terça-feira, 29 de maio de 2012

As relações...



Existe algo acerca das relações, hoje em dia, em que se algo não está bem, simplesmente se desiste. Se algo não "funciona" como queremos, deitamos fora. Se algo dá demasiado trabalho para corrigir ou compreender, atira-se para um canto e arranja-se outro mais fácil e acessível. Eu sei do que falo. É por isso que falo.
Hoje em dia, as coisas trocam-se, quer estejam a funcionar "bem", quer tenham problemas. Se forem demasiado complicadas, é para esquecer...

As relações de hoje, fazem-me lembrar uma noticia que vi à vários meses na SIC, se não estou em erro, sobre um casal que decidiu adoptar uma criança. Ao fim de uns dias, acharam que não queriam aquela criança e devolveram-na. É a mente que abunda a nossa sociedade. Pois pelo que pude ler nas pesquisas, a devolução de crianças adoptadas é maior do que se imaginava.

Primeiro estranha-se e depois entranha-se. Como me costumava sempre dizer o meu pai. Se não gosto de algo, é uma questão de tempo até deixar de torcer o nariz e "aceitar".
Aceitar não é o mesmo que deixar ser afectado por isso, mas precisamente o contrário. É aceitar a outra pessoa. O que é muito incomum hoje em dia. Aceitar implica, não pelo lado negativo, compreender, tentar compreender. Ter consciência da razão de a pessoa ser assim. Tentar "moralizar", educar e re-educar. "Perder tempo". Mostrar e explicar de forma madura aquilo que sentimos, que problemas pode causar ou o desconforto que nos faz sentir.

Numa conversa que tive com o meu irmão, partilhámos a ideia de que, hoje em dia quem tem de lutar numa relação, são os homens e não as mulheres. E a razão de isso estar cada vez mais em voga, não tem só haver com o a revolução feminina, mas também com toda a publicidade por trás de cada roupa, música, imagem de moda. O neuro-markting re-constrói mulheres pelo lado negativo e anti-instintivo, anti-natura daquilo que realmente deviam ser. E o mesmo acontece com os homens. Porém, as mulheres são o alvo mais fácil. São bombardeadas com milhares de imagens de beleza, homens ricos, histórias de amor perfeitas, fantasias que só existem em contos de fadas.
Deixa-se a consciência, a aprendizagem, as descobertas, as aventuras, o moralismo, a realidade, e as relações interpessoais de lado, de fora. São colocadas a um canto. E nem percebem aquilo que perdem por se deixarem manipular. Não sabem o perdem, pois também não aprendem nem crescem.
E um dos piores problemas, é que julgam estar certas.

Ouvi de uma colega, uma critica que ela fazia à publicidade a cremes e à silhueta e o corpo perfeito. De um lado, numa revista, aparecia um texto que enaltecia o quão todas as mulheres eram bonitas e perfeitas. Que não precisavam de cremes, nem de perfumes ou de dietas para serem modelos exemplo. E do outro lado da página, aparecia a publicidade a um novo creme, ou a uma nova dieta.
"Sente-se gorda ou flácida?" "Tome já o XKY!"
É este tipo de publicidade, este tipo de abordagens que têm para com as mulheres, que faz com que elas cada vez mais saiam do seu instinto animal, para passarem a ser cópias de modelos a tentar serem as melhores. O pior, é que só fazem mal a elas próprias. Pois uma mulher, ou um homem, que não tenha auto-estima. Que não saiba dar valor ao corpo que tem, às rugas, às estrias, não é uma mulher mas uma obsessão e doença psicológica.
Na minha opinião, a mulher não deve deixar, de todo, o local que sempre controlou e no qual sempre foi perfeita. Cuidados íntimos, higiene, preocupada em parecer bonita para o namorado, preocupada em mostrar que aquele é o macho dela. MAS... que também ela tem uma opinião a dar. A mulher deve ser sinónimo de gentileza, de carinho, sentimentalismos. É carente, frágil, necessita de carinhos constantes e mimos em "exagero". E sim, também deve ser critica, mostrar a sua opinião, mas saber dá-la! Saber aceitar e compreender. Devem acima de tudo, deixar os óculos "sujos" em casa e mostrarem os bonitos olhos que têm, a cana do nariz, as sobrancelhas e as olheiras.

Uma mulher não tem sempre que ser uma flor. Mas também não deve deixar aquilo que sempre foi. Não deve deixar de ser uma influencia positiva para um homem. Pois uma mulher consegue sempre trazer o homem mais "bruto", para o seu lado e ser quase tão sensível ou mais do que ela própria.

Uma relação, um namoro, não é algo, ou não devia ser algo, "simples". No sentido em que se acabar acabou. À que saber e compreender onde é que se errou e não percebeu, e tentar corrigir isso. Um vicio ou uma mania pode desaparecer num curto espaço de tempo se a pessoa que estiver ao nosso lado for compreensiva. Souber estar do nosso lado, saber falar e incentivar. Lutar pelas nossas conquistas, dar valor ao nosso esforço e não andar sempre com palavras derrotistas na ponta da língua. Não ter sempre algo frio e cruel para nos atirar à cara. Pois como me aconteceu a mim, nunca fiz nada para a ver sofrer. Nunca menti  por puro prazer ou porque é a única coisa que sei fazer. Menti, omiti, para não a fazer sentir-se triste.
Bastava também ela não perguntar todos os dias. Deixar e esquecer o assunto, pois era algo que eu fazia para mim e não para ela. Há que saber lidar com os problemas.
Compreendo que se tenha sentido triste, incomodada. E compreendo que tenha pensado que ela não tinha jeito nenhum. Mas tocar no assunto, todos os dias, cria um cancro. E o que devia criar era um espaço de compreensão, onde expunha a sua "dor" e o seu desconforto.

