terça-feira, 20 de julho de 2010
A menina do apoio...
Entrei pela porta, e vi-te as costas, desconhecia-as, tal como uma cara nova que demora a ser guardada na nossa memória.
Estavas sossegada, fechada, e talvez nervosa.
Cheguei-me mais perto, até à professora de matemática, e entrei na cozinha.
Qualquer pessoa naquele "quarto" se começara a questionar quem eu era.
Disse: "boa-tarde", mas acho que não te ouvi dizer nada.
Sentei-me ao teu lado, e fiquei tímido. És bonita Nádia!
Gosto do teu sossego, da tua timidez, e... das tuas indecisões.
Alta, de cabelo comprido e louro escuro, reservada de pretendentes.
Não te conhecia, nem te conheço, nunca conversei contigo, e apenas te cumprimentei algumas vezes.
Deram-me o teu número, e um chocolate para te dar no dia do exame, mas fiquei com medo.
Medo da tua resposta, medo da minha reacção, da minha maneira de te falar.
Não te queria assustar, e muito menos, envergonhar.
Passas-te por mim, já depois do teste, perto do portão da escola, e fiquei indeciso em te dar o chocolate, como desculpa para o primeiro contacto.
Queria-te telefonar, mas sei que ficarias pior quando me visses. Muito mais envergonhada.
Queria-te mandar uma mensagem, mas ficarias também com medo da minha presença, um medo de timidez.
Sei que... falar contigo, no momento oportuno será o melhor.
Será mais fácil para ti, e talvez para mim. Ultrapassarás a timidez, assim o penso, quando "falarmos" os dois.
Mas... acho que não te voltarei a ver. Talvez um dia te telefone, desde que não mudes de número.
Lembro-me, de te encontrar no elevador, e saíres "a correr", de telemóvel na orelha, e a pensar para comigo:
"Ela está mesmo tímida. Ou será pressa?, Está assim por minha causa?"
Nessa altura senti-me, triste, ver-te ir embora tão nervosa, estares tão perto de mim, e eu puder apenas deslumbrar-te de costas.
Voltei-te a encontrar no Sábado, de novo na explicação, e senti-me, um pouco tímido.
Eu acho que tu estavas pior do que eu, pois já te tinham contado que um rapaz gostava de ti.
A professora mandou "uma boca", e fiquei vermelho. Não te senti reagir, nem te preocupares com o que havia sido dito, talvez tivesses tão nervosa que não conseguiste mostra-lo.
Tenho de te pedir desculpa, por não te oferecer o chocolate, comi-o, pois já se estava a desfazer todo, e não ficarias muito contente por o ver nesse estado, ainda por cima, oferecido numa ocasião tão "especial".
E ainda que não chegues a ler este texto, ou de não teres compreendido em várias alturas, de que gosto de ti, ainda que não nos conheçamos, gosto, e será talvez apenas mais um sonho. Que alguém te trate e te deixes tratar com respeito.
Não me "apaixono" por qualquer uma, não escolho qualquer uma.
Tudo o que faço tem um propósito. Tudo o que digo, como me mexo, serve simplesmente para te causar uma reacção. Eu apercebi-me de que, te sentares, naquele sábado, entre mim e a professora, te fez tremer, estavas com o braço cruzado, seguravas-o, e percebi logo que estavas a proteger-te. Estavas insegura e "desconfortável" naquele situação. Decidi então, mostrar-me também tímido, ser calmo, e dar-te o tempo.
Não te toquei, não te falei, olhava-te, para matar saudades.
Algum tempo depois, senti que estavas mais descontraída. Era algo bom, pois sabia que estavas "confiante".
Mas fiquei na dúvida, terá ela perdido a vergonha, porque sentiu "finalmente" de que não queria nada comigo, ou que simplesmente estava à vontade? Depois de saíres, vi-te caminhar, e senti-te estranha, talvez confusa. Não andavas depressa, e isso significava que estavas pensativa, muito, pensativa.
Não te quero envergonhar mais.
E acabo a dizer, de que gostei bastante de te ter perto de mim, naquela tarde de sábado. =)
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAchas que preciso de concelhos? De um empurrão?
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarComo tu, já outros o fizeram pelas mesmas razões.
ResponderEliminarNão te pedi, nem a ti, nem a ninguém, a opinião sobre o que quer que seja.
Eu também não gosto de muita coisa, e não sou obrigado a ficar junto de "alguém" ou alguma coisa de que gosto, apenas e só, porque tem um cabelo bonito, ou neste caso, porque escreve bem.
Tinhas comentado apenas: "Que lindo!", e não tinha havido problemas. Começas-te logo a dar bitaites. E eu gosto pouco disso! Estás no meu blog, e eu digo o que penso.
Este teu texto fez-me sentir simplesmente sentir cada palavra tua como se fosse minha. Apesar de ser ilusório fez com que ler-te me desse um prazer extra.
ResponderEliminar(:
Espreita aí:
ResponderEliminarhttp://adorocomernochines.blogspot.com/2010/07/selinho.html
Deixei uma coisinha para ti (:
Beijinhos*