segunda-feira, 19 de julho de 2010

O sentimento na chuva...


Vejo a chuva do lado de fora,
cai devagar... lenta, com toda a calma de uma gota.
O tempo parece parar, num suspiro.
A janela, aberta, mostra-me sentimentos que desconheço.

Cada uma que cai, são pensamentos negativos, inexistentes.
São sonhos em branco, de alguém que teima em não existir.
Sou a lágrima dos teus olhos, e não compreendes porquê...

Sinto o frio em cada gota, que penetra o meu corpo, e me limpa a imaginação.
Não ouço a música, nem a vejo sorrir, não quero acordar, e perder este momento da minha... desilusão desaproveitada.

Sou o descanso, e não compreendes isso.
O meu sentimento à chuva, é inundado pela incerteza do percurso da gota.
Cada uma, um caminho ligeiramente diferente, mas com um único objectivo, pertencer ao ciclo.

Nada faz sentido, e assim o quero, pois com o tempo que dura a chuva, clarifico as minhas ideias, e dou de novo a mim mesmo, o prazer do descanso.
Quero chorar, por saber que irei perder este momento tão estranho e humano.
Momento, que as "pessoas" não compreendem, nos seus mundos de stress.

----------
De noite, saiu-me uma coisa melhor, mas, neste momento, não me sai grande coisa.
Paciência.

2 comentários: