quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

As saudades de um tempo...



Crepitava a lareira quente e confortável, aos pés de um sofá ocupado por um homem de grandes barbas brancas. De cachimbo na boca, respirava levemente, apreciando o momento que se fazia acompanhar pelos seus dois netos, um casal de gémeos, tímidos e aventureiros, mas naquele preciso momento, olhavam o seu avô com muita atenção, à espera de mais uma história mágica com um moral que levariam para sempre nas suas mentes.
O fogo dançava, sobre o olhar do velho cansado que descansava os olhos daquele fatídico dia de prendas e surpresas. As crianças olharam-se entre si e, sem exigir histórias ou atenção, deixaram-se levar pela lareira que o seu avô acendera logo pela manhã, para aquecer a casa, de troncos grandes e secos; O aconchego daquele quadrado reluzente, que iluminava uma sala quase às escuras, levava a sua mente a imaginar contos e fábulas, lidos pelos seus pais à hora de dormir.
Não havia televisão, telemóveis, consolas de jogos ou tablets. Aquele pai natal, mesmo que cansado e parcialmente barrigudo, proporcionava-lhes uma diversão que anos mais tarde lhes chamariam: Nostalgia.

O poder mais forte que existe! Não há amor que se equipare, perfumes ou músicas que tenham a mesma força quando usadas sozinhas. A nostalgia, as nossas recordações de infância, são o ponto máximo do nosso amor, do nosso desejo, na futura educação aos nossos filhos, e o respeito pelos sentimentos e memórias dos outros.
As saudades de um tempo... em que o pouco valia tanto!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A objetificação da Mulher e do Homem na sociedade e em contexto de Violência Doméstica... [3]

A objetificação do Homem
Através dos vários meios de comunicação social




O homem também sofre de objetificação por parte da sociedade e em certa medida, das mulheres. Ainda que não seja de uma maneira tão óbvia como elas sofrem diariamente.


A mentalidade de um homem, forma-se ainda desde criança. Uma das coisas que acontece muito frequentemente em tribos, é o ritual de passagem pelo que os jovens (rapazes) têm de passar para se poderem tornar verdadeiramente homens perante a "vila" onde moram.
Estas civilizações/tribos, que nunca tiveram revoluções feministas, constroem-se e baseiam-se num mundo dominado por homens. Não é porque as mulheres mandam menos. Essa questão não está nem se coloca em causa na sua mentalidade e forma de verem o mundo.

O homem corre!
O homem caça!
O homem luta!
O homem protege!

As mulheres dão à luz, e isso é a dádiva que nenhum homem terá oportunidade e capacidade de conquistar ou igualar. Os homens, nessas tribos, valorizam as suas mães e avós de uma forma tão grandiosa que nós, os ocidentais, "pessoas civilizadas", ficamos tocados e sensibilizados. E valorizam-nas porquê? Porque foram elas que cuidaram deles quando eram ainda bebés, que os protegeram que os educaram, que os ensinaram, que os aconselharam e alimentaram.
O mundo, a nossa sociedade, a nossa espécie, vive num mundo construído à volta do homem. E não há nenhum mal nisso, porque a vida selvagem também se rege pelas mesmas "regras".

All modern societies evolved out of agrarian societies. Before the Industrial Revolution the male endurance value and physical strength translated directly to political power. Men fought in wars, hunted beasts, erected buildings and plowed fields PRECISELY because they possessed the physical stamina to do so at a far greater degree than females. -- Dan Holliday

Em: Why did almost all societies believe that women were inferior to men?
O argumento aqui, não é o facto de as mulheres serem inferiores aos homens, mas sim a razão -- evolutiva -- que as tornou, a nível físico, mais fracas que os homens. E por essa mesma razão, de que a gravidez era algo de risco, obrigando a um controlo mais apertado da própria mulher, limitando-a locomotivamente e por vezes impedia-a de fazer as tarefas mais simples e leves, "obrigaram-nas" a ficar no fundo da pirâmide social -- e digo-o sem qualquer sentido pejorativo -- tornando os homens como os responsáveis máximos pela vida da sua mulher e a dos seus filhos. A mulher não caçava, porque pura e simplesmente estava grávida ou a tomar conta dos filhos dela ou dos outros.

Up until very recently in history there was no safe, cheap and reliable form of contraception that was under the full control of women. This meant that for most of the average adult woman's life, she was either pregnant, looking after a child, or possibly both... assuming she hadn't died during childbirth. -- Tatiana Estévez

Em: If women are equal to men, why have men achieved so much more throughout history?
Aqui, entra a responsabilidade do homem. Por estas razões, os rapazes tornam-se homens. Têm a obrigação de proteger a sua fêmea, a sua família, de invasores e intrometidos. São mais altos, mais fortes, mais resistentes, percorrem distâncias maiores e suportam todo o trabalho bruto e pesado.

During this period, there were no machines (well, not a lot of them). Craftsmanship was done by hand.  Repeated labor at bending metal, chopping trees, plowing fields and whatnot. Sure, we had beasts of burden, but ultimately the fact that men was mentally more aggressive, have less pain sensitivity, 30% more upper body strength and have a good amount more physical endurance, made the difference.  The ability to sword fight or pummel a man to death was a sign of power. The desire for violence and aggression allowed a man to rise through the ranks of the military and the military was always the source of governmental (and all subsequent) power.

[...]

From top to bottom, our society was built on gender differences and those differences served their purpose for hundreds of thousands of years. Those difference evolved out of our biological roles in propagating the species. Men were aggressive hunters; we fought for mating rights and we hunted for food for the family. Our single-mindedness, our cocky attitudes (believing we're better fighters and lovers than we actually are) is part of the success of our species. Ever see how stupid teenage boys are? They're idiots. Sure, this is an issue now, but back a few thousand years ago, see if YOU had the stupidity (see: bravery) to throw a spear at a mastodon and think you're going to survive. Guys also fought for mates. Ever see stupid boys think they can "whip that boy" for no reason at all? Well that's with good reason: his brain is hard-wired to think he's strong enough. If boys actually had access to reliable information on their toughness, then they would have never fought for females and our human aggressiveness may well have died out... along with us. -- Quora User

Em: If women are equal to men, why have men achieved so much more throughout history?

O facto de serem mais altos, como já foi referido no post anterior e no texto mais acima, não é algo recente como alguns afirmam. Foi só no período Mioceno  -- 24.000.000 a 5.000.000 anos --  que se deu a diferenciação em várias linhagens dos primeiros simiídeos, que dariam origem ao homem. Nesse momento da evolução dos nossos antepassados, a diferenças de altura entre os dois era muito pouca. Foi só na altura em que deixaram de ser presas e passaram a ser predadores, de pedras e lanças nas mãos, que a diferencia física, tanto em força como em altura, se fez notar.
No entanto, essa necessidade de o macho evoluir/desenvolver o seu corpo para se tornar mais dominante que todos os outros, não se deu de um dia para o outro. Surgiu da necessidade de perpetuar os seus genes em tempos de grande dificuldade de sobrevivência, em que eram caçados ou a escassez de comida ou as temperaturas se tornavam desfavoráveis. E esta necessidade, tornada num "hábito", foi levada ao extremo após se tornarem caçadores recolectores, dominantes no seu habitat.
Com o tempo e a necessidade, o macho passou a ser mais alto e robusto. Algo comprovado através de fósseis.

Mais informações:
Uma Viagem às Nossas Origens - Uma história da evolução humana de Maria José Aragão (Guerra & Paz [Antropologia])

O mundo rege-se em volta dos homens, porque é algo que funciona. É o único pilar que sustem a nossa espécie. E comparando-nos a muitas outras, também eles (os machos), sustêm toda a geração da sua espécie. Controlam os genes, territórios, fêmeas, matilhas, comida, etc.
O macho, é a ponta da lança, é a espada afiada, o musculo forte e o barrote resistente que sustem o telhado da casa. Não é à toa que a virilidade de qualquer animal do sexo masculino esteja e seja uma constante por onde quer que passe. Existem vários documentários que comprava a nossa ligação "agressiva" com os chimpanzés. Somos mais subtis nas nossas expressões físicas, mas não deixamos de ser agressivos. Consegue-se descobrir num grupo de homens qual o macho dominante, o líder do grupo. E isso é algo importante para o homem de hoje. Como referia um psicólogo estrangeiro: "Os homens dão muito mais valor à relação que têm com os outros homens, amigos, do que as mulheres.". Era importante, na altura em que os homens saiam para caçar, de se manterem fieis uns aos outros. De manterem as amizades saudáveis e resistentes, para poderem resolver os problemas e manter o grupo unido a trabalhar para o bem de todos e de cada um.
Apesar de trabalharem em grupo, todo o macho, mais cedo ou mais tarde, directa ou indirectamente, tentará conquistar o lugar do macho alpha, do chefe da matilha/grupo ou algum lugar privilegiado, em que se torne imprescindível e necessário, fazendo dele alguém importante.

