domingo, 24 de junho de 2012

Um ombro despido...



Os seus caracóis tocaram-me o rosto... gentilmente como a brisa suave.
Senti os seus lábios beijar-me carinhosamente a bochecha, os olhos, o nariz, o meu rosto... 
Serena como um ronronar, beijou-me os lábios, deslizou a língua sobre eles e brincou com a minha.
Deixou-se cair sobre o meu corpo sentindo os traços da minha cara com a sua, como um cego sente objectos.
Beijou-me o pescoço, a orelha e sentiu-me tremer... na sua face desenhou-se um pequenino e maroto sorriso. Endireitou-se e olhou-me do alto... contemplou o seu ombro pálido quase despido, e com a mão contrária, lentamente o despiu. Embrulhou-se em sensualidade e despertou o meu desejo, assim o deixou ficar, meio despido, à espera de um pequeno beijinho meu.

O seu peito sobressaia por entre aquele leve e fino vestido, aproveitando-se das suas curvas, agarrou a minha mão e fez-la descer sobre seus peitos, senti a sua excitação, e pouco depois a sua barriga, fazendo-me agarrar as suas ancas. Com ambas as mãos no meu peito pulou cuidadosamente, sabendo que os seus peitos saltariam diante dos meus olhos inocentes.
A sua mão tocou-me a cara e beijei-a como uma princesa. Aproximei-me do seu corpo, e sentados beijá-mo-nos ardentemente.

Os nossos lábios cumprimentaram-se, e os seus cabelos tocaram-me o rosto. Caracóis caminharam suavemente de bochecha em bochecha, num balançar descendente, até que o seu nariz tocou no meu, e com um pequeno gesto brincámos com eles.
Bastou o toque dos nossos lábios, para que os inexperientes corpos se sentissem leves, as nossas mentes vazias e as borboletas florescessem sobre a nossa pele, como uma pequena electricidade num momento de ímpeto e descoberta. Uma epifania mágica e glamorosa.

Olhos hipnóticos cruzaram-se com os meus, deixando-me pequeno e vulnerável, tocou-me na cara e senti os seus dedos enrolarem-se nos meus caracóis. De forma delicada puxou-os para trás exibindo para si o meu pescoço com o qual encheu de beijos e caricias, pequenas trincas aqui e ali, até que a orelha foi de novo alvo da sua marota língua.
Um raio de sol debruçou-se sobre nós e o seu cabelo iluminou-se como uma autêntica estrela, a sua ondulação ganhou brilho, uma vida que contrastavam com as brancas nuvens fora daquele quarto dourado.

Levei a minha mão à sua boca e os seus lábios chuparam-me o dedo enquanto a sua língua provocava a ingenuidade da minha mente.
Sorriu para mim... abraçando-me sobre os ombros que ela adorava ter à sua volta. Os seus olhos brilharam contemplando o meu rosto, lembrando-se da nossa história e agarrou-se apaixonadamente.
A sua carência de carinhos, de toques suaves e íntimos, rapidamente gritaram às minhas mãos, à minha língua, assim que ela se deixou cair para o meu lado e me olhou com beicinho, à espera de um doce, de uma  massagem, de uma língua marota sobre o seu umbigo e a sua menina.
-- Amo-te... -- declamou com a sua mão no meu rosto.


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