quinta-feira, 25 de março de 2010

O sonho de uma morte...


Adoraria morrer, e escolher...
Entre RiverWorld, ou assombrar neste mundo.
Escolher a música de fundo... escolher o som do mundo.
Poder sentar-me naquele sitio, naquele canto só nosso, tão simples e tão aconchegante...
Tão vazio, e tão cheio de tudo, de um branco e de um espaço infinito...

Um canto de preto, iluminado por uma ténue luz.
Sentados num soalho de madeira, mais velho que a minha própria alma.
Morrer, entre a tua voz e som da água, junto ao rio, junto ao pôr do sol.
Entre cores e o arco-íris.

Entre a luxuria dos teus cabelos, entre os teus dedos e o teu sorriso...
Desaparecer, para aquele lugar que não existe, nem em mim nem em histórias.
Desaparecer... por dias, enquanto o meu ser! a minha mente! voe entre nuvens e cegonhas, sobre golfinhos e baleias...

Não sei o que é real... nem o que é "agora".
O mundo termina, e eu apenas começo a aprender a gatinhar...
O mundo desliga-se... enquanto começo a acordar...
O tempo passar, será como aquela música ao fundo, junto à estrela... aquela música que me transforma a mente, me droga ao som, ao toque de cada onda... à leveza dos seus lábios tocarem-me por dentro.

Será o vazio, aquele momento, uma morte...
No fim... rasgarem aquela bolha, enquanto ódio e sofrimento me entranha, e me desfaz as imagens daquele paraíso... morrer, e desaparecer... viver do medo, de sonhos vazios, em branco, morrer num poço, onde a escuridão do meu coração, poderá pintar a terra que me acolheu.

Deixem-me sair! Quero estar entre o branco e o preto, carregar no botão... e desligar.

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