quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

As saudades de um tempo...



Crepitava a lareira quente e confortável, aos pés de um sofá ocupado por um homem de grandes barbas brancas. De cachimbo na boca, respirava levemente, apreciando o momento que se fazia acompanhar pelos seus dois netos, um casal de gémeos, tímidos e aventureiros, mas naquele preciso momento, olhavam o seu avô com muita atenção, à espera de mais uma história mágica com um moral que levariam para sempre nas suas mentes.
O fogo dançava, sobre o olhar do velho cansado que descansava os olhos daquele fatídico dia de prendas e surpresas. As crianças olharam-se entre si e, sem exigir histórias ou atenção, deixaram-se levar pela lareira que o seu avô acendera logo pela manhã, para aquecer a casa, de troncos grandes e secos; O aconchego daquele quadrado reluzente, que iluminava uma sala quase às escuras, levava a sua mente a imaginar contos e fábulas, lidos pelos seus pais à hora de dormir.
Não havia televisão, telemóveis, consolas de jogos ou tablets. Aquele pai natal, mesmo que cansado e parcialmente barrigudo, proporcionava-lhes uma diversão que anos mais tarde lhes chamariam: Nostalgia.

O poder mais forte que existe! Não há amor que se equipare, perfumes ou músicas que tenham a mesma força quando usadas sozinhas. A nostalgia, as nossas recordações de infância, são o ponto máximo do nosso amor, do nosso desejo, na futura educação aos nossos filhos, e o respeito pelos sentimentos e memórias dos outros.
As saudades de um tempo... em que o pouco valia tanto!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A objetificação da Mulher e do Homem na sociedade e em contexto de Violência Doméstica... [3]

A objetificação do Homem
Através dos vários meios de comunicação social




O homem também sofre de objetificação por parte da sociedade e em certa medida, das mulheres. Ainda que não seja de uma maneira tão óbvia como elas sofrem diariamente.


A mentalidade de um homem, forma-se ainda desde criança. Uma das coisas que acontece muito frequentemente em tribos, é o ritual de passagem pelo que os jovens (rapazes) têm de passar para se poderem tornar verdadeiramente homens perante a "vila" onde moram.
Estas civilizações/tribos, que nunca tiveram revoluções feministas, constroem-se e baseiam-se num mundo dominado por homens. Não é porque as mulheres mandam menos. Essa questão não está nem se coloca em causa na sua mentalidade e forma de verem o mundo.

O homem corre!
O homem caça!
O homem luta!
O homem protege!

As mulheres dão à luz, e isso é a dádiva que nenhum homem terá oportunidade e capacidade de conquistar ou igualar. Os homens, nessas tribos, valorizam as suas mães e avós de uma forma tão grandiosa que nós, os ocidentais, "pessoas civilizadas", ficamos tocados e sensibilizados. E valorizam-nas porquê? Porque foram elas que cuidaram deles quando eram ainda bebés, que os protegeram que os educaram, que os ensinaram, que os aconselharam e alimentaram.
O mundo, a nossa sociedade, a nossa espécie, vive num mundo construído à volta do homem. E não há nenhum mal nisso, porque a vida selvagem também se rege pelas mesmas "regras".

All modern societies evolved out of agrarian societies. Before the Industrial Revolution the male endurance value and physical strength translated directly to political power. Men fought in wars, hunted beasts, erected buildings and plowed fields PRECISELY because they possessed the physical stamina to do so at a far greater degree than females. -- Dan Holliday

Em: Why did almost all societies believe that women were inferior to men?
O argumento aqui, não é o facto de as mulheres serem inferiores aos homens, mas sim a razão -- evolutiva -- que as tornou, a nível físico, mais fracas que os homens. E por essa mesma razão, de que a gravidez era algo de risco, obrigando a um controlo mais apertado da própria mulher, limitando-a locomotivamente e por vezes impedia-a de fazer as tarefas mais simples e leves, "obrigaram-nas" a ficar no fundo da pirâmide social -- e digo-o sem qualquer sentido pejorativo -- tornando os homens como os responsáveis máximos pela vida da sua mulher e a dos seus filhos. A mulher não caçava, porque pura e simplesmente estava grávida ou a tomar conta dos filhos dela ou dos outros.

