falo da minha namorada. Mas eu falo por mim e não por todos os homens.

Porque razão, falemos agora então, que as raparigas ficam chateadas por um homem ver pornografia ou olhar para outras raparigas. E não falo de mim, falo dos outros rapazes. Se elas no seu período de ovulação ficam com as hormonas aos saltos? Eles pelo menos não andam a saltar em cima de ninguém.

Quero que a tua opinião se foda, sabes porquê? Porque eu não sou o mesmo rapaz que era ao teu lado. Compreendo de uma forma a tua "opinião" e aquilo que "sentias" sobre o facto de eu ver pornografia e te ter mentido. Mas de olhar para a roupa de outras raparigas? Acho absurdo. Querias acabar comigo, esquecer-me e partir para outro, apenas não sabias como. Continuo a olhar para a roupa das raparigas, para o penteado, para os sapatos, as meias ou a maneira como olham. Mas não continuo igual ao que era, nem nunca fui igual ao teu ex-namorado. Somos duas pessoas muitos diferentes que tu sempre julgas-te na mesma medida. Não sou uma criança. Posso não socializar, não ter muitos amigos, ter boas notas, ou andar sempre com cara de "chateado". Mas pelo menos sei dar valor. E reconheço o que é ser-se maduro e ter maturidade.

Uma rapariga pode ser muito bonita e muito inteligente, mas para mim, se não tiver maturidade não vale um peido. Pode ser simpática e ter boas notas, mas se tem falta de consciência e respeito, não merece o meu amor. É assim que eu penso. Não quero adolescentes, quero mulheres que me possam ensinar, que respeitem e tenham consciência.

Já falei antes que as relações para mim são uma coisa ao qual dou muito valor. Ao qual dou muito de mim. E tendo já passado por dois namoros que acabaram sempre sem saber bem porquê. Sem nenhuma razão óbvia.... aprendo com eles. Sem dúvida! E ainda bem.
Se um dia me pedisses para voltar, eu não sei se responderia que sim. E sabes porquê? Porque modas-te do 8 para o 80. Não te reconheço. E não me sinto bem junto de alguém que ainda não cresceu, nem sabe dar valor. Porque não me sinto bem ao lado de uma pessoa que não conheço e que nem sei se iria agir de maneira diferente ou da mesma maneira. É essa a realidade. Mas espero que com os próximos tempos, com os teus períodos de fertilidade, encontres alguém. Coisa que acredito que já tenhas encontrado.

Estou farto de uma coisa. Queres saber qual é? Achar que eu nunca terei uma namorada que sinceramente me respeite, me ame, me deseje, me ensine e aprenda comigo. Que cresça e me faça crescer. E que não me abandone só porque não sabe lidar comigo. Penso que "nunca terei" uma namorada que seja assim, só porque o meu olhar não é dos mais simpáticos. Mas este é o meu olhar, esta é a minha cara. E quando me apaixono, amo e me agarro à namorada "da minha vida". Mudo e transformo-me. Pelo lado positivo e feliz e não pelo lado que tu sempre vias. O teu ex-namorado.
Desconheço as minhas falhas como namorado. Reconheço que falhei e agi várias vezes de forma irresponsável, imatura e fria contigo, mas desconheço quem não tenha tido os mesmos problemas. Problemas que, sinceramente?, não tinham ponta por onde se lhe pegar. Não havia nem davam razão para ficares chateada.
Até o meu irmão já teve e tem esses problemas. Até os meus pais às vezes andam às turras. E com certeza de que os teus também. E aposto que até discutes com o teu namorado por qualquer tipo de coisa que não te agrade ou te faça sentir bem. Mas a diferença entre mim e os outros homens, é que eu quando tenho um período de "fertilidade", continuo eu. Continuo com consciência e com o mesmo amor pela minha namorada e mulher de quando a conheci pela primeira vez. Se neste momento estou sozinho, estarei durante muito tempo, mas não é por isso que deixo de ser homem e uma pessoa madura e consciente. Continuo a ver a roupa das mulheres, e cada vez que me olho ao espelho riu-me, sorrio para mim.
Dou valor ao que nunca soubeste dar.
Aprendo com o que fiz de errado, e torno-me melhor namorado. E aposto contigo, que me tornei numa melher pessoa, num melhor rapaz, num melhor namorado e pai, do que qualquer outro rapaz que algum dia venhas a conhecer.
Acabares comigo foi a melhor das piores coisas que me podias ter feito. E agradeço-te imenso. Não seria o que era hoje. Não me tornaria melhor do que era.
Sou melhor, estou melhor, e não fui eu quem perdeu... eu não me perdi, reconstrui-me.

