domingo, 18 de março de 2012

Um olhar excessivo?


Pode ser um pensamento demasiado... como é que se pode dizer? Excessivo? Por pensar demasiado em coisas que são "simples" e/ou que vêm com o tempo.
Penso? Bem, numa coisa têm razão, são coisas que aprenderemos com tempo, que veremos e sentiremos com o tempo. Mas... o que é uma relação? Já falei neste texto Depois dos 30 ninguém muda ninguém..., o que entendo por relação, pelo menos uma pequena visão, mas... será que uma mulher ou o homem têm noção do que é escolher alguém com quem viver o resto da vida?

Ainda hoje existe uma elevada taxa de divórcio, quer por afinal perceberem que não era bem aquilo que estavam à espera, quer por desejarem "mais". Não se pode ponderar isso tudo, defeitos, feitios, gostos, ódios, musicas, filmes, pensamentos, ideias, desejos, antes de se "casar" ou "namorar" com uma pessoa? Quer dizer... é dificil? É! Mas pode-se só conhecer, serem "amigos" e verem o que sai das conversas.

Uma coisa excelente para todas as mulheres, e para qualquer mulher, é imaginarem o marido no dia do parto. Estarão ali? Estarão responsáveis? Serão adultos e maduros? Serão cuidadosos? Sentem-no a mais ou que não faz grande falta? É sem dúvida um dia que se encontra muito longe, talvez não, mas pensem nisso... ele fará boa figura ao vosso lado? Saberá ser pai? Terá amor? Ou preferirá sair com os amigos ou ficar no computador? Terá amor? Sentirá amor? Deseja-o? É importante para ele?
Um homem pode revelar muito de si em muitas situações, tal qual como uma mulher, mas sendo esta parte do texto destinado às mulheres no geral, pensem um bocadinho. Olhem-no de alto a baixo e conhecendo o que conhecem, imaginem, sintam...
Qualquer homem que vêm na rua, como animal que somos, é um ser capaz de fertilizar qualquer mulher, mas nem todas desejam fertilizadas por um homem qualquer. Diria até que nenhuma deseja!

Quando olho para mulher/rapariga na rua, não a vejo como um objecto sexual, penso... como seria como namorada? Penso no sexo, nas fantasias, penso nas zangas, nos meus dias menos bons, se estaria lá para me apoiar, seria boa a manter conversa? Seria inteligente? E a música? A ideia que tem do mundo?
Seriamos compatíveis? Daria resultado? Seriamos felizes? E o meu cérebro responde com um grande e valente Não! E porquê? Porque em 100 pessoas, apenas 1 me acha interessante, e essa uma, não me deseja assim tanto como namorado, nunca o desejaram. Sou mais um amigo, e sou visto mais como amigo, do que como namorado. Posso escrever "muito bem", posso ter conversas que "ninguém" tem, posso desejar ter filhos e estudar sobre isso, preocupar-me em preparar-me sobre isso, quer venham cedo ou tarde, penso em tudo o que me rodeia, mas não é por isso, não é por ser "diferente" ou "cativante" que me desejariam como namorado, porque elas no fundo, vêm-me apenas como um objecto interessante, e ninguém se apaixona muito tempo por objectos interessantes. Quer dizer... dependerá do objecto, significando que ainda me falta muito para ser uma pessoa realmente interessante e com muito para dar, e o que elas vêm é precisamente isso. Vêem como alguém que não é suficientemente interessante e que não tem grande coisa para dar ou partilhar. Não sou diferente de mais, não choco ninguém, não sou "gótico" nem "metaleiro", não ando sempre vestido de preto, e isso borra um pouco a imagem que as pessoas têm de rapazes com cabelo comprido. Existem "homens" e rapazes com cabelo comprido, mas a única diferença é que marcam uma certa diferença, uma diferença que existe em forma de moda. Mostram cá para fora, uma forma de chocar as pessoas, uma irreverência, e eu não faço nada disso. Não choco ninguém, não sou exagerado com o que visto, nem uso um rótulo ou uma marca com que possa ser associado ou identificado.

