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Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [46]
Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [46]
-- Porque gritas tanto? Porque esperneias tanto? Tu pediste isto, lembraste? -- removi o pano de entre os dentes. Respirou fundo, sem tirar a olhar de mim, e disse com dificuldade:
-- A minha filha não era para aqui chamada! Conheces a minha rotina, sabes bem que hoje não era o dia mais indicado, principalmente porque Madalena vem cá a casa!
-- Mas minha querida, hoje é o dia perfeito! Hoje é o dia da tua morte...
Ela rasgou as pupilas, num brilho intenso, de choque. As bochechas ficaram pálidas, seguindo-se tudo o resto como um fogo. Enfiei-lhe o trapo goela a baixo e soltou os seus típicos guinchos, enquanto me via sair do quarto, de faca na mão, imaginando o pior. Desci as escadas e abri a porta da dispensa, onde as duas meninas se abraçavam.
-- Vem comigo. -- pedi ao rebento, já menos assustado, de olhos vermelhos e secos. -- Vem comigo, ou mato a tua mãe! -- sussurrei ao ouvido.
-- O que vais fazer? -- perguntou a Joana. Agarrei no braço da miúda e puxei-a para mim. -- O que vais fazer com a Carolina!? -- exigiu num grito.
-- O inimaginável! -- respondi-lhe. De costas para ela, senti uma dor aguda nas costelas. Quase caí ao chão. Virei-me para ela e defendi um segundo murro. A cachopa foge-me entre os dedos e entro numa luta de submissão, e controlo, por uma pequena colher que lhe tiro da mão com um soco no peito. Arranco-lhe o ar dos pulmões, ela arfa de olhos abertos como um cavalo assustado e cai em cima de uns sacos de batatas. -- Desiludes-me! Volto, quando acabar o que viemos fazer. -- Tranquei a traidora adolescente e corri para o quarto principal. Sem esperar, vi o botãosinho ajudar a mamã a tirar as ultimas cordas do braço esquerdo.
A faca reflectiu nos olhos da criança emocionalmente violada.
-- A minha filha não era para aqui chamada! Conheces a minha rotina, sabes bem que hoje não era o dia mais indicado, principalmente porque Madalena vem cá a casa!
-- Mas minha querida, hoje é o dia perfeito! Hoje é o dia da tua morte...
Ela rasgou as pupilas, num brilho intenso, de choque. As bochechas ficaram pálidas, seguindo-se tudo o resto como um fogo. Enfiei-lhe o trapo goela a baixo e soltou os seus típicos guinchos, enquanto me via sair do quarto, de faca na mão, imaginando o pior. Desci as escadas e abri a porta da dispensa, onde as duas meninas se abraçavam.
-- Vem comigo. -- pedi ao rebento, já menos assustado, de olhos vermelhos e secos. -- Vem comigo, ou mato a tua mãe! -- sussurrei ao ouvido.
-- O que vais fazer? -- perguntou a Joana. Agarrei no braço da miúda e puxei-a para mim. -- O que vais fazer com a Carolina!? -- exigiu num grito.
-- O inimaginável! -- respondi-lhe. De costas para ela, senti uma dor aguda nas costelas. Quase caí ao chão. Virei-me para ela e defendi um segundo murro. A cachopa foge-me entre os dedos e entro numa luta de submissão, e controlo, por uma pequena colher que lhe tiro da mão com um soco no peito. Arranco-lhe o ar dos pulmões, ela arfa de olhos abertos como um cavalo assustado e cai em cima de uns sacos de batatas. -- Desiludes-me! Volto, quando acabar o que viemos fazer. -- Tranquei a traidora adolescente e corri para o quarto principal. Sem esperar, vi o botãosinho ajudar a mamã a tirar as ultimas cordas do braço esquerdo.
A faca reflectiu nos olhos da criança emocionalmente violada.
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