quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Eu? [resposta a Jennifer]


Epah, isso é um bocado paleio de café.
Não mudo, porque não tenho nada que mudar.
Aquilo que me estás a dizer, já não me é novo, é aliás, e acima de tudo, corriqueiro, e sem qualquer ponta de "inteligência". Esse tipo de frases é como tudo.
A mim não me incentivam, apenas me enervam.
É escusado dizerem-me esse tipo de coisas, porque aquilo que sou, sou-o à força, por vontade de não ser igual e controlado.

Se o teu comentário me deixou irritado?
Podemos dizer que sim, porque é do mais corriqueiro que há. Porquê? Porque é sempre a mesma coisa. Eu já fiz um esforço, incondicionalmente, para chegar onde estou.
Se não gostam de mim, há muitos montes de merda por aí, que querem cona e gaja.
Pensar assim, pensa toda agente, mudar, toda agente quer.

Eu pelo menos sou "bruto", mas mantenho a postura. A não ser que digam alguma coisa mesmo com piada. Eu quando falo, não é para me armar em coitadinho, nem é para me armar. Ao contrário do resto deste pessoal que para aí anda, nem sempre tenho razão, mas os textos que escrevo, ajudam-me a compreender-me melhor, e a compreender outro tipo de coisas.

Se eu sou assim, se eu gosto de ser assim, ainda que muita gente não goste nem aceite, sou verdadeiro. Sou a verdade nua e crua. Não sou fingido, nem sorrio só para ser agradável.
Os meus pais deram uma excelente educação, e uso-a quando a bem entendo.

Não me aceitam, nem gostam de mim? Epah! Vão Badamerda! Que para mim só me ocupam ar, e ao mais não me importo. Metem-me é nojo...
E eu odeio "mudanças radicais". Faz-me lembrar aqueles programas de moda, onde vestem as pessoas de uma forma tão foleira, que parece que ficam pior ainda.

Não estou a fazer uma crítica a ti, mas ao modo de responder que as pessoas tendem em usar.
" Se não gostas de ti, questiona-te o porquê de tal e tenta ver como te poderás corrigir."
Eu acho que quando tu eras ainda menina, também odiavas o teu corpo não? A tua cara, o tamanho das tuas mamas, os vestidos, os brinquedos, o cabelo, aquele pentear da tua mãe.
Eu, sou supérfluo! Sou algo que existe, mas que não têm qualquer valor.
Valor sentimental? Só se for para os meus pais!

"... questiona-te o porquê de tal e tenta ver como te poderás corrigir."
Eu não sei se costumas ler o meu blog, mas desde de já te aviso, andas muito desactualizada!
Acho que qualquer pessoa que me siga, já desde o fim de 2009, tem pelo menos a noção, e sabe que falo muito de mim aqui. E como já disse, é uma forma de me compreender. Tive um amigo do meu pai que foi tirar um curso de Psicologia, porque se queria compreender. Acho que, melhor que isso, não há.
Ele, não se queria conhecer!! Queria-se compreender, que é uma coisa totalmente oposta e diferente daquelas que os putos estão habituados. Porque deves em quando vem uma pita aí à baila dizer:
-- Não sei quê, não sei quantos.... ninguém se conhece a 100%.
Bem, isso és TU!! Que és ignorante e estúpida!
Porque a partir do dia em que ouvi isso, mudei "radicalmente".
A partir do dia em que me meteu nojo, eu perguntar a outro alguém o porquê de ele gostar de uma coisa ele respondeu simplesmente:
-- "porque gosto."
Isto para mim não é resposta nem é nada.

Dizer que uma paisagem é magnífica, já aceito, agora não saber explicar porque gosta mais de uma cor que da outra, ou porque gosta de usar pulseiras nos braços, já é de estupidez.
E isto só demonstra, a ignorância dela mesma. Depois é por isso que muitos até gostam do SAW, porque "não sabem" se seriam capazes de se cortar ou espetar, para se salvarem, pura e simplesmente porque nunca pensaram nem compreendem o porquê daquilo.

