sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Namoros, raparigas, e coisas... (2)


"terei muitas dificuldades em arranjar amigas e amigos que partilhem ou apreciem ou apoiem a mesma opinião..."
Significa que, continuando com a minha postura no mundo social, o mais certo é não fazer muitos amigos. Porque apercebo-me, apenas pelo seu comportamento, pelas suas conversas ou falas, o tipo de pessoa que podem +/- ser. E é raro enganar-me. Mas na "universidade" existem centenas de pessoas com idade superior a 18 anos, que se encontram num estado bastante mais evoluído que o meu. Estou a criar novamente expectativas, e começo a pensar de que afinal... pode haver em 300 pessoas, apenas 1 de "jeito". Dependerá da zona, da escola, e da mentalidade mais próxima daquela zona escolar. Aqui na mealhada, como estamos bastante próximos da terriolas, o mais certo é a mentalidade dos alunos ser retrógrada. Quer na fala, quer nas ideias, que não se adequam a uma sociedade moderna. Mas nem eu sou parte de uma sociedade moderna.
E fazendo então uma estimativa, vejo que, por muito que gostem de me ouvir (e sempre foi assim), desde os 14 até aos 16 anos, que falei com muita rapariga (e também já o disse aqui), que apenas gostavam de me ouvir "falar", mas não passava disso, e sempre tive pena disso. Falava sobre muita coisa, e depois começava a achar que estava a ser maçador e calava-me.
"-- E tu? não queres falar?"
"-- ahh, não, estou a gostar de te ouvir" -- Pois, o pior é que todas me diziam o mesmo. Significa que nem sirvo para ser pai, nem ninguém me quer como pai. Ou como futuro namorado, ou marido.
Sou um "amigo" imaginário que elas podem ouvir, e onde podem encostar o ombro. O pior, é que hoje já nem lhes dou o meu ombro. Precisam primeiro de me cativar, antes de eu as deixar chorar.

"Tudo é uma merda(!) até eu dizer o contrário!"
O que é que eu tenho de errado? Só sou bom para ser ouvido? Só sou interessante e só existo quando querem ouvir alguma coisa foram do comum e cativante? Não... o problema está nelas, e não em mim.
Pois se elas apenas ouvem, e não têm capacidade de raciocínio e de opinião, é porque ELAS, fazem parte do conjunto "sociedade consumista". E não estou disposto a perder tempo. Lá estou eu a ser mau de novo.
Mas o que sinto, quando falo com "elas", é o de que, irei perder muito. Irei gastar as palavras só para tentar explicar o modo em como vejo as coisas. O que... se torna mesmo um desperdício de tempo e paciência.

Ora... eu tive apenas 1 namoro de infância. E um "namoro" que nem foi namoro nem foi nada. Nunca "curti" com ninguém, porque nunca deixei. E a partir do momento em que me conheciam as conversas e a minha maneira de ser, fugiam a 7 pés. Ora, aqui no blog, já ninguém me faz isso, porque não são obrigadas a falar para mim, nem a serem minhas amigas, nem conhecidas, nem namoradas. Logo, nem precisam de se chatear ou fugir. Eu não as vejo, nem converso com elas, logo... estão em segurança.
Começo a pensar então, de que, se elas estão aqui, é porque se interessam com o que eu digo.... mas se não falam, tornam-se parte do grande buraco negro. Acabam então, a ser como todas as outras.
Se sou "cativante", porque é que não falam mais? Eu não posso bater em ninguém (felizmente!).

"Outra coisa que não funciona comigo, é as raparigas vestirem-se quase como prostitutas, ou raparigas sexys, com alto decote, e com uma roupa provocadora. Eu não ligo muito a isso, sou homem, mas não sou homossexual. Se vir uma rapariga na rua, o mais provável é mostrar-lhe desprezo, e nem olhar para ela."
Também não posso dizer que não fico excitado por ver uma rapariga assim, mas ficar com ele duro, é muito pouco provável, a não ser que essa tal rapariga, demonstre boas capacidades cognitivas, no andar, nos movimentos, nas roupas, no olhar... Também sou homem, e ainda que veja clips de pornografia, prefiro mais "sexo" envolto em carícias, gestos lentos e que me excitem. A mandar umas quantas quase sem sentimento, e de a tratar como um objecto. Tive a ver um documentário sobre a sexualidade juvenil dos 15 aos 18 anos, e existe muita rapariga que o faz (sexo), apenas por... diversão, não tenho nada contra, e cada um faz o que quer, mas um testemunho (ainda praticante), dizia fazer porque gostava de se sentir como um pedaço de carne, e só obtinha prazer se ele também obtivesse prazer. Fazia mais para ele ter um orgasmo, do que ela. Era uma escrava. Também vi, de que cada vez mais jovens praticavam sexo a 3. Apenas pelo prazer. Porque depois ia cada um à sua vida, e já ninguém se conhecia.
Não posso dizer que não gostava de mandar umas com uma gaja toda boa, ou com 2 ( se bem que, se nunca fiz com uma, nao sei se seria capaz de satisfazer as duas)... mas pelo menos ainda raciocino com grande parte dos meus sentimentos e desejos futuros, e nego. Se bem que.... quem é que gostaria de mandar umas fodas comigo? Nem sou bonito. Não sou atraente, nem musculado, nem rico, nem tenho um porche, nem tenho ar de mitra.... sou "mais um".
Mas à coisa de 2 anos, vi no Odisseia, um documentário sobre a sexualidade na velhice. E na Inglaterra, existe uma empresa que oferece a idosas/idosos, raparigas e rapazes com idade superior aos 18 anos, uma noite de sexo. Numa parte desse documentário, vi um senhora que tinha quase 80 anos, e que... infelizmente era virgem. É uma pena, igual como a de sair do país e ir visitar Escócia ou a Irlanda com aquelas terras tão bonitas. Não é o estar lá fisicamente, quer no sexo quer nos prados verdes, é o da plena consciência de sentir algo extraordinário com todos os nossos sentidos ao mesmo tempo. Mas continuando, esse senhora, deitou-se na cama, nua, e o rapaz deitou-se também. Notava-se que estava nervosa e muito tímida, nunca tinha feito nada semelhante a sexo, e pelo que fiquei a perceber, acho que nem chegaram a fazer nada, nem mesmo a estimulação. Parece que tenho de ir para Inglaterra.... -.-
Eu gosto de ter amigas, e não estou a dizer que gostava fazer sexo. Apenas gostava de "encontrar" alguém que quisesse partilhar mais do que uma simples "amizade". Mas ninguém quer isso comigo.

