domingo, 28 de fevereiro de 2010

Desempregado... [Remake]

Desempregado...

[Photo][www.joe-ks.com]
Pois é... parece que os "senhores" do lidl não gostaram lá muito do meu irmão.
Comparando o meu irmão com os restantes 3 elementos jovens que entraram 1 mês depois, ele era o melhor.
Melhor até que eu! E ainda bem! :)

Mas... Quando o chamaram, para "renovar" o contrato, usaram a seguinte desculpa:
"Queremos pessoas dinâmicas, extrovertidas, que se riem e que se dêem bem com toda gente."
"Que seja rápido nas filas, e que não faça filas (? já não me lembro muito bem), saber os códigos, etc...."

Ora, tanta desculpa, que não o podiam incriminar, pois ele era muito melhor do que nós os 4!
2 Rapazes, eu e ele.
2 Raparigas, que se tornaram nossas amigas muito antes de terem ido para o lidl.

Estas desculpam, foram apenas um pretexto para arranjarem mais gente nova, e que fossem trabalhar para o Lidl como primeiro emprego.
O estado paga, se não me engano, 250€ à empresa, e a empresa lucra com isso.
Ao meu irmão, lucravam apenas 20€ por mês...
Comigo, eram uns 120€.
Com as minhas colegas eram 120€ e 170€.
Com todos nós lucravam: 240+170+20 = 430€
Que gastassem 500€ connosco!
ficavam a ganhar 500€ e a poupar cerca de 600€.

Por mês, recebiam um absurdo!
Ora, inventar uma desculpa desta, só pelo simples facto de quererem outro pessoal novo, acho um acto de cobardia. Pois 6 meses de trabalho, que para mim ao todo, foram apenas 20 dias de 10h.
E serão apenas 30 dias. Pois se por semana trabalho apenas 2 dias, de 5 horas...

Continuando...
Se ele foi despedido, sim, não é renovar o contracto, mas sim, despedir, então os restantes 3 jovens que entraram para lá à 5 meses, sairão dentro de 1 mês.

Desde o inicio que havia algo de errado.
Não me sentia bem lá, nem gostava da ideia de ir para lá trabalhar.
E até escrevi aqui sobre o assunto de, "atar" o cabelo.

Apesar de não gostar de lá trabalhar, fazia um esforço.

À uns tempos, ouvi dos meus superiores, que do concelho da Mealhada, o Lidl da Mealhada, que tinha aberto à pouco tempo, era o que vendia mais.
Agora... á uns meses para cá, senti realmente uma grande afluência ao Lidl onde "trabalho".
Agora, não sei se a fluência seria pelo simples facto de eu ser filho do Sr. Mota, e como as pessoas me conhecem de pequeno, e conhecem-me de ser filho do Sr. Mota, as pessoas, penso eu, tendem em pensar:
"-- se os filhos do mota trabalham aqui, é porque o ambiente é bom, ou porque o local é de confiança".

Pois bem, só espero, que quando sair de lá, aquela merda perca tantos clientes como os que ganhou!
E seria bem feita, perderem, pelo simples facto de eu e o meu irmão, e as duas raparigas termos saído de lá.

Pois também à uns tempos para cá, as pessoas têm vindo a dizer que este era o Lidl em que os funcionários eram bem educados, e simpáticos.
Não devem a estar a falar de 2 ou 3 que lá trabalham.... porque... pela ultima reunião que tivemos, as coisas estavam na mesma, segundo os meus "colegas" de trabalho... -.-'

E se o lidl da mealhada se tornou mais "simpático", deve-se ao facto de estarem lá 4 jovens os 5 dias da semana, a atender familiares e conhecidos.
E... se falam bem de quem lá trabalha, e da forma de como são atendidos...

Bem... sei de uma amiga/"conhecida", que trabalha também numa empresa como 1º emprego, e a empresa paga-lhe os 250€ mais o ordenado mínimo.
Para quem acabou os estudos, e pretende começar a fazer a sua vida, 250€ são muito bons.
Quer dizer.... qualquer dinheiro é bem vindo, mas se puderem ajudar ainda melhor!
Eu, recebo por enquanto, 140€ por mês.

O que, se vivesse sozinho, não dava para pagar o apartamento, ou a renda de uma casa, nem para pagar comida para o mês todo, nem água, nem luz, nem... NADA!
São vacas que mamam dinheiro, enquanto fodem a vida dos jovens que começam a sair da escola.



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Comentário?

"Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "Desempregado...":

Claro claro! Houve aumento de vendas por vocês terem vindo para cá. Até aposto que toda a gente do concelho e fora dele vos conhece... Um bocadinho de humildade não faz mal a ninguém! Sinceramente...
Cresçam e apareçam!

Quanto ao que recebes, tu à partida já sabias o tempo que ias trabalhar e o que vinhas ganhar... Pensas que é chegar a um emprego e ganhas tanto como os que já lá se encontravam antes de ti? Tens de começar do zero rapaz. Os actuais funcionários também começaram por ganhar o mesmo que tu e acredita que ao fim de 2 anos não deve haver muita gente (para não dizer ninguém) a queixar-se do que recebe em função do tempo que trabalham.

Volto a repetir que tudo vos foi explicado antes de assinarem contracto e se preferiam não arriscar, não assinavam. Se estão à espera que vos facilitem a vida, não vai ser só no LIDL que vão ser "despedidos"... Aconselho-vos a estarem mais atentos à actualidade, à taxa de desemprego que não pára de crescer. Foi-vos dada uma oportunidade que não souberam aproveitar. Não se podem queixar da empresa, que já está em Portugal há muitos anos, de não renovar com vocês por achar que consegue trazer gente mais despachada e com mais vontade. Tu próprio dizes que não gostavas de trabalhar lá! Pensa bem no que dizes...

Vocês não têm mesmo noção das coisas. E só vos fica mal virem para aqui falar de coisas que não tem nada a ver. Quem ler isto até é capaz de acreditar no que está a ler..."


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Não sei quem és...
Mas o facto de na ultima reunião sobre "roubos" no lidl, terem perguntado aos funcionários como é que as coisas estavam, e dizerem que estava tudo na mesma e que nada tinha mudado..
De os clientes dizerem que as pessoas "aqui" são muito simpáticas; e referirem que os clientes "nos tratam" por tu... alguma coisa não bate certo. Parece que de simpatia não há nada, ou não notaram nada.
Nem notaram uma grande afluência ao lidl por parte das pessoas, apesar de dizerem que gostavam de cá vir porque havia gente simpática.

Nem sei porque vens "ralhar" para aqui.
E ainda por cima, "queixares-te" sem colocar o teu nome e não dar a cara, isso é que te fica mal.
Quanto ao que eu digo aqui, ou deixo de dizer, se quiseres gostas, se  não quiseres não gostas.
Deves-te achar dono/dona do mundo e do conhecimento, e da experiência.
Eu falo o que quiser, e como me apetecer! Este blog é meu, e só lê quem quer.

Além disso, não menti em relação a nada do que escrevi nesse post, e não deves ouvir assim tanta gente a falar "abertamente".
É muito fácil falar mal dos outros, não consegues apontar uma coisa boa?
Não consegues dizer, pelo menos, que é uma experiência de vida, e de que ainda tenho muita coisa para ver?
É mais fácil continuar a falar mal.

Para ler: http://appaixao.blogspot.com/2010/02/deixa-me-ir-embora-porra.html


Nem sei se és da Mealhada, ou daqui perto, mas falares: "Houve aumento de vendas por vocês terem vindo para cá. Até aposto que toda a gente do concelho e fora dele vos conhece..."
Mais de metade das pessoas que lá vão são conhecidas do meu pai, da minha mãe, e de tias minhas que cá moravam! O meu pai jogou futebol em quase "todos" as concelhos da mealhada, e a minha mãe trabalhou nas 2 creches que cá existem e no lar de idosos!

Muitos pais passaram por o meu pai na escola do ciclo, onde trabalha, e outros tantos passaram pelas creches e ATLs que existem da Santa Casa da Misericórdia
E essa gente, conhece-me a mim, mas não as conheço a elas. Muitas delas.