Não se pode deixar de mencionar também, que o mundo rege-se à volta do homem, macho, devido à sua força física, como já referi antes. É fácil perceber a razão: 90% dos desportos são praticados exclusivamente por equipas masculinas. E comparando a performance da mulher com o homem, o homem corre distancias maiores, salta mais alto, lança mais longe, bate com mais força, puxa com mais força, levanta mais pesos, etc. A competição, quer em equipas quer individualmente, existe para perpetuar as lutas que se faziam à milhões de anos atrás. A rivalidade faz parte do homem, da mesma maneira que a gravidez é exclusiva da mulher. A fêmea não luta por um macho, é conquistada.

São contra a violência física, apesar de ainda hoje existirem torneios de luta. De existirem desportos que são uma versão simplificada de guerra entre dois grupos.
Futebol, rugby, hóquei, etc. Combates de vale tudo, Karate, Krav-maga, MMA, UFC, etc etc. Tudo e qualquer coisa que envolva duas equipas ou dois adversários.
Toda a vez que uma equipa ganha, a derrotada treina ainda mais, estuda ainda mais, prepara-se ainda mais. Porquê? Porque foi "agredida" e não quer pertencer aos fracos, porque os fracos é para quem não se sabe nem pode reproduzir. Adicionando a essa ideia invisível o "semear a sua semente".

Se não existisse violência, ou competição, nunca teríamos evoluído para o animal que somos, e proibir essa nossa natureza violenta, é ser contra uma espécie inteira. E ser contra uma espécie inteira, OU, serem contra pessoas que usam guerras e violência, é o mesmo que não aceitarem serem pequeninas neste mundo gigante. É quererem e exigirem serem reis se nunca terem feito nada por isso. É quererem repartir riqueza, suor e sangue por quem nunca lutou ou fez o que quer que fosse.


Em: Violência, gera...

Um das características que diferencia o homem da mulher, é a quantidade de pêlo no corpo (braços, peito, pernas e face). O próprio pêlo e cabelos do homem é, geralmente, mais grosso que o das mulheres. É considerado, o pêlo, um traço físico masculino, de poder, de controlo, de autoridade, de virilidade. As mulheres reconhecem esse traço, hoje tão característico, tão másculo e agressivo.
Elas próprias, como referi no posto anterior, obrigam-se e sentem-se obrigadas pela sociedade, pelos idealismos que se comercializa. Uma mulher, para ser "declarada" mulher, feminina, bela, bonita, sexy e atraente, usa a depilação em grande parte do seu corpo. Nos quais, as sobrancelhas, buço, pernas, sovacos e virilhas são as zonas mais frequentes.

É algo que julgam ser natural, e seria muito anti-natura se deixassem os pêlos das pernas crescer mais do que x milímetros. São incapazes de prescindir sair à rua de saia ou de ir à praia de bikini, sem fazer a depilação. Porque, por palavras delas: -- "Parece mal, fica mal, não é sexy, não é bonito".

Em: A objetificação da Mulher e do Homem na sociedade e em contexto de Violência Doméstica... [2]

Do Women Find Guys With Beards More Attractive?
"Past studies have found that men with beards look tougher, more aggressive and masculine and would make better romantic partners."

Em: Women Prefer Beards

Mais informações:
As Regras Bíblicas: Sexo
Os Segredos da Bíblia - Sexo na Bíblia (Luxúria, Promiscuidade, Incesto)
21 Reasons Bearded Men Are Better

Obviamente existem mulheres que preferem homens sem pêlos no corpo ou em particular, na face, pois destaca os ossos do seu rosto. O homem deixa de mostrar "virilidade" para passar a mostrar "leveza facial", com um rosto mais "efeminado" ou fácil de ser apreciado pela mente feminina. Pois uma mulher quando procura um homem com quem ter uma relação/aventura, procura sempre o mais rufia, o mais "bonito", o mais forte, o mais alto, ou mais talentoso e capaz de a proteger. Quando decide ter filhos, se o homem com quem está no momento não tiver uma cara mais agradável, menos "agressiva", ela irá procurar esse homem, porque é do instinto natural ter filhos bonitos, fortes e saudáveis. Não significando com isto que homens de barba ou de físico escultural não tenham bons genes.

Outra das características que diferencia o homem da mulher, é a força física. A sua capacidade de levantar e carregar pesos. De trabalhar "melhor" em condições extremas e exigentes, não só a nível físico como também a nível psicológico.
Esta objectificação do homem "moderno", em que deve fazer do seu corpo uma obra de arte escultural, tal e qual como os antigos gregos, romanos e espartanos, é algo pelo qual os homens não choram. Não existem revoluções nas ruas. Um homem, indirectamente e sem perceber, ambiciona ser macho alpha. O mesmo não posso falar de homossexuais, apesar de haver um alpha na relação, tanto em relações só de homens ou só de mulheres.
A barbaridade, que existia nos anos 70 até aos anos 90, em que actores como Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger apareciam em filmes cujo o personagem principal era um macho alpha, dos pés à cabeça, era algo, na altura, considerado absolutamente normal. Hoje em dia nota-se uma grande diferencia física. Um "jovem" de 25 anos, não tem a mesma maça muscular que tinha o seu pai com a mesma idade quando andava na tropa. E a tropa, à relativamente pouco tempo -- mesmo MUITO pouco tempo -- pertencia exclusivamente aos homens. A razão era simples. Os homens combatem e morrem nas guerras. As mulheres são apenas adereços para entreter e satisfazer os homens. É uma "afirmação" arrogante, mas é uma realidade que acontecia já na altura das invasões francesas, como se pode ver no filme "As Linhas de Wellington", em que as prostitutas acompanhavam os soldados para manter a mural alta, assim como a sua motivação.





As centenas de filmes de guerra, de violência e acção, como o filme "300", são um bom exemplo da objectificação que existia na altura, e que ainda hoje influencia a mente de todos os jovens e adultos. E já na altura de reis e reinos, quem governava era o homem. O único objectivo/obrigação da rainha era dar um filho barão.

"Sparta was above all a militarist state, and emphasis on military fitness began virtually at birth. Shortly after birth, a mother would bathe her child in wine to see whether the child was strong. If the child survived it was brought before the Gerousia by the child's father. The Gerousia then decided whether it was to be reared or not. It is commonly stated that if they considered it "puny and deformed", the baby was thrown into a chasm on Mount Taygetos known euphemistically as the Apothetae. This was, in effect, a primitive form of eugenics."

Em: Sparta

Discriminações contra homens
"Um exemplo de discriminação de gênero contra homens ocorreu com a controvérsia da política de discriminação sexual de companhias aéreas. A British Airways, Qantas, e Air New Zealand todas possuíam políticas proibindo homens de se sentarem próximos a crianças desacompanhadas em voos comerciais. Esta regra, que se referia ao gênero como a mais importante qualidade de um grupo de pessoas, foi considerada discriminatória. Não há registros de qualquer caso documentado de abuso de uma criança durante um voo."

Fonte: Misandria  [editado: 02/01/2015]


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Falta gente caseira...
O que é ser pai na actualidade...
Em defesa dos homens ou do que resta deles...
A pornografia...
A eugenia existe...
Os príncipes, são sempre perfeitos...
Os príncipes, são sempre perfeitos... II
Os príncipes, são sempre perfeitos... III

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [31]


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Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [30]


Algo arranhou a porta de casa, e detive a minha língua nas suas cuecas pretas de lingerie e levantei ligeiramente o ouvido à espera de outro pequeno e imperceptível barulho.
Madalena, já com um olhar louco no rosto e um braço esticado, agarrou-me na cabeça e enterrou a minha cara entre as suas pernas, afirmando que não era ninguém. A minha desconfiança manteve-me desconcentrado do sexo oral que lhe fazia, nos dois minutos que se seguiram. Ergui os olhos ao nível do seu peito, e dei com ela a agarrar-se aos lençóis da cama, gemendo como uma vadia num gangbang de um beco escuro.
Introduzi os meus dois dedos, grandes, molhando-se tão depressa que os senti deslizarem por ela a dentro, encarcerando-se pelo músculo em contracção. Badalei as pontas, sentindo a parede do órgão que desenvolve, protege e alimenta uma vida e sentia-me poderoso, em controlo daquela mulher com um cheiro, um sabor, uma cara tão provocadora, de olhar submisso e uma expressão de "Usa-me! Fode-me!", que me fazia esquecer e aquecer as mãos no seu corpo transpirado e suculento.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A objetificação da Mulher e do Homem na sociedade e em contexto de Violência Doméstica... [2]

