sábado, 29 de setembro de 2012

Uma critica construtiva negativista...


As manifestações em portugal, cada vez parecem mais desfiles de carnaval, do que propriamente manifestações de descontentamento.
O povo diverte-se ao mesmo tempo que chora e grita.
É um povo que prefere rir da própria infelicidade, do que fazer alguma coisa pela sua felicidade.
É um povo estúpido e ignorante socialmente moldado e controlado.
É um povinho que ainda espera o regresso de D. Sebastião, por entre o nevoeiro, para dar um novo rumo ao país. Mas o que o país precisa não é de um novo rumo, é de reclamar, de agir. De se levantar das suas cadeiras e fazer alguma coisa contra aquilo que não está bem, mas a única coisa que sabem fazer é beber cerveja, falar de futebol e de gajas da playboy. A única coisa que sabem fazer é ver novelas, acharem que têm vós e coscarem a vida umas das outras.
O que o povinho precisa de fazer, é parar de ver "casa dos segredos", o "peso certo", programas sem nexo e sem moral. Aquilo que têm de fazer é deixar de serem influenciados pela televisão, pelas rádios, pelas novelas, pela moda, pelos jornais e revistas, pelos filmes e imagens que se criam na sociedade perante cérebros sem capacidade de raciocínio lógico.
O que abunda no nosso país, são raciocínios ilógicos, mentes fáceis de controlar e de moldar, não fosse 80% do país acreditar em Deus.
Num país em que os estudantes universitários, a única coisa que sabem fazer é estudar e não-estudar, poderemos vir a ser um país carregado de incompetentes e ignorantes com cursos académicos e mestrados. É como dar um diploma de empreiteiro, a uma pessoa que nunca fez um prédio. É como dizer que alguém é informático, só por saber mexer no Word ou no MSN.
Este país está num buraco, do qual não vai sair tão depressa, quer durante o meu tempo, ou o tempo dos meus filhos. Vai ser preciso algo mais do que uma manifestação... uma revolução! Uma guerra civil contra o governo.

Este país é demasiado pacato à demasiados anos... Até para defender o Buçaco, nas suas invasões francesas, precisámos da ajuda externa, dos Ingleses.
Somos uma país de camponeses com os corpos ainda no século XV, e o cérebro na época de Salazar. Estamos sentados à espera que alguém atire a primeira pedra...

Somos uma país de estúpidos! Onde os fracos têm excesso de confiança e beleza, e os inteligentes dúvidas pessoais.
Um país em que os adolescentes começam a ser transformados em pequenos jovens americanos. Em que sonham dançar e cantar. Sim, realmente será muito útil, seguir o vosso sonho e talento, quando o único sonho e talento é dançar e cantar. Não há de faltar mercado para isso!!!
Um país onde cada vez os pais se preocupam com os seus filhos, mais do que nunca, nesta nova geração de pais, a única coisa que se vê é incompetência, falta de responsabilidade. Pais que não sabem ser. Que não sabem educar nem crescer. Pais que não compreendem nem têm consciência. Pais, perigosamente incompetentes.
Pessoas que querem ser pais e mães, que querem dar tudo do bom e melhor, que querem ver e fazer os seus filhos felizes, mas não têm capacidade de crescer enquanto indivíduos.

Pessoas que pensam que por terem um curso ou andarem na universidade, são mais do que as outras.
Pessoas que não sabem ser nem conviver. Socializam até numa relação. Convivem mas não sabem viver.
Cérebros americanizados, moldados por leis inexistentes da sociedade.
Uma repetição de palavras que não chega para demonstrar o quão repetitiva é a mente destes macacos vestidos que caminham entre os verdadeiros humanos. São pessoas mascaradas que destroem um mundo imperfeitamente perfeito, bonito e incrível.
Um povo ignorante fácil de controlar. Um povo de bocas bem abertas para gritar, mas amordaçados de acções.

