domingo, 29 de agosto de 2010

Odeio-te, princesinha...


O toque do teu beijo em mim, provoca arrepios.É como um pedaço de gelo, que se parte em farpas, e se espetam cada vez mais perto do meu coração.
O teu perfume, empesta as minhas narinas, sufocando-me, criando um pus expeço dentro de mim.
Envenenas-me com as tuas palavras.
Arranhas-me com as tua caricias...
Afasta-te por favor...

Leva para o teu túmulo esses teus sentimentos tão... carinhosos que dizes ter por mim.
Queimas-me como ferro em brasa, cada vez que recebo uma carta tua.
Não me olhes, pois os teus olhos causam-me arrepios, e ainda assim não tenho medo da morte.
Causas-me nojo, de cada vez que passas na rua.
De cada vez que vejo o teu sorriso, imagino-te entre festas e namorados, amigas e penteados.
Entre velas fingidas, e palavras oferecidas.

Já te disse que não!
Odeio-te, ó cachopa inconsciente!

Arrancas-me do mundo que é só meu.
E atiras-me para o teu, que não é bem assim tão perfeito como dizes.
Embelezas de mais o que não existe!
Princesinha que chora...

Inventas histórias, inventas amigos, inventas monstros e "sonhos cor-de-rosa".
Inventas e não concretizas.
És ofuscada pelo que sou, pelo que visto, pelo que digo, e nada vez a não ser mais um sonho, que tendes sempre em acreditar ser possível.

Odeio-te, princesinha que chora!
Porque não te posso ter...

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