sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Libertadoras de Almas


Para dentro de uma "taça" gigante vos "atiro".
A água que vos sacia a sede, sacia vos também o calor, o sol que vos queima.

De um grisalho já pouco preto, e um castanho tão escuro que parece chocolate.
Cães tão raros, tão únicos...

Quando molhadas... transforma-se no abutres, nos carrascos, em lobos...
Trazem convosco as sombras do mundo, as chaves dos aloquetes que nos trancam as janelas...
Transformam-se nos espectros libertadores de almas..

Com dificuldade em chegar à borda da "taça", Matilde esperneia, e esforça-se, molhando me aos poucos com os salpicos aflitos das suas braçadas.
Com o amor que tenho, me atiro a ti.

Molhas-me a cara, o cabelo, o corpo... e seguro-te pelo torço, puxando-te para mim, enquanto a Skuly fica cá fora a ver...
Todo molhado.. sorriu, e sinto as amarras destrancarem o meu corpo, e a minha mente...

Rasgo um sorriso na cara, e um sentimento de paz, de liberdade, de voar...
Encharcado, sem medos, sem preconceitos, sem vergonha da liberdade... e de ser diferente, sorriu e abraço os espectros sombrios.

Com o calor da liberdade, o frio transforma-se em toques suaves, em toques que exploram os meus sentidos, o meu aconchego.

O poder de ser livre e aproveitar estes momentos tão únicos, tão especiais, que serão para sempre.. memórias de almas libertadas.

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