terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Eu?


Eu... nestes  últimos dias de "férias", tenho andado a programar um novo projecto meu.
Um web-site.
Tenho ficado ate as tantas da noite (4 da manha), acordado a tentar resolver diversos problemas, e a pesquisar, para aprender a fazer o que quero. Não nasci ensinado, e também acho que não sei programar como um profissional, ainda que tenha certos padrões de códigos bem definidos em mim. A minha estruturação e muito diferente da de outros.

Este texto... não sei bem o que será, nem sei bem o que quero com ele.
Em posts anteriores, já disse que não sou bom a nada, e que sou bom a perder.
Bem, não tenho "amigos", e já toda agente sabe que sou antipático, mau, estúpido, parvo, etc.
Sou a melhor coisa que os meus pais podiam ter colocado no mundo! :D
Excepto o meu irmão, que não é nada como eu, se calhar porque não está no mesmo patamar que eu.
Acho sim, que está muito atrasado em relação a mim. Só que ele é simpático, e eu não.
Significa então que quanto mais aprendo, vejo, penso e sinto, me torno mais "fechado", mais frio.
Nada disto me agrada, e estou farto. Se fosse morrer agora, nada me impediria.

Existe apenas uma coisa, e não é a namorada, porque enquanto "tive", também desejei morrer, quer tivéssemos bem, quer não.
"Programar". Isso impedir-me ia, ou fazer-me ia pensar duas vezes. E, pouco provavelmente, iria também pedir uma segunda opinião.
E porquê? Porque adoro ver aquelas "toneladas" de código, aqueles scripts, aqueles blocos de texto que são chinês para os meros mortais, e que são para mim... como chocapic. Não sou nenhum crânio, mas aprendo depressa.
Mas como já disse, existe um se não. Só sou bom, SÓ!!, sou bom, a programar. Basta-me darem o básico, que em três tempos aprendo. Fiz muito esforço no inicio, e hoje sei compreender um bloco de código.
Aprendi PHP, na escola profissional, e nunca percebi patavina daquilo, NUNCA! Delphi, era o que eu queria!

Fui para a universidade, aprendi C, e pediram-nos para fazer um site, em Joomla. (coisa que nem aprendemos!)
Comecei então, a tentar refazer o "pouco" que aprendi no meu curso. A relembrar-me.
Fiz um esboço pequeno, para editar, apagar e inserir filmes entre outros valores.
Estava feito. Mas sentia que faltava-lhe qualquer coisa.
Foi então que me comecei a dedicar ao projecto de TW (Tecnologias Web), e fui fazendo o template/interface, ao mesmo tempo que ia ajustando as cores, tipo de letra, imagens, composição do texto, etc. Estava feito. Até envia emails, sem precisar de autolooks, e faz cálculos. Coisa básica!

Depois disso, comecei a desenvolver o meu próprio projecto, para mim, e para um dia, se conseguir, disponibilizar ao mundo. O site está funcional, ou 90% funcional. Faltam pequenas páginas, e corrigir uns pequenos "erros".

Enfim, dedico-me mais à programação, do a qualquer outro tipo de coisa que ocorra na minha vida.
Nunca fui de praticar desporto, de me dar com "colegas", e também não posso dizer que tenho amigos, já os tive, mas fui "perdendo-os" enquanto os trocava pela programação, e por ficar "fechado" no quarto.
Ganhei-lhe o gosto. Há uns que aprendi a programar, e odeiam para toda a vida, outros, apaixonam-se.
Eu? Tornei-me obsessivo! Tornei-me dependente. Tornou-se um vicio....
Por vezes paro, mas lá volto a programar alguma coisa, nem que seja só pela curiosidade.

E enquanto me... rodeio disto, afasto toda agente, e perco-me, sim, a minha personalidade desaparece.
Quero ser o melhor, quero fazer mais, quero ser mais capaz.
E vou perdendo os amigos, os pais, as coisas que me rodeiam. Deixo de ter objectivos, de ter sonhos, porque perco a vontade de viver. Porque sei, por fim, e apercebo-me, de que não estou a "viver", e de que sou atroz para aqueles que me querem bem. E ainda assim, isso não me importa.
Dedico-me e aprendo depressa, e já fui apontado como o melhor aluno a programação, ou de entre os melhores, que já passou pela EPVL. O meu ego cresce, mas sei agora, que na altura não sabia nem 20% daquilo que sei hoje.