A objetificação da Mulher
Através dos vários meios de comunicação social




A "depilclub.pt" está a fazer uma campanha até ao fim deste ano (2014) com o título "Movimento nacional "Mulher sem Bigode"".
A objetificação da mulher, não passa apenas pelo uso do seu corpo em pornografia "hardcore", em que ela é usada e abusada como se fosse simplesmente um objecto de puro prazer nas mãos do homem. A mulher, em grande parte dos casos, aceita a sua condição de princesa junto do seu principe que governa o reino. E ela, através dessa auto-autoridade que lhe é concedida por casar e ser esposa do "rei", faz-se ela própria rainha das coisas que a rodeiam. A mulher gosta de mandar, tanto como o homem, apesar de saber que o homem, rei, tem mais poder do que ela, porque tem mais força e é quem toma as decisões mais difíceis. (não estou a supor, pois era assim que funcionava no sistema feudal de à 500 anos).
Para além deste movimento de "Mulher sem Bigode", existe também por parte das revistas de beleza e de moda, a área da publicidade dedicada à "beleza" da mulher. Cremes para a cara para as tornar mais novas do que realmente são. Para tornar a sua pele mais lisa e menos enrugada ou "velha". Perfumes que atraem os homens, ou um estilo de roupa -- look visual -- para realçar certas curvas do corpo, como o rabo, as ancas, as pernas (tornozelos), o peito ou a barriga. A juntar a isso, vem também a maquilhagem para realçar a cor dos olhos, o tom da pele, as maçãs do rosto, as sobrancelhas ou os lábios carnudos. Para além disso, ainda se vende soutiens e cuecas "push-up", que ajudam a falsificar a beleza natural do corpo de uma mulher. Porque se cada mulher é "única", como o é a vagina, cada peito e cada rabo deveria ser individualmente apreciado. Só que existe uma "obrigação" social, implícita e explicita em cada foto de roupa interior, roupa casual, roupa formal, filmes, novelas, músicas e literatura que provoca e cria na mente das mulheres a falsa necessidade de pertencerem ao grupo de mulheres que existe ou que julgam existir na sociedade. Uma sociedade repleta de mulheres perfeitas, em que todos os rabos e peitos são grandes já por natureza e que não precisam de usar "push-ups", pequenas almofadas ou papel higiénico para os tornar maiores.

"In the case of humans, both the female breast and the male penis have been enlarged by sexual selection to a degree that seems absurdly nonfunctional. The chimp penis looks like a skinny pink three-inch nail. The gorilla penis is even stubbier, only an inch and a half long! Compared with them, the human penis is gargantuan, 10 to 20 times the volume when erect. And out of roughly 4,000 mammal species, only human females have prominent breasts when not lactating. Which argues that for quite a long period of time in our evolution, both men and women – or proto-human males and females – were heavily selecting mates for appearance."

Em: Humans: A Thoroughly Mixed Up Species

História da Depilação

A eliminação do excesso de pêlo com fins estéticos e/ou de higiene pessoal, remontam ao ano 1500 a.C., em que os homens já removiam pêlos com um depilador feito de sangue de diversos animais e outras substâncias já então utilizadas. Os romanos também se referem a composições depiladoras, algumas das quais contendo soda cáustica como ingrediente utilizado para remoção de pêlos. Cleó- patra tirava os seus tão indesejáveis pêlos com faixas de tecidos finos banhados em cera quente.

A electrólise é dos métodos mais antigos utilizados na remoção de pêlos. Foi testado há mais de 100 anos para remover pestanas encravadas, que provocam excessiva irritação. Variadíssimas áreas do corpo podem hoje ser tratadas com electrólise, tais como sobrancelhas, rosto, coxas, abdómen e pernas.

Embora os depilatórios químicos sejam considerados uma intervenção contemporânea, o processo para a remoção dos pêlos através de decomposição química surgiu na Antiguidade. Na realidade, durante séculos o seu desenvolvimento ficou adormecido e diversas outras alternativas foram introduzidas.

Hoje utilizam-se variadíssimos métodos na depilação temporária, entre os quais a depilação a cera, a mais utilizada, a lâmina, cremes depilatórios e depiladores eléctricos domésticos.

No entanto, seja qual for o método utilizado, os pêlos nascem mais fracos e finos, cada vez que repita o processo. Porém essa diminuição só pode ser considerada significativa depois de muitos anos de depilação. Hoje em dia, os dois únicos processos comprovadamente eficazes na depilação definitiva, são a depilação a laser e a eliminação do pêlo por electrólise ou electrocoagulação. As Clínicas Elizabeth Ministro disponibilizam os mais recentes processos de tratamento, utilizando equipamentos certificados e de última geração.

Fonte: História da Depilação  [editado: 02/01/2015]

A depilação, entra também nesta área da beleza física, exterior. Torna a mulher mais "simples", mais "doce", mais "fácil", mais "limpa" e "cheirosa". Certo? Sim.
Foram-se os pêlos. A "imagem de marca" dos homens, que demonstra virilidade e masculinidade, mas as rosas e os enfeites ficaram. As rosas no cabelo, os brincos, os perfumes, os olhos grandes realçados pela maquilhagem, o peito e o rabo grandes para atrair mais machos, pois mulher com peitos grandes fornecem mais leite e as mulheres de rabo "grande/firme" têm uma saúde melhor. Duplamente significando que têm bons genes. É, ao fim e ao cabo, uma dança de acasalamento que se vende em todas as revistas de beleza e moda. O mundo rege-se então pelo sexo, pela sexualidade explicita que se confirma em cada vídeo de música, ou as colecções de roupa que vão surgindo nas lojas.
A mulher, por "lei" social é "obrigada" a ter uma imagem idealizada pelas grandes empresas que geram biliões todos os anos. E todos os anos criam uma nova moda visual. Um novo tom de cores, um novo corte de cabelo e um novo "look" nas roupas e sapatos. Tudo em nome da sexualidade feminina. Tudo para que se sintam mais mulheres, mais sexys, mais livres, mais provocadoras e mais dominadoras. Vendem-lhes as atenções com um decote em V ou uns saltos altos com um estilo mais feminino. E sem se aperceberem, compram e vendem-se pela imagem que lhes foi dada e vendida ao longo do ano e dos anos, desde que são meninas até à altura em que se tornam mulheres e "independentes".

Bastam apenas 30 segundos para uma marca influenciar uma criança. (1:38)

Em: Criança - A alma do negócio

Esta objetificação da mulher, que se dá em todo o lado, é algo que elas já não querem prescindir. É algo que julgam ser natural, e seria muito anti-natura se deixassem os pêlos das pernas crescer mais do que x milímetros. São incapazes de prescindir sair à rua de saia ou de ir à praia de bikini, sem fazer a depilação. Porque, por palavras delas: -- "Parece mal, fica mal, não é sexy, não é bonito".
O mesmo acontece com os perfumes e os desodorizantes. Tudo invenções comercializadas à relativamente pouco tempo, depois de terem vendido a ideia que as pessoas precisam de esconder o odor corporal que o próprio corpo segrega para atrair o sexo oposto. Deixando a mulher de ser um animal natural, com os seus odores, para passar a ser um perfume de rosas andante que intoxica a mente "sexualmente activa" dos homens.
Tudo não é então, repetindo-me de novo, uma sexualização "imperceptível" da mulher; Do seu corpo. E sendo o exterior a coisa que mais se vende e comercializa no mundo social, e tendo as mulheres o único órgão sexual que satisfaz o homem, desde o seu cheiro, sabor, aparência, e a húmidade que rodeia o pénis durante e depois da penetração completa, é mais do que natural, vender toda a perfeição da mulher, para que os homens tenham relações sexuais com as suas vaginas.

Sexo move o mundo.

A mulher não sofre apenas de objetificação pornográfica de tudo o que a compõem. "Sofre" também do estigma psicológico e emocional, que se tem vindo a perder ao longo dos últimos anos para dar lugar à imagem de uma mulher mais independente, com força, com objectivos, com domínio, e capaz de escolhas; Ao contrário da mulher frágil, fácil, tímida, submissa, doce e ingénua que se vendia por parte da sociedade/industria, há não muitos anos atrás.

A mulher de hoje já não é ingénua, tem estudos!
A mulher de hoje já não é "doméstica", é profissional!
A mulher de hoje já não tem filhos, tem uma carreira!

É importante referir que a mulher perfeita foi re-idealizada várias vezes ao longo da nossa história. Não só a sua imagem -- aparência física -- mas também as qualidades, os desejos sexuais, as emoções. Tímida, doce, fácil, frágil, submissa, provocadora, sexualmente activa, inteligente, simpática, sorridente, divertida, etc. E parte deste "estudo" pode ser lido em "Psicanálise dos Contos de Fadas" de Bruno Bettelheim.


No fim dos anos 60, a mentalidade da mulher era assim:

-- Ele também deve ser humano, dominar-me e ser superior.
-- Ele deve ser o responsável/chefe.
-- "Não podemos esquecer que, há apenas 40 anos, declarações hoje consideradas quase um escândalo eram comuns."
-- Eu não aprovo a mulher querer ser igual ao homem.
-- Óbvio que a mulher não é igual ao homem. O homem deve ser o chefe, deve comandar a família. A mulher deve segui-lo.
-- "Estes trechos são dos finais dos anos 60, das universidades."
-- O papel do homem é trabalhar, e o da mulher ficar no lar.
-- Do ponto de vista da educação, devo estudar para o homem com quem viverei se orgulhe de mim e possa dizer que tem uma mulher bem instruída, e com o qual possa sair sem se envergonhar.
-- Quando eu me casar, educarei os meus filhos. Vou cozinhar e esperar pelo meu marido à noite.