E se as vendas tiverem subido por causa disso?
Não estou a afirmar nada. Estou a especular.
Ou já não posso dizer nada no sítio que é meu?
Para ler: http://appaixao.blogspot.com/2010/02/quem-escreve.html


Deves pensar que me conheces assim tão bem como pensas!
"Houve aumento de vendas por vocês terem vindo para cá. Até aposto que toda a gente do concelho e fora dele vos conhece..." -.-'
Tenho senhoras que atendo, e que me reconhecem por serem amigas das minhas tias, e por ser filho do senhor Mota, ou da Dona Lena, ou neto do zé cabeço, ou primo por parte da avó do tio de que é primo de não sei quem.
Deves pensar que por vires de Lisboa ou o caralho que toda agente aqui te tem de conhecer como te conheceram lá.
Achas que ando por aí a exibir-me? E que tenho cunhas para entrar ali e acolá por ser "conhecido"?
Eu nem saio de casa! Devias no mínimo achar vergonhoso eu dizer algo que só posso ver quando trabalho no lidl não? já que só trabalho 2 dos 7 dias por semana, e 5 horas num dia de 24h.

Mas ainda não percebi, vieste comentar porque eu "acho" que o lidl teve boa clientela desde que fui para lá, ou porque despediram o meu irmão com uma desculpa esfarrapada?
Para além disso, posso dizer e pensar o que quero sobre o meu local de trabalho! Achas que aquilo que disse aqui, já não o disse e conversei com os meus pais?

Antes de me apontares o dedo pensa duas vezes.
Eu entendo e aceito a tua crítica, agora essa de ninguém na mealhada e fora dela me conhecer....
Até de anadia e dos três pinheiros!
De casal comba...
Deves achar que uso a fama para proveito próprio não?

"Não se podem queixar da empresa, que já está em Portugal há muitos anos, de não renovar com vocês por achar que consegue trazer gente mais despachada e com mais vontade."
Esta então não se fala! Deves achar que sou burro não?
E que se eu mesmo fosse dono de uma empresa não fazia o mesmo!
Ganhar 250€ por cada funcionário para primeiro emprego era mau...
Até parece que pela forma como falavam, quando se punham a falar para mim no "renovar" contrato, eu não sentia sarcasmo. xD
E eu a pensar que ía ficar lá a trabalhar... que grande tonto.
Mas caso não tenhas percebido, só falei do lidl da Mealhada, e não nos lidls todos.
Por isso, tudo aquilo que vier a falar posteriormente sobre o lidl, será apenas e só, em caso excepcionais, do da mealhada. Nem nunca trabalhei nos outros, nem sequer sei como são as outras pessoas a trabalhar e como "amigas" e "colegas" de trabalho.

Só falo daquilo que sei, e como este "blog: http://realidadeoculta-novo.blogspot.com/", teorias escrevo-as também. Isto é meu, e quem quiser lê, quem gostar vê, quem não gostar disto, que vá ver outros blogs.

FODA-SE! Com tanto blog onde podias ir criticar, tinhas logo de vir criticar no meu pá.
Mas deixa lá, que eu pelo menos critico enquanto sou jovem e ainda consigo usar o cérebro.
Não quero, quando fechar os meus olhos e morrer, pensar que podia ter dito tanta coisa mas não disse por ter medo.. -.-'

""
...parece k temos aki um chefezinho lambe botas a tentar dar lições de moral...e se trabalhasem em vez de mandar os operadores fazerem o vosso trabalho como ver dll despejar quebras e tirar stock's de fruta?...talvez se seny«tissem mais realizados do k fazer pressão pra acabarmos e picarmos cedo pra depois ficar meia hora ou mais lá dentro a fazer o vosso trabalho ou a espera k vos "desemerdais" pk é mt trabalho pra vós...o Lidl é feito pelos operadores somos nós k trabalhamos somos nós k damos a cara aos clientes...pk voces não se importam de nada kerem é fazer festinhas ao chefe de zona e agradar...SABEM PK?
PK O VOSSO É LIMPINHO KER A LOJA VENDA OU NÃO...kuando é pra foder é o operador k toca a cortar no salário...e viver com uma miseria de ordenado...se isto não estivesse como estivesse já me tinha posto no caralho à mt..
""
passem a palavra lidl = a injustiça laboral e espero que haja autoridade para travar este drama.
srs clientes nao se deixem enganar o lidl é uma farsa e so vende porcaria com a data no fim.
colaboradores do lidl abram a pestana ha muito mais pra alem desse trabalho... a todos boa sorte.
""
Lidl é uma merda... (Quem puder e tiver tempo de ler, vejam os comentários e o post.)
Lidl, Xabregas

Para quem gosta do lidl: http://joyoflidl.blogspot.com/
http://merdasdolidl.blogspot.com
http://merdasdolidl2.blogspot.com
Não estou a falar MAL dos produtos ou lidl, mas sim a falar MAL do local de trabalho.

Afinal parece que não sou o único a falar mal...
Volta sempre!

O choro da minha morte...


Nua, encapuçada...
Num sitio húmido e silencioso.
Sinto-o pelo cheiro das paredes, do chão, e pelos pingos que me percorrem desde o alto da cabeça.

Sinto uma corrente grossa apertar-me o pescoço, e as minhas mãos suportar todo o peso do meu ser.
Os pulsos deslocam-se dos ossos lentamente, e a corrente corta-me a pele, aperta-me a cada esforço e movimento para me soltar.

Quero urinar, mas aquela situação impede-me.
O desconforto acumula-se, e o frio percorre-me o corpo como uma chama.
Uma corrente de ar atravessa-me o corpo, fazendo-me tremer tanto, que ambos os pulsos ficaram agora mais rasgados. As dores começam-me a dar enjoos.

Os pingos percorrem-me o corpo, provocando arrepios.
Arranhando-me, marcando, como ferro em brasa.
Sinto os dedos dormentes, frios.

Sinto-o aproximar-me.
Dá-me um está-lo na cara, e cospe-me.
Ri, enquanto o meu cérebro tenta saber de quem é o riso tão... característico.
Tirou-me o capuz da cabeça, arrancando cabelos. E pude ver os olhos daquela figura durante breves segundos, antes de fechar os olhos com a agonia daquele forte puxão.
Deixei lágrimas escorrerem-me pela cara marcada pela estalada.
Sentia-as, arrefecerem-me aquela queimadura tão profunda.

Quando acordei, toda a minha alma se arrepiou.
Todo o meu corpo tremeu, todo o meu ser exposto se repudiou ao ver aquela figura.
Era alguém, que à uns tempos atrás, me daria do seu carinho, me daria flores, e me levava a paraísos verdes, tocados pelo céu, cantados... pelo som do mundo.
-- Gonçalo? -- perguntei assustada.
-- Sim? -- respondeu ele muito sorridente, com um grande sarcasmo naquelas palavras e voz, que considerei meigas.
-- O que estás a fazer? -- perguntei sem pensar. Óbvio que sabia o que se passava, e talvez o porquê de ele me fazer aquilo.
Agarrou pelo pescoço, apertou-o com força e "levantou-me" pelo pescoço, respondendo com uma cara vermelha e de ódio profundo para comigo.
-- O que estou a fazer? O QUE ESTOU A FAZER?! Andas-me com aquele monte de merda! Aquele parvo e burro do teu vizinho, ou amigo ou lá o que é! E ainda tens a lata de me vir dizer que não andas com ele?
Achas que eu não tenho olhos? HÃ? Achas que sou ESTÚPIDO??!
-- Estás-me a magoar Gonçalo... para. -- respondi, enquanto as suas unhas se cravavam a cada palavra de raiva.
-- Ai estou? Ainda bem! Porque tenciono matar-me o mais depressa possível! CABRA!!

Largou-me, e senti de novo, o peso do meu corpo nos pulsos, e os meus dedos contorcerem-se.
Com as lágrimas a correrem-me pelo rosto, aos olhos dele, eu era como um filme de pornografia.
Podia-o "sentir" ter prazer com o meu corpo nu, marcado e com a minha cara vermelha e cheia de lágrimas.
-- Vou-te foder toda! -- disse sorrindo, enquanto me segurava pelo queixo.