E eu adoro ser assim. Diferente dos outros. Sozinho? Eu também andei sozinho durante muitos anos, falei mal para muita gente no blog, e até para os meus pais. Nunca fiz muitos amigos, e as amigas que tinha apareciam porque eram conhecidas do meu irmão ou da namorada dele. E no entanto... apareces-te e entras-te na minha vida, na minha história.
Aprendi com os meus erros, com a minha imaturidade e inconsciência. Não esqueci nem quis esquecer. E foi por falar e desabafar, que pude abrir os olhos e fazer uma introspecção. Eu cresci, não fiquei parado.


O que este estudo revela, apesar de ser pouco fiável, é o de que as mulheres são tão "piores" como os homens.
Eu não sou um porco. Não sou parvalhão. Não sou frio nem incessível. Era imaturo, inconsciente e critico "só porque sim".

Eu não luto por uma rapariga com namorado. Não me debruço sobre nenhuma rapariga em particular nem em geral. Não tenho sintomas parvos, nem atitudes porcas e estúpidas. Sou calado quando estou sozinho.  Tenho respeito até pela namorado do meu irmão. E tento que até ele e ela o tenham quando hajem de uma maneira mais parva. Sou solitário. Mas se por alguma razão houve um motivo para meter ou manter uma conversa, interessante, não sou de ficar calado ou de dizer coisas descabidas.
E nem me referiria a mim como um homem no que toca a sentimentos, pois consigo ser tão sensível como uma mulher no seu período mais triste.
É mentira não é Miquelina? Eu sou um insensível, e um porco e um nojento, e só quero é cona e um rabo de saias. Só quero é ver gajas e foder a toda a hora. Deve ser isso... nunca chorei, nunca fui carinhoso, nunca dei carinhos, nunca te abracei, nunca te beijei, nunca fui fiel, menti para não fazer sofrer e não para magoar.  Não fiz nada por amor.
Já andei a papar as outras com os olhos e a cobiçar-lhes as pernas e as cuequinhas. Foi não foi? Sou pior que o outro e nem sequer me apercebo disso. Abraçava-te e o que eu só queria era sexo. Era não era?
Perdeste e não sabes...

Eu narciso-me, porque sei que tenho valor, porque sei que aquilo que fiz e tenciono fazer a quem me ama, é algo realmente feito com amor e carinho. Não sou falso, nem ficarei calado. Não sou uma pessoa fácil, mas também não sou nenhum bicho. É como tudo. Há quem me odeie por ter cabelo comprido ou barba. E há quem me ame por ser assim.
O que me deixa triste nestes tempos, não é o facto de não te ter, porque o que passou passou, o que lá vai lá vai, para além de já não te reconhecer e não te achar suficientemente madura para estar ao meu lado. E quando eu falo em seres madura, falo em TUDO e não só como pessoa, mas como namorada. Tenhas ou não namorado. O que me deixa triste, é a escola, e a falta de alguém de quem receber carinho e a quem dar carinho. De quem poder receber e dar um abraço, um beijo, sentir-lhe o cheiro e os cabelos na minha cara. Senti-la sentada ao meu lado, encostada a mim. A ouvir e a conversar comigo. A partilhar a opinião e a ideia dela sobre o mundo, sobre as pessoas. Ouvir-lhe as criticas na ponta da sua língua. Reconhecê-la ao longe e desejá-la perto de mim. Deitar-me ao lado sobre o seu peito e ouvir o coração bater. Ouvir as suas palavras e desfazer-me pelas suas mãos na minha cara.
Deste muito, não vou mentir nem dizer que não. Que foste a pior? Não. Porque até foste das melhores e únicas que tive. E obrigado por teres partilhado aqueles poucos meses comigo.

Critiquem-me! Julguem-me! É como vos apetecer meninas. Se morrer sozinho, não será pela velhice...
Ainda assim... se ninguém me deseja como pai dos seus filhos, posso sempre adoptar.
Não sou nenhum monstro, nenhum porco de merda, insensível, que só pensa em cona e foder. Acho que nem tens noção na pessoa que me tornei e na pessoa que sou. Critico muito, e ainda bem. O meu pai disse-me em tempos que as pessoas criticas, demonstram uma taxa de inteligência superior.
Tenho muita coisa para aprender. E ainda bem. Que os meus filhos me possam um dia conhecer. Que a minha mulher cresça comigo e ensine ao meu lado.
Uma relação, um namoro, é uma coisa bonita, que nos faz pulsar de alegria e desejo, de paixão. Mas é importante que seja uma relação saudável. Caso contrário, um mundo de sonhos pode-se tornar um grande pesadelo.