Se a TVI é uma televisão religiosa, deveria querer o melhor para os seus espectadores, ao invés de lhes dar "a casa dos segredos" e o "bigbrother", que nada têm de educacional e expressivo. Ligar a televisão para ver uma cambada de ignorantes não saber falar, conversar, que não têm cultura geral nem qualquer futuro pessoal no mundo da sociedade?
Prefiro ver um documentário sobre macacos na vida selvagem, consigo aprender muito mais.
Novelas que não ensinam, "morangos com açúcar" que não educam, só querem é vender.
Desenhos animados que são cada vez mais computorizadas e sem valores morais e educacionais. Posso dizer e afirmar, que no meu tempo é que haviam bonecos com piada e com valor moralista. Com histórias bem construídas e idealizadas.

Mas tudo o que a mente dos jovens e velhos, quer hoje em dia, é algo fácil de ver e perceber. Algo fácil de digerir, de partilhar, de aprender.
Mas o problema é que não crescem, não aprendem, não ganham maturidade nem responsabilidade... apenas mudam, apenas crescem fisicamente, apenas se alteram e transformam.
São como a água. Passam do estado liquido para o gasoso, mas nada a mais lhes é acrescentado. Lá apanham um ou outro composto gasoso, mas nada que realmente os faça crescer, lhes dê mais consciência e capacidades cognitivas.


São pessoas cuja única coisa sabem fazer com as suas vidas, é consumir e sonhar.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A moda social e as lojas de roupas...



Ontem, ao dar uma volta com uma amiga, pelas lojas de Aveiro, fui absorvido por um pensamento que já tinha à muito tempo.
Porque razão é que existe muito mais roupa para mulheres, muito mais espaço, muito mais lojas? Têm e controlam uma área maior do que os homens e crianças juntas. Para além da roupa normal, ainda têm a lingerie. O homem podia ter um espaço para pijamas. Mas talvez o facto de não existir tal espaço para eles, significa que os homem querem-se nus na cama e as mulheres não? Eu gosto de ver a minha namorada, se tivesse uma, nua na cama deitada ao meu lado. É uma ideia sociológica imposta pela sociedade? As mulheres usam a lingerie ou as roupas de pijama para dormir, e os homens usam apenas os boxers. Porquê? Porque as mulheres devem estar na cama de uma forma mais... "sensível" ou "doce" ao toque, e os homens têm de ser "ásperos" e frios?

O facto de haver uma maior abundância de lojas e roupa para mulheres, tem haver única e exclusivamente com o seu número no país e no mundo. Como são mais mulheres do que homens, elas precisam de mais variedade de roupa, não porque são exigentes, mas porque psicologicamente têm gostos mais variados, igual ao dos homens, mas como são mais, esses gostos têm de ser vendidos e comercializados, porque as empresas de roupa sabem que vão vender. O público é enorme e as probabilidades de que cada peça seja vendida, é também ele enorme.
Por tanto, não existe uma maior variedade por serem exigentes, mas por haver várias estatísticas psicológicas ligadas aos gostos das mulheres. No entanto, parece que a sociedade quer que os homens andem com roupas feias e brutas no dia a dia. T-shirt e calças de ganga. Casacos de ir correr, entre outro tipo de coisas feias que tentam vender só para o estilo. Sim, não nos devíamos preocupar tanto com o que vestir, se estamos mal ou bem vestidos, mas já que a nossa mente evoluiu, podíamos evoluir também a mentalidade social.
Eu sendo homem, consigo ainda assim ver coisas muito mais bonitas nas roupas das raparigas, do que na dos rapazes. Consigo apreciar muito mais a variedade ou a singularidade de cada roupa semelhante entre si, do que a barbaridade de coisas que tentam vender aos rapazes. Para além de que quase nada me fica bem, e me agrada, as roupas boas são caras. E tenho pena porque se eu me quiser vestir bem e me quiser sentir bem, dar bom uso ao meu corpo através da roupa, tenho de gastar rios de dinheiro. Mas de certa maneira... ainda bem que vendem roupa feia, que assim consegue-se destingir os pacóvios dos que realmente têm cabeça. Se bem que... há sempre excepções.