Desapertou as calças, e enquanto se despedia um pouco mais da cintura para baixo, tentei dar-lhe um ponta pé naquele sitio que conhecera durante meses e anos. Mas nada no meu corpo reagia... Parecia um cadáver pendurado, como gado, à espera de ser esfolado.
Começou por mo enfiar todo, de repente, enquanto tentava desesperadamente fechar-me.
Forçando a entrar e a sair, enquanto se agarrava ao meu corpo.
Sentia-me enojada, traída, e dali a quase 1 hora, violada...

Estava agora no chão, violada, arranhada, marcada... enquanto me tentava manter acordada.
Lembrava-me, dos dias íntimos, das nossas carícias, do prazer e das conversas antes, durante e depois.
Lembrava-me... das palavras que o faziam corar, ou ficar louco.

Chegou-se perto de mim, depois de ter ido lá acima.
Eu sabia agora onde estava. Na cave. Onde tinha-mos tido a primeira relação sexual, e quando esse pensamento me passou pela cabeça, tremi de medo, sentindo toda a minha dignidade violada e rasgada de tamanha força feita por ambos.

Agarrou-me pelos cabelos, para me tentar ver a cara. Deu-me um murro sem sentido, que me partiu o nariz em 3 sítios. Encheu de pontapés o meu corpo. Fracturou-me 2 costelas, e deslocou-me o joelho, depois de um salto e de todo o seu peso me cair em cima.
A agonia percorreu-me o corpo. Cada toque seu, me parecia queimar.

Enfaixou-me o pescoço, e amarrou-me por ele à tábua que me pendurava antes.
Elevando-me, engasgava, e toda a minha traqueia, saía do sitio.
Pegou numa faca que tinha trazido para baixo, e passou-a pela minha cara...
Pousou-a, em cima da bancada de ferramentas, e ligou a moto-serra do pai.
Aproximou-se, e ligou a corrente, fazendo girar toda aquela corrente cheia de serradura. Disparando por todo o lado, picando-me o corpo, e empoeirando os meus olhos.

Aproximou-se mais, rindo-se descontrolada-mente, e deixando ligada a corrente, assustou-me, passando as lâminas a centímetros do meu corpo nu.
Vomitei-me toda, por cima dele, e do plástico semitransparente que esticou por baixo dos meus pés.
O meu corpo coberto por todo aquele vómito, que me aquecia o corpo...
Mijei-me também pelas pernas, e burrei-me toda. O cheiro impestava o local que assistia à violência em silêncio.

A merda caía-me pelas pernas, e o chichi escorria como um rio, que teimava em não terminar.
Todo o meu cérebro entrou em colapso, os meus olhos reviraram, e a minha cara, transformava-se numa criatura horrenda. Veio o choro, a cara vermelha, e os chicotes ao corpo, para me tentar libertar.
Deu-me uma estalada, e subiu...
Chorando descontroladamente, consegui partir o barrote, vesti algo improvisado, enquanto calcava toda aquela merda, vómito e mijo, que me provocavam enjoos, e me faziam estremecer a cada imagem que me passava pela cabeça, daquele movimento repentino feito pela moto-serra.

Tentei sair de casa sem que ele se apercebesse, e assim que consegui escapar, começara a minha morte.
O medo persegue-me por todo o lado, apesar de saber de que ele não volta a sair da cadeia.
O seu espírito amedronta-me à noite. Os rapazes metem-me medo, e nem pensar em olha-los quando passam por mim na rua, ainda que vá acompanhada pelos meus pais, que me tentam manter sociável.

Primos e tios mais novos, conversam comigo, enquanto me encho de medo.
Uma menina de 18 anos não deveria ter medo deste tipo de coisas... não acham?
As carícias do meu pai fazem-me lembrar o Gonçalo.
Todos os dias... quando choro, aquele dia reaparece, queimando-me.

Todos os dias... o choro leva-me à morte.

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Para ser ouvido ao som de: Sociopath - In The Name Of Marquis De Sade (2009)
http://www.mediafire.com/download.php?wyt0hqj1zmh
ou
http://www.mediafire.com/download.php?thwmzz2ymnk
ou
http://www.mediafire.com/download.php?mntk5tyyhzo

Outro texto. (não foi escrito por mim)
Kill me - http://solitarychild.deviantart.com/art/Kill-me-78515673

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Dia a dia...


Acordo com a EuroNews.
E adormeço com ela sintonizada.

Não é todos os dias, apenas naqueles em que quero dormir descansado, em paz.
Quando quero descansar de um dia passado em frente a milhares de linhas de código Pascal/Delphi.
Depois de um dia, em que apenas a cama me faça sentir quente, refugiado nos lençóis que me tocam, e tentam conversar comigo. Tocam-me as suas mãos, cheias de borbotos. Pintados ás riscas, e de cores "pesadas" mas calmas. Cores... de Outono?

Rodeado por almofadas brancas, que a minha mãe teima em pintá-las com algo estranho. Parece que as enfia dentro de um saco cama, ou um lenço...
4 são as almofadas que me protegem dos monstros, que se colam e andam pelas paredes, que me protegem... do monstro do pó que parece crescer a cada dia...

E esta cama? Que a cada dia parece encolher, ainda que continue no mesmo sitio.
E quando me deito, nesta cama que ás vezes parece de rei, e outras... o ninho de hamsters, ou um "corral de porcos" como a minha mãe costuma dizer; sinto-me rei do meu quarto...
Controlando a TV com algo que desconheço o seu mecanismo, mas que até tem um design simples.
E com o portátil, controlo o meu cérebro, e uso-o como nunca usei antes.
Processando cada linha ao dobro da velocidade da luz...

E por vezes, cansado de aprender e inovar, fico a comer documentários, e programas que me colam à TV como os "Dots" (ado-te um DOTE!, que dava na sic).
E fico tão colado, que mudar de canal, é como perder um pedaço de vida, como fazem os cigarros...
E ainda que a vontade de mudar seja muita, faço-o o mais rápido possível, para que me doa menos.
E quando digo colado, digo literalmente, não de uma maneira que me afecto os olhos (xD) mas...

E acordar para mais um dia, de incertezas do lidl, deixa-me de rastos... com o que será que me vão ralhar desta vez? Preferia ficar em casa, ou ir passear, mas no fim, teria de aturar estas atitudes, ou piores, no futuro. E só poderei aprender com estas, para que as próximas doam menos.

E ligo a TV, e ouço a EuroNews. Sentado ao computador, a actualizar-me, a rir-me, e a aprender.
E descontraio, enquanto as 7:40 não são marcadas no relógio.

E ainda meio a dormir, o meu cérebro começa a trabalhar devagarinho.
Por vezes, acordo sobressaltado, porque alguém bateu com a porta, deu um peido (xD - o dicionário não reconhece a palavra. -.-'), ou porque falaram demasiado alto.
Lá vou a correr para o PC, que se deita em cima da minha cadeira, e logo de seguida, agarro no comando por debaixo de uma das minhas almofadas...

Logo que me sinta mais... "forte" ou com fome, levanto-me, calço os chinelos, e em modo "Sonâmbulo", cambaleio pelo corredor, chegando à sala e depois à cozinha.
Aí, levo com o frio que vem do quintal, por baixo da porta, e como um pão, ou um doce, ou então... não como nada e volto para o quarto, acabando apenas por beber um copo de água.

Posso ir passear ou ficar em casa o dia todo.
Assim que acordo, todo o meu dia será regido por "previsões" que vejo e ouço... ou que aparecem simplesmente, como as pessoas que por mim passam na rua.
E quando me deito, o meu corpo quer conforto, desde que, o portátil esteja bem acomodado em cima dele.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Sobre o rio...


Sentado...
Num tronco de árvore velha, que me suporta sobre um rio...
No meio de uma floresta longe da montanha pintada de branco.

Lá... ouço o mundo, o ambiente, o som dos animais, os grilos, a erva mexer.
Ouço o rio correr, e os salpicos provocados pelas folhas molhadas com o orvalho da manha.
o verde pinta em volta, aquele pequeno espaço, e todo o resto fora da minha bolha.
Olho para cima, e vejo uma águia voar, vejo esquilos saltarem entre ramos, e passarinhos chilrearem de dentro dos buracos cavados pelos pica-pau.

As folhas dançam com o vento, e as árvores parecem dar as mãos.
vejo partículas de pó, voarem, "soluçando" com saltos à mudança de força do vento.