Eu sou diferente, assim julgo. Tenho fazes de felicidade e de tristeza. Não tenho fases de desejo sexual por outras mulheres. Nem tenho desejos por outras mulheres que não a minha namorada. Fossem assim todos os homens. Abertos e verdadeiros, e as mulheres saberiam com o que contar.
Eu sou um mistério, não julguem que me possam conhecer assim tão bem. Continuo a surpreender muita gente. Continuo a ser misterioso e interessante. Sempre o fui e sempre o serei.
Provavelmente... eu não serei o problema, talvez os outros, as outras, sejam o problema, por não saberem amar verdadeiramente.
Não sou o namorado perfeito, mas esforço-me para o ser. Não deixo de ser quem sou.


Uma ultima coisa. É mais do que óbvio que eu não acredito que toda e qualquer mulher com ou sem namorado se atiram a qualquer homem, só porque estão no seu período mais fértil.
Este texto é apenas um critica, um desabafar, uma visão exagerada do estudo efectuado. Pois uma pessoa minimamente inteligente, perceberia que o estudo não tem muita credibilidade. E nem eu quero que quem me leia, pense que eu ache que todas as raparigas se tornam numas sedentes de sexo ou de homens durante esses períodos.
Haverá mulheres que farão parte das estatística, e outras, talvez muitas delas que não o farão. Não me interpretem mal. Cada um é livre de agir como quer. O que tento demonstrar aqui, talvez não de uma forma muito simples, é a nossa semelhança com os restantes animais. De que não deixamos de ser mamíferos ou de ter instinto animal, apenas e só porque temos cérebros, emoções ou capacidades incríveis.


O sorriso de um homem pode deixar uma mulher molhada...

Que animal serias?


Se pudesse escolher que animal, e que tipo de animal seria, ou gostava de ser.
Escolheria ser mamífero e uma Suricata (meerkat).

"Dentro do grupo, os animais revezam-se nas tarefas de vigia e proteção das crias da comunidade.
O sistema social dos suricatas é complexo e inclui uma linguagem própria que parece indicar, por exemplo, o tipo de um predador que se aproxima. Estudos mostram que os suricates são capazes de ensinar activamente suas crias a caçarem, um método semelhante à capacidade humana de ensinar."
Fonte: Wikipedia

Sempre que me perguntavam, dizia não saber, mas quase sempre um borboleta, por vezes mudava para cavalo, lobo... mas agora sei e adoro o sistema social das suricatas. Que é tão complexo quanto os nossos. Ainda hoje não se compreende nem se sabe muito como funciona. Baseamos-nos na nossa sociedade e complexidade intrincada de criar relações e grupos. Mas eles possuem milhões de anos de evolução, e nós aparecemos à apenas uns meros 10.000.

Parecem seres que não têm muito para ensinar ao mundo, que talvez um lobo ou um cavalo fosse melhor. Mas eu prefiro a parte complexa dos seus cérebros, das regras que regem o seu grupo, família e aprendizagem.
Todos os animais têm emoções e um sistema de aprendizagem. Mas são sem dúvidas os que mais me cativam.

A sua complexidade fascina-me...
E tu? Que animal serias? Terias a certeza e confiança na tua escolha?

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Perdeste...


Aquilo que ela perdeu e não sabe...
É-lhe um mistério até perceber que "errou" ou se precipitou.
Disse adeus à única criatura que a fazia feliz nos seus choros.
Sem abraços nem beijos, se atira assim a outro rapaz, sem saber o que deixou para trás.
Tudo esqueceu e envolto em "quero esquecer" ficou.
Sem nunca se arrepender, pois não sabe o que lhe deixou fugir pelas mãos.
Bastará um dia pensar nos momentos bons, da história que escreveram juntos, e a tristeza cobrir-la-á em choro de saudade, de arrependimento.

As pessoas ficam juntas pelos bons momentos, e aprendem a conviver com os maus até que eles desapareçam com o tempo. Mas não soubeste lidar comigo.
Desististe, esqueces-te e escolhes-te outro. O fácil que nunca será "teu".

Perdeste... a única pessoa que te fazia feliz, e a quem colocas-te defeitos.
Perdeste... foste tu que perdeste, só que ainda não sabes...

Para alguém algures... obrigado. (F)

O amor verdadeiro existe... basta querer e chorar por ele.

O funil da mente...