Up until very recently in history there was no safe, cheap and reliable form of contraception that was under the full control of women. This meant that for most of the average adult woman's life, she was either pregnant, looking after a child, or possibly both... assuming she hadn't died during childbirth. -- Tatiana Estévez

Em: If women are equal to men, why have men achieved so much more throughout history?
Aqui, entra a responsabilidade do homem. Por estas razões, os rapazes tornam-se homens. Têm a obrigação de proteger a sua fêmea, a sua família, de invasores e intrometidos. São mais altos, mais fortes, mais resistentes, percorrem distâncias maiores e suportam todo o trabalho bruto e pesado.

During this period, there were no machines (well, not a lot of them). Craftsmanship was done by hand.  Repeated labor at bending metal, chopping trees, plowing fields and whatnot. Sure, we had beasts of burden, but ultimately the fact that men was mentally more aggressive, have less pain sensitivity, 30% more upper body strength and have a good amount more physical endurance, made the difference.  The ability to sword fight or pummel a man to death was a sign of power. The desire for violence and aggression allowed a man to rise through the ranks of the military and the military was always the source of governmental (and all subsequent) power.

[...]

From top to bottom, our society was built on gender differences and those differences served their purpose for hundreds of thousands of years. Those difference evolved out of our biological roles in propagating the species. Men were aggressive hunters; we fought for mating rights and we hunted for food for the family. Our single-mindedness, our cocky attitudes (believing we're better fighters and lovers than we actually are) is part of the success of our species. Ever see how stupid teenage boys are? They're idiots. Sure, this is an issue now, but back a few thousand years ago, see if YOU had the stupidity (see: bravery) to throw a spear at a mastodon and think you're going to survive. Guys also fought for mates. Ever see stupid boys think they can "whip that boy" for no reason at all? Well that's with good reason: his brain is hard-wired to think he's strong enough. If boys actually had access to reliable information on their toughness, then they would have never fought for females and our human aggressiveness may well have died out... along with us. -- Quora User

Em: If women are equal to men, why have men achieved so much more throughout history?

O facto de serem mais altos, como já foi referido no post anterior e no texto mais acima, não é algo recente como alguns afirmam. Foi só no período Mioceno  -- 24.000.000 a 5.000.000 anos --  que se deu a diferenciação em várias linhagens dos primeiros simiídeos, que dariam origem ao homem. Nesse momento da evolução dos nossos antepassados, a diferenças de altura entre os dois era muito pouca. Foi só na altura em que deixaram de ser presas e passaram a ser predadores, de pedras e lanças nas mãos, que a diferencia física, tanto em força como em altura, se fez notar.
No entanto, essa necessidade de o macho evoluir/desenvolver o seu corpo para se tornar mais dominante que todos os outros, não se deu de um dia para o outro. Surgiu da necessidade de perpetuar os seus genes em tempos de grande dificuldade de sobrevivência, em que eram caçados ou a escassez de comida ou as temperaturas se tornavam desfavoráveis. E esta necessidade, tornada num "hábito", foi levada ao extremo após se tornarem caçadores recolectores, dominantes no seu habitat.
Com o tempo e a necessidade, o macho passou a ser mais alto e robusto. Algo comprovado através de fósseis.

Mais informações:
Uma Viagem às Nossas Origens - Uma história da evolução humana de Maria José Aragão (Guerra & Paz [Antropologia])