Preferem ter mitras e escumalha, como pais dos seus filhos. Querem e preferem maridos devotos ao futebol, à cerveja, ao tabaco. Que se pareçam com o vizinho, com o primo, e o amigo.
Se o problema de "namorarem" comigo, é o de eu não ler tanto ou um bocadinho menos que vocês, não se preocupem, pois quando chegar à altura de educar, irei ler bastante livros, e começo agora (A Inteligência Aprende-se). Se o problema for, por eu não saber tocar viola, não se preocupem, quando chegar à altura de lhes ensinar alguma coisa, irei aprender! por enquanto, dedelho e toco da maneira que mais gosto.
Se o problema for o de eu ser muito mau, não se preocupem, isto com o tempo passa. Até lá, prefiro criticar o que acho mal. Se ainda assim, o problema for o de me vestir mal, não se preocupem, se começar a aparecer alguma coisa de jeito nas lojas, eu compro o que achar melhor. Até lá, continuo à procura.
MAS...!!! Se o problema de não namorarem comigo, for o cabelo, escolham outro, de cabelo espetado e a cair com tanto gel que põem. Se não gostam do meu cabelo, pelo facto de ser comprido, então porque usam o vosso maior ou igual que o meu? Deixo de ser um "namorado" de jeito por o ter assim? Eu não sou paneleiro! E felizmente ainda tenho pila.
Pareço uma gaja, e depois? Não se diz que a beleza feminina é bonita?
Não tenho namorada, e isso significa que não devo ser grande coisa?! TU é que não me és grande coisa!! -.-
Fedelha de merda! Só demonstra o tipo de pessoas que quer ao meu lado. Não quero "qualquer coisa", quero alguém, com personalidade e diferente.

Se o problema for por eu não ser religioso, escolham outro! Porque nem aos meus filhos irão tentar impingir tal coisa! Muito menos serão baptizados.

Eu próprio crio expectativas para o meu futuro. E crio expectativas com algumas raparigas. Nada de namoro, mas mais social. Como será ela em determinada situação? E ele? Do que gostam de falar ou de ouvir.
E como o meu pai me disse uma vez:
"-- Quando chegamos à idade "adulta", entre os 35 e os 40 anos, quando olhamos para uma mulher, percebemos de imediato, com um único olhar, se a coisa resulta ou não".
Passa-se exactamente o mesmo comigo. Eu percebo, quando olho para X ou Y rapariga, se ela vai gostar de mim apenas como amigo, se me vai achar simpático, um "futuro" namorado momentâneo. Não por ter experiência com raparigas, mas por saber o tipo de rapariga que existe.
Pois como já escrevi noutro texto: "ela irá pedir coisas que não lhe posso dar, e eu pedirei coisas que ela achará estúpidas".

Logo, sei que não posso criar expectativas, nem imaginar coisas, que não posso aceitar qualquer coisa. Tenho de ser consciente, e perceber se irá dar resultado ou não.
Talvez escolha muito porque... tenho medo de um não? Será mais medo de ser gozado e usado como um boneco. De perder o meu tempo em alguém que nunca valeu a pena.

Porque... eu não me quero esconder em fábulas, nem em histórias, nem em sonhos que vou criando.
Quero algo palpável! Não quero andar a esconder-me atrás de uma máscara. Mudar radicalmente por alguém, só para que ela me possa continuar a dar o carinho que eu quero, ou porque não quero ficar sozinho.
Não! Eu quero poder ser o que sou, sem expectativas. Quero puder realizar sonhos, mas não viver através deles. Quero que a minha "namorada" possa desenroscar a tampa do frasco em que está fechada, e ser sem medos, para mim, aquilo que ela é e deseja ser. Sou tão intolerante como qualquer pessoa! Apenas falo mais do que penso e guardo para mim. Pois sei que "devo" respeitar a opinião dos outros.
Coisa  que odeio, são as massas! É o pensamento fútil de tudo o que é e pode ser consumido sem nenhum grau de importância ou impacto para a sua própria inteligência. Quero que seja alguém capaz de ser sensual, mas muito reservada e tímida, muito frágil e pensativa. Não é preciso ser sexy, nem fazer danças eróticas, ou mostrar-me o fio dental. Precisa de o fazer com carinho. Precisa de o ser com sentimentos.

Mas o que é que estou para aqui a dizer? Não existe ninguém assim.... e se existir, de certeza que não quer nada comigo. -.-

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