Li algures na internet, que a programação, pessoal novo, aprende depressa em 3 meses. Que depois aprende outro tanto algum tempo depois, e como já sabe tanta coisa, aquilo que aprender serão só umas ideias, uns conceitos. Aprenderá outro tanto passado 1 ou 2 anos. E que esse tempo de intervalo irá aumentar à medida que formos crescendo e que mantivermos contacto com programação.
Aparentemente existe um espaço no nosso cérebro para reter informação. E não só! Existe também conceitos, códigos, que exigem compreensão de uma pessoa com 25 anos, e nós temos apenas 18 ou 20 anos.
Não tenho sentido grande entrave quanto a isso. Senti algo do género, durante uns 3 ou 4 meses, mas aprendia sempre qualquer coisa.e hoje aprendo e faço coisas que nunca pensei fazer. Que nunca pensei saber. Mas só vem com a prática. E infelizmente, dedico-me mais a "isto", do que às pessoas à minha volta.

Posso ser bom a programar, mas sou uma merda quando se trata de relações.
Porque eu não me interesso com a relação em si. Conhecer uma pessoa é fácil, fazer amigos é que... já se torna mais difícil.
Interesso-me mais, muito mais, por ler o seu corpo, os seus olhos, as expressões faciais, saber o que pensam, como agem. Compreendendo os outros, e traçar um padrão. Compreender o padrão, e compreender-me a mim. Aprendo também coisas que devo evitar fazer, ou dizer de determinada maneira. Ou porque me enojam, ou porque não gosto de ouvir ou falar assim. Ou porque não gosto de ver nos outros.

A escola nunca me interessou, sou sincero, mas as pequenas coisas, APENAS as pequenas ideias, me eram importantes.

Falando do meu projecto, vi na internet uma ideia muito interessante e original, e quis introduzir ideias minhas, e ideias de outras pessoas. Criar uma... "rede social", que de social não tem nada. Life Calendar - How Was Your Day?
Passo a explicar.
Aproveitando a ideia de cima, decidi acrescentar um campo de texto, para adicionar uma descrição de como foi o dia. Vi uma vez na Ophra, de que existia uma senhora que tinha uma memória, tão boa, que sabia de cor qualquer dia em qualquer ano, aquilo que ela tinha feito.
Eu também me lembro, mas coisa pouca. E decidi acrescentar isso, e decidi então criar uma espécie de Diário. Óbvio que tem mais ideias, mas não as posso dizer aqui, porque se não, alguém pode pegar nelas, e ganhar dinheiro às minhas custas.

Uma "namorada", fazia-me jeito, acalmava-me o espírito, e fazia-me sair de casa para apanhar ar.
Porém, nenhuma me parece a melhor candidata, já tentei, e.... deu sempre merda, a primeira impressão (que segundo psicólogos: os 1ºs 30 segundos), dizem-me muito sobre a pessoa, e nunca me engano.

Quero morrer, para fugir de mim, e de tudo.
Quero morrer, porque sei no que me tornei, e não consigo voltar atrás e sorrir.
Quero morrer, porque sei que nunca farei nada de importante, quer para mim, quer para os outros.

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Violência Gráfica, ver apenas com um adulto ao lado!!
Conteúdo gráfico extremo e perturbante.
Death Live

9 comentários:

  1. Bem, já é a 3a vez que estou a tentar fazer programação e só agora estou a apanhar-lhe o gosto. Tenho um colega com quem troco ideias e as aulas tornam-se muito mais interessantes assim. Mas é verdade: quando se apanha o gosto, torna-se um vício. Programar é muito bom encontrar algoritmos para resolver problemas... Posso dizer que me "apaixonei" pela programação lol

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  2. Eu também tenho um amigo que aprendeu a programar e não é viciado, diria até, que isso nem lhe interessa muito. Interessa-lhe, provavelmente, fazer algo da vida dele e sair de lá (do curso) em 3 tempos e com o "canudo" na mão.

    Eu programo, não só porque gosto, mas por necessidade. É algo com o qual eu posso criar e inovar, sem ter de ler um livro ou ver um filme, se bem que continuo a preferir ver filmes e pequenos livros.