O mundo rege-se em volta dos homens, porque é algo que funciona. É o único pilar que sustem a nossa espécie. E comparando-nos a muitas outras, também eles (os machos), sustêm toda a geração da sua espécie. Controlam os genes, territórios, fêmeas, matilhas, comida, etc.
O macho, é a ponta da lança, é a espada afiada, o musculo forte e o barrote resistente que sustem o telhado da casa. Não é à toa que a virilidade de qualquer animal do sexo masculino esteja e seja uma constante por onde quer que passe. Existem vários documentários que comprava a nossa ligação "agressiva" com os chimpanzés. Somos mais subtis nas nossas expressões físicas, mas não deixamos de ser agressivos. Consegue-se descobrir num grupo de homens qual o macho dominante, o líder do grupo. E isso é algo importante para o homem de hoje. Como referia um psicólogo estrangeiro: "Os homens dão muito mais valor à relação que têm com os outros homens, amigos, do que as mulheres.". Era importante, na altura em que os homens saiam para caçar, de se manterem fieis uns aos outros. De manterem as amizades saudáveis e resistentes, para poderem resolver os problemas e manter o grupo unido a trabalhar para o bem de todos e de cada um.
Apesar de trabalharem em grupo, todo o macho, mais cedo ou mais tarde, directa ou indirectamente, tentará conquistar o lugar do macho alpha, do chefe da matilha/grupo ou algum lugar privilegiado, em que se torne imprescindível e necessário, fazendo dele alguém importante.

Não se pode deixar de mencionar também, que o mundo rege-se à volta do homem, macho, devido à sua força física, como já referi antes. É fácil perceber a razão: 90% dos desportos são praticados exclusivamente por equipas masculinas. E comparando a performance da mulher com o homem, o homem corre distancias maiores, salta mais alto, lança mais longe, bate com mais força, puxa com mais força, levanta mais pesos, etc. A competição, quer em equipas quer individualmente, existe para perpetuar as lutas que se faziam à milhões de anos atrás. A rivalidade faz parte do homem, da mesma maneira que a gravidez é exclusiva da mulher. A fêmea não luta por um macho, é conquistada.

São contra a violência física, apesar de ainda hoje existirem torneios de luta. De existirem desportos que são uma versão simplificada de guerra entre dois grupos.
Futebol, rugby, hóquei, etc. Combates de vale tudo, Karate, Krav-maga, MMA, UFC, etc etc. Tudo e qualquer coisa que envolva duas equipas ou dois adversários.
Toda a vez que uma equipa ganha, a derrotada treina ainda mais, estuda ainda mais, prepara-se ainda mais. Porquê? Porque foi "agredida" e não quer pertencer aos fracos, porque os fracos é para quem não se sabe nem pode reproduzir. Adicionando a essa ideia invisível o "semear a sua semente".

Se não existisse violência, ou competição, nunca teríamos evoluído para o animal que somos, e proibir essa nossa natureza violenta, é ser contra uma espécie inteira. E ser contra uma espécie inteira, OU, serem contra pessoas que usam guerras e violência, é o mesmo que não aceitarem serem pequeninas neste mundo gigante. É quererem e exigirem serem reis se nunca terem feito nada por isso. É quererem repartir riqueza, suor e sangue por quem nunca lutou ou fez o que quer que fosse.


Em: Violência, gera...

Um das características que diferencia o homem da mulher, é a quantidade de pêlo no corpo (braços, peito, pernas e face). O próprio pêlo e cabelos do homem é, geralmente, mais grosso que o das mulheres. É considerado, o pêlo, um traço físico masculino, de poder, de controlo, de autoridade, de virilidade. As mulheres reconhecem esse traço, hoje tão característico, tão másculo e agressivo.
Elas próprias, como referi no posto anterior, obrigam-se e sentem-se obrigadas pela sociedade, pelos idealismos que se comercializa. Uma mulher, para ser "declarada" mulher, feminina, bela, bonita, sexy e atraente, usa a depilação em grande parte do seu corpo. Nos quais, as sobrancelhas, buço, pernas, sovacos e virilhas são as zonas mais frequentes.

É algo que julgam ser natural, e seria muito anti-natura se deixassem os pêlos das pernas crescer mais do que x milímetros. São incapazes de prescindir sair à rua de saia ou de ir à praia de bikini, sem fazer a depilação. Porque, por palavras delas: -- "Parece mal, fica mal, não é sexy, não é bonito".

Em: A objetificação da Mulher e do Homem na sociedade e em contexto de Violência Doméstica... [2]

Do Women Find Guys With Beards More Attractive?
"Past studies have found that men with beards look tougher, more aggressive and masculine and would make better romantic partners."

