quinta-feira, 24 de maio de 2012

Hoje passei pela tua mãe...


Hoje passei pela tu mãe... e disse-lhe bom dia. Ela admirada, respondeu:
-- Ola. Bom dia.
Disse-lhe que te amava e ela esboçou um sorriso de orelha a orelha, escondendo uma  gargalhada de timidez. Corei que nem um tomate.
-- Não quero que fique com uma ideia errada de mim. Mas ela tem um sorriso tão bonito... e cada vez que penso nela fico sem saber bem o que lhe dizer.
-- Ai tu é que és o Paulo... Ela não é uma pessoa fácil; penso que sabes isso.
-- Sim, já pude ver. Mas eu também não lhe fico atrás. -- soltei um sorriso e ela riu-se.
-- O amor é louco não façam pouco. -- disse ela olhando para mim.

-- És um rapaz cheio de sorte em tê-la ao teu lado.
-- E ela é uma rapariga com um rapaz único. -- respondi, tentando mostrar à tua mãe que era um rapaz de bem.
-- Sempre soube que vocês fariam um bonito casal. Um casal estranho e difícil, mas um bonito casal. Com muito para dar, com muito para aprender um com o outro. Acredita em mim. Eu sei o que tenho em casa!
-- Ela faz-me mesmo feliz...
-- E tu a ela? Depois de terem voltado, parece que lhe caiu a graça do espírito santo em cima e anda sempre com um sorriso, sempre bem disposta. Nem sabes o bem que lhe fazes...
-- Nem ela sabe o quão preciso dela.

Do saco que levava comigo, retirei algo embrulhado, sem laços nem cartas. Um mistério e um segredo tal como eu gosto de ser.
-- Podia-lhe entregar isto? Acho que ela vai gostar.
-- E se ela não gostar fico com ela! -- respondeu ela com um sorriso. Eu ri-me corado e um pouco nervoso. Apalpou o embrulho e tentou desvendar o que era.
-- Não lhe tomo mais tempo. Foi um prazer conhecê-la! -- sorri.
-- Pensei nunca vir a conhecer o rapaz que roubou o coração à minha filha...
-- Não... nada disso, foi mais ela que roubou o meu do que o contrário. Acredite.
Despedi-me com dois beijos.
-- Eu entrego-lhe, não te preocupes.
-- Obrigado.

Eu com tanto medo da tua mãe, e mal sabia que ela era um anjo. :$

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