Em: Pensamento sobre as mulheres nos Anos 60 de Eu tarzan, tu jane

A mulher, desde que lhe foi possível frequentarem a universidade e fazerem os mesmos trabalhos que os homens que saiam com o mesmo curso, tiveram a escolha de se dedicarem a uma carreira durante mais tempo do que o normal.
À menos de 50 anos atrás, a idade média com que as raparigas tinham filhos, era de 16/18 anos. Uma idade em que a mulher ainda está a concluir do 12º ano ou a entrar para a universidade nos dias de hoje. Para além disso, hoje é-lhes muito mais fácil entrarem numa universidade do que era à 50 anos atrás. E de certa forma, frequentar a universidade tornou-se algo "banal". Tornou-se "moda". Pois qualquer um pode entrar. O mesmo não se pode dizer sobre continuar...
A diferença abismal de sexos nas universidades, em que para cada 1 rapaz, existem pelo menos 5 raparigas a estudar deve-se ao facto de ser o homem, ainda nos dias de hoje, a trabalhar em locais pesados para poderem pagar os estudos. E enquanto o cérebro do homem se distrai com facilidade e entra no mercado de trabalho mais cedo, nem que seja a ajudar o pai com coisas pesadas ou difíceis de serem realizadas por mãos de mulheres, o seu cérebro adapta-se mais cedo ao trabalho e menos aos estudos. Enquanto que as raparigas são obrigadas pelos pais, a tirarem um curso superior. A razão? Já que ter um filho hoje em dia seria considerado suicídio, mesmo a nível social, e as mulheres são o animal que engravida, que faz loucuras e perde para sempre a sua independência logo que sabe que está grávida; Os pais fazem de tudo para que ela mantenha o seu corpo como algo precioso, que espere pelo fim do curso, do mestrado, do emprego e da carreira, para depois sim pensar em ter filhos. Porque uma pessoa sem curso não ganha tanto como um médico ou um professor. Porque uma mulher com filhos, deixa de ter a oportunidade de se fazer Mulher, de ter estudos, de um dia ser alguém na vida. Porque ter filhos, é uma "dor de cabeça".
No entanto, é preciso perceber que o homem também pode e deve ajudar a mulher numa fase destas da sua vida. Ter filhos é algo de dois indivíduos e não de um só. O que as mães destas raparigas estão a tentar mostrar-lhes é que não se pode "confiar" no homem pois podem acabar sozinhas. Ou porque ele não quer assumir a paternidade da criança ou acabará por a trair com outra.

Para além da objetificação pornográfica, e do estigma psicológico e emocional, também sofre da crítica social, que ataca o seu físico. Estes ataques agrupam-se com as publicidades aos perfumes, às depilações, às roupas decotadas ou provocadoras. Elas próprias, vão sentido a necessidade de serem mulher "perfeitas", como foi dito mais acima. Os seus corpos têm de se assemelhar às de modelos para poderem ter alguma chance de conseguir que algum homem se interesse ou olhe para elas e queira acasalar/casar.
O corpo de modelo, vendido excesivamente nas revistas de moda, leva à Anorexia e à Bulimia. E ainda hoje isso tem um grande impacto nos jovens, que todos os anos faz novos adeptos da Anorexia com a ajuda da internet, como é o caso do "pro-ana".
Elas sofrem da crítica alheia e da critica social. Demoram horas na casa de banho a arranjar o cabelo, as unhas, a maquilhagem, e perdem mais meia dúzia a escolher a roupa que as ajudará a realçar mais o peito, os ombros, a cara, as pernas, os tornozelos, as orelhas, etc.
Sentem-se expostas de uma tal maneira -- como acontece com os homens -- de que existe uma necessidade de serem aceites na sociedade. E devido a isso, tornam-se elas mesmas, mulheres-alpha. Mulheres que tentam ser mais bonitas, mais bem vestidas, mais sedutoras ou atraentes que todas as outras. Pelo menos, as que fazem questão de serem vistas por todos e todas.

"In the case of humans, both the female breast and the male penis have been enlarged by sexual selection to a degree that seems absurdly nonfunctional. The chimp penis looks like a skinny pink three-inch nail. The gorilla penis is even stubbier, only an inch and a half long! Compared with them, the human penis is gargantuan, 10 to 20 times the volume when erect. And out of roughly 4,000 mammal species, only human females have prominent breasts when not lactating. Which argues that for quite a long period of time in our evolution, both men and women – or proto-human males and females – were heavily selecting mates for appearance."

Em: Humans: A Thoroughly Mixed Up Species

Os peitos pequenos são um entrave na procura de um companheiro. Peitos grandes são sinónimo de bons genes, e ainda existe uma condição extra: "Mulheres com seios grandes são mais acolhedoras e protectoras, que mulheres de seios pequenos."
Desta forma, a mulher sofre e é atacada de todos os ângulos. Preocupa-se em ter uma pele macia e lisa que só se consegue com "photoshop". Em cheirar bem e estar sempre "bonita" quando acorda.

Mulheres com seios grandes são mais abordadas por homens, comprova pesquisa
Mulheres com seios grandes são preferência dos homens sem dinheiro

É fácil perceber porque a mulher, e também o homem, sente tanta pressão da "sociedade", em parecer e ser bonita 24h por dia. Ser perfeita, as curvas correctas, os peitos com o tamanho X e a anca com a largura Y. De um certo ponto de vista, isto não é algo influenciado pela sociedade, mas pela nossa condição animal e instintiva. Evoluímos nesse sentido; Como explica a citação acima.



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Falta gente caseira...
O que é ser pai na actualidade...
Em defesa dos homens ou do que resta deles...
A pornografia...

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A objetificação da Mulher e do Homem na sociedade e em contexto de Violência Doméstica...

Vou tentar abordar este tema da forma mais completa que conseguir. Pelo que peço desculpa se pelo caminho de raciocínio que vou tentar seguir, o assunto saltar um pouco, ou ficar parcialmente incompleto. É do meu intuito incorporar e referenciar comentários, textos, teses, documentários e livros que eu acho interessantes e relevantes para o assunto em questão.
Por isso, começo então pela minha primeira afirmação que explica a razão de existir Violência Doméstica. Desde o inicio do domínio do Homem (macho) sobre a Mulher (fêmea) e todas as restantes consequências ou evoluções sociais e psicológicas que nos trazem aos dias de hoje.

homem (macho) é, em regra geral, quer no ambiente humano quer no ambiente selvagem, mais alto e mais forte do que a mulher (fêmea).

Por razões evolucionárias, os machos são quem comanda a matilha, o grupo ou a manada. Defendem o grupo de invasores, e atacam outros grupos para poderem conquistar território e fêmeas presentes no grupo inimigo. Toda e qualquer espécie de animal vive e tem como objectivo de vida primário, acima da alimentação, a proliferação dos seus genes. Como é amplamente debatido na tese de Charles Darwin e de Alfred Russel Wallace em "Selecção Natural - A origem das Espécies".

What about Wallace? - Charles Darwin & Evolution

Sendo o macho o chefe de um grupo, ou o guerreiro e protector de uma comunidade, cabe-lhe a ele, não só dominar o ambiente que o rodeia, através de lutas territoriais, mas também manter sobe o seu domínio, caso seja macho alpha, todos os que o seguem. Será mais do que normal, existirem lutas entre machos para ocupar o lugar do macho alpha a fim de ter mais poder sobre as fêmeas e mais hipóteses de passar os seus genes para as gerações futuras que irão "governar" "por direito" o futuro e futuros clãs. Como acontece num sistema feudal, em que todos são governados por um rei e vários nobres.
No entanto, a partir do momento em que foi possível para cada macho, conquistar uma única ou várias fêmeas, através da luta ou de uma "dança de acasalamento", o macho passou a ter poder sobre aquela determinada fêmea que o escolheu ou o aceitou como mais forte, mais capaz ou com melhor aparência/atributos.
É verdade que existem espécies que todos os anos engravidam uma fêmea diferente, mas também existem aquelas em que ficam e permanecem juntos para sempre como é o caso das aves, das suricatas, algumas espécies de macacos e de outros mamíferos.
Por tanto, se o macho tem poder total sobre a fêmea que o escolheu, é sua obrigação proteger e manter a fêmea longe de oportunistas ou invasores que tudo farão para a impregnar com os seus genes intrometidos.
Os leões, para se manterem o macho alpha de um grupo de fêmeas submissas, como todas as fêmeas o são, por vezes necessitam de usar a violência contra as fêmeas para as manter submissas e dominadas. Através deste processo " violento", mantêm uma ou mais fêmeas controladas e "receptivas" (à força) aos seus genes em futuros acasalamentos/ actos sexuais.

What does it take to be a Lion?
The power behind the African throne.
Alliances much be forged, families protected, competitors wiped out.
Lion supremacy, comes only by force! 

BRUTAL KILLERS 

To be a King, bloody wars must be fought and won. Instinct drives the Lion, unleashing a fearsome power. It seams unclouded by notions of cruelty, remorse or guilt. But it does know, with terrifying certainty, what it takes to be a Lion.
[...]
This deaths, are simply stages in the bachelors life. Events that must occur to guarantee their own future. A future bound with this new prime whose stability the intruders have oddly destroyed. In time the females will bare cubs. The cycle of brutality. Success depends on sudden, effective and deadly acts of violence. All for the sake of a prime. Brutal? Yes! Killers? Of-course. But for this big cat, that's what it takes to be a Lion!