Outra coisa interessante com o qual me deparei, foi um desfile que houve no Forum de Coimbra. Cada rapariga desfilava com a roupa que trazia vestida. E cada vez que uma rapariga desfilava, as caras alteravam-se, engelhavam o nariz, conseguia-se sentir a inveja crescer-lhes nos rostos. Ou sorrisos de vitória. Umas achavam-se melhores do que outras, óbvio, e outras aceitavam não ser tão boas. Havia raparigas bonitas, bem vestidas, apresentáveis, mas... aquilo que achei interessante, foi a sociedade desfigurar por completamente a competição genética, a competição entre fêmeas por um macho alfa. Mas neste caso, apesar de ainda existir uma certa competição, não fossem as raparigas na fila de espera, olhar fulminantemente para a que desfilava, também os rapazes que esperavam pela sua vez, as olhavam de alto abaixo. No entanto, existia um pensamento muito social naquelas caras. Era um ego completamente eloquente, uma auto-estima de auto-glorificação. Não era narcisismo, era mesmo excesso de confiança. O que não tem nada de mal. Mas não aquilo não eram humanos, nem animais, eram pessoas. Pessoas com emoções fabricadas. Não havia nada de animal nelas, nada de bonito, apenas a cópia rasca de uma mentalidade comercializada vezes e vezes sem conta. Impingida e enfiada pela goela a baixo.
Eles são assim porque querem? Não, eles tornaram-se assim, pela falta de cultura que existe no povo. Pela falta de responsabilidade dos pais, da deseducação. Da falta de maturidade que existe nas pessoas mais velhas. É um problema de geração, um problema da rádio, da televisão, das noticias, dos filmes, dos livros. A marketização da mente individualista mas elitista. Um problema agravado pela estatística do ser social que as empresas exploram e tentam criar.

Significa então, que as raparigas são animais muito facilmente manipuláveis. Alguém contesta? Tenho provas estatísticas, filmes, novelas, livros, músicas, fotografias, publicidade, revistas, jogos, etc... 



Vi um filme que se chama "ReGeneration", que fala sobre a geração que existe hoje nos Estados Unidos. E uma das partes que mais me chocou no filme, foi a atitude dos pais. Pelo que a professora entrevistada disse:
Os miúdos são levados ao director por mau comportamento, e os pais vêm à escola ralhar com os professores, com os directores, porque não querem que os seus filhos sofram as consequências dos seus actos. Não querem que os culpem. Mas o que é que isso vale às crianças? De que tudo o que ela faz está bem? E os pais lutam pelas crianças para que os seus filhos não sofram as consequências dos seus fracassos.

O fracasso de uma geração... é o fracasso de mentalidade do futuro cidadão.
Existem mais livros hoje em dia, sobre como lidar ou educar uma criança, que antigamente. Os pais preocupam-se mais em estar presentes no crescimento e educação dos filhos, mas só fazem pior. Basta passar um dia num liceu, para perceber e prever o futuro dos nossos jovens. Basta olhar para a televisão durante algumas horas e ver a propaganda que tentam impingir. As guerras pelo melhor material escolar, pelas roupas de marca, pela diferença de quem é pobre e de quem é rico.
Existe uma deseducação que me assusta, e um país que cada vez se torna mais negro e irracional a cada dia que passa.

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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Sou uma concha... vazia


Ao ouvir a minha voz, sinto a fragilidade da máscara que uso e abuso. Acorrento-a às paredes do meu consciente e pressiono-a até gritar. Bato, esmurro, violo e torturo, para manter à tona o pior, o macabro, o negro, a depressão, a tristeza e a raiva que ela própria quer atirar para trás das costas, do seu sorriso brilhante de inconsciência.
Pelos meus olhos vêm a raiva que tenho do mundo, mas não o deslumbro que tiro de cada imagem, de cada som e perfeição. Porque uma folha de outono é só "bonita" e não um mundo de ciência biológica e psicológica. Porque as pessoas não têm cérebro... Há ainda quem seja exagerado por dizer saber ver, e há os que nunca se preocuparam, os que nunca viram nem precisam de ver.
Porque humanos não existem, existem é pessoas. Porque não existe um conjunto de pessoas, apenas indivíduos individuais. Que não querem rótulos nem ficarem presos em caixas de sapatos.
Porque se riem de mim sem eu dizer uma piada? Porque gozam? Porque sou bonito e diferente, porque sou fácil e casual. Sou o medo daquilo que não são, a ambição do que sempre desejaram. Porque temem e não compreendem. Sou um "Jesus" com olhar e sem palavras. Porque invejo. Porque sou narcisico. Explorasse eu a minha beleza com mais cuidado e temiam-me... desejavam-me. Mas eu não sou modista! Não sigo modas, não sigo estilos, nem efeitos nem feitios. Não sei falar, não sei agir e implantar emoções. Não provoco, nem invoco.

