quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Invisivel...


ouvir com: 

Eu quero...
Eu desejo...
Eu preciso...
Eu imploro...
Eu sussurro... para ti.

Quero ficar sozinho, e morrer...
Saudades de um mundo que esqueci...
Quero partir e nunca mais voltar...

Pela escuridão de um poço.

Quero puder amar e ser deixada em paz... sofrer com o que quiser e chorar sozinho, por mim.
Falhar e rir da minha vida de merda...
Vomitar e desejar nunca ter nascido...

Quero ficar sossegada no meu quarto, onde as paredes se pintam de preto...
Quero ficar nua, no meu canto que me desencanta... num respirar que me corta os sonhos e as esperanças.
Tenho medo de deixar de deixar de ter medo... e morrer sem saber sentir.
Medo de me perder em sonhos, e viver um pesadelo.

Com a força de um grito atirar-me à morte!

Deixem-me gritar... deixem-me sossegada! Desapareçam de mim.
Deixem-me ir... caminhar pelos meus caminhos e nunca mais voltar para junto de vós.
Deixem-me ir... por favor! Deixem-me ir...

Quero estar sozinha... nos meus gritos injustos.
Não me toquem... não se cheguem... peço-vos. Não falem comigo. Eu não quero...
Não sorriam, nem me incluam nas vossas vidas, apenas deixem-me sossegada... no meu canto deste estranho que chora por mim.

Quero morrer na minha solidão...
Desaparecer por uns dias, e voltar uns anos.
Um mundo que não sorri para mim, que não olha para mim, nem que me inveja... um bonito que não sou, algo que não consigo ser, e uma solidão que me aperta o peito. Um choro que não sai, uma dor que permanece e não quer cair...

Não vivo, não respiro, não sou, não sinto... não passo de ar que incomoda.
De mau cheiro que não sai, e de uma cara que transforma amor... em ódio e raiva profunda.

Quero viver no meu mundo e puder amar... sem medos e segredos.
Que deixem o meu cabelo em paz, os meus erros de lado, e amarem-me então... com o coração.
Uma promessa não feita por amor, sem cumprir por sofrer... sem ser genuíno e amar defeituosamente, como o meu coração sempre quis, e eu nunca tentei ou fiz...

Oh... vocês pessoas... vocês humanos... deixem-me socegada, quieta e passiva, pávida e pálida de morte, com os meus desejos e sonhos, que me aquecem com ele um mundo que desejava em desejo, que não tenho por medo e sem esforço...

Pernas que não correm, nem deixam correr... onde apenas o sofrimento me embala em sentimentos sem amor ou sorrisos, onde o sofrimento e a tristeza, me enaltecem a paixão de não saber viver ou amar...

Ninguém me vê porque não sou ninguém...
Ninguém sente a minha falta...

Desejar sem desejo, dormir numa casa sozinho... num frio que queima um coração já ferido.
Deixem-me apodrecer, no centro de lado nenhum, onde sempre devia ter ficado, intocável pelo amor... e pela dor de fazer sofrer.

Olhar-me num espelho, e ver um vazio profundo, um branco ser cor, um preto sem luz, sem sorrisos... vislumbrar a minha morte.

Longe, sem amor, com a chuva como companhia.
Uma vida sem titulo... uma vida sem amor...
Sonhar com os meus filhos... e partir assim deste mundo.


Quero...
Ninguém sente a minha falta...
Lágrimas de sofrimento...

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