terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Conhecer?


Porque me visto bem?
Para atraír atenção? Das raparigas que nada querem comigo?
Mas, e eu? Quereria alguma coisa com elas?

Para quê olhares?
Para quê sonhar? Se eu sei que não quero nada com elas?
Será pela vergonha, ou por simplesmente, a mim, elas não me dizerem nada?
Não no acto de falar, mas de, me darem algo mais.
Quererei alguém, sim, que me faça crescer, que me queira ensinar, que queira aprender.
Quererei, sim, alguém que surrie-e. Que me faça rir, e que seja talvez, alguém como eu.

Mas alguém, que comigo, quase não tenha haver.

No entanto... apesar de crer, nunca a quero, pela timidez, conhecer.
E não digo nada, nem olho, nem desejo... mas pergunto-me.
Como será ela? Seria uma boa companhia? Uma boa amizade?

Mas quanto mais olho, mais deixam a desejar.
Mais longe tenciono ficar.

E ainda vem o meu pai, dizer para mim e para o meu irmão, para sairmos mais de casa, para "arranjar" amizades com raparigas daqui de perto.
Mas todas elas são demasiado, diferentes, e sociáveis com a suciedade.
Demasiado, dependentes das opiniões dos outros.
Não me cativam as conversas, nem a mente.

Provavelmente serei demasiado crítico.
Demasiado, selectivo.

Talvez por conhecer bem o que vejo, talvez por nunca ver de outra forma.
Talvez... por que afinal, as coisas são mesmo como vejo.
Ou tudo o que terei de fazer, é fazer crescer a minha visão.
O meu sentido de crítica.

Falar mal de mim mesmo, é "difícil".
E pode tornar-se desconfortável, quando outros lêem, e usam para me criticar e falar mal.

Mas tudo o que faço e escrevo, servirá única e exclusivamente para que eu, daqui por uns tempos, possa reler, reflectir e pensar sobre as minhas atitudes, as minhas mudanças, a minha evolução.
Talvez arrependa... talvez sorria.

Porém, sei que existem raparigas simpáticas e sinceras.
Raparigas que amam tanto como eu pretendo amar.
Mas... por querer amar tanto, não sei até que ponto, devo mostrar esse "desejo" do meu amor.
Até que ponto devo ser "macho",
Até que ponto devo ser sensível...

Por isso, preferirei, uma rapariga brincalhona como eu,
Sensível como eu...
Mas tola o suficiente, e risona!
Não estou a pedir muito, pois elas existem, talvez seja difícil encontrar a "correcta", ou a que me adore.

E vocês pensaram:
"-- E porque haverias de achar que alguma dessas raparigas, ou outra rapariga qualquer, gostaria de ti?"
Bem, talvez por saber que quando era mais novo, algumas gostaram de mim.
Talvez porque, por muito tarde que seja, eu encontre alguém "perfeito" para mim, assim como uma rapariga qualquer, encontre alguém.

Também posso não arranjar nenhuma, talvez também pelo simples facto, de eu estar calado e não dizer nada, anula esse tipo de encontros e conversas entre mim e a rapariga.

Se bem que, as raparigas, encontram sempre primeiro que os rapazes.
E não percebo, porque é que as mais "bonitas" andam com os mais ranhosos e os que, segundo professores e funcionários de uma escola, eles são sempre os piores na sala de aula, fumam, ou de educação não têm nada.

Mas não posso negar tal amor.
Que o meu me acompanhe...

1 comentário:

  1. 'Falar mal de mim mesmo, é "difícil".
    E pode tornar-se desconfortável, quando outros lêem, e usam para me criticar e falar mal.'

    Muitas vezes é esse o meu medo as pessoas ao lerem usarem isso para falar mal que foi o que ja aconteceu e por isso acabo por simplesmente nao falar para nao acaba.

    Há dias em que penso que sou antisocial simplesmente porque sou timida e reservada e nao gostar de falar de mim, o que vai um pouco de encontro com as criticas e falar mal. Talvez por isso goste e me seja mais facil de me relacionar com pessoas sinceras e que dizem o que pensam sem pudor nem receios é claro desde que com motivos para tal.

    p.s - gosto da forma como pensas e da forma sincera, sem pudor, nem receios que expoes os teus pensamentos em palavras. adoro ler-te.
    (:

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