Num passeio de Coimbra, uns olhos de uma jovem mais velha arregalaram-se ou olharem os meus... a sua expressão impressionada, fez-me olhá-la, fitá-la durante aqueles metros que nos separavam de nos cruzarmos. Senti-me estranho mas confiante, bonito, causei impacto... será?
"Os olhos são a janela da alma". Os meus são a porta para um universo completamente "novo". Em que os meus erros afectam-me mais do que as minhas conquistas. Em que os meus fracassos são atirados, triturados e esmiuçados até se tornarem conquistas, qualidades.
Porque o dinheiro que não tenho, não me permite ser mais, e esse "mais" não me deixa ser. Mas eu tenho muito há minha volta para ser "mais" em muita coisa. Porque não me dedico a uma só coisa... porque não me interesso só por meia-dúzia de temas.
O meu corpo é uma muralha, que impede a entrada de pessoas como tu, de ver quem sou por dentro. Não estou aqui para causar impacto com imagens, com vídeos, com fotografias, com manipulações em photoshop, com sangue, tatuagens, piercings, roupa ou cabelo... estou aqui para causar impacto com a minha escrita, uma escrita de merda, mas é a minha e tem valor por ser minha. Porque para mim tem e é a melhor que consigo fazer.
Porque o pensamento é a única forma que tenho de aprender, porque a escrita ajuda-me a expressar e a explicar o que vejo e sinto. Sem uma consciência analítica, o mundo seria para sempre bonito, estranho e maravilhoso.

Não existe medo em mim de ser o que sou, de fazer o que faço, apenas de dizer o que não devo da maneira e no momento mais inapropriado. Ao errar com o que não devo, aprendo a ser, a crescer e a não ter medo. E enquanto se riem ou se escondem de medo, eu caminho e recordo para um dia saber ser e ensinar o que aprendi sozinho ou não. Porque saber educar, também requer não saber educar, não estar lá para tudo. Dar um tempo, dar espaço, chatear ou incomodar. Consciência independente é a maior dádiva que um ser humano pode adquirir. Mas tudo o que vocês vêm quando me fitam os olhos, me cobiçam o cabelo, é um rapaz sem alma, sem paz, apenas com raiva e sem palavra, sem opiniões e emoções. Com um vazio do tamanho do espaço e nada de bonito para exteriorizar. Ainda bem que assim é, estou a fazer bem o meu trabalho...
Não quero ser fácil, apesar de transparecer várias coisas. Não quero ser acessível, apesar de sorrir e ser casual. Sou um frasco semi-transparente com fechadura diferente. Em que para me abrires, terás de me conhecer. Mas não é assim com toda agente? O teu problema é que nunca me irás conhecer por inteiro, talvez cries uma imagem, uma estatística, até ao dia em que perceberes que não sou assim tão diferente, tão incrível e tão misterioso. Acabo por ser mais um rapazito que não fez nada na vida e que não tem nada de mais para dar a uma rapariga, para ensinar aos seus filhos, nada para dar, apenas trabalho e dor de cabeça a quem estiver ao meu lado.
Não é assim que me querem ver? Querem me longe não é? Quem vos interessa se sou assim tão "zero" a tudo? Mas não sou... e sou-o cada vez menos. Pois é o medo de um dia não saber que me faz aprender. Malandro? Não serei o único. Mas motivado não paro até conseguir o que quero. Desvalorizado, vou ao fundo e subo de novo, não deixo de bracejar até que o meu corpo sucumba à inevitável lei da vida.

Sou uma concha vazia, encosta-a ao ouvido com cuidado e ouvirás os meus sonhos...

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Informática vs Psicologia?


Ultimamente, quando me abordam sobre como me corre a universidade, digo que vou mudar de curso.
-- Em que curso estás?
-- Engenharia Informática.
-- E para qual queres ir?
-- Psicologia.
-- Não têm nada haver uma coisa com a outra. São muito diferentes. Exigem raciocínios diferentes.

