[pain. by *Patricia-b]
Será que nasci para ser odiado? e consequentemente odiar?
Será que nasci para critar, e ser criticado?
Porque sou a voz das palavras que todos querem dizer e ouvir, mas ninguém é corajoso ou estúpido o suficiente para as dizer?
Se eu tenho a necessidade de me mostrar superior aos outros? Não!
Mas tenho a necessidade de mostrar o que está mal naquilo que me rodeia.
-- Morreu.
-- Desculpe, não me queria intrometer.
-- Às vezes sinto vontade de falar nisso. Mas então vejo que é melhor não.
Mas pronto... sem dúvida nasci para ser detestado.
Porque por muito esforço que faça, e já falei aqui sobre isso, não adianta.
Continuo sozinho, solitário, e... odiado.
E vêm agora a merda das pitas para aqui dizer que estar sozinho não é uma coisa má, que com o tempo encontra-se a pessoa certa.
A pessoa certa não vem com o tempo! Vem com o esforço. -.-
A pessoa certa não aparece do nada, nem vem com o vento!!
A vida não é criada, já existe, e tudo o que fizermos não será importante.
Porque eu, não serei importante. Nem mudarei o mundo, nem nunca o mudarei!
Porque haveria de sorrir? Eu sorrio, e onde estou agora, neste momento, acho que nunca sorri tanto para pessoas que desconheço o nome, e do qual partilharam o meu espaço. Pessoas que não insulto, não ofendo...
Será que, sou a mente negra que tu queres ver, mexer e tocar, mas não sabes se deves? E ficas então na completa ignorância e com a saudade de ter descoberto na altura como é que eu funcionava... mas eu não sou importante.
Nox Arcana - Labyrinth of Dreams
Não sou ninguém. E não é por me menosprezar-me que não sou melhor.
Não é por exigir mais de mim mesmo, e dizer-me que devia fazer melhor, quando já esgotei tudo.
Por fora, de barba feita, posso ser a coisa mais "VUnita" do mundo, mas por dentro, apodreço que nem uma flor fechada numa cúpula sem ar ou água. Que seca o desejo da liberdade, e a fantasia de dançar com o sol...
Eu choro por dentro... eu grito o corpo que dilacero!
Eu arranho o meu mundo, por saber que estou só, e que a pessoa bonita, aquele... bocado de terra fertilizante, nunca chegará. Rasgo-me por dentro, em pedaços, tal como as crianças fazem ao papel...
Eu quero fazer parte de algo! E vêm as pitas novamente dizer-me:
-- "Não queremos todos"?
Eu não quero só fazer parte, eu quero criar essa parte.
Eu não quero sobreviver por ela, quero viver COM ela!
Mas sei que o dia nunca chegará, a cada dia que não chega, esse dia que apenas posso ver sonhando, a minha sede pelo suicídio aumenta. Já vi tudo, já fiz tanto do que queria, e ainda assim... nunca vivi realmente.
Não há dinheiro, para viagens, para comidas, para praias, para coisas loucas de fazer saltar o coração...
Anseio, sim, anseio o suicídio, porque nada mais tenho a fazer nesta vida, pois sei... que por muito que corra, o meu sonho estará sempre longe. Nunca serei ninguém, porque não sou capaz de o ser na escola, sou bom a programação, e do que é que isso me vale? Não tenho professores capazes! Tenho um ídolo, e já nada posso fazer.
Será que... vim ao mundo, mesmo para mostrar, que o nosso propósito é mesmo o nada?
Quer dizer, prolongar a espécie? Prolongar o gene mais forte?
Deixem isso com os animais, que levam milhões de anos de evolução. Quer dizer, somos os seres mais capazes do nosso planeta, capazes de dançar ballet, compreender física quântica, fazer sudokus e palavras cruzadas. Somos capazes de ler, interpretar e criar ideias a partir de outras. O nosso cérebro é dotado para a matemática mais avançada que conhecemos e que desconhecemos, Álgebra, Sistemas Digitais, Matemática e Física, e a única coisa que nos deixa de lado, é a compreensão de um "algo" tão vasto, que não somos capazes de imaginar.
Imaginem-me sentado, a figura típica do ser humano "fechado". Pois, sentado! Estar em pé causa cãibras e provoca varises, grande coisa senhor bípede!
Imaginem-me sentado, no local mais improvável, na ponta de uma cascata, algo tão gigantesco, que tu próprio te borrarias de medo só de olhares de baixo. Imaginem-me, num corpo imponente, sentado, em choros que não vêm, mas que sabem que estão lá. Sou eu! Sozinho de tudo, porque é esta a minha vida...
O que eu alcancei? O que eu fiz? Tudo foi influenciado nos meus primeiros anos, meses de vida... todas as experiências... eu sei..., eu compreendo! eu consegui ver o que me moldou!
Aqui à uns meses, vi num documentário, de uma tribo, que punia a morte, com a morte, dizendo e justificando-se com o seguinte:
--"Matar uma pessoa, é como matar toda a sua família. Mesmo que não tenha filhos, o assassino matou-a, pois esse homem não pôde criar vida. Destruiu milhares de seres humanos."
Estou a insinuar que nunca terei uma familia? O que é que eu estou para aqui a dizer?!? Eu nem sequer consigo arranjar uma "namorada", ou uma rapariga que goste de mim, só mais um bocadinho mais que a amizade. E que ao mesmo tempo, seja 50% daquilo que eu espero que seja. E não é por eu ser assim fechado que não arranjo, porque existem milhares de raparigas que até iam para a cama com um gajo bêbado, só para o adicionar à lista.