Em: Women Prefer Beards

Mais informações:
As Regras Bíblicas: Sexo
Os Segredos da Bíblia - Sexo na Bíblia (Luxúria, Promiscuidade, Incesto)
21 Reasons Bearded Men Are Better

Obviamente existem mulheres que preferem homens sem pêlos no corpo ou em particular, na face, pois destaca os ossos do seu rosto. O homem deixa de mostrar "virilidade" para passar a mostrar "leveza facial", com um rosto mais "efeminado" ou fácil de ser apreciado pela mente feminina. Pois uma mulher quando procura um homem com quem ter uma relação/aventura, procura sempre o mais rufia, o mais "bonito", o mais forte, o mais alto, ou mais talentoso e capaz de a proteger. Quando decide ter filhos, se o homem com quem está no momento não tiver uma cara mais agradável, menos "agressiva", ela irá procurar esse homem, porque é do instinto natural ter filhos bonitos, fortes e saudáveis. Não significando com isto que homens de barba ou de físico escultural não tenham bons genes.

Outra das características que diferencia o homem da mulher, é a força física. A sua capacidade de levantar e carregar pesos. De trabalhar "melhor" em condições extremas e exigentes, não só a nível físico como também a nível psicológico.
Esta objectificação do homem "moderno", em que deve fazer do seu corpo uma obra de arte escultural, tal e qual como os antigos gregos, romanos e espartanos, é algo pelo qual os homens não choram. Não existem revoluções nas ruas. Um homem, indirectamente e sem perceber, ambiciona ser macho alpha. O mesmo não posso falar de homossexuais, apesar de haver um alpha na relação, tanto em relações só de homens ou só de mulheres.
A barbaridade, que existia nos anos 70 até aos anos 90, em que actores como Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger apareciam em filmes cujo o personagem principal era um macho alpha, dos pés à cabeça, era algo, na altura, considerado absolutamente normal. Hoje em dia nota-se uma grande diferencia física. Um "jovem" de 25 anos, não tem a mesma maça muscular que tinha o seu pai com a mesma idade quando andava na tropa. E a tropa, à relativamente pouco tempo -- mesmo MUITO pouco tempo -- pertencia exclusivamente aos homens. A razão era simples. Os homens combatem e morrem nas guerras. As mulheres são apenas adereços para entreter e satisfazer os homens. É uma "afirmação" arrogante, mas é uma realidade que acontecia já na altura das invasões francesas, como se pode ver no filme "As Linhas de Wellington", em que as prostitutas acompanhavam os soldados para manter a mural alta, assim como a sua motivação.





As centenas de filmes de guerra, de violência e acção, como o filme "300", são um bom exemplo da objectificação que existia na altura, e que ainda hoje influencia a mente de todos os jovens e adultos. E já na altura de reis e reinos, quem governava era o homem. O único objectivo/obrigação da rainha era dar um filho barão.

"Sparta was above all a militarist state, and emphasis on military fitness began virtually at birth. Shortly after birth, a mother would bathe her child in wine to see whether the child was strong. If the child survived it was brought before the Gerousia by the child's father. The Gerousia then decided whether it was to be reared or not. It is commonly stated that if they considered it "puny and deformed", the baby was thrown into a chasm on Mount Taygetos known euphemistically as the Apothetae. This was, in effect, a primitive form of eugenics."

Em: Sparta

Discriminações contra homens
"Um exemplo de discriminação de gênero contra homens ocorreu com a controvérsia da política de discriminação sexual de companhias aéreas. A British Airways, Qantas, e Air New Zealand todas possuíam políticas proibindo homens de se sentarem próximos a crianças desacompanhadas em voos comerciais. Esta regra, que se referia ao gênero como a mais importante qualidade de um grupo de pessoas, foi considerada discriminatória. Não há registros de qualquer caso documentado de abuso de uma criança durante um voo."