Eu sou consciente. Eu gosto de me conhecer. Já me conheço, e é por isso que apenas me posso compreender, porque não tenciono mudar nada. Por já me conhecer de ginja, o meu cérebro obriga-me a agir de certa forma, só porque não gostou daquele olhar, daquele rapaz armado em parvo, ou daquela cachopa armada até aos cotovelos.

Conheço-me, e não tolero falhas. EU! Não tolero falhas a mim mesmo.
Demasiado obsessivo na perfeição?
Não na minha vida. Não no meu quarto... Mas no meu pensamento e na minha personalidade.

"Enfrenta os teus medos, esse é o essencial. Creio que no fundo, também tens medo de ti."
Eu não tenho medos, nem tenho medo de mim.
É por saber do que sou capaz, que o deixo de ter. É por fazer o que faço, que o perco.
Eu não tenho medo de mim... posso até considerar-me um "Narcisista-Saudável".

"...não acho que sejas antipático e mau, mas sim fechado e um pouco inseguro. "
Não te preocupes com isso, porque quando arranjar namorada, isto passa.
E não é uma namorada, só porque sim. Não é gostar, só porque é bonita. Tem de ter certos padrões.
Não me abro a qualquer um. Se sou inseguro e fechado? Sou. Mas pelo menos não o finjo.
Não ando de sorriso, nem de de espírito contente, só para causar "bom ambiente".
Sou intolerante com os outros, e ainda mais, comigo mesmo. Nem queiram saber nem ver, nem sentir, o que se passa em mim.

Eu não sou perfeito, sou MAIS que perfeito!
Só porque sou mau? O Hitler também era mau, e considero-o um dos grandes conquistadores do século 19.
Ainda que não goste do que fez. Mas como militar acho que fez muito.

Eu não funciono em função de alguém.
Eu não penso em função de alguém.
Eu não ajo nem faço com 2ªs intenções.
Eu não finjo para ser agradável ou agradado.
Eu não falo só porque tenho razão, mas para expor uma ideia.
Eu não acordo para viver por alguém.
Eu não vivo em função de outros. (a não ser os meus pais.)
Porque eu não aceito ser fraco, não aceito ser frágil e vulnerável a esse ponto.
Prefiro passar por uma depressão sozinho!
Prefiro passar por tempos difíceis, sozinho!
Não uso amiguinhos nem amiguinhas. Uso o que sei, e o que aprendo.
Porque prefiro estar, muitas das vezes, calado, do que dizer o que quer que seja, nem que seja "Concordo".
Porque prefiro estar fechado numa sala repleta de pessoas, do que dirigir um "boa noite".
Prefiro antes um olhar e um abanar de cabeça.

Uma vez fui ver um peça de teatro ao Porto, e no fim, todos se levantaram, e aplaudiram.
TODOS!!! TODOS!!! e eu fui o único que fiquei sentado, de braços cruzados.
-- Porquê? -- Perguntam agora as pitas.
-- Porque um aplauso para mim não bastava. Porque estar de pé a bater, não era o suficiente.
Preferia ter subido ao palco, e cumprimentado cada actor. Preferia ser diferente a esse ponto!
Preferia ser sincero e realista. Preferia ser intimo.

Eu? Prefiro ser verdadeiro. Prefiro pensar por mim.
Prefiro odiar frase feitas, frases bonitas... a "tentar" aplica-las.
Como se costuma dizer: "É mais fácil falar do que fazer."

Eu sei o que sou. E tu?
Eu sei o que sinto e faço quando "amo" alguém. E tu?
Eu sei o que dou quando "amo". E tu? Darias tanto como eu?
Eu sei... o que pretendo ensinar aos meus filhos... e tu?
Eu sei que tipo de pessoa quero ao meu lado.
E eu já disse isto aqui, centenas de vezes. Quando "ela" aparecer. Eu "mudo".
Não porque quero, porque ambiciono, ou por ela.
Mudarei, pois eu conheço-me, compreendo-me, e sei que a sua presença só me trará sossego à alma.
E sei-o, porque já senti.

