terça-feira, 13 de março de 2012

É ódio...



O meu pensamento, tem-me invadido com a palavra "psicólogo" e com a frase que a complementa: "Preciso de um psicólogo".
Preciso (?) de ir a um psicólogo, mas tenho de pagar, até na escola... questa merda!?
Numa escola onde pago 100€ de propinas, não tenho direito a um psicólogo?

Preço:
  • Alunos: 5,00 €;
  • Funcionários (docentes e não docentes): 15,00 €;
  • Familiares Directos: 25,00 €;
5€?! Porra, que merda de atenção! E vou pagar 5€ quando sei que não me vão fazer nada? É só para falar e não para desabafar! Se é para desabafar, prefiro estar calado! Ou despejar tudo no blog.

Sim, quero olhá-lo nos olhos e saber que não pode fazer nada para me ajudar, porque eu não quero ajuda!
Sentir-lhe a impotência nos olhos, no corpo, na respiração e na caneta... sentir um choro por dentro. Talvez nem haja choro! E simplesmente se esteja a cagar se realmente estou com sorrisos ou com lágrimas. Quer é receber o dele.
Cheirar-lhe o medo à distancia e sentir-lhe o desconforto...

Sou uma pessoa nervosa... Sou, sim.
Cada vez que sai de casa com a namorada e vai dormir lá para cima... cada vez que diz "Boa noite" e ouço a porta de casa fechar, morro um "bocadinho", porque é desejo de amar que tenho no coração, e que cai, porque não tenho quem amar e quem me ame.
Quando vou no comboio, não falo com ninguém, quando venho para casa ou vou para a escola, fico simplesmente sentado ou em pé, a olhar lá para fora; A "esboçar" um pequeno sorriso de cada vez que "descubro" alguma coisa que antes não percebia, ou não tinha visto. Fico focado lá fora, mais do que na parte de dentro, não ouço nem presto atenção, às vezes desligo-me e tremo, aperto uma das mãos com força e sinto a raiva que cresce no peito desaparecer, às vezes tremo as mãos, só para não ter esse sentimento. Parece um peso no peito. Preciso de soltá-lo, tremo a cabeça ou respiro fundo, não digo que sou nervoso, quer dizer... não tenho nada que me enerve em especial, "qualquer" coisa me põem assim. Na estação baixo a cabeça e penso em negro, com ódio e raiva, e volto a tremer. Basta ficar tímido que fico diferente, bruto, fujo, à pressa. No comboio, é um exemplo, só não calco ninguém porque não o desejo, mas saio com toda a força.

Ainda à horas ou  à dias (ontem), vi um trailer de um filme/documentário "Como Morrer em Oregon".
Morte/Suicídio assistido. E pensei... se me deparasse com a possibilidade de poder acabar o que faria? Levava avante no final? Uma parte de mim gritou um pouco, não. 35% gritou de tristeza e saudade... 65% gritou de dor, de raiva, de... desejo sem pensar.

Tenho um grito cá dentro que gostava de fazer sair, mas tudo me ouve, e eu odeio!! Estou preso na minha própria mente. Estou sozinho no mundo...
-- A sério? Porque será?
Das que conheci, pelos vistos não conheci grande merda!
Uma pessoa dá tudo o que tem a quem ama, e arrancam de mim à catanada tudo o que tenho, sinto e sou, com impinjimentos e jogos psicológicos.
Tanta palavra e nenhuma delas vale um peido!!
Não vejo nem ouço, é um mundo que odeio, respiro fundo, tremo e volto a odiar! Quero sair dele e não consigo, ainda não... talvez.

-- "Jesus cristo!" volto eu a ouvir, não podem antes dizer que sou bonito e pôrem-me um sorriso na cara?! Ao invés de andarem a gozar e ainda para mais na frente das pessoas?
Se o ódio que tenho se transforma-se em físico, apertava-lhes o pescoço à força!!! Até a cara virar roxa, sem ar, e sentir-lhes o medo estampado no rosto fugir-lhe pelos olhos...

Odeio bater em animais, odeio magoar animais, não sou assassino, nem psicopata.
"Sofro", acho eu, por tudo e por nada.

