E morro por dentro...
Mato-me aos poucos.
Corto-me em pedaços que mastigo.
Tenho ódio de mim mesmo...
Não sou nada...
Ninguém me ouve, porque eu não sou nada.
Ninguém me vê, porque não sou nada.
Ninguém se preocupa, porque eu não sou nada.
E por não ser nada, ninguém me compreende...
Ninguém me quer ouvir, ver, ou cheirar...
Ninguém se estranha e questiona sobre aquela personagem...
Riem-se de mim...
E eu chorando, mostrando-lhes que também sinto, não sou ninguém...
Porque ninguém me entende...
Ouço então esta melodia,
Aproximo-me dela, e danço com ela..
Danço e danço, percebendo mais tarde...
De que esta será a minha ultima dança na terra.
A minha dança com a morte.
Ninguém sentirá a minha falta...
Nunca ninguém saberá a minha história...
Porque não sou ninguém.
Existem dias em que a morte passeia comigo de mãos dada com a minha, ainda que não o sinta.
Existem dias de solidão...
O caixão da minha morte, guardará o meu corpo, a dará descanso à minha mente.
Junto com o fundo do mar,
Segurada pela corda, atada ao meu pescoço partido...
Entre o meu sangue que me encharca o corpo.
Entre o ódio de viver comigo.
Abraçado à lua, enfiado num canto com uma bala na cabeça.
Entre espuma e comprimidos, entre cortes e tesouras.
Porque não consigo ser feliz?
Talvez me esteja a pensar na direcção errada, junto dos meus medos, da minha solidão e empatia.
Talvez o seja por nunca ter vivido algo feliz.
Estou farto de mim...
Deixem-me ir e não chorem.
Pouco me importarei convosco.
Afundo-me na água, como uma pedra...
Entre dores e puxões, me afundo de vez, aceitando por fim a minha morte.
Derramarei o meu sangue, para que todos possam ver como sou por dentro...
Deixem-me comprar cianeto!
Deixem gritar de dores e sofrimento durante a noite escura que me engole a pessoa insignificante que sou.
Deixem-me sorrir, e mostrar as cicatrizes do meu ser.
Deixem-me mostrar as marcas das minhas lutas.
Deixem-me ser estranho e confuso... pois não sou ninguém.
Entre folhas soltas e amarrotadas, choro com agrado, as dores que me corroem a mente.
Entre as palavras e os pingos, entre o sangue e o carvão, jaz o ser, do meu sofrimento mais profundo.
Ninguém me vê porque não sou ninguém...
Porque não mereço ser visto...
Deixem-me chorar sobre a almofada!
Deixem-me sonhar que sou feliz!
Deixem-me sorrir... no leito da minha morte.
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Documentário sobre o suicídio.
Teens and Suicide - Documentary: Hello Jule, I'm still alive
Sinto me assim tantas vezes...
ResponderEliminarMas temos de tentar, tentar pelo menos, seguir outro caminho....
eu sei que nao sei (isto soou estranho xD) o que sentes realmente, mas deve ser algo mesmo muito mau...anda muita dor por ai menino...
Tu es alguem...mesmo que aches que nao...
Alguem que passa todos os sentimentos para o que escreve...e que é lindo de ler ^^
Beijinho *.*
As conversas são sempre as mesmas, mas agradeço o comentário.
ResponderEliminarQuando alguém se sente mal ou triste, existe sempre outro alguém que lhe quer impingir o contrário.
Quando alguém diz que não é nada, ou que não presta, outro alguém quer-lhe impingir o contrário.
Deixem-se estar calados, porque isso, para mim, não me diz nada, só me inerva! Dizem sempre a mesma coisa: "é a vida".
Se fosse lindo de ler, não teria tão pouca gente a seguir-me, como é o caso do meu irmão.
Se eu escreve-se bem, não teria tão poucos comentários.
Parece que afinal o esforço que faço para mim, e disponibilizo para outros poderem ter, tem mais resultado do que o esforço que faço para os leitores.
Desculpa...não te queria enervar nem la perto =/ ...queria apenas que visses que tens aqui uma seguidora...
ResponderEliminarse sao poucos os que vêm este blog?? pois nao sei...mas nao sabem o que estão a perder...