É mais do que óbvio que nós, humanos, já não vivemos na savana, e que renunciámos à muito o nosso instinto primitivo e violento por razões de acasalamento, e território.
Na vossa mente, vai a ideia de que as guerras são a prova invicta de que ainda somos uma espécie violenta e sádica, que matamos tudo o que podemos por prazer, raiva, obsessão, ódio, inveja e ciúmes. Mas segundo um estudo, as guerras, como as conhecemos dos livros de história, que se compunham de milhares de soldados a guerrearem por um país, um pedaço de terra ou uma donzela, é algo que surge à relativamente pouco tempo. Não faz de todo parte da nossa fúria ou instinto animal como as pessoas julgam.
"If we define war as a large-scale violent conflict between two states employing the military, the earliest recorded wars might have taken place between various city states in the Mesopotamian region during the period 3,000-2,300 BC in the Bronze Age. The first recorded evidence of such a war was the one between the two city states Lagash and Umma, estimated to have taken place in 2525 BC. From the stone slabs bearing inscriptions related to the war, it could be inferred that the war employed professional soldiers wearing helmets who moved on chariots. The weapons employed were maces and swords." - V Venkata Rao, Ahmedabad

Em: Which was the first war fought in the history of mankind?
List of wars before 1000

É também possível, que estejam a pensar que hoje existem "muito mais" guerras no mundo, cheias de ódio, racismo e superioridade divina. E que esta seja mais uma razão para provar que somos uma espécie violenta e que nos estamos a tornar cada vez mais violentos.
A resposta a este pensamento não poderia ser mais simples. Foi só em 1876 -- há aproximadamente 140 anos -- que o telefone foi inventado e proliferado por todo o mundo, começando principalmente nos Estados Unidos da América. É mais do que natural que em pleno século 21, exista muito mais facilidade de transmissão de informações do outro lado do mundo, desde pequenos acidentes e incidentes a guerras.

"I think that one reason people see violence as so much more prevalent now is improved access to information - 10 years ago most people would have had no clue if there was a war happening on the other side of the planet. Today we have access to global news, so instead of just seeing the violence that happens in our own backyard we're also exposed to violence from around the world. Also, the technology of war has made for a few tremendously bloody conflicts (most notably the US Civil War and WWI) where modern technology combined with archaic tactics and turned battlefields into killing factories - like the Battle of the Somme in 1916, which saw over 1,000,000 soldiers killed in just under 6 months. It's hard to look at a statistic like that and think that the world is becoming less violent, but it's really just an anomaly. If they'd had machine guns and mustard gas in the 12th century, the crusades would have been far more bloody (which is saying a lot)."
-- Derick in TO (4 October 2011)

Em: History and the Decline of Human Violence
Telefone

Mas só por não vivermos na savana e as grandes guerras de conquista territorial terem diminuído à aproximadamente 200/300 anos, mesmo que tenha sido uma das épocas de maior foco de colonização de outros continentes, continuamos a ser uma espécie que luta por um pedaço de terra e uma fêmea/macho onde e com quem poderemos constituir família. É por esta razão, da nossa vontade incontrolável e "animalesca" de passar os nossos genes, que somos animais "violentos". Mas não mais violentos que os nossos parentes mais próximos: os macacos.

Pondo então "de parte" a razão da nossa violência animal e territorial, abordemos a social. Começando pela razão de os homens terem mais poder na sociedade do que as mulheres.

If women are equal to men, why have men achieved so much more throughout history?

"Up until very recently in history there was no safe, cheap and reliable form of contraception that was under the full control of women. This meant that for most of the average adult woman's life, she was either pregnant, looking after a child, or possibly both... assuming she hadn't died during childbirth*.

This is the one constant, since the history books first started being written:  when men were hunting boar, farming cows, growing wheat, writing books, painting pictures, inventing machines, women didn't have the time to do this because they had babies. This meant they could never educate themselves to the extent men did, so this just perpetuated the idea that women couldn't do these things.

This really was the life of most women, this simple biological fact has been what has shaped history, while most women were the ones having the babies (with a few notable exceptions over the years), men were writing history." -- Tatiana Estévez
Como explica o texto, a mulher sempre teve o papel de cuidar das crianças. E esse papel é partilhado por todas as restantes espécies, com excepção de alguns mamíferos como as tartarugas, e répteis como as cobras. Sendo os Cavalos-marinhos um acontecimento único e "isolado", compartilhado por um tipo de aranhas, que carrega os ovos nas costas ou dentro de si.
Sendo então a fêmea um ser de fisionomia inferior, devido á não necessidade de lutar por um parceiro, de caçar e defender a sua família, é perante os olhos do homem, e o grupo em que se insere, alguém que cuida das tarefas secundárias e mais básicas. Preparar comida, cuidar das crianças, tratar de feridas, satisfazer sexualmente o seu parceiro, manter o fogo aceso. Mais do que cuidar física e sexualmente, as mulheres (fêmeas) têm um dos papeis mais importantes no reino animal: manter a estabilidade psicológica e emocional dos que a rodeiam. É o principal apoio por parte dos homens quando têm problemas fora do seu meio-familiar. Uma escaramuça ou desentendimento com um outro macho. Serve também como conselheira e apaziguadora. Decoradora e terapeuta. Ou não fosse o curso de Psicologia o que tem mais mulheres.
No entanto, como todo o trabalho mais pesado era laborado pelo homem, as mulheres sempre foram um auxilio a esta imagem de força e resistência. Foram também essas qualidades que as mulheres  (fêmeas) "obrigaram" e procuravam/procuram num homem (macho). E quer queiram quer não, ainda hoje é assim.

O período fértil da irracionalidade...
A eugenia existe...

Como se pode ler nos vários comentários em "If women are equal to men, why have men achieved so much more throughout history?", a mulher, para além de ter sido sempre oprimida ou proibida de frequentar a universidade ou ter independência pessoal, era também controlada por ela mesma, em que aceitava a sua "fragilidade" como parte de si e não algo que lhe sempre ensinaram a vida toda. Como a célebre frase: "O rosa é para as meninas e o azul é para os rapazes."

A pornografia...
Eu Tarzan, Tu Jane



sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A morte não tira, conquista!



Estava uma criança, a chorar à beira de um rio. Numa mão tinha uma faca e na outra um pulso cortado. A morte apareceu, saltitando de guinchos eloquentes e aos poucos se aproximou da criança moribunda, perdida.
-- O que aconteceu criancinha? -- perguntou a Morte.
-- Cortei-me e quero morrer! -- respondeu-lhe com os olhos pesados e uma voz decidida.
-- Oh! Mas a morte não se deve chamar! Que idade tens tu menino?
-- Tenho cinco! Cinco dedos que não contam e que não agarram a vida. Sou torcido e sacudido, como as laranjeiras do outro lado do rio.
-- Vem, vamos saltar e dançar! -- a morte ofereceu-lhe a sua mão. -- Vamos rir e sorrir! Vamos celebrar a tua morte!
A criança pulou, agarrou-se à Morte e cantou os passos e os saltos. O sorriso preenchia-lhe o rosto e os olhos brilhavam de sossego e completa alegria. A Morte veio, deixou morrer e desapareceu.

E tu? Queres uma faca também!?

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I am nothingness
Nobody hears me because i am nothingness
Nobody sees me because i am nothingness
Nobody understands me because i am nothingness

Then I hear this beautiful melody
I approach her and dance with her and feel at ease
I dance... and dance... and realize too late
That this will be my last dance on Earth
My dance with Death

No one is going to miss me
No one will ever know my story
Because i am nothingness

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [30]


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Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [29]


Pousava ao lado do seu corpo, toda em aço inoxidável, uma faca. A cor cinzenta e brilhante chamavam pela minha mão, pelos meus dedos. Agarrei-a com força e cravei a faca nas costas da Madalena. Tão profundo como o meu caralho pelo cu dela acima. Gritou. Caiu sobre a mesa e gemia com dificuldade em respirar. Outra facada penetrou nas costas dela, dilacerando a carne junto ao osso, descendo devagar numa agonia azeda. Agarrei melhor na anca e voltei a fodê-la, cobrindo-nos de sangue. A faca voltou a penetrar, serrando as costas numa tortura enjoativa e demente. Removi a faca das suas costas e devagar, com dificuldade, olhou-me chorosa, violada. Sorriu.
-- Que delicia! Já não estava habituada... -- murmurou baixinho, enquanto eu admirava as contracções que o seu buraco ia fazendo à medida que ela recompunha o fôlego e as forças nas pernas.
Virei-a para mim e peguei-a ao colo. Sem saber, fui-me guiando até ao seu quarto através do cheiro, através dos móveis e da posição das fotos. Entrei. Imediatamente reparei nos cortinados vermelhos, longos, que se perdiam no chão e pintavam no quarto uma provocação. Atirei-a sobre a cama e ergui-lhe as duas pernas no ar, fechadas pelos tornozelos.
Deixou cair a cabeça sobre a cama, derrotada, e a razão deu lugar à loucura!

domingo, 9 de novembro de 2014

Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [29]


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Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [28]