Na mente humana, a evolução da inteligência, da consciência, da maturidade, da capacidade de auto-reflexão, do auto-conhecimento, da auto-consciência, da educação, da aprendizagem; são como um funil.

Quando nascemos, começamos por um simples ponto negro muito pequeno. Que crescerá centímetros todos os dias e/ou semanas, até ao dia em que abrimos os olhos.
Quando começamos a crescer, a levar os brinquedos à boca, a saborear as texturas, as cores, os sons, o pequeno ponto negro cresce a uma velocidade tão rápida como a do próprio universo. Cresce para os lados e para cima, formando assim um funil.
E porquê um funil? Se eu explica-se as coisas com uma bola, ou um quadrado, não iriam compreender nem ver o que eu quero que compreendam e vejam.

Imaginem então, um funil, um cone se preferirem, com a base virada para cima. Imaginem da cor que quiserem e do tamanho que quiserem. Esse funil será o nosso ponto de partida.

Quando crescemos e tomamos consciência do espaço, dos amigos, dos pais, nomes, objectos. Quando nos conseguimos recordar do sabor do pão ou do leite da escola. E temos a gulosice de comer um grande bolo... adicionamos um pouco mais de altura ao nosso funil, à nossa experiência, à nossa inteligência. A tudo o que nos torna "únicos". Porem... existem crianças e adultos que crescem, e existem aqueles que pensam que crescem.

O que acontece aqueles que são fanáticos, que mais tarde ou mais cedo se fanatizam por alguma coisa, um pessoa, um objecto, uma música, uma ideia, não acrescentam nada ao seu funil. Não o aumentam.
Quando aprendemos alguma coisa, quando "abrimos os olhos", o funil cresce mais um bocadinho, tornando-se um funil ligeiramente maior. E se nos fizerem abrir os olhos bastantes vezes, consciencializarmos e aprendermos com os nossos erros, termos uma epifania ou um momento de reflexão extraordinário, o funil acrescenta mais uns centímetros. Imaginem que acrescenta linha após linha. São etapas que vocês ultrapassam na vossa vida.
Mas como referi acima, existem os que crescem, e os que acham que crescem. E a diferença entre essas duas pessoas, é que o funil do que realmente cresce, tem poucos cilindros, e os que pensam que crescem, tem centenas.

Um cilindro neste funil, são aqueles momentos em que não aprendemos nada, mas é sabido que o tempo não para e por isso, o funil tem de "crescer" com ele. O que acontece nesses casos, é que o topo do funil, a área mais larga, não se torna maior para os lados, mas para cima. É quase como um ciclo...
Se aprendermos alguma coisa pequenina, o funil cresce para os lados, ligeiramente, mas continua a crescer sempre direitinho a partir desse ponto.
Com aqueles que pensam que crescem... bem, a história é exactamente a mesma, mas o seu funil cresce devagar, muito lentamente. Pararam no tempo, arrecadaram novas memórias e experiências, mas não cresceram substancialmente. Aquilo que fizeram naquela semana/meses, não teve grande valor na fotografia. Não teve impacto na capacidade do seu cérebro. Não ganhou mais consciência, ficou "inalterado". O seu funil cresce, mas a forma do funil parece desaparecer.

Como já escrevi noutros textos, as pessoas quando chegarem à velhice irão ter a consciência que já deviam ter com 18 ou 20 anos de idade. O que aconteceu ao seu funil, foi que ele perdeu a sua forma, a sua imagem. Deixou de ser um funil para parecer um cilindro muito irregular. Continua a crescer para cima e para os lados, a uma velocidade tão lenta que parece não sofrer grandes alterações. Só na velhice conseguiram compreender ou consciencializarem-se do que deviam ter tido consciência.

O meu funil, tem uma forma regular, com algumas zonas cilíndricas.
Porém, tenho consciência de passo etapas na minha vida, pequenas e muito grandes. Tenho consciência de que aprendo, de que cresço. Ao contrário de muitas pessoas que pensam que crescem, que aprendem, que se tornam mais maduras. Mas não lhes acontece nada. O seu funil permanece mais ou menos semelhante a um cilindro. E a largura da minha base, aumenta de dia para dia, de semana para semana comparativamente ao funil de todos os outros que me rodeiam. Compreendo "agora", de que cheguei mais longe que muitos cientistas, ou filósofos. Mas não falo de todos, falo das suas "ideias", descobertas, consciência e percepção do mundo à sua volta. Vi filmes e estudos, sobre temas que já tinha abordado na minha mente, ao qual já me tinha perguntado e até respondido. Assuntos que não me eram novidade nenhuma quando todo o mundo os ouviu pela primeira vez.