Fonte: Misandria  [editado: 02/01/2015]


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Falta gente caseira...
O que é ser pai na actualidade...
Em defesa dos homens ou do que resta deles...
A pornografia...
A eugenia existe...
Os príncipes, são sempre perfeitos...
Os príncipes, são sempre perfeitos... II
Os príncipes, são sempre perfeitos... III

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [31]


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Adoro ouvir-te, ver-te e cheirar-te... [30]


Algo arranhou a porta de casa, e detive a minha língua nas suas cuecas pretas de lingerie e levantei ligeiramente o ouvido à espera de outro pequeno e imperceptível barulho.
Madalena, já com um olhar louco no rosto e um braço esticado, agarrou-me na cabeça e enterrou a minha cara entre as suas pernas, afirmando que não era ninguém. A minha desconfiança manteve-me desconcentrado do sexo oral que lhe fazia, nos dois minutos que se seguiram. Ergui os olhos ao nível do seu peito, e dei com ela a agarrar-se aos lençóis da cama, gemendo como uma vadia num gangbang de um beco escuro.
Introduzi os meus dois dedos, grandes, molhando-se tão depressa que os senti deslizarem por ela a dentro, encarcerando-se pelo músculo em contracção. Badalei as pontas, sentindo a parede do órgão que desenvolve, protege e alimenta uma vida e sentia-me poderoso, em controlo daquela mulher com um cheiro, um sabor, uma cara tão provocadora, de olhar submisso e uma expressão de "Usa-me! Fode-me!", que me fazia esquecer e aquecer as mãos no seu corpo transpirado e suculento.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A objetificação da Mulher e do Homem na sociedade e em contexto de Violência Doméstica... [2]

A objetificação da Mulher
Através dos vários meios de comunicação social




A "depilclub.pt" está a fazer uma campanha até ao fim deste ano (2014) com o título "Movimento nacional "Mulher sem Bigode"".
A objetificação da mulher, não passa apenas pelo uso do seu corpo em pornografia "hardcore", em que ela é usada e abusada como se fosse simplesmente um objecto de puro prazer nas mãos do homem. A mulher, em grande parte dos casos, aceita a sua condição de princesa junto do seu principe que governa o reino. E ela, através dessa auto-autoridade que lhe é concedida por casar e ser esposa do "rei", faz-se ela própria rainha das coisas que a rodeiam. A mulher gosta de mandar, tanto como o homem, apesar de saber que o homem, rei, tem mais poder do que ela, porque tem mais força e é quem toma as decisões mais difíceis. (não estou a supor, pois era assim que funcionava no sistema feudal de à 500 anos).
Para além deste movimento de "Mulher sem Bigode", existe também por parte das revistas de beleza e de moda, a área da publicidade dedicada à "beleza" da mulher. Cremes para a cara para as tornar mais novas do que realmente são. Para tornar a sua pele mais lisa e menos enrugada ou "velha". Perfumes que atraem os homens, ou um estilo de roupa -- look visual -- para realçar certas curvas do corpo, como o rabo, as ancas, as pernas (tornozelos), o peito ou a barriga. A juntar a isso, vem também a maquilhagem para realçar a cor dos olhos, o tom da pele, as maçãs do rosto, as sobrancelhas ou os lábios carnudos. Para além disso, ainda se vende soutiens e cuecas "push-up", que ajudam a falsificar a beleza natural do corpo de uma mulher. Porque se cada mulher é "única", como o é a vagina, cada peito e cada rabo deveria ser individualmente apreciado. Só que existe uma "obrigação" social, implícita e explicita em cada foto de roupa interior, roupa casual, roupa formal, filmes, novelas, músicas e literatura que provoca e cria na mente das mulheres a falsa necessidade de pertencerem ao grupo de mulheres que existe ou que julgam existir na sociedade. Uma sociedade repleta de mulheres perfeitas, em que todos os rabos e peitos são grandes já por natureza e que não precisam de usar "push-ups", pequenas almofadas ou papel higiénico para os tornar maiores.

"In the case of humans, both the female breast and the male penis have been enlarged by sexual selection to a degree that seems absurdly nonfunctional. The chimp penis looks like a skinny pink three-inch nail. The gorilla penis is even stubbier, only an inch and a half long! Compared with them, the human penis is gargantuan, 10 to 20 times the volume when erect. And out of roughly 4,000 mammal species, only human females have prominent breasts when not lactating. Which argues that for quite a long period of time in our evolution, both men and women – or proto-human males and females – were heavily selecting mates for appearance."