A relva move-se, ondulando, entre pedras que parecem muito mais pesadas do que o seu tamanho aparenta.
Ouvem-se as árvores ranger... falam umas com as outras.
Passando mensagens e sabedoria ao longo do tempo, espaço, eras...

De repente, sinto cócegas nos meus pés.
E olho para baixo, vendo-os através da água limpa...
Roçando neles, como se fosse um gato, estava um peixinho de um vermelho alaranjado.
Dava ao rabo, e abana o corpo, como se dançasse na força da corrente.
Fazendo remoinhos pequenos, respirando à tona, e abrindo a boca como se quisesse falar comigo.

O sol aquecia-me os olhos, fazia as plantas acordar e esticar as suas pétalas...
Fazia girar os Gira-sóis, reflectia na água e iluminava todas as pedras que pareciam rebolar monte abaixo, como fazem aqueles tolinhos atrás do queixo. ;P

Os lagostins faziam maratonas, jogavam à apanhada e ás escondidas, naqueles cantos tão negros, por entre pedras coloridas, de tons cinzentos, vermelhos escuros e branco.

Podia ver uma família de raposas lá ao fundo, entre árvores e arvoredos baixos.
Podia ouvir os ramos estalarem, e passarinhos beberem água.
Gorgolejando gotas, como que provando o seu sabor, distinto e vazio.

Tudo à minha volta, se movia, crescia ao sol, ao som do vento, partilhando sementes e rebentos, espalhando as suas bolhas, pelos 4 cantos do mundo... e todos eles, serão tão diferentes, como o vento de amanha, como a intensidade do sol, o frio, e a energia, que de um pequeno espaço como aquele, sobre o rio, me faz reagir.

Faz-me sorrir, e sentir... que este mundo, ao qual "apenas" nós, o podemos deslumbrar em todo o seu esplendor, em toda a suas ascensão...
Mas também... magnificar-mos com as suas terríveis lamurias e dores, entre terramotos, erupções e cheias...

Este mundo, abraçou-me... ao sabor do vento.
Serei mais uma semente no ar, uma semente à espera de um lar.
De um solo rico, fantástico e cativante, onde depois da minha morte, me poderei devolver à natureza...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

A música à chuva...


Decido sair à rua, enfio os headphones nos ouvidos e ponho a música a tocar.
Entre músicas calmas e violentas, a passo normal, caminho para a floresta.
Tempo chuvoso, e frio...

Fecho os olhos, e caminho por um bocado, entre a escuridão que me acalma o pensamento, ao som da chuva.

"Dark Sanctuary - Mon Errance"
Voo por entre as folhas, sentado no vento...
Mexo-me com a chuva, contraindo cheiros melancólicos...
E os pensamentos fluem... vejo a chuva cair diante os meus olhos fechados, imagino-me à janela, molhada, salpicada, numa velha casa.
Sinto-me perto da lareira, de cobertores de lã...
sinto o cheiro do chá fervido a curta distância, e a voz dela chegar-se de perto...
Ouço a chuva cair no telhado...

Sinto o frio que entre pela fresta da janela pequena,
Vejo o chão tornar-se lama,
Formar papas de folhas, e o musgo morrer...

E à escuridão bruta, de tais nuvens grandes e cinzentas, sinto-me pequeno..
Encolhido entre o calor, o conforto da sua mão tocar-me a cara.
O seu beijo mágico reconforta-me, enquanto tremo.

"Dark Sanctuary - Des Illusions"
Ouço o choro de alguém no chão, uma rapariga que chora algo que não entendo...
Sinto os olhos arderem, e o peito em chamas...
Falta-me o ar!
E vejo o rosto dela entre mim...
E caiu ao chão, choro, de aperto no peito que me impede respirar, um nó que se cruza entre amor e desespero... e tento falar!
Falta-me a voz, e a dor no peito aumenta,
Os ouvidos suportam agora um zumbido que me atordoou os sentidos.

E em tamanho desespero, ela aproxima-se de mim, tocando-me...
Vejo as lágrimas escorrerem-lhe pela cara...
Sinto o meu peito abrir, e tremo.
Fecho os olhos, enquanto pela minha garganta seca, passa um nó tão grosso, que me sinto engasgar.

Os braços perdem a força, e sinto o calor da sua mão, queimar-me os dedos.
Que impotência, que desespero este,
Que nem um grito consigo soltar..
Que força estranha me corta em pedaços, me esmaga e come...

"Dark Sanctuary - Les Memóies Blessées"
Abro os olhos, e volto de novo ao mundo...
Sinto a chuva bater-me nos ombros, e no cabelo.
Estou caído no chão, enquanto uma rapariga corre para mim.
Sinto as pernas fracas, sinto as pedras marcarem-me as mãos, e os joelhos.
Ensopado num gélido ambiente, ela abraça-me com as suas mãos, e levanta-me, sentando-me num banco do jardim...

Retirando os meus cabelos compridos na cara,
Tirando-me a febre...
Com um sorriso, agarra-me as mãos.
Sinto o seu calor contrastar com as minhas mãos frias.
Vejo o sol, no lugar da lua, vejo o céu azul, no lugar da nuvem negra...

E como à primeira vista, o nosso olhar cruza-se, e beijamos-nos debaixo da chuva intensa.
Deitando-a no banco, a troca de fluídos, disponibiliza na nossa mente, a vida, os gostos, os ódios, as experiências de ambos.
E enquanto as nossas vidas se entrelaçam, criamos um laço, que se divide em dois...
Ambos frágeis, longe do mundo real, longe da nossa beleza, e do nosso sorriso.

O laço marca o momento da mudança...

Este dia, vi o sol no lugar da lua, e o céu azul no lugar da nuvem negra...
Neste dia, encontrei-a, e nunca mais nos esquecemos.
Este dia... ainda agora começou, e irei passear para a floresta, esperando por ela no nosso banco do jardim. :)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A morte por uma colher...



Isto dá outro sentido á frase:
"-- Mato-te á colherada!" :D

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Macdonalds e os tabuleiros



Ora, depois de ter visto, agora, nos morangos com açúcar, os "adolescentes" terem deixado as latas, e quês, em cima da mesa, depois de se irem embora, lembrei-me do macdonalds.

Aqui à uns dias, fui comer ao Macdonlads, e dois casais de adolescentes com os seus 17 18 anos, sentou-se ao nosso lado e depois de comerem, deixaram os tabuleiros em cima da mesa para o "empregado" arrumar.
Mas não foi só nesse dia!

As pessoas parece que andam mal educadas!
Deixam os tabuleiros em cima das mesas, para que os empregados tenham o dobro do trabalho, saiam mais tarde, porque depois têm de apanhar tudo, e têm de aturar a falta de educação das pessoas.

Os meus pais educaram-me a arrumar e limpar tudo depois de comer.
Onde quer que seja.
E sempre que como fora, as pessoas continuam a deixar tudo desarrumado, e tudo numa balburdia, enquanto eu e o meu irmão, arrumamos os pratos, os copos, colocamos os papeis num canto, isto, se formos comer a um restaurante.
Quanto menos trabalho os empregados tiverem, melhor!

Acho que devia-mos todos ajudar não?

Se for-mos ao Macdonalds, separamos o lixo, e colocamos os tabuleiros no sitio certo.
Por estar tão habituado, noutro dia deitei uma tarte de maça para o lixo, apesar de a ter arrumado dentro do pacote para a comer depois. =(

Acho estúpido, esta cambada de adolescente e adultos, deixarem assim, sem respeito algum por quem trabalha, os tabuleiros sujos e uns em cima dos outros.

Pergunto-me, se fazem o mesmo em casa.
Bem... talvez tenham algum "escravo" a trabalhar para eles, para limpar a porcaria que fazem.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

POPH - Concurso "Grande Será o Nosso Futuro" - QREN



"O que construí na minha vida após a conclusão do 12º ano."
Ora... eu não sei que tipo de construção a que se referem.

Referem-se a uma construção monetária?
Se subi na vida como um bom profissional na minha área de curso?
Se viajei para arranjar emprego na minha área?
Se comecei a minha vida com uma namorada?
Acho que esse assunto é muito vago.

