Os meus braços sangram, pingando a colcha da minha cama.
Poças formam-se, pequenas, molhando-me o vestido fino.
Amordaçada, para que não me ouça falar...
Apunhalada, pelo ódio dela.
E choro-lhe para que pare de me bater, para que pare de me tratar mal...
Tento fugir, mas amarrada à cama, com as cordas a cortarem-me os tornozelos e o resto das mãos,
limito-me apenas, esperar para que ela acalme, ou me mate.
Ela rasgou-me o vestido, cortou-me o cabelo...
Violou-me, e gritou-me aos ouvidos.
Bateu-me até ouvir os osso estalarem...
Deixou-me desfigurada.
E eu gostava tanto de mim!
Adorava a curva do meu nariz pequenino.
Adorava as minhas pernas e os pés bonitos.
Maravilha-me, todas as manhãs, aquele corte de cabelo...
E os meus braços pálidos, muito magrinhos deliciavam-me de toda a vez que lhes passava a mão, esfregando.
De onde vem aquele ódio?
De onde vem?
E eu, que me adorava tanto, que me amava mais do que qualquer outra pessoa...
Adoro-me, pelo que sei, pelo que fiz, pela minha extrema beleza, pelos meus cabelos, pelas minhas mão e unhas perfeitas.
Pela minha higiene, pelos meus olhos, pelo meu nariz, pernas, pés, orgasmos... adoro-me tanto.
Mas ela, farta de ver ao espelho o meu amor por mim, mutilou-me!
Aquela parva! Aquela egoísta....
Por fim pus termo àquela misere parva!
Já sentia enjoou-os de cada vez que ela só pensava no quanto perfeito ela era...
Parti-lhe os dentes, a boca, o nariz, tudo!!
Aquele minha outra EU, tomou de assalto a minha mente...
Violou-me o ego, a minha esperança...
Agora sou perfeita!!
Agora sim estou bonita!
Com o maxilar deslocado...
O nariz rebentado, e os ossos quebrados..
Os pulsos cortados, abertos, dissecados...
A cona rasgada e as pernas abertas...
Agora sim, sinto-me bela.
Aquela puta só me andava a encher de merdas!
A transformar esta nova beldade, num monstro.
Eu tinha feito um esforço tão grande, para me tornar assim... perfeita física e psicologicamente.
Tento gritar através do pano... mas as paredes do quarto abafam qualquer tipo de som.
Estou desfeita...
Deixa-me ver ao espelho! deixa-me admirar a beleza que me resta...
Não quero pessoas ao meu lado, eu tenho-me a mim!
Eu sou perfeita que chegue.
Sou...
Pára! Tira-me daqui.
Deixa admirar-me ao espelho, ou este dia não correrá tão bem.
Deixa-me... por favor... deixa.
Múltiplo narcisismo.
Múltipla personalidade.
O meu ego cresceu tanto, ao ponto de gostar de mim mesma...
Cresceu, ao ponto de me começar a odiar a mim mesma, por me achar deslumbrantemente perfeita.
Por achar que seria mais do que qualquer outra pessoa.
Por achar... que eu daria mais a mim mesma, do que qualquer outro.
Comecei a odiar-me, ao ponto de me bater, ao ponto de mutilar a minha beleza...
Ao ponto... de deixar de respirar, apenas e só, para matar esta pessoa...
A beleza dela, faz-me chorar...
Poças formam-se, pequenas, molhando-me o vestido fino.
Amordaçada, para que não me ouça falar...
Apunhalada, pelo ódio dela.
E choro-lhe para que pare de me bater, para que pare de me tratar mal...
Tento fugir, mas amarrada à cama, com as cordas a cortarem-me os tornozelos e o resto das mãos,
limito-me apenas, esperar para que ela acalme, ou me mate.
Ela rasgou-me o vestido, cortou-me o cabelo...
Violou-me, e gritou-me aos ouvidos.
Bateu-me até ouvir os osso estalarem...
Deixou-me desfigurada.
E eu gostava tanto de mim!
Adorava a curva do meu nariz pequenino.
Adorava as minhas pernas e os pés bonitos.
Maravilha-me, todas as manhãs, aquele corte de cabelo...
E os meus braços pálidos, muito magrinhos deliciavam-me de toda a vez que lhes passava a mão, esfregando.
De onde vem aquele ódio?
De onde vem?
E eu, que me adorava tanto, que me amava mais do que qualquer outra pessoa...
Adoro-me, pelo que sei, pelo que fiz, pela minha extrema beleza, pelos meus cabelos, pelas minhas mão e unhas perfeitas.
Pela minha higiene, pelos meus olhos, pelo meu nariz, pernas, pés, orgasmos... adoro-me tanto.
Mas ela, farta de ver ao espelho o meu amor por mim, mutilou-me!
Aquela parva! Aquela egoísta....
Por fim pus termo àquela misere parva!
Já sentia enjoou-os de cada vez que ela só pensava no quanto perfeito ela era...
Parti-lhe os dentes, a boca, o nariz, tudo!!
Aquele minha outra EU, tomou de assalto a minha mente...
Violou-me o ego, a minha esperança...
Agora sou perfeita!!
Agora sim estou bonita!
Com o maxilar deslocado...
O nariz rebentado, e os ossos quebrados..
Os pulsos cortados, abertos, dissecados...
A cona rasgada e as pernas abertas...
Agora sim, sinto-me bela.
Aquela puta só me andava a encher de merdas!
A transformar esta nova beldade, num monstro.
Eu tinha feito um esforço tão grande, para me tornar assim... perfeita física e psicologicamente.
Tento gritar através do pano... mas as paredes do quarto abafam qualquer tipo de som.
Estou desfeita...
Deixa-me ver ao espelho! deixa-me admirar a beleza que me resta...
Não quero pessoas ao meu lado, eu tenho-me a mim!
Eu sou perfeita que chegue.
Sou...
Pára! Tira-me daqui.
Deixa admirar-me ao espelho, ou este dia não correrá tão bem.
Deixa-me... por favor... deixa.
Múltiplo narcisismo.
Múltipla personalidade.
O meu ego cresceu tanto, ao ponto de gostar de mim mesma...
Cresceu, ao ponto de me começar a odiar a mim mesma, por me achar deslumbrantemente perfeita.
Por achar que seria mais do que qualquer outra pessoa.
Por achar... que eu daria mais a mim mesma, do que qualquer outro.
Comecei a odiar-me, ao ponto de me bater, ao ponto de mutilar a minha beleza...
Ao ponto... de deixar de respirar, apenas e só, para matar esta pessoa...
A beleza dela, faz-me chorar...
que forte...
ResponderEliminarQue perfeito , parabens
ResponderEliminarvc é super criativo (a)