Em: Humans: A Thoroughly Mixed Up Species

História da Depilação

A eliminação do excesso de pêlo com fins estéticos e/ou de higiene pessoal, remontam ao ano 1500 a.C., em que os homens já removiam pêlos com um depilador feito de sangue de diversos animais e outras substâncias já então utilizadas. Os romanos também se referem a composições depiladoras, algumas das quais contendo soda cáustica como ingrediente utilizado para remoção de pêlos. Cleó- patra tirava os seus tão indesejáveis pêlos com faixas de tecidos finos banhados em cera quente.

A electrólise é dos métodos mais antigos utilizados na remoção de pêlos. Foi testado há mais de 100 anos para remover pestanas encravadas, que provocam excessiva irritação. Variadíssimas áreas do corpo podem hoje ser tratadas com electrólise, tais como sobrancelhas, rosto, coxas, abdómen e pernas.

Embora os depilatórios químicos sejam considerados uma intervenção contemporânea, o processo para a remoção dos pêlos através de decomposição química surgiu na Antiguidade. Na realidade, durante séculos o seu desenvolvimento ficou adormecido e diversas outras alternativas foram introduzidas.

Hoje utilizam-se variadíssimos métodos na depilação temporária, entre os quais a depilação a cera, a mais utilizada, a lâmina, cremes depilatórios e depiladores eléctricos domésticos.

No entanto, seja qual for o método utilizado, os pêlos nascem mais fracos e finos, cada vez que repita o processo. Porém essa diminuição só pode ser considerada significativa depois de muitos anos de depilação. Hoje em dia, os dois únicos processos comprovadamente eficazes na depilação definitiva, são a depilação a laser e a eliminação do pêlo por electrólise ou electrocoagulação. As Clínicas Elizabeth Ministro disponibilizam os mais recentes processos de tratamento, utilizando equipamentos certificados e de última geração.

Fonte: História da Depilação  [editado: 02/01/2015]

A depilação, entra também nesta área da beleza física, exterior. Torna a mulher mais "simples", mais "doce", mais "fácil", mais "limpa" e "cheirosa". Certo? Sim.
Foram-se os pêlos. A "imagem de marca" dos homens, que demonstra virilidade e masculinidade, mas as rosas e os enfeites ficaram. As rosas no cabelo, os brincos, os perfumes, os olhos grandes realçados pela maquilhagem, o peito e o rabo grandes para atrair mais machos, pois mulher com peitos grandes fornecem mais leite e as mulheres de rabo "grande/firme" têm uma saúde melhor. Duplamente significando que têm bons genes. É, ao fim e ao cabo, uma dança de acasalamento que se vende em todas as revistas de beleza e moda. O mundo rege-se então pelo sexo, pela sexualidade explicita que se confirma em cada vídeo de música, ou as colecções de roupa que vão surgindo nas lojas.
A mulher, por "lei" social é "obrigada" a ter uma imagem idealizada pelas grandes empresas que geram biliões todos os anos. E todos os anos criam uma nova moda visual. Um novo tom de cores, um novo corte de cabelo e um novo "look" nas roupas e sapatos. Tudo em nome da sexualidade feminina. Tudo para que se sintam mais mulheres, mais sexys, mais livres, mais provocadoras e mais dominadoras. Vendem-lhes as atenções com um decote em V ou uns saltos altos com um estilo mais feminino. E sem se aperceberem, compram e vendem-se pela imagem que lhes foi dada e vendida ao longo do ano e dos anos, desde que são meninas até à altura em que se tornam mulheres e "independentes".

Bastam apenas 30 segundos para uma marca influenciar uma criança. (1:38)