Se eu tenho esta percepção de mim, as outras pessoas terão mais ainda porque me olham de fora. Se sou um homem que pode estar e dar boa imagem no dia do parto? Um dia tão único e importante na vida de uma mulher? Acredito que sim, não é por ler sobre o assunto, é por me preocupar. E é por me preocupar em primeiro lugar que me leio e procuro aprender algo mais. O que me falta é acreditar em mim, e trabalho, muito esforço e dedicação. Mas como sempre, à pessoas que se apoiam nos animais, nos familiares, nos amigos, em desporto, em celebridades nas mais variadas áreas cientificas, em algo. Eu apoio-me em mim, e "por causa disso", critico-me ao extremo, levo-me ao extremo, exijo de mim o extremo, o que acaba por resultar em coisas menos "bonitas".
Uma namorada, uma boa namorada, dá muito a um homem, pode dar muito. Uma namorada, pode e tirará tudo a um homem. Dependerá do homem, mas não é assim tão trivial aos homens, alguns homens, passarem mais tempo triste que as mulheres. De certa maneira as mulheres estão mais habituadas a conhecerem mais parceiros, e falando novamente como animais que somos, para acasalar, do que com que viver. É um facto.
Existe nos leões, nos lobos, nos cães, nos gatos, nos pombos, entre outros. Somos um animal versátil, mas não significa que não tenhamos sentimentos quando perdemos parte da nossa "vida".
Como não me apoio em nada a não ser em mim, uma namorada é um desejo, mas é um desejo diferente. É e será um ombro, mas... como já referi noutro texto, é difícil encontrar alguém com quem viver o resto da vida. Pensamento extremista? 90% das mulheres concordariam comigo! Ainda continua a ser extremista? Toda agente quer confiança. Todas as mulheres querem sentir confiança. Em relações de poligamia ou não, existe e sempre existirá confiança, é o que nos torna "humanos" e não homo-sapiens. É a razão de termos sentimentos tão fortes e vincados por alguém que amamos.
Mas como qualquer outro "amor" e "desejo" que sentimos, acaba sempre por evaporar, até só restarem algumas lembranças boas e más daquilo que foi uma "vida a dois". Não se esquece. Nunca se esquece.

Sou então... exagerado ou com falta de muita coisa? Exagero em coisas que não interessam a ninguém até ser altura de acontecer e de viver, e falho em coisas em que me devia preocupar? Ou tudo está "perfeito", excepto com o que devia realmente preocupar-me?
Vou tentar explicar de outra forma. Exagero no que não devia exagerar e devia pensar mais no que realmente me está a fazer falta. Ou estou a fazer as coisas bem, mas ainda me falta "aprender" muito? Diria que são as duas. Tu não?

A única coisa que posso dizer, é que como humano que sou, e não pessoa, preocupo-me, exagero? Depende da perspectiva, aprendo e cresço, com os erros ou com os sucessos. Como humano que sou, e com uma visão diferente, assim penso, que tenho do mundo e das coisas que me rodeiam, vivo comigo, aprendo a viver e a crescer com quem realmente vou passar o resto da minha vida. Se eu gosto? 99% amo pode sentar-me a ouvir falar, e então é cada ideia, cada frase, cada linha de pensamento, que não espero muito para arranjar um bocado de uma folha e uma caneta ou algo que escreva, para não perder de vista uma visão, novamente diferente e única que tanto admiro. Os restantes 1%... fico a pensar que sou muita parvo, muita estúpido, muito burro e sem qualidades. E é incrível porque este 1% tem mais força que os 99%. Pelo simples facto de me esquecer, o valor que tenho, aquilo que consigo alcançar, aquilo que consigo ver, aquilo que consigo fazer, sentir, amar, desejar, sonhar, que aprendo, que vejo e descubro. Esqueço-me... para que todos os dias aprenda algo de novo para juntar aos meus caixotes de consciência.
Algo novo não ocupa espaço, fica a flutuar no meu cérebro, à espera de surgir a oportunidade certa de ser expressa e explicada através das minhas palavras e pensamento.

Não sou lá grande coisa como "pessoa", mas como humano... diria que estou acima da média geral. Mas não posso falar muito sobre o assunto porque não tenho voto na matéria. Quer dizer, se calhar até tenho mas não quero acreditar. Se calhar sou mesmo diferente e não parvo, como penso parte do tempo.
Preciso que alguém me diga isso? Na verdade não, acabo de o dizer agora, mas ouvir alguém dizê-lo é bom e faz bem ao ego. Mas também não sou assim tão tapadinho dos olhos, porque sei que posso ir mais longe, é da visão que tenho do futuro que me faz tremer, mas não significa que desista da vida, desejo de morrer tenho-o à muito tempo, mas não significa que esteja ou já tenha desistido. Como o referi no texto Já sei no que sou bom....

No fim de contas, se é que existe algo em mim que pode ser calculado, não exagero o suficiente para ser ainda melhor pessoa do sou. Não sou suficientemente interessante, não sou suficientemente cativante, ou desejado. Sou um "bom" amigo que é tudo menos parecido às coisas e pessoas que me rodeiam. Sinto-me único mas mesmo assim sem valor. Uma vez disseram-me algo sobre isso, que as pessoas não gostam de coisas foram do vulgar, e penso que até escrevi sobre isso. As pessoas procuram nas outras, algo estável e que possam compreender. É por isso que existem modas. As pessoas gostam de se sentir confiantes, confortáveis, psicologicamente sem borbotos de esforço para compreender o que estão a ver. É por isso que não lêem um texto num jornal de 2 páginas a menos que lhes interesse. O marketing faz um bom papel nisso.

Se sou, ou posso ser, interessante de ler, conversar comigo também pode ser uma experiência, se bem que eu acho que não sou lá grande coisa comparado com um ou outro colega. Afinal não sou nada e exagero.
Existe gente melhor do que eu, mais interessante e fisicamente mais atraente.
Espera lá... não. Eu sou interessante, afinal sou! Sou diferente, muito muito diferente! Nunca existe é tempo e paciência para o descobrirem... Sinto-me bem.

Um baloiçar dos pensamentos...
Um texto antigo que quase me fez chorar...

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