sexta-feira, 9 de março de 2012

Uma semente invisível....



A inteligência de uma criança é proporcional à inteligência dos pais.

A capacidade cognitiva de uma criança é proporcional à capacidade cognitiva dos pais.

Uma criança, e qualquer outro tipo de ser, aprender com a interacção de um ou mais indivíduos.
Pais ausentes, tendem em dar prendas e não carinho. Ouvi aqui à uns dias no comboio umas senhoras de idade a dizerem que os seus filhos, agora pais, não sabiam ser pais. Não sabiam educar, nem dar carinho, não proporcionavam um ambiente familiar. Eram pais "ausentes", e o carinho que não davam era compensado com brinquedos e prendas. O pior de isto tudo, era de que quando tinham tempo para as crianças, não lhe davam atenção. Ficavam antes no computador ou a ver televisão, aqueles programas que não interessam nem "aqui" ao menino jesus cristo.

Se os pais não são confiantes, não demonstram confiança. Se os pais não são inteligentes, nem falam como pessoas responsáveis, ou inteligentes, ou com responsabilidades, os filhos, também tenderão em tornar-se assim, e afirmo que é difícil sair-se desse estado vegetativo, de não educação.

Se um pai não dá atenção a um filho, esse filho terá dificuldades em interagir ou sequer estar atento ao que está a fazer. Fica ansioso, distraído, com medo, e com stress.

Se os pais não fazem por iniciativa própria algo educacional, ou que exija expor a mente a novas ideias, ambientes na natureza, como um passeio, apanhar flores, fazer amigos, os filhos terão dificuldades.
Dependerá E MUITO! da educação desde que são bebés, até à idade +/- dos 14/15 anos.

Uma personalidade forma-se desde muito cedo. Influenciado por tudo o que acontece à sua volta, a criança é rodeada de experiências, descobertas, sensações, jogos, obrigações, pessoas, risos, amigos, livros, musicas, filmes, pelos pais, ambiente em casa, tempo passado a ler. Nada o é por acaso, tem uma razão de ser.

Estou farto de falar nisto no blog, mas falo porque é algo que vejo constantemente em falta.
Uma relação de namoro, não é namoro, deixa de o ser a partir do momento em que não existe motivação em conhecer a outra pessoa, em saber o que faz, o que já fez, porque é assim, onde não existe interesse em a aceitar. Se não há desejo pela personalidade da outra pessoa, então as prendas de anos, as sms de bom dia, ou a presença física de dia sim, dia não, não é nada. Tudo acaba por perder o seu valor, e uma "relação de amor" deixa de ser relação para passar a ser convívio. Onde uma pessoa está com a outra por amor, e a outra por interesse.
O mesmo acontece com as crianças. Se não existe vontade em estar com os filhos, em lhes ensinar, instruir, educar, fazer viver, criar experiências, sentir emoções e aventuras. Dar-lhes a conhecer o mundo ao longo dos tempos da sua infância até à sua fase adulta, então, a causa-efeito tratará em criar crianças sem capacidades cognitivas. Não serão crianças, mas sim bebés obrigados a crescerem depressa de mais.
Porque os pais hoje em dia, de hoje e de sempre, têm um filho. Nasce e de imediato obrigam-nos a comportarem-se como homenzinhos. É um quase obrigar a saltar a sua fase de infância, para a fase adulta. E hoje então vemos crianças com 10 a 16 anos, a fumar, a beber, a ter relações sexuais. Que não sabem o que é um preservativo, o que é a SIDA, ou outro tipos de doenças que são causadas pelo fumo, pela partilha de seringas, etc etc.
Não são crianças, são bebés obrigados a agirem como adultos. É feio dizer isto assim não é? Talvez agoniante de se pensar, mas é cada vez mais uma realidade. As crianças não têm tempo para serem crianças.
Se uma criança não tem um ambiente calmo e repleto de amor, onde não pode ser criativo, nem ser o que nasceu para ser os primeiros anos de vida, então os pais não estão a ser pais. Uma criança precisa de atenção, amor, carinho, compreensão, conversar, ser ouvida, ser ensinada. Também estão fartos de ouvir isto...

Das revistas que tenho podido ler, quase todas referem uma "forte" presença dos pais nesta nova geração. Bem... eu acho completamente o contrário. Existe uma minoria, sim, como sempre ouve, mas a geração de pais ausentes das vidas dos filhos mas presentes em casa, sempre haverá. Eu, na minha plena consciência, sou um pai presente, que tem amor pelos filhos, que tem desejo, que tem sonhos, que tem vontade. Também não é novo o que estou a dizer...

Resumindo algo que estou a tentar explicar, e algo que já o referi muitas vezes, as crianças serão (até certa idade) o "espelho" e a influencia dos pais, do mundo que as rodeia e da nicho de sociedade em que se encontram. Existe uma causa-efeito. São sementes que se plantam, quer consciente, quer inconscientemente, ou impingidas, como por exemplo a igreja/religião. E aquilo que absorvem hoje, terá impactos profundos no futuro. Apenas não sabem...

Um passeio com os filhos à beira mar, não é só um passeio...

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