O meu funil cresce, porque não está preso a nada, não se fanatiza, nem é fã, não se agarra a ideias, a filmes, a ídolos, a músicas, agarra-se a mim e cresce comigo, de pé. Lê e vê o que pode. Filtra a informação e guarda-a para mais tarde ser recordada como um fotografia envolta em emoções.
O meu funil, pode e é mais pequeno que algumas pessoas que conheço. Porém, o que deve ser levado também em conta, é outro a informação que possuo sobre determinado assunto. Pois a "cultura geral", é muito diversificada. Ainda assim... acredito que tenha bastante. Não cultura geral, mas conhecimentos, saber usar o que aprendo ou o que aprendi. Saber conjugar e ligar os pontos. É e continua a ser a falha de grande parte das pessoas que me rodeiam. Até na universidade, onde pensam que sabem muito, ou que são muito, e a sua mente é tão igual ao vizinho, que nem se apercebem.

Não! Eu quero ser único, ser eu. Quero ser mais. Quero chegar mais longe, dentro da minha mente, da minha consciência e compreensão. Ainda me falta "muito" para ver todo o quadro da minha própria mente, e da vida à minha volta, mas eu não paro. A minha mente? É uma obra em progresso. É um trabalho e um projecto inacabado do meu próprio Eu.
Até as ex-namoradas, que pensavam ter crescido, por terem "mudado", continuam na mesma. A pensar e a rirem-se na minha cara, repletas de felicidade e alegria, porque pensam que estão mais felizes. Porque pensam que crescerem, aprenderam e evoluíram. Que subiram os patamares da sua evolução em largos passos, quando na verdade... deram apenas um passo para a escada ao lado. Cresceram? Mas para os lados. Ao contrário de subirem 3 degraus, avançam um para o lado e sobem outro.
Falta-me ainda muito para crescer, e tenho consciência disso, mas onde eu estou neste momento parado, no patamar em que me encontro, subi mais escadas do que muitas mais pessoas que conheço ou conheci. Mais do que o meu pai, do que a minha mãe, do que o meu irmão, namoradas, e amigos.
Comparo-me de igual modo. Tanto pela idade, pela inteligência, pela capacidade de raciocínio. Mas devo admitir que não os ultrapassei, nem os pisei. Cresci para outros patamares que não o ser que eu sou.
Para patamares da maturidade, de consciência, de aprendizagem, de capacidade cognitiva, de força emocional. São como gráficos de barras.

Quando uma pessoa se senta e fanatiza. Se senta e idolatriza "tudo" e "qualquer coisa". Não cresce, apenas entra numa espiral infinita de conhecimentos "sem qualquer valor" sobre aquele assunto.
É carros, é músicos, é actores, é músicas, são ideias, opiniões, é futebol, é a socialização, a roupa, as marcas, os amigos.
Quem não sabe viver sem eles, não sabe o que é crescer nem aprender. Não tem maturidade. Perde-a nas tarefas da sua mente. Deixa de ser capaz de organizar as ideias. De dar mais importância ao que realmente a faz feliz, como ir às compras. É uma "doença", um estado de "deficiência" da sua aprendizagem. As pessoas deixam de ser humanos, para passarem a ser apenas pessoas. Fazer crescer um cilindro e não um funil.

Não. Continuo a afirmar que não sou melhor que toda agente, mas acredito que esteja a um nível bastante mais acima. No geral.

Não acrescentam nada ao seu cérebro. Não acrescentam nada de relevante e importante, que realmente pode fazer a diferença. Pensam que fazem crescer um funil com milhares de experiências, mas desconhecem  que nem tudo tem valor para a formação do seu individuo. Que não é o facto de passar a socializar, de ter valor académico, riqueza ou a possibilidade de terem tudo. De terem amigos e amigas. De terem as milhares de milhões de experiências que nunca antes tinham tido, que os vai fazer crescer, ganhar maturidade ou consciência. Em nada os ajuda, apenas os atrasa no seu crescimento. Apenas os atrasa no seu processo de se tornarem indivíduos. Porque na verdade o que se tornam... são pessoas, que se vendem a si e às suas mentes para a moda. Para o neuro-marketing. Para os conceitos de cérebro saudável.

As pessoas pensam que crescem, mas o que acontece na realidade, é um atraso da sua consciência e maturidade cerebral.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O mundo estranho da mente...


A cara, cabelo nos homens.
Moda, estereotipo, corpo bem definido.