Pois, se eu for falar disso "tudo", a única coisa que fiz na vida quando acabei o meu curso, foi arranjar emprego no lidl, perder o emprego no lidl porque não me quiseram renovar o contracto, e nada de mais.
À, também construí algumas aplicações de Software para mim e para algumas pessoas. (Time To Go)
Ora, se eu não construí nada na minha vida em termos profissionais, do que poderei falar?
Falar de que passo os dias em casa no computador a programar, que vou passear com as minhas cadelas, que vejo filmes, que saco filmes e músicas, que "escrevo" no meu blog?

Mas posso estar enganado e não estar a perceber o assunto.
Com todo o respeito, agradecia que me ajudassem a perceber melhor sobre o que se trata.

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Ora, depois disso, tive a ler no site deles aqui, que "afinal", já é para contar sobre como vai ser o nosso futuro.
E eu pergunto-me!
Para que raio querem estes gajos saber, o que "quereremos fazer" no futuro?
Acho tão estúpido, escarrapachar num bocado de "papel", os nossos sonhos! :S
Bem, toda agente pode sonhar, mas daí a fazer disso um "concurso". -.-

"esta é a oportunidade de nos dizer como a sua vida mudou, projectos para o amanhã e sonhos já conquistados."
UAU! eu depois de acabar o curso foi ao "ponto-de-encontro", que dá na TVI, e a minha mudou completamente!
Os projectos que eu idealizei para o meu futuro, é a mesma merda que os outros têm, viajar, ter um emprego que goste, ter a minha casa, a minha família e pronto.
Agora, se é para juntar mixórdia ao texto, vão ler um livro!!

Sonhos conquistados?
Que eu saiba... nenhum.
Como é que posso "concretizar" os meus sonhos, se já não estudo, e vou deixar de trabalhar?
Vou sonhar que vou viver ás custas dos meus pais para o resto da vida? :S
Sonhar que quero ir para a universidade, mas não tenho dinheiro para isso? :S
Já me vieram dizer para não ir para lá, que como isto anda, fico com o curso, mas fico desempregado.

Sonhos realizados?
Andar à chuva...
Ter o meu 1º emprego...
Comprar um telemóvel novo...
Sacar alguns dos filmes que vi na TV. (é um sonho! ou não? os meus sonhos são assim! -.- )

É triste, fazerem concursos de merda como este!
Eu como sou Resmungão e crítico, foda-se, critico tudo e todos! Quando vejo que algo está mal.
Além do mais, a correspondência que recebi em casa, podia muito bem ter sido enviada para o meu G-mail.
Pois a escola tem o meu G-mail e E-mail. Gastar tinta e papel, é o que é!

Agora que penso nisto, parece uma competição de sonhos, entre recém jovens-adultos, que ainda mal começaram a "sonhar" com o que querem da vida....

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Gémeos na web...


O meu outro gémeo, estava a ver o site "base" de onde provém esta imagem, e encontrou estas duas gémeas! :D
Estes são os realizadores do filme: Twin Falls Idaho. :)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Espelho auto-crítico...


Ao espelho, deparo com a minha imagem...
Uma imagem... que vejo poucas vezes.
Vejo alguém, que sabendo ser eu, descubro sempre algo novo a cada olhar.

Vejo-me, mas não me aceito como sendo assim.
Nem o meu cérebro "reconhece" tal figura.
Será para o meu cérebro um tarefa difícil assimilar esta cara que vejo, como sendo a dele.
(O meu cérebro não gosta da minha cara?)

Por vezes, sinto-me bonito, apaixonado pela imagem que se reflecte no espelho.
Sinto-me enamorado por mim mesmo. Os meus olhos enfeitiçam-me.
Depois do banho, sinto-me rejuvenescido, sinto-me jovem.
Adorando o meu corpo, confiante de hoje olharam para mim.

Mas nada.
Nada mais acontece do que passear vagueando sozinho por entre pessoas que não me olham, ainda que tendo o meu gémeo ao lado...
E sinto-me feio.

Outras vezes, olho-me ao espelho, e de novo me sinto feio.
Odeio-me, odeio a cara, o corpo, aquele bocado de cabelo...
Não sinto qualquer sentimento positivo, do que aquele: "já me senti bonito antes... quero voltar a sentir".

Mas... neste estado, sem banhos ou penteares, sou eu.
Sou o verdadeiro paulo. Sem perfumes, (nunca uso, e é raro), sem pentear cabelos, sem me vestir bem...
Hoje sinto-me feio, porque o meu cabelo está oleoso, as minhas roupas não me ficam bem, e cheiro mal...

Será por isso que não gostam de mim?
Será por não "cuidar" de mim, que me odeiam?
O que esperam elas de uma vida a dois?
Que o namoradinho cheire sempre a rosas, que tenha o cabelo arranjado, que esteja sempre muito bem vestido, sempre que acorde?

E as cuecas pelo chão? A tampa da sanita levantada?
A sanita mijada, a roupa espalhada, os duches por tomar, os dentes por lavar...
Serei eu afinal, muito selectivo? Muito mesquinho?

Provavelmente serei porco.
E é por isso que me sinto feio.

Este espelho ao qual me olho, não mente.
E faz-me sentir coisas estranhas por mim mesmo.
Odeio este cabelo assim, e aquela borbulha acolá...
Adoro este penteado, e a barba feitinha...

Sou louco por esta camisa, odeio estas calças...
Não estarei eu... afinal de contas, de cada vez que me olho ao espelho, a deixar que os outros me critiquem?
Não estarei eu a deixar-me levar pelo o que os outros dizem? Pela simples razão, de ser "agradável" ás outras pessoas...?

Não seremos todos assim? De cada vez que nos olhamos ao espelho, e começamos  pensar no que o nos ficaria bem?
Somos auto-criticos, mas não o seremos com uma ponta de criticismo da suciedade?
Nós somos belos! E aos olhos dos nossos pais, somos magnificas esculturas, e retratos dos melhores pintores... Somos seres tão belos, que eles mesmos, nos invejam a beleza.

Somos bonitos, apesar de por vezes não o sentirmos, e talvez não da melhor maneira, e os nossos pais ajudam-nos, num passo importante durante a nossa adolescência, que é o "gostar e aceitar" o nosso próprio corpo.
Eu sempre pensei... se é este o corpo com que vou ficar para o resto da vida, tenho de começar a aceita-lo.

Provavelmente, acha-mo-nos feios, por saber que existem pessoas mais bonitas?
Nem por isso, sentimos-nos feios, porque ao ver-mos as outras pessoas, e por designar-mos o que é ou não bonito, o nosso cérebro diz-nos que somos bonitos ou feios.
Porém, existem muitas raparigas bonitas que se acham feias, muito rapazes bonitos que se acham feios, enquanto que nós pensamos exactamente o contrário...
Lá porque nós vemos alguém muito bonito, e outra dezena de pessoas pensar o mesmo, não significa que essa pessoa se sinta bem com o seu cabelo, corpo, olhos, nariz...

A nossa cara... representa-nos.
Mais do que aquilo que vestimos, ou os efeitos que colocamos no cabelo, é em grande parte, a nossa cara que demonstra o que somos por dentro.
Juntando a isso, tudo o resto, mais rótulos, ideias, críticas, opiniões, cores, gostos....
Nós, deixamos de ser gente, para sermos "gado" aos olhos de quem nos vê.

Assim como eu faço aos outros, quando os vejo e "critico", por lhes ler a fisionomia do seu corpo, juntamente com os seus actos.

No fim, acha-mos-nos a nós ou aos outros bonitos ou feios, pois o nosso instinto de acasalar, "cheira-nos"/"cheira-os", decidindo numa fracção de milésimos, se aquela pessoa que vê, com aquele tipo de cabelo, roupas, cheiro, olheiras, orelhas, nariz, mãos, peito, costas, é boa para acasalar.
As células não têm macho nem fêmea no seu organismo.
Nós somos células gigantes, ao qual, o cérebro se limita a dizer-nos se somos isto ou aquilo, conforme as nossas hormonas.

Somos como alforrecas, distinguidos apenas pelo sexo.

Será por isso, que existem rapazes que se sentem mulheres, e raparigas que se sentem homens.
Não é uma doença, nem é um distúrbio.