Eu queria-me vestir bem! Eu gostava de me vestir bem, será que o deva?
Eu ADORO, aperaltar-me, quase como um aristocrata, mas... será que realmente o deva fazer?
E vêm de lá outra vez as pitas dizerem-me:
--"Se gostas de te vestir assim, porque não?"
E eu digo:
--"Vão cavar vinha com as unhas dos pés!" -.-
Frases feitas e refeitas!
Não o faço, porque, não há dinheiro, não há lojas, e nem eu tenho o corpo para vestir tal roupa.
Se posso arranjar algo melhor? Posso, mas não há dinheiro, e o que me fica bem, geralmente é caro!
Sou um gajo muito magro, e não tenho vergonha, nem medo de o ser. Gosto até de ser bem magro, porque odeio homens gordos!
Eu devo ser um "informático" mesmo muito diferente... geralmente os informáticos, têm barriga, porque são aqueles mesmo bons. Logo, eu não sou bom. Nem o melhor, diga-se de passagem e de re-passagem.
Eu tento sorrir, eu tento compreender, tento aprender e aplicar, mas as pessoas afastam-se...
Tento aplicar-me no que faço de melhor, e às vezes, de pior, mas fico triste, porque sei que não cheguei a lado nenhum, que não sou bom, que haverá alguém sempre melhor, e que não faço parte de nada nem ninguém.
E voltam a vir de lá as pitas:
-- "Vai à luta! Não desistas!"
-- "Já chegas-te à universidade! Achas que é mau?"
Se raparigas que não sabem ainda programar com facilidade conseguiram entrar, e um gajo por ter mexido uma vez, ficou logo "apaixonado", porque é que eu não haveria de entrar?
Não nasci para ser "TUIA", nem para ser alguém, gozem lá com a merda, da merda da "novela" da sic radical!! -.-
Nasci, para chegar onde estou hoje e compreender, que de vida, a única coisa que à de vir, é a minha morte.
E ninguém ligará!
Ninguém se importará muito!
Não durarei uma semana nas vossas cabeças impingidas...
Serei aquele... digamos assim sem timidez, o peido que tentarão esconder, quando estiverem num elevador cheio de pessoas. E porquê? Porque não se sacrificariam por mim, tanto como eu me sacrificaria pelo meu irmão...
E vêm de novo o caralho das pitas, que já metem nojo...:
--"Mas isso é porque ele é teu irmão...."
E a sociedade está como está, por pessoas de merda como tu, continuarem a transpirar o ar que respiro!
Por pessoas como tu, não dedicarem tanto carinho, como os gnus entre si, como os búfalos que protegem até as crias dos outros, ou até como como as zebras e cavalos.
Existem hierarquias, existem regras, existem famílias... mas se tudo fosse mais aberto, acreditem, que este mundo dava um salto tão grande, que dominaríamos a galáxia em 3 tempos!!
Será que... precisamos de mais pessoas como eu?
--"o mundo estaria na merda!"
Bem, não acredito, porque:
1º - Eu não cago assim tanto!
2º - Em biliões de pessoas, existem sem sombras de dúvidas, pelo menos, 100 pessoas como eu.
3º - Apenas existiriam mais "como" eu, não iguais, mas semelhantes ou parecidos, e não vejo mal algum, em criticar, mas saber criticar. Em ver, e saber compreender. Em aprender, e saber ensinar.
Em tempos ainda julguei que pudéssemos mudar a vida, o mundo ou as pessoas e tudo o que está mal ser os heróis e corrigir todos os erros absurdos que por aí andam espalhados. Mas isso não acontece e só nós mesmos nos mudamos a nós próprios e por muito que digamos e imaginemos não vai ser alguém a dar-nos força para o fazer. Não é com beijos, abraços e frases feitas que a consciência se limpa as pessoas ficam felizes da vida como se nada nunca na vida tivesse acontecido. Isso é o queremos ( e quiz) acreditar para dormir mais descansado assim que pousar sobre a minha cabeceira.
ResponderEliminarNo outro dia numa aula a professora dizia: 'Não é com mimos e abraços e a tratar pessoas idosas, com uma panóplia de experiências, como se de crianças se tratassem que as vais ajudar muito pelo contrário' Esta frase fez-me lembrar de ti e de uma vez nas conversas ou num dos post teres feito a comparação do ser humano ao animal e de ter pensado ser algo absurdo. Mas sabes não é.
Se fizessem alguma coisa á minha irmã, avó, pai ou mãe...não corresponderia por mim não haveria nacionalidade, lógica ou razão que me domasse. O sentimento de protecção, amor e apego que lhes tenho falaria mais alto. E mesmo quando penso na possibilidade de uma tia minha já com 76 anos e com alzeimer morrer entristece-me muito e fico com um vazio enorme cá dentro só de imaginar não voltar a ver o seu sorriso sempre que lhe vou dar um beijo e estar com ela. Mas isto é natural. É normal sentir apego ás pessoas que amamos é normal ficarmos descontrolados sempre que ameaçam o nosso seio familiar. Nós somos como uma familia de leões que ataca sempre que vê ameaçada a sua familia, que mata para viver.
O problema é que isto se está a perder e cada vez mais há menos apego e laços de amor deste amor selvagem capaz de atitudes impensáveis noutras circunstancias.