Eu? Gosto de controlar o meu corpo, a minha mente e as minhas acções.
Odeio que sejam influências externas a fase-lo.

Gosto de ser eu!
Gosto de ser único.

3 comentários:

  1. Eu falei, ou melhor, escrevi, não tencionei ser banal ou algo do género - porque alias, detesto esse tipo de coisa – mas sim, pelas minhas razões. Tu interpretaste o que eu disse, como um ataque, e escreveste isso tudo (no poste) para te defenderes. Defenderes de quê? Se és quem és e gostas de quem és, não é necessário qualquer tipo de defesa. Além do mais, disse-te aquilo, porque percebo o que é sentir insegurança e fechar-me a sete chaves.
    Não sou uma mente brilhante, mas a minha mente brilha, e de vez em quando, com poucas palavras, já fui capaz de ajudar tanto os outros, como a mim.
    "Pita", não diria, mas sabes que mais? Creio que a aparência tenha tanta importante, especialmente hoje em dia, porque o aspecto exterior diz muito da pessoa, e infelizmente, é para isso que ‘os outros’ olham, antes de dirigir uma palavra sequer. Também é psicológico e também está aprovado.
    Podes pensar que não, mas creio que, quem é "pita" e adora ir as compras e ‘blablabla’, usa o "fashion" como um refúgio. Deixar de ter um equilíbrio entre sentir-se bem por dentro, e por fora. Pelo facto de se sentirem tão vazias por dentro, decidem, inconscientemente, serem fúteis, e compensar a "beleza" interior, com aquela dita "beleza exterior" – que bastas vezes, não é devidamente compensada.
    Já vivi muito mais do que muitos, alias, do que todos possam imaginar; e não ando para ai a anunciar os meus sufocos, revoltas e transtornos pessoais, porque por dentro, sei que me consigo curar, sozinha. No entanto, liberto-me, assim como tu, através da escrita.
    Sinceramente, admiro a tua coragem em ser diferente (ou seja: genuíno), pois eu também já o fui, 100%, e um dia acordei e deixei de o ser, por excesso de julgamentos. No entanto, nos últimos dias, enquanto pensava no novo ano e em decisões que poderia tomar, decidi voltar a ser a pessoa que sou – a 100% e não somente a 98% do tempo. E quando sou quem sou, e não quem me adaptei a ser, sinto-me mil vezes melhor comigo mesma; seja interior, ou exteriormente.

    Enfim, era só isto,
    Boas "festas".

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  2. @ Jennifer

    "e não ando para ai a anunciar os meus sufocos, revoltas e transtornos pessoais, porque por dentro, sei que me consigo curar, sozinha. No entanto, liberto-me, assim como tu, através da escrita."
    Eu não comento com os meus colegas, o sufoco.
    Não grito, nem choro à frente dos outros, só para me mostrar. Gosto de resolver os meus problemas interiormente, e gosto de os resolver ou pelo menos tentar e lutar para os resolver sozinho.

    Eu não te chamei pita, mas usei sim, como um... como se fosse alguém vindo de fora, que comentasse na sua cabeça, ou se perguntasse ou pensasse certas coisas.
    Faço isso, falo nas pitas, porque sei que muitas nem vão comentar, e outras nem se dão ao trabalho, e por isso, decido responder logo na hora.

    Peço desculpa por te ter... falado mal, não é minha intenção, e apenas o é, por "desabafo", ou vontade de "explodir".

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  3. Não há problema algum, mais vale desabafar do que, subitamente, explodir interiormente. Sabes, eu sou daquelas pessoas que engole em seco, respira fundo e diz "Para a próxima isto muda. Para a próxima será diferente", mas por dentro, ou quebro em milhões de pedaços, ou chego a um dia que há tanta raiva e transtorno dentro, que sai tudo como um tsunami; por vezes até atacando as pessoas erradas.
    No entanto, novamente, bom ano novo e que seje muito melhor do que - na minha opinião - foi o detestável 2010.

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