O cérebro, faz grande parte do trabalho, ao nosso corpo.
Se o nosso cérebro nos diz que gostamos de um determinado cheiro masculino, ou feminino, indica várias coisas, como por exemplo a nossa orientação sexual, ou o tipo de gosto físico que temos por algum parceiro.

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E tudo isto é apenas o que penso.
Pode até ser mentira, e existirem estudos que comprovam várias facetas do nosso cérebro.
Não sei tudo, assim como o nosso cérebro está ainda por descobrir e compreender.
E se eu poder ajudar na compreensão de alguma coisa, postarei aqui a minha opinião e visão das coisas.

Filme que recomendo:
* My Life Without Me
* Àgora

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Conhecer?


Porque me visto bem?
Para atraír atenção? Das raparigas que nada querem comigo?
Mas, e eu? Quereria alguma coisa com elas?

Para quê olhares?
Para quê sonhar? Se eu sei que não quero nada com elas?
Será pela vergonha, ou por simplesmente, a mim, elas não me dizerem nada?
Não no acto de falar, mas de, me darem algo mais.
Quererei alguém, sim, que me faça crescer, que me queira ensinar, que queira aprender.
Quererei, sim, alguém que surrie-e. Que me faça rir, e que seja talvez, alguém como eu.

Mas alguém, que comigo, quase não tenha haver.

No entanto... apesar de crer, nunca a quero, pela timidez, conhecer.
E não digo nada, nem olho, nem desejo... mas pergunto-me.
Como será ela? Seria uma boa companhia? Uma boa amizade?

Mas quanto mais olho, mais deixam a desejar.
Mais longe tenciono ficar.

E ainda vem o meu pai, dizer para mim e para o meu irmão, para sairmos mais de casa, para "arranjar" amizades com raparigas daqui de perto.
Mas todas elas são demasiado, diferentes, e sociáveis com a suciedade.
Demasiado, dependentes das opiniões dos outros.
Não me cativam as conversas, nem a mente.

Provavelmente serei demasiado crítico.
Demasiado, selectivo.

Talvez por conhecer bem o que vejo, talvez por nunca ver de outra forma.
Talvez... por que afinal, as coisas são mesmo como vejo.
Ou tudo o que terei de fazer, é fazer crescer a minha visão.
O meu sentido de crítica.

Falar mal de mim mesmo, é "difícil".
E pode tornar-se desconfortável, quando outros lêem, e usam para me criticar e falar mal.

Mas tudo o que faço e escrevo, servirá única e exclusivamente para que eu, daqui por uns tempos, possa reler, reflectir e pensar sobre as minhas atitudes, as minhas mudanças, a minha evolução.
Talvez arrependa... talvez sorria.

Porém, sei que existem raparigas simpáticas e sinceras.
Raparigas que amam tanto como eu pretendo amar.
Mas... por querer amar tanto, não sei até que ponto, devo mostrar esse "desejo" do meu amor.
Até que ponto devo ser "macho",
Até que ponto devo ser sensível...

Por isso, preferirei, uma rapariga brincalhona como eu,
Sensível como eu...
Mas tola o suficiente, e risona!
Não estou a pedir muito, pois elas existem, talvez seja difícil encontrar a "correcta", ou a que me adore.

E vocês pensaram:
"-- E porque haverias de achar que alguma dessas raparigas, ou outra rapariga qualquer, gostaria de ti?"
Bem, talvez por saber que quando era mais novo, algumas gostaram de mim.
Talvez porque, por muito tarde que seja, eu encontre alguém "perfeito" para mim, assim como uma rapariga qualquer, encontre alguém.

Também posso não arranjar nenhuma, talvez também pelo simples facto, de eu estar calado e não dizer nada, anula esse tipo de encontros e conversas entre mim e a rapariga.

Se bem que, as raparigas, encontram sempre primeiro que os rapazes.
E não percebo, porque é que as mais "bonitas" andam com os mais ranhosos e os que, segundo professores e funcionários de uma escola, eles são sempre os piores na sala de aula, fumam, ou de educação não têm nada.

Mas não posso negar tal amor.
Que o meu me acompanhe...

Espelho vazio...



Vejo ao fundo, desta estepe seca, uma casa...
Vazia, velha, crepitante...

Entro no átrio,
As paredes sujas, pintadas por molduras brancas, dão cor.
Num quarto vazio, com vista para a estepe, deixaram um espelho, com uma decoração me metal e muito florida.
Aproximo-me num ângulo, que não me permite ver-me.
Vazio o encontro.
Parece que levaram também os seus olhos.
Levaram-lhe o sorriso, o coração, e não passa agora de um espelho vazio.
Um espelho que não vive, nem aprecia quem o pode olhar.

Ouço passos, ouço o murmurar das paredes, as conversas do papel de parede pela casa...
E vejo, à entrada daquele quarto vazio, uma rapariga.
De camisa branca, de camisola vermelha, e calças azuis de ganga.
Mas... de um ar normal, sem maquilhagem, sem grandes enfeites no cabelo, ou grandes preparações.
Uma rapariga com um ar tão normal, que... pensariam ser de famílias "pobres"... e ao olhar para ela, pude ver, que daquilo que eu sabia, gostava ou via, a ela... passava-lhe ao lado, e pergunto-me.

Sabendo eu o que sei, e sabendo que sou "mais" do que ela, não seria para ela um "sonho", por ter alguém mais crescido? mais capaz e "inteligente"?
Mas... acabo por perceber, de que nada dela posso pensar... pois não a conheço, nem sei do que gosta, nem o que sabe, nem o que faz ou gosta fazer. Não poderia ser eu então, alguém menos do que ela?
Não seria eu, alguém "banal"? Alguém que pensa ter tudo, mas que afinal não tem nada...?

Volto o olhar o espelho, e vejo-me, mas não a ela.
Quem sou eu para julgar alguém?
Assim julgam elas, as raparigas que por mim passam, fora desta casa, deste ambiente de calma.

Respondo com uma ola, à rapariga que entra devagarinho pelo quarto.
Traz um sorriso, e a cara corada.
Limito-me a olhá-la. Contemplando o seu estado de espírito.
Lendo o seu corpo, a sua mente... conhecendo-a.

-- Pobre do espelho! -- responde a rapariga triste. -- Não tem alma...
Não saberia ela, que o espelho, mostraria apenas, aquelas pessoas que aceitassem outras, que não criticariam ou rotulariam as outras pessoas.

Chegando-se junto de mim, ela vê-se de mãos dadas a este desconhecido, afastando-se de imediato, olhando as mãos. Gostaria ela do meu cabelo?
Das minhas roupas? Da minha cara?

Contudo, ela não podia ver a sua cara, naquele espelho tão limpo.
Seria a dela, uma cara vazia, intrigando-se como poderia eu ter a minha.

Mas não passaria de um espelho vazio, e que afinal nada mostra.
Imaginando nós, apenas, a nossa imagem.
Vendo, o que desejamos ter.

Contudo, ela toca-me no braço, e com um sorriso muito pequenino, pergunta-me:
-- Vieste sozinho? Passear?
-- Sim.

Mal sabíamos nós, que passaríamos os dois o dia inteiro à conversa, sobre aquela casa tão misteriosa.
Até que fez chuva... E a casa, já de velha, e telhas partidas, de janelas abertas, e portas arrancadas, permitia a entrada daqueles pingos e frio que nos faziam tremer, e encostar-nos um ao outro.

Desconhecidos, lutando pela sobrevivência, sem qualquer sentimento de amor, apenas de amizade.
Até àquele momento...

Ao longe, vi um estábulo, e virei-me para ela, enquanto a chuva me molhava os cabelos.
-- Vem. -- disse, agarrando-lhe na mão -- Vamos para aquele celeiro. Estaremos melhor.
-- E segurando a gola da camisa para que o frio não a gelasse, agarrou-me com força.
Já à chuva, levantou a cabeça, sentiu o seu cabelo e vento gélido na cara.
As mãos ardiam ao vento...

Ao estábulo chegámos, cansados, sem fôlego...
E de uma simples amizade, cresceu uma paixão.
Não por obrigação, nem por se dever ao mau tempo...
Uma paixão, que cresceu entre duas mentes fascinadas uma pela outra.
Duas mentes... que nasceram com um espelho vazio.