Bem... de uma forma geral, para quem não percebe nada de uma coisa nem da outra, é fácil perceber o porquê de "parecerem"/serem tão diferentes. Uma das razões é que as pessoas acham que a informática é só mexer em ratos e teclados, olhar para um monitor horas a fio e escrever algo estranho um bloco de notas. Para eles sim, de certa forma estão correctos, porque a psicologia exige que existe uma estatística psicológica do individuo social e em nada tem haver com 0 (Zero) e 1 (Um), ou matemática.

Cada um dos cursos é exigente psicologicamente. E não estou a mentir.
Se não tenho uma boa mente para resolver problemas e aprender rápido, não vou para Engenharia Informática.
Se não tenho uma boa mente para interiorizar a razão do ser das coisas, de me compreender, de ter consciência e possuir um pensamento analítico, então não vou para Psicologia.

Portanto, a diferença entre os dois cursos, está dependente da perspectiva de cada um. Principalmente na perspectiva como se vê a informática. Li em "History of the graphical user interface", que os primórdios do interface gráfico para os computadores, desenvolvido por uma empresa chamada Xerox, se não estou em erro, só foi possivel através do estudo feito em crianças, em que tentaram perceber como é que uma criança aprende e interage com o meio ambiente.
"Much of the early research was based on how young children learn. So, the design was based on the childlike primitives of hand-eye coordination, rather than use of command languages, user-defined macro procedures, or automated transformations of data as later used by adult professionals." em History of the graphical user interface - Augmentation of Human Intellect (NLS)
A interacção que existe entre Homem-Máquina, é um dos pontos mais importantes para a empresa mundialmente conhecida como Apple. O interface é desenhado e redesenhado para cada produto, desde o código fonte do sistema operativo, passando pelo ambiente gráfico, icons, interactividade, cores, disposição do hardware na motherboard, caixa do portátil, teclado, toutch do rato, caixa de cartão, design exterior, letras, cor das letras, cabos de energia, etc, etc.
A razão de gastarem tanto tempo e dinheiro, é simples: O olho humano pode ver um mundo gigantesco à sua frente, mas só processa cerca de 20% dessa informação. A restante é deitada fora. Se algo é bonito e fácil de ver, de ler, de compreender e se nos cativa o olhar, então o nosso cérebro tem muito mais capacidade para filtrar todo o design, toda a publicidade que advier de um produto apple, que por norma são muito simples, muito bonitos, lisos e bem construídos.
Se não existirem bons ambientes gráficos, como por exemplo, o SO, ou simples programas como o Messenger, CCleaner, Avira Free, Chrome, as pessoas ao fim de algum tempo ficam incomodadas com tanta informação que lhes aparece em frente dos olhos e só 3% ou 4% dessa informação é que é necessária. Ao contrário do que se possa pensar, também existe Arte e Matemática aplicada em construções de websites. Alinhar botões, campos de texto, publicidades, artigos informativos, etc.

