domingo, 27 de junho de 2010

Lago de Infância...


Estou agora no lago...
Tenho o pé na água, e sinto-o gelar.
Os calções molham-se em cada passo, para o interior daquele azul profundo.
Os peixes nadam entre as minhas pernas, sinto as suas caudas baterem-me...
O sol da tarde, trespassa os ramos dos eucaliptos, que enchem de mentol aquela baía pequena.

Depois de um banho, eu e o meu irmão, brincamos à beira do lago, montando com pedras uma barragem.
As ondas pequenas, fazem-nos imaginar tsunamis, e reforçamos as pequenas paredes da "muralha".
A minha mãe chama-nos para colocarmos o creme, e é então que nos transformamos em pequenos índios, pintados de uma só cor. Pegamos nuns ramos já mortos, e lutamos um com o outro, entre as árvores e folhagem morta, que nos pica as pernas, e nos magoa os pés.
As espadas chocam e pode-se ver as faíscas saltar. Saltamos agora nós para dentro de água, e a minha mãe grita para que saiamos dela, pois tínhamos acabado de comer pão com tulicreme.

Só dali a 20/ 30 minutos é que sairíamos da água.
O pai tinha nadado até à outra margem, e nós a brincar com o que podíamos.
As cadelas, descansavam nas nossas toalhas, e a minha mãe vigiava-nos da sombra.

-- Está frio aqui...
-- Faz chichi.

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