quarta-feira, 10 de março de 2010

O sol também brilha...


Faz chover em mim, as palavras cruas que me disses-te...
Transforma-me em pedra ou em gelo, com o teu olhar triste.
Verga a minha alma, parte-a, diverte-te...

Arrasta-me pelo jardim cinzento.
Queima-me as mãos, do ódio que sempre sentis-te.
Enforca a minha personagem no teu quarto, despe-me com cortes de tesoura.
Atira-me ao chão, empurra-me.

Larga-me a mão, deixa-me os lábios, liberta-me desse teu corpo imperfeito.
Rasgo o meu coração perante ti, e liberto-o no ar.
Deixa-o voar! Já que nunca me deixas-te fazê-lo...
Tiro as "lentes de contacto", para ver o que é real nesta relação.
Fecho os olhos, e deixo que apenas a escuridão e os sons me façam sentir o chão, e o mundo que neguei em ser belo.

Veste a saia, veste a camisa, senta-te ao meu lado, ri-te para mim, olha para mim...
Desculpa dizer-te isto mas... pareces mais gorda, além disso, este banco é pequeno para nós os dois, enoja-me o teu sorriso, e esses olhos que brilham, estão cheios de falsidade e acções forçadas.

Larga-me a mão rapariga!
Que vi eu em ti? Sonhos e fantasias?
Afoga-te nos desejos, nas viagens de sonho e no profissionalismo e na inveja que te faz mais parva.

Enfrenta-me num duelo, e serei o primeiro a vir embora, estar ao teu lado mete-me nojo...

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Para quem não "compreendeu", este é o texto para... aquelas pessoas que sempre acharam que os namorados/as e que a relação que tinham com eles era a melhor coisa do mundo, que iriam viver para sempre juntos, e que tudo eram rosas e caixas de chocolate. Para aqueles que no fim... viram a "alma gémea" transformar-se no monstro de 7 cabeças que desconheciam, em cobras que envenenam os olhos, o sorriso, e a personalidade da pessoa.

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