-- Entre, por favor. -- pediu Madalena dirigindo-se para a cozinha, deixando a porta aberta. Entrei, e ouvi os seus sapatos no pavimento. O tom negro do vestido fino e leve, espelhava bem o ambiente calmo e pouco iluminado que se podia respirar naquela casa. Uma música pop tocava baixinho no rádio do micro-ondas/frigorifico. Aproximei-me devagar, à espera de ver os seus olhos castanhos claros, mas ela estava incapaz de tirar os olhos da travessa de vidro à sua frente com um grande pedaço de lombo a ganhar cor. Pegou na faca ao seu lado e num garfo de espeto e esquartejou-o. Levou ao forno e senti o cheiro no ar. A fome apertou-me, seduziu-me. Coloquei-me por trás dela, toquei-lhe no cotovelo e respirei sobre o seu pescoço protegido de cabelo. Esboçou um sorriso, virou-se para trás e ficou-se a olhar-me.
Abriu a boca, mas no mesmo instante tapei-a. Os meus lábios serraram-se um no outro, enquanto as minhas mãos apertavam aquela mulher suculenta entre os meus braços. Esperneou e erguia no ar. Deitei-a sobre o balcão da cozinha e levantei a saia longa. A minha mão desceu sobre o seu rabo, contornou-o e senti as curvas sedutoras e provocadoras que Madalena frisava em cada par de calças que usava. Tirei o meu cinto e atei-lhe os braços por trás das costas. Madalena tremia e chorava, mas a sua boca não produzia qualquer barulho que se assemelhasse a um grito. Parecia desejosa de estar naquela posição. Esperava à anos um homem que a domina-se. Uma fantasia cara, tornada realidade.
A indecente não vestia cuecas, parecia estar à espera de festa. Deixei as minhas calças deslizarem-me pelas pernas e penetrei-a devagar, de preservativo húmido e apertado entre as nádegas de sua senhora. Gemeu.
-- Ohhh... Ohhh... Ohhh... -- o hábito das fodas tornavam a menina mais fácil de foder, e a resistência desaparecia em cada investida. Ela levava e eu ia deixava-me levar pelo perfume na sua roupa, pelos gestos do seu corpo e os gemidos.
-- Ela não pode saber disto! -- forcei-lhe ao ouvido.
-- Ohhh... fique descan... mmhhh... fique descansado, na minha boca só entram coisas... -- respondeu-me com dificuldade.

Quando a minha mão te bater na cara e te agarrar no pulso com força que nunca viste, vais sentir pela coluna arrepiada o homem que te faltou a vida inteira! Sobes-me a voz e eu aperto-te o nó!

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [28]


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Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [27]

Jean-Marie Leclair - Chaconne

-- O que eu fazia por uma fatia desse bolo! -- deliciou Madalena, levando uma mão à cabeça, acariciando o seu cabelo, acalmando-se.
-- O que tu não farias...! -- vincou a sua chefe.
Levei o garfo à boca e lambi o resto do chocolate resistente. Poisei-o ao lado do prato e aproximei este de Madalena, que mal se podia conter.
-- Ohh, obrigada, mas não posso!
-- Não se preocupe. Há mais de onde este veio. Se não for você a comer, certamente que outra o irá devorar por si. Resta saber se está disposta a dar a sua fatia, deliciosa e suculenta, a algum desconhecido que não irá apreciar o seu sabor, a sua textura, a sua cor e o carinho com que foi feito. -- com as pontas dos dedos retirei o prato do alcance das suas mãos trémulas e deixei-o sobre os olhos da loira alta que parecia muito segura de si. Olhei para ela e nada disse, mantendo os meus dedos segurando firmemente o prato, criando nas mentes daquelas mulheres uma mensagem facilmente assimilada. Tinham apenas algumas segundos para decidir, para tomar uma opinião e agir. O que elas não sabiam, é que eu não as controlava em absolutamente nada. Não estavam obrigadas a reagir em segundos ou em se decidirem com o que quer que fosse. A verdade: Eu era demasiado bom. Era capaz de as controlar com uma coisa tão básica como uma fatia de bolo de chocolate. A fraqueza psicológica do ser humano é o alvo que mais me agrada de atacar.
Madalena ficou-se a olhar para nós, e a loira, de peito farto, pegou no meu garfo. Decidida, cortou um pequeno cubo e levou-o à boca, poisando no mesmo instante o garfo no prato. O chocolate penetrou-lhe o nariz, desenrolando uma descarga de prazer no seu cérebro, que desceu as costas e tocou em todas as suas partes mais sensíveis em milésimas de segundos. A língua, húmida, absorveu os primeiros pedaços do bolo, que se desfizeram e se desfaziam em cada dobrar de língua, cada gentil trincadela, descendo sem esforço pelo tubo digestivo. Um tubo destreinado mas que ainda sabia a esperma.

Na mente do "sonho de mulher" que se sentava ao meu lado, cobiçada por parte dos homens e mulheres naquele café tão movimentado, por olhares discretos e imperceptíveis, surgiu uma cena escaldante.

Fiz-o sentar na ponta da cama, nu, e aproximei-me sedutoramente, provocando-o com o meu caminhar em saltos altos e com a lingerie que ele próprio me tinha oferecido. Sentia-me desejada! Sentia-me poderosa! Estava em controlo, controlando-o como nunca mulher o fizera. Ajoelhei-me à sua frente e vi-o crescer cada vez mais pujante. Com uma simples erecção deixou-me louca, sedenta de sexo! Queria senti-lo penetrar-me e foder-me novamente como naquele dia que vezes sem conta me conquista a mente, o tempo, a razão...
Sobre ele, despejei uma quantidade absurda de chocolate liquido e deliciei-me com aquela imagem que à tantos anos fantasiava. Os cheiros misturaram-se e agarrei-o quase descontrolada por o engolir e chupar. Desejei que se viesse naquele momento, esperando ver jactos e jactos do seu esperma subir no ar e cair-me sobre a mão, entrar-me na boca e escorrer por mim abaixo.


Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [29]

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Lembras-te, Clepsidra?

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Adoro o silêncio...



Adoro o silêncio das crianças mortas. Dos corpos espalhados pelo recinto, onde as bolas rolam com o vento e os baloiços não me chiam aos ouvidos. As mãozinhas ensanguentadas e os corpos defuntos no asfalto, soltam um cheiro suave que me acaricia o nariz, como perfume, e se entranha em mim através dos poros da pele, que amacia em cada respiração.
O chão pinta-se de vermelho, de pequenas poças que dão cor à prisão depressiva. Pinto a minha cara com ele, o meu corpo, e saboreio-o. Esqueço-me sempre que não tem sabor diferente do de uma mulher, mas o fruto proibido sabe sempre melhor. Sinto nos lábios, na língua, no corpo, o tabu, o amor, a ignorância...

O recreio não chora, canta.
A vida não se foi, aproximou-se mais da morte.

sábado, 25 de outubro de 2014

Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [27]

[. by nairafee]

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Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [26]

-- Não, obrigado, já tomei. Mas apetece-me algo doce. -- disse-lhe de olhos focados nos dela. Os meus olhos brilharam, oferecendo-lhe um sorriso silencioso, provocando na sua mente uma recordação específica. A minha lingua nos seus seios, lambuzando-os em círculos e chuchando-os com uma certa réstia das memórias de amamentação que me deram um conforto físico.
Levantei-me da cadeira e desloquei-me à vitrine com os doces. Atrás de mim começava um burburinho entre as duas mulheres, cochichando sobre mim, conspirando sobre mim.
-- Ele é um... UAU! -- balbuciou a Madalena abananada. -- Já tiveram juntos? -- perguntou, levantando rapidamente as sobrancelhas.
-- Não vou falar sobre isso!
Madalena olhou para a sua amiga de olhos arregalados e respondeu:
-- Ele é bom?
-- Madalena! -- começou, olhando por cima do ombro, controlando a minha distância. -- Não te vou falar sobre isso! São assuntos meus!
-- Bem... Olha, não te preocupes que não te o roubo!
Madalena levantou-se chateada e saiu do café. Olhei para ti e percebi que se tinham chateado. Corri atrás dela. A tua amiga passou a janela do café e ficaste a olhar-nos. Agarrei-a pelo braço, como se fossemos um casal zangado um com o outro, e um certo ciúme cresceu-te no peito.
-- Não sei o que vos deixou chateadas, mas se for por minha causa, peço imensa desculpa. Venha sentar-se.
Olhou-me ainda um pouco magoada e fitou-te do lado de fora. Voltou a olhar para mim e ajeitou o cabelo. Entrou de novo no café e sentou-se à tua frente. Sentei-me de novo no teu lado e foste incapaz de olhar para ela nos primeiros minutos.
Foi preciso vir os vossos cafés e uma fatia de bolo de chocolate, molhado, para quebrar a tensão. Madalena poisou a chávena do café, e deslumbrou-se com a primeira fatia de bolo que cortava com o garfo. A leveza com que o metal dilacerava o chocolate suculento, fizeram-na vibrar de tal forma, que um arrepio lhe desceu pela espinha.

Naquele momento, deu-me vontade de a agarrar (Madalena), pelos cabelos, e forçar-lhe a cara no bolo. Com o garfo rasgar-lhe a pele das costas e deliciar-me com a morte agoniante gritar-lhe do corpo. Apeteceu-me ver os seus olhos chorarem de medo e aceitar a censura da sua boca através de um garrote no seu pescoço.
Lambeu os lábios e bebeu novamente. Recebi finalmente o meu chá e o ar à volta daquela mesa mudou novamente. Estavam ambas mais calmas e receptivas a dialogar. Comecei:
-- Como está a sua filha?


