segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pais e o sexo...


Sexo. Fazer amor.
Como será que os pais pensam nos seus filhos a fazerem sexo com os seus namorados/namoradas?
Como é que imaginam? O que sentem? O que vêm? Do que têm medo?

É um assunto "tabu"? Depende da perspectiva. Se eu tenho uma certa... vergonha em debater este assunto? De momento sim, mas talvez tenha uma opinião diferente quando acabar este texto.

Como é que os pais se sentem, ao saberem que o seu filho iniciou a vida sexual? Que tem uma vida sexual activa. Quer seja má ou saudável. Pois existem várias perspectivas do mesmo assunto. Fazer amor sem haver amor, não é saudável. Fazer amor sem ter prazer, não é saudável. Fazer amor "obrigado" também não é saudável.
Eu não sou pai, ainda, mas... De certa forma, e talvez esteja a pensar demasiado cedo nas coisas, pois eu próprio ainda sou um rapaz "muito novo", que pouca ou nenhuma experiência tem com a sexualidade. Mas acho interessante, da perspectiva dos pais, a maneira como eles/eu vêm os seus filhos, o que imaginam, se é que imaginam alguma coisa.
Educamo-los e educam-nos (a nós) para usar o preservativo. Será que eles sabem quando estamos a fazer amor? A porta está trancada... não se ouve nada a não ser a televisão ou a música. O que sentem?
-- Estão a fazer amor... É melhor deixá-los sossegados.

E nós? Conseguimos imaginar os nossos pais a fazer amor? É muito semelhante ao que nós fazemos com as nossas namoradas/namorados, mas... parece estranho. Em algum momento da vida deles, o paizinho teve de ejacular dentro da mãe. Assim como as vossas professoras, tiveram de receber o esperma dentro delas. Demasiado pornográfico? Ou demasiado natural? É estranho, é interessante e pertinente abordar este assunto.
Fazer amor torna-se algo "bonito", algo do qual obtemos prazer e onde libertamos o nosso stress frustração, mas também é um momento único onde podemos dar e receber amor da maneira mais física, psicológica e emocional possível.
Como abordei num texto anterior, as pessoas ao fazer amor transformam-se. Não significa que seja pelo lado negativo. O cérebro, quer do homem quer da mulher, ficam um pouco mais concentrados no prazer, no próprio prazer, mas também no prazer um do outro. Deixam de conseguir falar para começarem a ter uma respiração mais acelerada, com o calor do corpo, os cheiros, os aromas, o prazer, as sensações físicas, os gemidos, e a maneira como se abraçam ou se tocam um ao outro, torna o ambiente naquele local, muitos mais do que "fazer amor", para passar a ser uma explosão de amor e prazer.

Sem dúvida de que a geração de hoje tem uma mentalidade muito mais aberta, muito mais interessada em descobrir e aprender. Dependendo da pessoa.

Mas abordemos outro assunto. E chega até a ser bastante engraçado.
Quantas das pessoas que vêm num shopping, acham que fizeram amor à 15, 20 ou 30 minutos?
Acontece. Nunca me aconteceu, que me lembre, mas achei engraçado e interessante quando o meu irmão me perguntou pela primeira vez.

Imaginar os nossos pais a fazerem amor, ou a combinarem horas quando não estamos em casa para fazer amor, é algo "estranho". Só em filmes! Não é?
E as cenas mais ousadas? As langeries? As Fantasias? Será tabu pensar nisto, e até para mim se torna "estranho", mas é algo natural.

Os filhos deitados ainda na cama, ou a verem desenhos animados, e os pais a fazerem amor de porta aberta.
Os filhos na escola ou com as namoradas, e os papás a combinarem uma hora a aproveitarem o tempo para se dedicarem um ao outro.
Não fazem amor todos os dias? Não é importante, desde que haja amor, respeito e maturidade. Não sei como será a minha vida como pai, de casado e com filhos. Mas tentarei dar à minha mulher espaço para se sentir confortável. Dar-lhe amor e carinho para se sentir amada ou bem disposta, sentir que tem pertence, que tem um local dela. Que saiba que eu a amo quer haja muito ou pouco tempo para aquele momento tão especial.

Fazer amor, para mim, não é foder, nem é "sexo". Existe um pouco de prazer à mistura, como tudo, mas não significa que não tenha carinho e respeito pela pessoa. Já por algumas vezes me saíram palavras "estranhas", mas não significa que quem as diga, namorado ou namorada, seja um autentico bicho. Um porco de merda como todos pensam. Fazer amor, é dar amor, é dar tempo. É dar prazer, atenção, é deixar sair o stress e as frustrações, esquecer o que nos incomoda ou deixa tristes. Uma pessoa transforma-se. Ninguém fica igual durante um momento como este. Nem mesmo um violador. E até mulheres violadas, num certo ponto tiveram prazer. Não digo que seja com todas. É preciso ter a consciência de que mulheres/homens violados não sentem o mesmo, ou podem não sentir o mesmo. Não quero que me julguem. É algo que suponho, é algo que penso, é algo que levo a reflectir. Uma violação não é algo que acontece de ânimo leve. Mesmo para os pais dessa rapariga, ou marido dessa mulher, as coisas, depois de acontecerem se tornam simpáticas. Fazer amor com essas pessoas fragilizadas e brutalmente rasgadas, da mesma maneira que faziam, demora e pode demorar anos.

Pais e o sexo... não abordo este assunto no seu todo, pois tenciono que cada um pense e reflicta sobre ele quando não tiver tão ocupado. Digamos... quando estiverem na paragem à espera do autocarro, ou do comboio. Na fila do supermercado ou à espera da vez na sala de espera.

Há várias maneiras de se fazer amor. Bem... sinceramente, faz-se sempre da mesma maneira. Podem ter é abordagens diferentes. Sentimentos diferentes. Desejos diferentes. Mais preliminares. Mais carinhos, massagens. Cheiros, perfumes, ambientes, iluminação...
Contudo... cada um tem a sua maneira de encarar as coisas. Mas será, por vezes, a maneira mais correcta?
Existe respeito? Existe amor? Existe desejo e vontade? Existe carinho e sensibilidade?

Amor inteligente, relações saudáveis.

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