O homem que as mulheres procuram, são parecidos com elas. São elas na sua versão masculina. Caras mais subtis, mais femininas, bons genes, mas e a personalidade? O cheiro, o olhar, o sorriso, a educação para os filhos?
Como já referi em vários posts anteriores.

O que procura afinal uma mulher num homem?
Beleza? Sucesso? Dinheiro? Força? Inteligência? Simpatia, delicadeza, amor, carinho? Bons genes? Um corpo bem definido? Higiénico sem dúvida. Cabelo curto ou comprido? Com muita barba, só com barbicha, ou  simplesmente nada? Parecido com um dos seus ídolos? Mas... é só o exterior que conta? Parece que sim.
Um homem gosta de uma mulher bonita. Mas falarei por mim.

Eu gosto de uma mulher bonita, o que depende da minha perspectiva e não da dos outros. Mas não será nada, se não for inteligente. Madura, consciente, carinhosa, espontânea. Que saiba ouvir e tenha gosto em educar. Que seja ciumenta mas não desconfiada em excesso. Que tenha sentido crítico e de opinião. Que saiba crescer e o que é crescer. Que se ame, se respeite e saiba respeitar. Que não seja fanática mas sim uma fã de mente sã. Que sorria, que ria, que espalhe boa disposição, que goste de passear e caminhar, de desabafar, que se preocupe, que proteja, que fale sem medos, que se abra, a si e à sua mente. Que escreva e experimente, que sinta. Que sonhe, que fantasie, que abrace e beije com garra e desejo. Que pinte, que desenhe...
Sonho com uma mulher que seja o que eu não sou, pelo lado positivo do socialismo. Sonho... sonho muito alto. Provavelmente com razão, ou talvez não.

Se cada vez que eu terminar, aprender e crescer como tem acontecido... que venham mais. Que hajam mais experiências, mais tristezas, mais noites perdidas, mais dias de tristeza, de choro. Que venham os dias de compreensão, de introspecção. Que no fim sorria por ter crescido um bocadinho mais.
Mas uma boa relação... trocaria "acabares" por conversas realmente com valor.
Há medo nestas palavras; desconforto, tristeza e saudade...

Não levo as relações de maneira leve. Eu próprio mudo e torno-me mais carinhoso e gentil do que antes transparecia. É uma mudança "drástica" e radical, pela pessoa que eu amo. A quem me agarro fortemente, para mais dia menos dia ser deixado. Acabarem comigo e eu demorar meses, anos a esquecer, a aceitar a "perda". Mas... se não sabem viver comigo, é porque não merecem estar ao meu lado.


Será um prazer enorme, um dia poder sentar-me ao lado dos meus filhos, dos nossos filhos, e poder conversar com eles, "talhar" a sua personalidade, rir-me e ser "re-ensinado"; passar por "ignorante" para eles terem o prazer e o desejo, a vontade, a ousadia de me ensinarem. Para muitos, os seus grandes feitos na vida foi terem dado à luz. Terem casado e terem filhos. Para outros, é o seu percursos académico e nível "status" social."


Desde o tempo das monarquias, que se tem vindo a perder o amor, o carinho pelos outros, pela nossa mulher, namorada. Ou namorado.
-- "Casa com um doutor, que seja rico, que se inteligente."
E casar com alguém que amamos? Por quem poderemos correr o risco de nos proibirem de nos voltarmos a ver? Onde está a aventura? O desejo? Os sonhos?
Quando é que as mulheres começaram a preferir homens de cabelo curto a homens de cabelo comprido? Até à 400 anos, os nobres, reis e ricos, usavam e mantinham o seu cabelo comprido, como sinal de maturidade. Demonstravam a sua riqueza e higiene através de um cabelo bem tratado, bem penteado e limpo. Abordei este assunto em: Sou...
Porquê este... desconforto todo por rapazes de cabelo comprido? Por terem medo da concorrência? O que não falta é mulheres de cabelos compridos. Será ou terá sido da moda? Da industrialização? Dos novos conceitos e padrões de beleza? Ou ao longo do tempo, os mais ricos deixaram de ter tanto poder monetário e tiverem de começar a cortar onde "gastavam mais"?
Por acaso é provável que tenha sido devido à "degradação" de famílias ricas. Está explicado que o desuso da armadura, agravou-se quando os nobres deixaram de ser nobres. Deixam assim de conseguir pagar as suas armaduras e manutenção.