É a falar nos problemas, nos meus problemas "simples" e sem ponta por onde lhes pegar, que eu próprio me ensino, aprendo, cresço e ganho mais capacidades para um dia educar os meus filhos. De mostrar um lado diferente aos meus colegas ou aos meus pais. E até mesmo... à minha namorada.

Se algo está mal, deve-se resolver. Se ninguém traiu ninguém, ninguém matou ninguém, ninguém agrediu ninguém, então o problema não deve ser assim tão grave ou impossível de resolver. Um vicio, dependendo do vicio, é tratado com uma boa dose de compreensão, espaço e boa disposição.
Uma zanga, esfuma-se no ar, com uma simples caixa de chocolates, um bilhete e 2 rosas. Um jantar ou um piquenique com os filhos. Uma ida ao cinema, um jantar romântico à luz das velas em casa. Ou até mesmo um banho e uma massagem.
Há que saber ser-se. Há que saber compreender, aceitar e ouvir o outro para que uma relação cancerígena, se transforme num verdadeiro conto de fadas. E ás vezes nem é preciso muito para que se torne e se volte a envolver com o mesmo amor que cada um tinha no inicio do seu namoro.

As relações de sucesso, são criadas por duas pessoas com amor uma pela outra e não simplesmente ódio. Duas pessoas diferentes podem-se amar, se souberem ser. Se souberem crescer. Se tiverem maturidade. Se compreenderem as relações interpessoais. Se souberem aceitar, dar espaço e valorizar as conquistas de cada um. Mostrar onde errou e o que pode fazer para corrigir. O que pode melhorar. Comunicação é importante, mas o saber comunicar e lidar com a pessoas que amamos é algo diferente.
Se duas pessoas se amam, por muito diferentes que sejam, ou opiniões que tenham -- cada pessoa pensa por si o que é diferente e o demasiado diferente -- não vejo a razão de haver distanciamento, frieza, ódio, raiva, nojo. Existe desconforto, mas também existe aceitação e compreensão.


É comigo com quem tu te queres casar?
É comigo com quem tu queres ter filhos?
É a mim que tu queres aturar?
É comigo com quem tu queres aprender, crescer, ensinar, descobrir, viver, sentir e explorar?
É comigo com quem tu queres partilhar a tua velhice?
É de mim que tu queres receber o carinho, o amor, a dedicação e a atenção para o resto da tua vida? Quando tiveres velha e senil. Quando não te conseguires mexer nem limpar...
É comigo que queres partilhar a velhice e a doença?
É ao meu lado que desejas partir?
É comigo?
-- "Sim!"


Uma relação não deve ser vista como uma prisão, mas como uma caixinha de surpresas! E acreditem, existe muita coisa para descobrir e aprender dentro dessa caixa.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  2. Eu estou-me a cagar para o que dizes sabes porquê? Porque não tens valor!

    Conheço gente mais nova que eu, que sabe falar melhor do que tu!

    És igual a todos os outros que vivem e cagam neste mundo. Que acham que a opinião que dão, que comentam, tem algum valor ou importância.
    Aquilo que escreves-te, "entrou-me por um ouvido e saiu pelo outro".
    Deves achar que eu me preocupo se o blog era melhor e agora está uma merda. É o meu blog. São os meus textos. As minhas opiniões e as minhas criticas. Não gostas? Podes sempre ler o blog do meu irmão.
    Deves pensar que me dizes alguma coisa de jeito mas só te sai merda da boca.

    Se sou um puto ou não, é comigo. Se tenho muito para crescer, acho que nem te devias importar minimamente com isso. Ou és um intrometido? Procuras atenção provavelmente...
    Eu não sou tu! Não sou como tu, não penso como tu, não tenho as mesmas opiniões, nem as mesmas ideias, nem os mesmos gostos. Sou melhor que tu e nem preciso de me esforçar.
    Ao contrário da pessoa que tu pensas ter demonstrado com o teu texto, de uma pessoa "crescida", és igual a mais meio milhar de alunos e pessoas que por aqui andam.

    Não sou uma vitima, nem me faço de vitima. Não gostas do que lês, podes ir plantar batatas!
    Aquilo que escrevo já o fiz muitas vezes, não preciso de ti para opinar. É por haver pessoas de merda como tu, com o rei na barriga e de nariz empinado que o país e o mundo está como está.

    Falas mal de mim? Já te olhas-te bem ao espelho?
    Deves ser a melhor pessoa que existe neste mundo.
    Deves ser o melhor namorado.
    Deves ser o melhor pai ou amigo.
    Não és? Mas devias ser não?

    Infantilidade e falta de maturidade tens tu, e nem é preciso pensar muito. Criticar-me em anónimo foi ainda pior do que o próprio texto. És cobarde? Tens medo? Não tens maturidade nem para saber lidar com os teus próprios filhos. É esse o amor e a maneira que tens de lidar com as pessoas... que bonito. Bela merda!

    E falas de mim? Parece mal...

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