Eu sei que o que aqui estou a dizer pode "parecer" chinês para muita gente. Pode ser confuso e desinteressante, mas é importante e interessante compreender como funciona a informática na sua forma mais superficial.
O interface é a ultima camada de interacção que existe entre o computador e o utilizador. Entre a primeira camada, código fonte Assembly e o interface, existe algumas camadas que permitem interagir entre o carregar num botão e uma explosão de acções que irão passar pelo computador.
Resumindo e simplificando, todo e qualquer código que é escrito por programadores, é necessário ao funcionamento de todo e qualquer programa. Todos os botões existentes numa página web, foram programados. Foi-lhes associada uma acção assim que é pressionado.
Como é que se programa, perguntam alguns de vocês. Bem, o pensamento básico é pensar num problema. Digamos que queremos esmiuçar cada acção que fazemos para encher um copo com água.
A primeira acção é pagar num copo. Abrir torneira, verificar se o copo está cheio, não está cheio, permanecer, verificar se o copo está cheio, sim, fechar torneira.
Parece complicado, mas até é bastante simples. O problema está em esquematizar todo o processo, todas as acções, prever problemas, incompatibilidades, prevenir erros futuros, simplificar e tornar mais rápido cada acção.
O nosso cérebro faz a mesma coisa milhões de vezes mais rápido, sem a necessidade de lhe dizermos o que tem de fazer primeiro. Quantas vezes não estamos a beber água enquanto vemos televisão. E torna-se mais interessante se pensarmos na quantidade de cálculos, ajustes, posicionamento e esquematização de acções que todo o corpo tem de fazer a si próprio, à mão e aos dedos só para apanhar uma bola no ar.
Pode parecer algo complexo, de facto é, porque existe muita coisa ainda por descobrir no nosso cérebro. Mas se vocês acham que espremer bem cada movimento, então pensem na complexidade que é compreender como funciona o cérebro de um bebé desde o seu momento de nascimento. Como é que aprende, como vê o mundo, os pais, as pessoas, como ouve e sentem os sons, o que o ajuda a desenvolver a linguagem, quer verbal quer psicológica. Como se desenvolve o seu mecanismo de raciocínio e imaginação. É certo que a Psicologia tem tantas áreas diferentes, tal como a Informática. Mas a Informática não existia hoje em dia se não houvesse um estudo filosófico sobre o homem, o meio ambiente, a sociedade, a aprendizagem do ser humano, estudos biológicos, psicológicos, desenvolvimento das matemáticas, electrónica, electricidade. Da mesma maneira que sem a Informática, a electrónica e electromecânica, não seria possível fazer um raio-x à cabeça. TAC/Tomografia computadorizada Sem este ultimo instrumento, hoje em dia ainda se desconhecia, e muito!, como funciona um cérebro humano. Que zonas são estimuladas por uma imagem X ou Y. Que área do cérebro guarda e gere as memórias, emoções, sons, paladar, tacto.
Algo que também é estudado com grande afinco, é a chamada Inteligência Artificial, onde tenta ensinar robos da mesma maneira que ensinam crianças.

Leo- Teaching Robot

Não acho que sejam duas "disciplinas" completamente diferentes entre si, de uma certa maneira são, como tudo, mas acho, pessoalmente, que estão muito mais ligadas entre si do que a população em geral pensa. Porque se de um lado eu tenho o interface gráfico da Apple, do outro tenho uma visão simplista de como trabalha o cérebro humano. E se eu souber como é que ele vê e se sente atraído pelas coisas (cores por exemplo), posso melhor a interacção que tem com o interface (grafismo).

Existe muito psicólogo a trabalhar na área do Marketing, pois as empresas necessitam de alguém que compreenda e saiba como funciona a mente dos seus clientes. De que forma são atraídos ou afastados aos seus produtos. Estudam cores, designs, linhas, letras, sombreados, fotografias. Para além do Marketing, começa a existir o chamado Neuro-Marketing, que estuda a fundo a psicologia de cada individuo, quase. Ao invés de as empresas se focarem só no que é que as pessoas gostam mais ou necessitam, estudam também as suas personalidades, gostos, desportos favoritos, músicas, sociologia e interacção com a sociedade, a fim de criarem vários grupos de clientes (normalmente jovens) a quem vender determinado produto. Criam-se aglomerados de mentes estatisticamente muito semelhantes. É através de isso que se cria e se implementam as modas.

Tanto a informática como a Psicologia, usam e abusam do meio ambiente para tentar compreender e usar mecanismos, a fim de compreender melhor como funcionamos e como utilizar alguma funcionalidade para o nosso dia a dia.

Pesquisadores descobrem que formigas se comunicam "via internet"
Programa busca conexões inspirado em rede social das formigas

Ainda assim, acho que a psicologia é muito mais interessante que a informática, não por a informática ter matemática, electrónica e programação avançada, mas porque é através da psicologia, talvez de uma forma mais filosofal, que conhecemos o mundo que nos rodeia. Através de um pensamento analítico, posso tentar responder às minhas próprias perguntas. E é ai, talvez, que diferem os dois cursos. Pois em informática temos de encontrar uma solução ao problema de uma muito directa e mecânica, enquanto que na psicologia, abordamos o problema de uma forma muito mais emocional, observadora. Tentamos compreender o problema desde a sua raiz (Psicologia) para o resolver, e não, pensar simplesmente, e só, na sua solução mais rápida e simples de se executar (Informática).