Odeio porque posso!
Escondo porque posso!
Tenho raiva porque posso!
Critico porque posso!

Raparigas, rapazes, homens, mulheres....
Não há nenhum que passe por mim e me julgue. Será de mim? Do meu olhar? A culpa é minha, eu sei... O que estou farto de dizer? São surdos?!
Não é stress, não é falta de tempo, não é falta de presença, não é falta de carinho, não é falta de respirar, nem falta de andar...
É falta de ser!
É falta de ser amado!
É falta de correr!
É falta de sonhar!
É falta de obter!
É falta... faz falta, tudo.

Pai, nem tentes comentar, porque não vou ouvir!
E tu! Nem sequer fales! Não morres-te? Mas estás lá perto... "fode-te!", não foi o que sempre disseste?
Tanto amor, tanta merda, tanto gozo tanto ódio... Tanta palavra e nenhuma delas vale um peido!!

É amor em melodia que vejo cá dentro, é ódio que passo lá para fora, por de trás dos cabelos, dos ombros, das calças, do casaco, do olhar... do MEU olhar...

É ódio... consome-me, rasga-me, choro e ele não pára, luto e ele vence, eu deixo que vença, pelo menos faz-me sentir vivo, faz-me sentir acompanhado, faz-me sentir que sou alguém... EU TENHO VALOR!
Terei? Quero que se foda, não olho para ti só porque sorriste, só porque és pequeno ou gosto do teu sere exterior, não olho porque nada é importante, porque eu não quero que seja importante, quero que seja irrelevante, interessante, não "mais um", mas "um"! Tudo em mim vacila, tudo em mim grita, tudo em mim chora, por fazer o que faço, e pensar que sou alguma aberração, algum monstro...

Antes de entrar para a aula de TAC, um rapaz que nunca vi na vida, e que nem cheguei a saber que era, como sempre, deve ser algo típico de quem goza, disse quase em voz alta algo do género: "Está ali Jesus Cristo" ou "Está ali Cristo". Olhei e não vi ninguém, apenas 40 pessoas à minha volta... saberá ele o que isso faz a uma pessoa? Tem consciência sequer!? Tanto ódio na ponta dos dedos, tanto ódio no peito, que só pude apartar-me com força...
Entrei na sala, e sentei-me  na primeira fila, no primeiro lugar da esquerda, mais ninguém se sentou ao meu lado, e eu, ali fiquei, na primeira fila, ouvi alguém a rir-se, e passeio 1h, sentado, sozinho, numa fila, numa sala, e eu era, e era o que mais me agradava, poder ser olhado pelo o professor...
O que tinha feito eu de mal? Serei feio? Cheiro mal? Sou estranho? Sim... sou estranho, sou UM e não "mais um", talvez não me aceitem ou não me compreendem, e então a única coisa que sabem fazer e solucionar nas suas cabeças vazias, é afastarem-se. Afastem-se! Mais!

Sou deficiente? Sou mal criado? Sou... atrasado?
Tanto fascínio por mim, tantos "parabéns pelo blog", que não foram mais do que 2 ou 3, tantos "gosto do que escreves"... será simplesmente porque não têm mais nada que fazer?! Será que percebe sequer o que escrevo ou o que quero dizer?? Sou um gajo muita fixe, mas é só destas páginas para dentro, porque para fora, olham-me de lado e perguntam-se: "De onde é que saiu este parvalhão?!".

Fiz mal a alguém? Eu acho que já fui feliz... acho.
Tenho uma ligeira impressão que uma professora me costuma ler, será mais ouvir, talvez? Se for o caso, gostava de lhe dizer que adorava as suas aulas, principalmente quando uma vez fez toda agente ir ao quadro, e a minha letra ficou feia e torta... acredite que esse pensamento ainda me persegue. E sim, você é do ISEC.
Tudo entra... e nada sai da mesma maneira, nada é esquecido, e talvez aligeirado. Tudo tem impacto, não porque eu quero que tenha, mas porque é assim que sou, agora, e espero sê-lo para sempre!

I'm not jesus mummy...

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