"As mulheres mais bonitas, são as mais inteligentes"

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Não pensaram em ti...



O sorriso na tua cara, desapareceu. Escorre pelos pulsos delicadamente cortados, o tom da pele. Sentes o peito frio, o coração desacelerar a marcha e os pulmões desligarem o ar que te corre nas veias. O tempo passa, devagar, e deixas de ter força nos braços para pegar no telemóvel ao teu lado. A coragem para te apoiares nos dois pés, torna-se de novo impossível, e vês-te esvaziar em sangue...
A dor não existe. O mundo à tua volta não existe. És apenas uma dor aguda no teu cérebro. És um filho que não pediu para nascer e para viver... És o teu próprio podre.

Falta gente caseira...


Em Portugal, e com toda a certeza, no mundo inteiro, começa a faltar uma coisa incrivelmente importante para a sobrevivência da nossa espécie. Mães e Pais caseiros.
Sabem aquela "típica" mãe, que cozinha e que gosta de cozinhar? Que passa a ferro, estende a roupa, aspira, esfrega o chão com a cera? Que se preocupa com os filhos, que os leva ao hospital à minima constipação ou dor de garganta? Que chateia os filhos e os filhos dos outros para saírem de casa sempre agasalhados? Sim, essa mesmo. Muito provavelmente pensas-te na tua mãe. Se a tua mãe é assim, uma mulher de armas pela casa, com ordem, pela roupa, pelos medicamentos, pelos cozinhados, pelo amor incondicional, então a tua mãe e mães como a tua, começam a fazer falta neste país.

Mas não me esqueço dos pais. Sabes aquele pai, que quando os filhos ainda são bebés ou mal sabem andar, os atira ao ar ou lhes dá o dedo indicador para se segurarem e caminharem ao lado dele? Aquele tipo de homem que a tua mãe chamava para mudar uma lâmpada, uma torneira, arranjar um azulejo na cozinha ou o autoclismo da casa de banho? Aquele que te levava ao hospital quando eras mais novo/nova ou te tentava sempre fazer rir ou distrair-te das coisas "más"? Sim, esse mesmo. Provavelmente pensaste no teu pai. O teu pai e pais como ele, começam a fazer muita falta neste país.

Porque digo isto? Uma das principais razões, é pela facilidade com que as raparigas de hoje, inclusive raparigas com a minha idade e mais velhas (24 anos), se agarram louca e perdidamente pelos estudos, pela universidade, pela carreira, pelo futuro delas como mulher independente. Não, não estou contra os estudos ou a universidade, mas neste longo caminho em que tanto elas e eles começam a conquistar a sua independência e, principalmente, começam a criar e a desenvolver uma personalidade, assim que começam a entrar na universidade e a morar longe dos pais ou sozinhas, esquecem-se de que têm de se alimentar. E para comer, basta ir ao café da esquina que vende uns bifes bons com arroz e batata frita, ou basta telefonar à PizzaHut, ou, a mamã até passa lá em casa de X em X dias e lhe deixa comida já pré-feita, ou um tupperware de sopa, de carne, ou uns enlatados que ficam prontos ao fim de 2min no microondas ou no forno.
Elas, cuja única coisa que sabem fazer, é aspirar por aqui e por ali, fazer a cama e pouco mais, descuidam-se tanto ou mais, que os homens, que deixam de saber arranjar uma torneira, um cano roto, uma lâmpada, uma tábua descolada, um interruptor ou uma tomada.
O que nós precisamos em Portugal, URGENTEMENTE, é de PAIS!!! Não precisamos de mais médicos, de mais advogados, de mais assistentes sociais, de educadoras de infância, de psicólogas, de informáticos, de veterinários, etc etc. Nós precisamos, acima de tudo, de Pais! Mas eu falo de pais com maturidade, com consciência, com respeito mutuo, com boas opiniões, que façam parte do processo de aprendizagem dos seus filhos. Já que eles não pediram para nascer, então os pais são obrigados a dar uma boa educação, a estarem presentes e não ausentes.
Falo de pais que estão juntos, não apenas e só por amor mútuo, mas também por saberem que os dois funcionam bem em conjunto! Hoje em dia isso já não existe e já não se vê. Hoje tudo é fácil, tudo é aborrecido, tudo é um conto de fadas ou de fodas... As pitas e os pitos querem é namorar, casar pelo facebook e construir uma relação com base em ideias pré-concebidas pela sociedade, que vêm nos filmes, novelas, publicidade, músicas, revistas cor-de-rosa, e certos programas de televisão. Parece que o que importa hoje em dia, é ter uma boa voz. Se não sabes cantar, não vales um caralho e mais valia estares morto!
Tenho na minha vida, muito poucos exemplos de casais que estão juntos, não só por amor mútuo, por respeito, mas também porque perceberem desde o ínicio, que funcionam os dois bem juntos. Os meus pais são um desses exemplos. A minha Mãe assume certas tarefas em casa, como o cozinhar, lavar e estender roupa, o meu Pai, concerta as coisas, trata dos pagamentos por multibanco, dos contractos da televisão por cabo, das lâmpadas, do telhado do quintal que pinga, e ela, das flores, dos passaritos, dos animais cá de casa, da limpeza da casa de banho, do quarto, do aspirar, e ele, dos pregos, da fita-cola, das idas ao mecânico.
Sim, cá em casa as coisas funcionam assim. Papeis de Pai e Mãe. Bons exemplos, que sim podiam ser melhores. Mas ninguém é perfeito, mas eles estão bem um para o outro. Funcionam em equipa. Não é em namoro, não é em relacionamento, é em equipa, porque ao fim do mês têm de pôr comer na mesa, pagar a casa, o carro, arranjar isto e aquilo, lavar a loiça e fazer o comer, pagar os medicamentos, a gasolina, a água, a luz, a roupa, etc etc etc.

Hoje? Oa fim de um ano de namoro, os jovens dizem adeus aos paisinhos para irem morar com a namorada/namorado. Gente que fez 18 anos à 1 ano e que julga saber o que é verdadeiramente uma relação, uma partilha interpessoal de uma pessoa com outra. Sim, uma partilha. Se não existir partilha, não existe evolução pessoal ou interpessoal.
Meses depois, casam-se pelo facebook e julgam saber o que é a vida de "casal". Pitos e Pitas que nem pouco nem mais ou menos têm maturidade ou uma personalidade definida ou forte o suficiente para manter ou apoiar as suas próprias decisões e opiniões.

Ontem (14-10-2014), percebi que não estava preparado para viver sozinho. Ainda dependo da minha para me alimentar e para ter a roupa lavada. Como deixei à muito de ficar a chorar sobre isso, apesar de ter pensado muito durante a noite, decidi pedir à minha mãe para me ensinar a fazer Sopa! Sopa de Couve e Sopa de Cenoura. Não, eu não sabia fazer, e por não saber fazer, pedi-lhe que me ensinasse. Eu sou esse tipo de homem que gosta de cozinhar e que não fica com fubia ou desamparado quando entra numa cozinha ou lhe pedem para descascar batatas. Coisa que muito boa gente, rapazes e raparigas da minha idade não sabem fazer. O meu irmão por exemplo, despreocupa-se por completo de aprender a cozinhar ou de cozinhar. Sou eu quem fica encarregue de fazer o comer ou de o terminar, quando a minha mãe sai de casa. Sim, também sou esse tipo de "filha" que ajuda a mãe na cozinha, que vai às compras por ela e que aprende a ver.
O que falta neste país, para além dos pais e mães caseiras, é de filhos e filhas! De jovens e adultos que saibam cozinhar. Se não souberem, quando tiverem filhos vão cozinhar o quê? O típico prato de Hamburguer, bife de peru, batatas fritas, arroz e ovo estrelado? E que tal um peixe cozido com batatas e brócolos cozidos? Ou um daqueles bem grandes, no forno, com batatas a murro?
Bem, é demasiado estranho ver um rapaz a falar de fazer comer, e muito possivelmente é pouco "sexy" para as raparigas pitas cuja única coisa que lhes interessa é o namorado perfeito e sem falhas, que as faz rir e estão sempre lá para as ajudar, etc etc. Quando um gajo não quer ficar sozinho e até tem umas quecas de vez em quando, faz qualquer coisa. Até aturar a filha dos outros!
Ouvir um homem falar de cozinha, só se ele "souber beber vinho" ou se falar em vinhos, caso contrário é uma grande falha, não é? Bem, eu não bebo...
Se estes jovens se despreocupam tanto com a parte mais importante das suas vidas, alimentarem-se e vestirem-se, como vão saber viver sozinhos ou o que vão cozinhar quando tiverem filhos? Vão preocupar-se quando tiverem o fedelho nos braços a chorar e a berrar!?
Ou talvez sejam daquele tipo de pessoas interesseiras que "casam" com um homem ou uma mulher que saiba fazer precisamente aquilo que vocês não sabem, não é? É uma boa escolha. Não se esqueçam é da parte em que devem gostar também um do outro, que se aturam bem, que são mais os beijos que as chapadas, os passeios mais que as zangas, e o dinheiro mais que as dívidas.
O meu tipo de mulher? Terá de ser tão maluca como eu. Não falo em malucas de fanatismo ou completamente apanhadas dos cornos. Falo em raparigas diferentes. Não vou escolher alguém só pela razão de saber cozinhar, mas por partilhar a vontade de ter filhos, de ter curiosidade, de ter vontade de aprender, pelo respeito que me tem, pela personalidade e maturidade. Afinal de contas, vou passar 80 anos ao lado de uma mulher que será minha cúmplice em tudo o que fizer. Uma mulher a quem irei contar segredos, com quem irei conspirar e deixar a minha vida nas mãos dela e ela nas minhas. Uma mulher que será a minha melhor amiga, uma segunda mãe, uma aventureira e com amor para me dar, sem pensar em: "Ontem deste-me, então agora é a minha vez de retribuir...".