Em: Criança - A alma do negócio

Esta objetificação da mulher, que se dá em todo o lado, é algo que elas já não querem prescindir. É algo que julgam ser natural, e seria muito anti-natura se deixassem os pêlos das pernas crescer mais do que x milímetros. São incapazes de prescindir sair à rua de saia ou de ir à praia de bikini, sem fazer a depilação. Porque, por palavras delas: -- "Parece mal, fica mal, não é sexy, não é bonito".
O mesmo acontece com os perfumes e os desodorizantes. Tudo invenções comercializadas à relativamente pouco tempo, depois de terem vendido a ideia que as pessoas precisam de esconder o odor corporal que o próprio corpo segrega para atrair o sexo oposto. Deixando a mulher de ser um animal natural, com os seus odores, para passar a ser um perfume de rosas andante que intoxica a mente "sexualmente activa" dos homens.
Tudo não é então, repetindo-me de novo, uma sexualização "imperceptível" da mulher; Do seu corpo. E sendo o exterior a coisa que mais se vende e comercializa no mundo social, e tendo as mulheres o único órgão sexual que satisfaz o homem, desde o seu cheiro, sabor, aparência, e a húmidade que rodeia o pénis durante e depois da penetração completa, é mais do que natural, vender toda a perfeição da mulher, para que os homens tenham relações sexuais com as suas vaginas.

Sexo move o mundo.

A mulher não sofre apenas de objetificação pornográfica de tudo o que a compõem. "Sofre" também do estigma psicológico e emocional, que se tem vindo a perder ao longo dos últimos anos para dar lugar à imagem de uma mulher mais independente, com força, com objectivos, com domínio, e capaz de escolhas; Ao contrário da mulher frágil, fácil, tímida, submissa, doce e ingénua que se vendia por parte da sociedade/industria, há não muitos anos atrás.

A mulher de hoje já não é ingénua, tem estudos!
A mulher de hoje já não é "doméstica", é profissional!
A mulher de hoje já não tem filhos, tem uma carreira!

É importante referir que a mulher perfeita foi re-idealizada várias vezes ao longo da nossa história. Não só a sua imagem -- aparência física -- mas também as qualidades, os desejos sexuais, as emoções. Tímida, doce, fácil, frágil, submissa, provocadora, sexualmente activa, inteligente, simpática, sorridente, divertida, etc. E parte deste "estudo" pode ser lido em "Psicanálise dos Contos de Fadas" de Bruno Bettelheim.


No fim dos anos 60, a mentalidade da mulher era assim:

-- Ele também deve ser humano, dominar-me e ser superior.
-- Ele deve ser o responsável/chefe.
-- "Não podemos esquecer que, há apenas 40 anos, declarações hoje consideradas quase um escândalo eram comuns."
-- Eu não aprovo a mulher querer ser igual ao homem.
-- Óbvio que a mulher não é igual ao homem. O homem deve ser o chefe, deve comandar a família. A mulher deve segui-lo.
-- "Estes trechos são dos finais dos anos 60, das universidades."
-- O papel do homem é trabalhar, e o da mulher ficar no lar.
-- Do ponto de vista da educação, devo estudar para o homem com quem viverei se orgulhe de mim e possa dizer que tem uma mulher bem instruída, e com o qual possa sair sem se envergonhar.
-- Quando eu me casar, educarei os meus filhos. Vou cozinhar e esperar pelo meu marido à noite.


Em: Pensamento sobre as mulheres nos Anos 60 de Eu tarzan, tu jane

A mulher, desde que lhe foi possível frequentarem a universidade e fazerem os mesmos trabalhos que os homens que saiam com o mesmo curso, tiveram a escolha de se dedicarem a uma carreira durante mais tempo do que o normal.
À menos de 50 anos atrás, a idade média com que as raparigas tinham filhos, era de 16/18 anos. Uma idade em que a mulher ainda está a concluir do 12º ano ou a entrar para a universidade nos dias de hoje. Para além disso, hoje é-lhes muito mais fácil entrarem numa universidade do que era à 50 anos atrás. E de certa forma, frequentar a universidade tornou-se algo "banal". Tornou-se "moda". Pois qualquer um pode entrar. O mesmo não se pode dizer sobre continuar...
A diferença abismal de sexos nas universidades, em que para cada 1 rapaz, existem pelo menos 5 raparigas a estudar deve-se ao facto de ser o homem, ainda nos dias de hoje, a trabalhar em locais pesados para poderem pagar os estudos. E enquanto o cérebro do homem se distrai com facilidade e entra no mercado de trabalho mais cedo, nem que seja a ajudar o pai com coisas pesadas ou difíceis de serem realizadas por mãos de mulheres, o seu cérebro adapta-se mais cedo ao trabalho e menos aos estudos. Enquanto que as raparigas são obrigadas pelos pais, a tirarem um curso superior. A razão? Já que ter um filho hoje em dia seria considerado suicídio, mesmo a nível social, e as mulheres são o animal que engravida, que faz loucuras e perde para sempre a sua independência logo que sabe que está grávida; Os pais fazem de tudo para que ela mantenha o seu corpo como algo precioso, que espere pelo fim do curso, do mestrado, do emprego e da carreira, para depois sim pensar em ter filhos. Porque uma pessoa sem curso não ganha tanto como um médico ou um professor. Porque uma mulher com filhos, deixa de ter a oportunidade de se fazer Mulher, de ter estudos, de um dia ser alguém na vida. Porque ter filhos, é uma "dor de cabeça".
No entanto, é preciso perceber que o homem também pode e deve ajudar a mulher numa fase destas da sua vida. Ter filhos é algo de dois indivíduos e não de um só. O que as mães destas raparigas estão a tentar mostrar-lhes é que não se pode "confiar" no homem pois podem acabar sozinhas. Ou porque ele não quer assumir a paternidade da criança ou acabará por a trair com outra.