    Eu não me apaixonei, eu vivo por ela. Isto para mim não é uma "brincadeira", nem o uso com o intuito de "resolver" apenas e só "problemas".
    Isto, é a minha forma, ou uma das únicas, formas de aprender e evoluir.

    Mas isso sou eu...

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  3. Sim, para ti programar tem uma dimensão diferente, é algo muito importante na tua vida :)
    Eu gosto bastante de programar, já fiz alguns programas "just for fun" mas não sou obcecada com isso. Já o me colega é capaz de ficar um dia inteiro a programar, é muito perfeccionista (quando se gosta de uma coisa quer-se ser o melhor nessa coisa).
    Estás em Engenharia Informática? Se sim, deves ter imensa programação. Eu só tenho um "cheirinho": 3 cadeiras repartidas por 3 semestres.

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  4. Ainda bem que admites que és: "antipático, mau, estúpido, parvo, etc.", não foi nada que uma ou várias pessoas te fizessem ver...mas tu remas sempre contra a maré.
    O facto de "morrer" é natural e todos iremos mais cedo ao mais tarde, porque ninguém fica aqui para semente, agora se és "fechado" - como tu próprio indicas - cabe.me dizer que não foi por falta de aviso ou convites..=D

    P.S. Boas programações.

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  5. Sim, "estou" em Engenharia Informática, mas a única coisa que tenho, em grande quantidade, pelo menos por enquanto, é matemática.

    E sim, também sou prefecionista, ou melhor, tornei-me. E também faço muitos programas.
    http://nazgultuga.deviantart.com/

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  6. @rita

    Acho melhor leres textos mais antigos, não é só neste que digo isso. Andas um bocado desactualizada não?

    E não me "tornei assim" por "opção", mas por acontecimentos, e pequenas coisas, se leres textos para trás, também verás que falo disso.

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  7. Aproveita este novo ano de 2011, para fazer uma mudança radical. Se não gostas de ti, questiona-te o porquê de tal e tenta ver como te poderás corrigir. Enfrenta os teus medos, esse é o essencial. Creio que no fundo, também tens medo de ti. Pelo que "vi" de ti - em comentários passados -, não acho que sejes antipático e mau, mas sim fechado e um pouco inseguro. Isso muda, com o tempo, claro, mas principalmente, com muita força de vontade. Falo por experiência própria, força :) !

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  8. Epah, isso é um bocado paleio de café.
    Não mudo, porque não tenho nada que mudar.
    Aquilo que me estás a dizer, já não me é novo, é aliás, e acima de tudo, corriqueiro, e sem qualquer ponta de "inteligência". Esse tipo de frases é como tudo.
    A mim não me incentivam, apenas me enervam.
    É escusado dizerem-me esse tipo de coisas, porque aquilo que sou, sou-o à força, por vontade de não ser igual e controlado.

    Se o teu comentário me deixou irritado?
    Podemos dizer que sim, porque é do mais corriqueiro que há. Porquê? Porque é sempre a mesma coisa. Eu já fiz um esforço, incondicionalmente, para chegar onde estou.
    Se não gostam de mim, há muitos montes de merda por aí, que querem cona e gaja.
    Pensar assim, pensa toda agente, mudar, toda agente quer.

    Eu pelo menos sou "bruto", mas mantenho a postura. A não ser que digam alguma coisa mesmo com piada. Eu quando falo, não é para me armar em coitadinho, nem é para me armar. Ao contrário do resto deste pessoal que para aí anda, nem sempre tenho razão, mas os textos que escrevo, ajudam-me a compreender-me melhor, e a compreender outro tipo de coisas.

    Se eu sou assim, se eu gosto de ser assim, ainda que muita gente não goste nem aceite, sou verdadeiro. Sou a verdade nua e crua. Não sou fingido, nem sorrio só para ser agradável.
    Os meus pais deram uma excelente educação, e uso-a quando a bem entendo.

    Não me aceitam, nem gostam de mim? Epah! Vão Badamerda! Que para mim só me ocupam ar, e ao mais não me importo. Metem-me é nojo...

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  9. 'Tudo na vida pode ser insignificante mas é muito importante que seja feito' Mahatma Gandhi

    ...e dito!

    (:

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