Artigo MUITO interessante psicologia X informática


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A Natureza das cores...
Pessoas e Humanos...
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A selecção sexual...
Globalização de consciência e mentalidade
O que faz dos humanos, humanos?
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Qual é o nosso propósito?
A agressividade...

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O abismo...


Porque é que tem de doer tanto?
Porque é que dói?!
Porque é que nos faz sofrer tão depressivamente?
Porque tem de doer? Para crescer? Para aprender? Para ser mais forte?
Porque é que o bonito acaba sempre enterrado, escondido no lodo negro do lago, pútrido e farpado?

"Porque a dor é assim mesmo... uma dor, uma dor que lembra que o ser humano não é de ferro mas sim de carne e osso. Que é um ser que sente as emoções e que é capaz de senti-la. A dor faz parte, a dor faz-nos ver que não somos imunes. Mas no fundo a dor é como todas as emoções, e como todas a dor faz-nos aprender." por Cecília

-- Ainda dói?
Já não, aprendi a esquecer rapidamente o que me deixa triste, mas não tarda para que me volte a relembrar das coisas boas, ficar feliz por elas, e reprimir-me pelas coisas más ou as coisas que não fiz e devia ter feito.
Porque caímos? Para aprendermos a levantarmos-nos. Para crescermos e aprendermos.

Cada queda que eu dou, é um cravo que se espeta na minha mente, que se crava e encrava, que se enrosca e enferruja. Deixa marca sem se esforçar muito, e venho eu por vezes limpar as feridas que se mantém um pouco abertas para tentar perceber como posso apaziguar a minha dor, perceber onde errei, onde fui excelente, relembrar os meus sorrisos e as minhas atitudes menos "nobres".
Sou um saco de pancada há tanto tempo, que ainda assim continua a sofrer, mas por pouco tempo. O meu cérebro lá manda esquecer as coisas más que me fazem tanta dor. Com o passar de uma borracha pelas minhas emoções, mantenho-me acordado e consciente. Eu tento, bem tento não fugir da minha própria mente, da minha vida, da minha dor, mas às vezes ela apanha-me com força, de frente e abraça-se a mim com força que me tira o ar do peito e me impregna com um sofrimento inimaginável.
Tenho as costas largas e da dor que receber por parte da vida, só terei de saber lidar com o mesmo pensamento analítico que me esforço para ter e manter.
Porque a dor não faz só mossa, também enrijece. Estamos tão acostumados à vida, que nos esquecemos da morte. Das dores, da tristeza, do choro, da raiva e do ódio, do nervosismo, do sorriso e do amor.

Nas costas sinto as vergas cortarem-me a carne. Emoções que se multiplicam como cancro, como endorfina. Um sabor a mel no meu cérebro e um grande buraco negro que cresce no peito. Um controlo de nervosismo que me manter frio à realidade, um mundo a cru que me atravessa os olhos. E então... a "felicidade" deixa novamente de existir no meu rosto... deixa de ferver nas minhas veias e as minhas mãos recomeçam a tremer, os pasmos nervosos ocorrem de novo.
Adoro ver o choro escorrer na face dos outros, na minha... adoro ver o sofrimento gritar-me da garganta, despedaçar-me como um insignificante insecto. Adoro o ódio estampado, o físico pujando de dor, de um rasgo que não fecha e só tende em aumentar. Adoro o sofrimento e a violação de um sere sorridente.
Adoro a tristeza percorrer-me o pensamento como memórias felizes, de um negativismo torturante e contorcido. Uma chapada na cara branca e uma marca vermelha apaziguada por lágrimas frágeis desconcertantes, falecidas, de uma criança que cai num poço sem fundo de um infinito negro, sem estrelas, sem luzes, sem sons, sem cintilares, uma simples queda na escuridão envolvente. Enquanto os olhos aguardam o fim, uma pergunta paira na sua mente... 
-- Como será?
O ar fica mais pesado, sinto-o aproximar, mas não sei o que lá vem. Com uma coisa posso contar, a infelicidade irá lá estar, e eu já me estou a preparar para mais uma chicotada...