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Explicação:
"Duas mentes... que nasceram com um espelho vazio."
Significa que, ambos nasceram de uma forma livre, espontânea, aprendo e construindo à sua medida e idade, sem nunca copiar os outros.
Serão estas, mentes virgens, que crescem sonhando.

Tentei escrever e falar sobre o assunto de outra forma, levando-o também para o exagero, e para o estúpido.
Eu não sei escrever, apenas dito que quero ler.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Raizes de cabelos arrancados...


Ajoelhada, a um canto de um quarto vazio...
Chorando em seco, as paredes arranjadas.
Chorando, a cama de pedra, um chão frio.

Cabelos compridos, que me tapam a cara, e desfocam a visão.
Molhados pelo duche frio contra uma parede de tijolos brancos e sujos.
Cabelos, enraizados na escuridão de um quarto indesejado, mas aconchegam-te.

Dores, e hematomas, que se espalham como riscas de uma zebra, neste corpo pálido, pela falta do sol.
Pés, que se engelham ao frio do chão liso.

Sinto-me acorrentada, presa, sem ar... neste quarto que não me pertence.
Sem janelas para que possa sonhar dias livres.
Sem luz, que me ilumine ideias ou os sentimentos que perco nas lutas, contra estas paredes.
Quer perco... em murros, em gritos e pontapés.

Sem espaço, para que a minha alma se possa esticar...
Sem espaço, para que me possa deitar...

E eu grito!
E rasgo de vez a minha voz, num sofrimento e raiva, que se aprisionam comigo neste quarto que me provoca.
Enraizado em murmúrios e queixumes, em choros e melancolias, que me acorrentam ao cimento negro.

Não vejo a sombra, nem sonho com o sol...
Venero... o silêncio.
A escuridão, a fraca força que ainda me consegue fazer levantar...

Os olhos dele... assombram-me de noite.
Ofegante fica o peito...
Sinto afogarem-me, em água gelada que me corta os olhos, e me molha o corpo nu.
Atirando-me de novo, contra as paredes deste quarto que não me pertence, e que começo a aceitar como sendo a minha casa...

Monstros... visitam-me a cama, trazendo com eles as bestas do inferno, que me gritam e violam a alma.
Enjaulada por ser diferente... por ver razão nos números, e falar para um amigo imaginário.

Os meus ossos "partem-se", entre puxões e estalos.
A criança... já não brinca, não vê, e ouve vozes.
Atada pelo pescoço, de punhos serrados, e garganta degolada pelos abusos que me provocam as paredes.
Vómitos de sofrimento, que pintam em cheiro, e não em cor, as paredes deste quarto que renego.

Sonhos, sem cor, sem caras, sem paixão.
Dor, e um círculo que me fecha.
Que me aperta os braços contra os peitos, e que me arranca o ar dos pulmões frágeis.
E num colete de forças, acabo por vezes. Desejando o meu quarto frio, negro e vomitado.

Um casulo de emoções, que se negam em mostrar.
Um posso fundo, coberto de lama, e ramos que ao meu corpo causam medos e fobias.

E as dores de cabeça constantes, que provoco pelas paredes, cospem-me de dores que nego em ter.
Nós dos dedos, que se incham e abrem em ferida, pela força violenta em que bato nestas paredes.

Nojenta, me vou sentindo, nestas noites longas que parecem anos.
Mas os anos... esses simbolizam apenas 15 minutos do meu tempo.

E de tudo o que este quarto repudiam-te me rasga de mim, apenas a minha voz se mantêm...

Não sonho, não desejo, não imagino...
Viola-me de novo, e poderei sentir o sol, já que o meu corpo se esqueceu de como é ver...
Bate-me de novo, atira-me contra estas paredes, para que possa sentir novamente, a solidão de um ser desaparecer.

Ata-me à cama, para que possa saborear o seu conforto...
Afoga-me no teu banho, para que me aqueças... este corpo torturado.

Confusa...
Que me deixes viver, neste mundo de preto, enquanto me apago...
Degola-me, bate-me, cospe-me para cima!

Da minha vida não guardo recordações, nem dias, nem amores, ou amizades...
Tortura-me... e esfrega-me deste mundo que não vejo.
Corta-me...

Este preto, no meu sol se torna agora... e num monstro em mim transforma.
Devora-me, em marteladas e bofetadas...

Aprisionados ficam os meus gritos, que se tornam parte destas paredes... apertando-me a cada dia...

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Talvez seja um bocado... "depressivo". Não sei... =/
Baseei-me na Samara, que é um personagem nos filmes "The Ring".
Adorei a sua figura, a sua mente, a sua dor, o ódio, a sua... solidão.
A sua figura negra no primeiro filme, ajudou-me a concentrar-me mais, neste... pedaço de escrita.
Ouvi dizer que ia sair o 3º filme.

Este tipo de sofrimento sempre me fascinaram.
Mas, nunca tendo passado por tal experiência, filmes e imaginação, dor e sofrimento ajudaram-me um pouco. :)

Quis escrever algo, depressivo, psicologicamente chocante e violento.
Já que adoro imaginar este tipo de situações, e violações, este texto segue um bocadinho ao post: Fantasy? Rape and Kill!

Explicando:
Este "texto", fala sobre uma menina confusa, presa num quarto já há vários anos.
Que deixou de saber se está num hospício, ou se foi raptada.
A mente começa a entrar em colapso, e deseja agora estar com quem a mantém em "cativeiro", para puder voltar a sentir-se "viva".
O resto, fica ao critério da vossa imaginação. ;)

Filmes que destaco:
"Let The Right One In" - 2008
"The Broken" - 2009
"Mary and Max" - 2009
"Case 39" - 2009

"Brightstar" - 2009
"City Island" - 2009

Depois de um texto destes, não admira que as pessoas digam que eu não me riu! :|

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Falta-me a personalidade...


Falta-me a personalidade.
À dias, pensei em como seria, se fosse para a universidade e...
Acho que é necessário manter uma postura "forte" lá.
Gente parva...

Continuando.
Reflecti um sobre o assunto, e... acho sinceramente que não tenho nenhum personalidade.
Para além de sair de casa, visitar 2 ou 3 sites de noticias por dia, ou nem isso, basear a minha vida em documentários, e em programação em Delphi, fico a pensar que... realmente não fiz nada.

Mas tenho um trabalho. O que quebra um pouco este meu conceito de não ter personalidade.
Sei e apercebe-mo do que os outros tentam falar nas minhas costas, enquanto estou à frente deles.

Consigo perceber e sentir os momentos e "auras" que "socializam" com a minha.

Mas tirando isso, acabo por não ser nada.

Não tenho postura, e saiu pouco de casa, e se saiu, passeio sozinho.
Já o meu irmão, e apesar de sermos diferentes, ele sai mais vezes de casa, e vai até coimbra e aveiro.
Enquanto eu fico em casa a comer documentários, e a programar.

Não tenho personalidade, apesar das fortes criticas, e vídeos e piadas que aqui posto.
O meu gosto por filmes, um bocado estranhos, fazem com que fique um bocado de fora, e a maneira como penso e vejo as coisas, afasta-me ainda mais.
Pois sou tão exigente comigo mesmo, que acabo por o querer ser com os outros.
Acabo sempre calado.

Talvez o pelo facto de não "socializar", por não dar confiança ás pessoas, me torne uma pessoa sem "personalidade" para o resto das pessoas.
E se calhar... a educação é que constrói o indivíduo.
Não sou de falar mal, nem de roubar, nem de beber, ou fumar.
Fui ensinado a pôr o lixo nos caixotes, e de ajudar.

Mas talvez seja por ser tão "certinho", que me olham e olho para mim como não tendo qualquer personalidade, e coisas interessantes para mostrar.

Talvez me falte a responsabilidade.
E falta-me sem dúvida crescer.
Sou em parte uma criança, e um jovem adulto.
20 anos não dizem nada de uma pessoa.
Sou um fruto que já deixou de ser pequeno, e que começa a entrar no mundo dos grandes.