Eu noto que até o próprio homem começa a ser alvo desta propaganda.. O sonho de mulher, a mulher "perfeita/ideal". O homem de sonho, o homem perfeito.
Ele próprio começa a escolher as mulheres, as namoradas, segundo este padrão, esta imagem injectada nas mulheres. Que surgem violentamente em revistas e em todo o tipo de publicidade. Em filmes, em músicas, na moda, nas lojas... e as mulheres por caírem nestes padrões de beleza, nestas imagens chocantes da verdadeira beleza e desejo, ajudam os homens a cada vez mais "exigir" o que tanto vêm ser-lhes oferecido.

Temos uma sociedade desprovida de amor, de afecto, de carinho e compreensão, de maturidade para a compreensão do mundo dos sentimentos, das relações interpessoais, das relações amorosas e afectivas.
Perdemos-nos como humanos, para nos tornar-mos pessoas com um único objectivo. Chegar longe na vida, nos estudos e no trabalho.


Quero amar e ser amado. Quero ser ouvido e não calado. Quero ser compreendido e não rejeitado. Quero abraçar e beijar sem ter medos ou receios. Quero sentir-me acolhido nos seus braços, na sua cama, com as suas palavras, e não a mais. Quero uma mulher e não uma criança. Quero elogios e não frieza. Quero ver sorrisos e não acusações. Quero ser respeitado e não maltratado.

Eu não sou o que vês por fora.
Eu sou mais do que dou para ti.
Desconheço a minha imperfeição como namorado. Mas reconheço todas as minhas falhas como humano social.
Conversa comigo e verás um mundo diferente.

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Os tipos de cabelo e a "personalidade" das pessoas.
Por muito que mude...
Espelho auto-crítico...
Sou...
Já sei...
Vestir-me de novo.
As coisas como elas são...
És bonita, por um dia...
Perdeu-se a individualidade...
Parecia uma gaja...
Namoros, raparigas, e coisas... (2)

Destingir o valor das coisas...


Chegámos ao tempo, em que destingir o preço dos alimentos, dos produtos, dos objectos, é mais importante que destingir a sua qualidade.
Somos obrigados a olhar para o seu preço, o seu valor, a sua imagem e marca, e traçar uma lista de prós e contras.
É triste termos de comparar o preço dos alimentos, do pão, do queijo e do fiambre, do leite, do azeite e do óleo. Da manteiga, dos iogurtes.
Apenas os ricos vivem felizes. Apenas os ricos vivem despreocupados do saldo da sua conta bancária. Apenas os ricos têm razão para sorrir. Assim parece.
Vão mais longe, fazem mais, comem melhor, são mais saudáveis. Tanto física como psicologicamente. Não estão obrigados, nem se obrigam a cortar, a encolher os seus desejos, os seus prazeres, os seus caprichos elevam-nos.
A sua capacidade de se poderem satisfazer, torna-os mais saudáveis, "inteligentes", mais "felizes", mais "realizados".

As sensações que "nós" perdemos por não podermos ter direito ao mesmo que os outros.
A educação é um direito para todos, mas a boa alimentação é para aqueles que a podem pagar. Bem... até a "melhor" educação tem um preço.
É uma sociedade, onde uns são escravos, para que os outros possam ter o melhor.

Ao destingir o valor das coisas... perdemos a capacidade de pensar na sua qualidade. E por causa disso, o nosso cérebro torna-se pequenino e encolhido.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O ódio aos nomes...


Existe uma razão para as pessoas mudarem de nome?
Existe "nojo", "ódio", "medo" de ser encontrado.
Mas existe vergonha?
Associa-se um nome a uma personalidade? A um sentimento? A um desgosto? A manias de uma pessoa com quem convivemos ou interagimos?

O nome Paulo, faz-me lembrar de todos os Paulos que conheci na vida. E estatisticamente, eram todos tansos. Fracos de mentalidade e intelectualidade. Comuns dos comuns. Sem consciente daquilo que a sua mente poderia alcançar. Pensavam ser maduros, mas pareciam ser/eram muito amigos e gostavam de ajudar. Calados e no seu canto.
É isso que eu vejo quando penso a fundo no nome Paulo. Um conjunto de anomalias, digamos assim, de um individuo incompetente, fraco, pouco inteligente e desenvencilhado.
Não me acho um Paulo normal, e nem o nome é rotulado da mesa maneira. Não por mim! O meu Eu encarrega-se de o colocar o mais alto e distante possível desta "cadeia alimentar". Deste mundo apático que eu sinto reinar no mundo dos Paulos. Mas tudo é excepção.Porém... têm de ser boas excepções e não simplesmente "diferentes".

Podia falar do que os nomes do meu Nome me fazem sentir, visualizar e lembrar. São imagens e memórias envoltas em emoções, em histórias, em momentos "infectados".