Sim, namorar serve para encontrar a Tal, de ir experimentando, mas o que acontece hoje em dia, nos tempos de hoje, do agora, é o erro de os jovens se "juntarem", e acharem que o "namorar" é para sempre. Que o namorar é uma espécie de pré-casamento. Pior de tudo, o que advém deste facilitismo, destas falsas paixões, é o facto de que ao fim de alguns anos de "casamento", se acham no direito de separar só porque as coisas não correram bem de algumas das partes. O problema, é que eles nunca se incomodaram em se importar com essas coisas. Sim, eu sei que namorar, quando somos novos, é também uma forma de nos descobrirmos, de brincarmos uns cons outros, e de desenvolvermos o nosso motor de comunicação social e interpessoal, mas a facilidade com que duas pessoas se podem separar, é no mínimo ridículo. E ainda fazem disso um autêntico divórcio! Ainda bem que não têm filhos. Alguns...

Não sou um expert nas relações, e nos namoros. Todos os que tive, todas elas acaram comigo e escolherem outros, mais "Machos", mais "inteligentes", mais "capazes" de satisfazer todos os seus caprichos sexuais, monetários e profissionais.
Não há nada para dizer...
A facilidade com que me julgaram, a mim e aos meus erros, ou aos meus defeitos, ao meus podres, fê-las agir da forma mais fácil: Fugiram do problema. Eu também já fugi de alguns compromissos, e apesar de as decisões que tomei perante eles não tivesse sido fácil, aprendi com eles. Mas a facilidade com que se deixa alguém só porque vê pornografia, porque gosta de olhar para a roupa das outras raparigas na rua, que não tem o mesmo objectivo de vida profissional, não tem um curso universitário ou não é rico, não deveria ser sinónimo de "divórcio". Esta facilidade é herdada das histórias dos filmes que viram, das novelas, da publicidade, dos videos de música. Os mesmos mecanismos que os Mídia utilizam para aliciar os jovens a comprar a nova moda de telemóveis, mp3, roupas, e desvalorizarem o português para falarem Inglês+Português como uma lingua desenvolvida ao logo de centenas de anos. Como se fosse algo com o qual pudessem escrever uma tese. Por incrível que pareça, usam-na para responder nos testes... Que geração tão culta e educada, não é?

A parte mais grave nas suas mentes infantis e imaturas, é de que elas foram incapazes de me ver como as via a elas. Vê-las no futuro, vê-las como elas realmente eram, imperfeitas com os seus defeitos e feitios. Eu, fui capaz de ver os seus podres, sem elas mesmas se aperceberem de que os tinham e, além deles, de as ver como mulheres incríveis que cada uma delas era à sua maneira. Aquilo que me tinham para oferecer e para me dar ao longo dos anos. Este podre, esta falha nas mulheres de hoje, e também nos homens, irá fazer surgir uma geração ainda mais despegada da realidade, das emoções reais e verdadeiras. Ficarão viciados ou completamente apanhados, pelas emoções que irão sentir na pele, no cérebro, sem compreenderem aquilo que lhes está a acontecer na cabeça. Se não souberem explicar o que sentem, e se não quiserem explicar ou perceber como funcionam, irão continuar a ser como aquelas pitas e pitos, cujo o significado de Amor é:

Uma paixão, louca, por outra pessoa, que não sabemos explicar. É algo que se sente e não se explica por palavras e tão pouco por gestos. É um sentimento que vem de nós, do nosso coração. O amor não se explica, sente-se!

Eu gosto de pensar no amor como um conjunto de reacções químicas que acontecem no nosso cérebro. Que nos estimulam os órgãos sexuais, nos dilatam as veias e fazem o coração bombear mais depressa. É uma excitação por outra pessoa, do sexo oposto (ou não), que -- sem nos apercebermos -- nos diz que aquela rapariga ou rapaz, são o ser perfeito para acasalar, ter filhos saudáveis e partilhar genes.
Para mim, isto é amor. De forma crua, de forma "fria" e realista. Não é inexplicável, é explicável! É definido, pode ser estudado, contabilizado, transformado em estatística. Amor é, quer aceitem quer não: Atracção sexual por alguém do sexo oposto com quem podemos ter filhos. Paneleiros e Lésbicas não entram nesta equação. Pois não podem ter filhos ou reproduzirem-se em conjunto.
Se tu és daquelas que acha que amor é uma coisa que não consegues, não sabes nem tencionas explicar, desculpa dizer-te que fazes parte dos 99% da população que se deixa influenciar por tudo aquilo que vê, ouve e sente. E não, não vejo o amor, apenas e só desta maneira. Também me deixo levar pelos sentimentos à flor da pele, pelas massagens, pelas caricias, pelos beijos, pelos arrepios e carinhos. Pelo "amor" impalpável e inexplicável de que tu também sofres, só que eu, sou realista e gosto de saber como funciona o meu corpo e o corpo da outra pessoa. Porque quando mais eu me conhecer a mim, melhor serei a dar prazer, a ouvir, a dar concelhos, a dar a minha opinião, a defender as minhas ideias. Quanto mais independente estiver do meu piloto automático, que assimila tudo sem filtrar nem pro em causa aquilo que ouço e vejo, então vou ter problemas em melhorar quem sou, em construir uma boa relação, em conhecer os pontos fracos e fortes do outro, os defeitos e feitios, os podres.

Percebi, à muitos anos, de que se quero ser pai, um bom pai, tenho de me preocupar em sê-lo! Tenho de me tornar um! Se quero ser um bom namorado, um namorado perfeito, tenho de aprender e de me aplicar em sê-lo! Por isso, ao invés de esperar 10/20 anos até ter um filho nos braços, ou uma namorada ao meu lado, li, ouvi, procurei saber, interessei-me em aprender e em passar por pequenas experiências. Em me aplicar em cada relação, e em lidar com os erros, não só com o choro, mas também sobre uma perspectiva analítica. Não esperei, fui à procura. Assim aconteceu com a Sopa de Couve que pedi à minha mãe para me ensinar a fazer. Porque me preocupo com o meu futuro, com o futuro da minha esposa e com o futuro dos meus filhos. Preocupo-me, mas há "muita boa gente" que se acha no direito de achar que eu me preocupo demasiado. Que estou a perder certas coisas na vida. Que me devia divertir mais, ao invés de pensar em ter filhos ou namorada com esta idade. De pensar com a cabeça que os meus pais me ajudaram a desenvolver.
Se os pais não se preocupam com os filhos, a não ser quando é para falar de notas, do quão bons são no futebol, no psicológo, dos dentes bons que herdaram do pai ou da mãe, os filhos vão-se preocupar com o seu agregado familiar? Claro que não! Têm a mamã e o papá para lhe fazerem o comer e arranjar a torneira lá de casa. E já agora, para os mais "ricos", uma empregada a dias que lhes faz tudo, e que fazem de segundas mães.

Ainda assim, uma das coisas que não suporto, é saber que uma senhora, empregada doméstica, é obrigada a limpar a casa que outros sujam. Eu gosto muito de limpar a minha casa. De limpar o meu quarto, de ajudar a minha mãe. De ser eu a fazer o comer, "quando me apetece", ou quando sou encarregue de o fazer. Eu sou caseiro. Não a 100%, mas preocupo-me em o vir a ser. Porque é por eu me importar, me preocupar e me esforçar em ser, a nível pessoal, que me torno a cada conquista, um homem "perfeito". Porque um "homem perfeito", ou um rapaz educado, não é só aquele que abre a porta às mulheres, que é cordial, que puxa a cadeira para a donzela de sentar, que oferece rosas, que cede a tudo o que ela diz ou pensa. Um bom homem, e já não falo em "homem perfeito", tem de ser bom. Tem de ser "completo". É uma pessoa que se vai desenvolvendo, que vai crescendo e aprendendo com o tempo, com os erros, com os fracassos. É um homem, ou uma mulher, que não fica parada ou que atira os problemas para trás das costas, que não é invejosa para si. 

Costuma-se dizer, que as mulheres deveriam avaliar um homem pela maneira como trata a sua mãe. Mas também se pode acrescentar outra avaliação. Pelo tipo de cozinhados que faz.
AVALIAÇÃO (Youtube)

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Em defesa dos homens ou do que resta deles...
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