Para além da objetificação pornográfica, e do estigma psicológico e emocional, também sofre da crítica social, que ataca o seu físico. Estes ataques agrupam-se com as publicidades aos perfumes, às depilações, às roupas decotadas ou provocadoras. Elas próprias, vão sentido a necessidade de serem mulher "perfeitas", como foi dito mais acima. Os seus corpos têm de se assemelhar às de modelos para poderem ter alguma chance de conseguir que algum homem se interesse ou olhe para elas e queira acasalar/casar.
O corpo de modelo, vendido excesivamente nas revistas de moda, leva à Anorexia e à Bulimia. E ainda hoje isso tem um grande impacto nos jovens, que todos os anos faz novos adeptos da Anorexia com a ajuda da internet, como é o caso do "pro-ana".
Elas sofrem da crítica alheia e da critica social. Demoram horas na casa de banho a arranjar o cabelo, as unhas, a maquilhagem, e perdem mais meia dúzia a escolher a roupa que as ajudará a realçar mais o peito, os ombros, a cara, as pernas, os tornozelos, as orelhas, etc.
Sentem-se expostas de uma tal maneira -- como acontece com os homens -- de que existe uma necessidade de serem aceites na sociedade. E devido a isso, tornam-se elas mesmas, mulheres-alpha. Mulheres que tentam ser mais bonitas, mais bem vestidas, mais sedutoras ou atraentes que todas as outras. Pelo menos, as que fazem questão de serem vistas por todos e todas.

"In the case of humans, both the female breast and the male penis have been enlarged by sexual selection to a degree that seems absurdly nonfunctional. The chimp penis looks like a skinny pink three-inch nail. The gorilla penis is even stubbier, only an inch and a half long! Compared with them, the human penis is gargantuan, 10 to 20 times the volume when erect. And out of roughly 4,000 mammal species, only human females have prominent breasts when not lactating. Which argues that for quite a long period of time in our evolution, both men and women – or proto-human males and females – were heavily selecting mates for appearance."

Em: Humans: A Thoroughly Mixed Up Species

Os peitos pequenos são um entrave na procura de um companheiro. Peitos grandes são sinónimo de bons genes, e ainda existe uma condição extra: "Mulheres com seios grandes são mais acolhedoras e protectoras, que mulheres de seios pequenos."
Desta forma, a mulher sofre e é atacada de todos os ângulos. Preocupa-se em ter uma pele macia e lisa que só se consegue com "photoshop". Em cheirar bem e estar sempre "bonita" quando acorda.

Mulheres com seios grandes são mais abordadas por homens, comprova pesquisa
Mulheres com seios grandes são preferência dos homens sem dinheiro

É fácil perceber porque a mulher, e também o homem, sente tanta pressão da "sociedade", em parecer e ser bonita 24h por dia. Ser perfeita, as curvas correctas, os peitos com o tamanho X e a anca com a largura Y. De um certo ponto de vista, isto não é algo influenciado pela sociedade, mas pela nossa condição animal e instintiva. Evoluímos nesse sentido; Como explica a citação acima.



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