Conheço gente, e não pessoas, que não gostam de todo do seu nome ou parte dele.
Eu não consigo deixar de sentir que sem o meu nome, eu não seria ninguém. Não tinha identidade, um ponto de apoio. --"Eu sou o Paulo, e vou conseguir!" Ainda que eu não preciso de nada disso. Não uso o meu nome, uso a minha mente para me motivar a mim mesmo. --"Faz um esforço! Sei que és capaz."
Vi em tempos um filme As Bruxas de Salém, em que o actor Daniel Day-Lewis grita dos seus pulmões, depois de lhe dizerem que terá de assinar uma confissão em como fez um pacto com o diabo, significando que ele próprio deixaria de puder usar o seu nome, uma frase que nunca me saiu da cabeça desde a altura em que a ouvi por um actor que eu "admirava" (Em Nome do Pai).
"Because it is my name! Because I cannot have another in my life! Because I lie and sign myself to lies! Because I am not worth the dust on the feet of them that hang! How may I live without my name? I have given you my soul; leave me my name!" Video (John Proctor's confession)

É um pouco sensível falar sobre o nome de uma pessoa, agora que vi o video. É algo frágil, não diria que é tabu, mas custa tanto falar como a "morte". Que a mim não me incomoda nada, mas falo pela generalidade das pessoas. Falar sobre um nome, debatê-lo. Penetrar mais fundo das nossas mentes e tentar compreender o que ninguém já mais falou ou pensou ou debateu... Pode ser difícil de ouvir.

Significa que odeiam o próprio nome? Que se envergonham da sua "identidade"? É quase a mesma coisa, se não a mesma, que não saber viver com o corpo e a cara que têm. Demonstra falta de maturidade psicológica do seu próprio Eu que vive nos músculos do seu corpo.
Existem nomes e nomes...
Existe genes e genes...
Como falei em "", alguém que não é capaz de valorizar o seu corpo, o seu nome, é alguém frágil a nível consciente do seu Eu. Que não cresce nem sabe crescer. Que não controla a sua pessoa, a sua vida, as suas etapas. Mas isto nem lhes passa pela cabeça pois desconhece como funciona a sua mente. E se não sabem como funciona a sua mente, é incapaz, são incapazes de compreender a mente do seu companheiro ou daqueles que os rodeiam. É incapaz, então, de amar, de dar amor. Não basta apenas sentarem-se um ao lado do outro, se nenhum se compreende minimamente nem o suficiente para aceitarem e abraçar a mente do outro.

Vi à uns anos, na Tayra Show, em que falavam de nomes e uma senhora da plateia-a disse que achava que as pessoas com nomes estranhos têm tendência em tornarem-se famosas. Pessoas com nomes foram do comum, ou seja, invulgares, parecem abundar por todo o tipo de passerelle, quer seja física, literária, cientifica, pintura, etc.

Se conseguir deixar com que o meu eu deixe de sentir. As minhas emoções ficam confusas e sem saber o que fazer, ou o que sensações me provocar. A minha memória torna-se fraca e curta. Não será do hábito?
Consigo viver com coisas ao qual não sei o nome, mas o que muda?

Deixo de ser eu, ou o meu Eu deixa de saber quem é? É interessante pensar/sentir sobre a perspectiva do Eu e não de mim. Ele não se devia perder. Ele não se devia preocupar com o "seu" nome, quando o que ele faz é processar e encaixar o puzzle das minhas memórias. Mas se eu me perder e não me identificar, localizar, não tiver memórias ou opiniões, o meu Eu descontrola-se. Perde-se.
É estranho e confuso. Chegar a locais tão profundos da minha mente, tentar explicar e dar uma razão, dar uma voz à informação. Perece que quando essa informação passa pela minha zona de processamento, pela minha caixa onde o Paulo habita deixa sempre algo. Perguntas sem respostas, ideias perdidas que chocam e por vezes abrem novas janelas.

O que é um nome? Para além de um "identificador"? No que se pode tornar? Que implicações criam à mente de uma criança?
Porque é que uma laranja se chama laranja? Porque é que a cor laranja se chama laranja? Porque é que um limão não se chama amarelo?
No que se pode tornar um nome? Até onde podemos ir para o debater? Dissecar as palavras em tom, em vogais, em cheiro, em sabores...
Existe ódio, nojo, raiva, tristeza, desconforto num nome... caso contrário não seria difícil escolher o nome de uma criança.

O nome dos nosso namorados(as) são sempre mais bonitos que o nosso...

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Names by Vsauce Vsauce (Youtube) [editado: 8/11/2013]