Mas... socializar, não me dá, se calhar, assim tanta informação como aquela que adquiro dos documentários ou por mim próprio.
Talvez tenha o medo da rejeição, e do gozo.
Gosto de um tipo de música específico, e talvez seja por isso que não tenha "personalidade", por ser tão restrito.
Talvez seja da falta de tempo para fazer download e ouvir outras coisas.
Talvez seja pela falta de vontade, mas aí... já entra a minha falta de ser "responsável".
Mas... se não fosse responsável, seria como os meus 4 colegas que não acabaram o curso de informática de 3 anos.

Eles eram adultos?
Tinha personalidade?
Fartavam-se de falar das vezes que comiam aquela e a outra gaja, os sítios, e os carros que conduziram ou viram. Falava dos hi5s, e de futebol.
E eu?
Bem, era bem educado, muito pouco sociável, mas acabei o meu curso.
Posso ser parvo, mas pelo menos, não despoletava uma guerra sobre futebol na sala de aula.
Nem era insensível ao ponto de, andar nos "comes e bebes" com qualquer rapariga, só para mostrar aos outros que conseguia arranjar uma "miúda".

E nem me armava em parvo como eles faziam, quando faltava um professor.
Acabando eles, aos beijos e apalpanços, aos murros e ás caralhadas no meio da escola.

Se calhar..., EU tenho personalidade.
E tenho mais cabeça que muitos, apesar das minhas excentricidades.
Apesar dos meus gostos, e modos de ver a vida.
Apesar de não socializar com ninguém, mas não serei o único.
Apesar de não ter "amigos".
Apesar de não sair de casa acompanhado.
Apesar de ser frágil e sensível.
Apesar de ser timido.
Apesar de ser jovem.
Apesar de não praticar exercício, nem de gostar de desporto.
Apesar de... parecer que não vivo, mas de comer e devorar documentários e sites interessantes, todos os dias.
Apesar de... não me preocupar.

Talvez não dê o devido valor à pessoa que sou. Talvez pelo simples facto de ninguém se interessar pelo o que penso ou pelo que faço.


Quanto ás praxes, os meninos e rapazinhos que as enfiem no cuzinhos, e não me chateiem.
"-- Há. Mas é uma forma de conhecerem-se uns aos outros, e de fazer amigos..."
-- Desculpa? Só podes estar a gozar comigo!!
Que maneira mais estúpida, sem nexo e mal educada de conhecer alguém!
E logo, humilhando-nos uns aos outros, e a fazerem-nos coisas tão cruéis, só pelo propósito de nos ficarmos a conhecer... :S
Vocês também costumam fazer isso aos amigos dos vossos pais?
Ou irmãos dos vossos avós?
Ou aos filhos dos vossos tios, ou primos?

Acho que vocês andam é muita mal educados. E ainda inventam a desculpa de praxes para puderem bater em pessoas que não conhecem, simplesmente porque vocês têm pilas pequenas e não conseguem brincar com elas. E com cérebro do tamanho de uma ervilha, onde nem os neurónios conseguem existir, é por isso que nunca acabam a universidade.
Atrocidades de merda que este país e pais alimentam, Foda-se!

Ainda gostava de saber quem é que lhes deu esta... "educação".

Sim, afinal tenho personalidade.
Basta acreditar de que aquilo que sei fazer, e de que aquilo que conheço, é personalidade.
E gosto dela.
Agora...??!! Será que a personalidade seria boa, caso eu ficasse perdido ou subterrado?
Caso eu fosse raptado ou violado?
Serviria de alguma coisa, caso eu tivesse de subir a uma árvore ou a um muro, para fugir de algo?
(bem, aqui já entra a minha capacidade atlética, coisa que começo a pensar em ter um bocadinho).
Será que.. serviria de algo coisa, quando eu andasse de carro?
Seria importante quando tivesse de suster a respiração por um longo par de minutos?

Não seria, afinal a inteligência, e o desenrascar, algo muito mais importante?
Não seria isso, mais importante do que andar na moda, ou de ter um cabelo/ corte de cabelo mais bonito ou aceitável?
Com o que é que poderia a minha personalidade ajudar, caso houvesse um terramoto ou uma cheia?
Não serviria antes, o meu conhecimento?
O meu conhecimento em informática e programação de software com recurso a base de dados muito mais importante que a personalidade? Pois poderia sem dúvida, na altura, ajudar nos problemas informáticos.
Ou desenvolver algo melhor, ou para outro tipo de ajuda aos comerciantes.

Não seria a minha inteligência, importante para me ajudar a sobreviver?
Desde quando, as pessoas, e não os seres humanos, se tornaram tão... fúteis?
Tão mesquinhos em relação aos outros terem de ser tão "igualmente aceitáveis" como eles o são?
Eu sou exigente, pois sei com qual o tipo de pessoas me quero dar.
Mas não exigente ao ponto de dizer, que elas têm de ouvir isto ou aquilo, gostar disto e detestar aquilo.
Sou exigente, ao ponto sim, de saber o que é bom para mim.
Sou exigente na minha selecção de pessoas, música, filmes, e ideias, programas e software.
Sou exigente para mim, não com os outros.

Tenho personalidade, mas será que me serviria de alguma coisa, fora do mundo "empresarial"?

Uma professora minha uma vez, disse-me que eu era muito "sui generis".

No entanto, o termo personalidade, designa o indivíduo.
"Persona" significa Pessoa.
Logo, a palavra personalidade, não implica de que esteja-mos a falar dos gostos de uma pessoa, mas sim a "catalogar" e a explicar, o tipo de pessoa. Se é tola, se é sorridente.
No entanto, o termo "dupla-personalidade", implica algo, que não é o gostar de música clássica ou pimba, mas sim o seu estado psicológico e as várias caras que ele exprime em diferentes situações.
O que não significa que essa pessoa tenha necessária mente uma personalidade "forte", como ás vezes dizemos ou pensamos.
Personalidade "forte", é dito, muito provavelmente, pelo facto de essa pessoa saber o que quer, dizer as coisas com certezas e clareza. Falar bem, sem ser mal educada.

Os meus pais acham que eu tenho uma personalidade "forte". Dizendo que eu sei o que quero.

Logo, a personalidade pode ser vista e interpretada de várias formas, feitios e cores. :)
Para os psicólogos e psiquiatras, é uma coisa; E para as pessoas comuns, é outra, e muitas vezes designa o estatuto dessa mesma pessoa, que apesar de puder ter uma "grande" personalidade, isso pode nem lhe servir de muito quando for cagar à casa de banho, ou atrás de uma árvore.
Talvez até, na maneira como limpa o rabo! ;)

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Curiosidade:
Apenas 5% de todo o oceano, foi catalogado e mapeado.
Os restantes 95% estão por descobrir, mapear e catalogar.
Imaginem o número de espécies animais que desconhecemos!!
Cerca de 250 mil por descobrir. E isto é só uma suposição!
Ainda existe muitos animais em terra, que não foram descobertos...

Ainda queremos nós visitar outros mundos?
Existe tanto espaço por explorar na nossa própria casa. :)

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Editado:
A personalidade e a inteligência são "duas coisas" em conjunto.
Tenho uma personalidade forte, mas um inteligência fraca, no que toca a relacionar-me com as pessoas e ao não fazer exercício.
Depois de uma conversa com os meus pais, parece que as coisas mudam, mas ficam sempre na mesma.
O grande foco da conversa, foi o: "socializar", e ter um grupo de pessoas, a quem poderei um dia "pedir" ajuda. Por vezes, e muitas das vezes, gosto de fazer as coisas sozinho.
Mas como sempre, as coisas estão cá, para nos ajudar a crescer. E "nunca" nada acontecerá "por acaso".

A Jennifer K tem razão, e devo "aproveitar" a vida.
Mas, como a Nikkie diz, também não me posso dissolver para tentar ser agradável a toda agente, e até mesmo perder "qualidades" ou coisas minhas.

Talvez tenha apenas, e simplesmente, que aceitar.
Dar a mão, mas não o braço.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ri-te...


Michael Phelps, campeão e recordista mundial de natação, vira-se para o The Flash, o homem mais rápido do mundo, e diz:

"-- Tu estás a ir, e eu já fui e vim 3 vezes!!"

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Fonte Info. Original: http://blog.drpepper.com.br/?p=228
Mais imagens: http://www.techspikes.com/2008/08/michael-phelps-cartoons/

Creature Comforts: We Are Lions