sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Lábios no esquecimento...


Tenho "medo", de esquecer ou de não voltar a sentir um beijo. De saber o que significa beijar, ou de acariciar.
"Medo" de não puder dar nem receber.
Perder-me em pensamentos sem sentido. Em que me preocupo mais de ver se estou a fazer bem, do que me preocupar se estou a fazer.
Foda-se!! Confusão do caralho!!

Tenho medo de não arranjar namorada, seja de perto ou de longe, se bem que de perto era preferível!
Tenho medo de já não saber beijar, de acariciar ou preocupar-me.
Tenho medo de me ter desligado por completo, de qualquer um desses sentimentos.
Sim, na universidade e fora dela há muitas raparigas "bonitas", e talvez até inteligentes... mas quem sou eu?
Sou um puto de 20 anos, que não faz nada da vida a não ser passear um pouco com as cadelas, ver alguns documentários, e programar... (ouvir música), fora disso, não sou nada.

Agora começo a ler mais e a intereçar-me mais por... educação infantil, neste caso, como educar bem e ensinar bem uma criança, porque por muito que eu ainda seja uma e eu queira ter filhos. É-me também uma forma de compreender, e de talvez, se conseguir, mudar algo em mim. Ajuda-me a compreender os outros, e a caracteriza-los melhor, e como sei, muita gente não vai gostar de ouvir isto, porque "ninguém" gosta de ser caracterizado. De alguém olhar para ela, e dizer tudo o que pensam e vêm à primeira vista.

Não posso adiar processos, nem atrasa-los.
Não posso tentar obrigar alguém a gostar ainda mais de mim. Se eu não ainda não me considero perfeito o suficiente, nem "bom" o suficiente para ser um bom... namorado ou pessoa.
Mas eu sou anti-social. Sou misantropo. Sou parvo e muito estúpido.
A merda que me fizeram.... e a merda que eu deixei que me fizessem... Puta de merda da ovelha ranhosa!
Cabra! Fudeu-me a vida só por causa de um estúpido sentimento... "amor"! Havias de morrer envenenada!
Sem ela não crescia, mas com ela fui também fui envenenado, pisado, e cuspido, atropelado.

Tenho medo de perder do pensamento, como é beijar uma rapariga, sentir os cabelos, de sentir o seu corpo quente. De poder gostar de alguém, e poder saber que alguém gosta de mim.
Não significa que não goste de estar sozinho às vezes, não significa que não continue anti-social, e também não significa que precise de "carinho" para "crescer" ou sentir-me bem.
Existem coisas que nem um irmão nem os pais conseguem dar, com toda a vontade do mundo.
E sabendo eu, que posso ser assim para ela, amiga, sinto-me contente, alegre! Mas com medo de não saber fazer as coisas em condições.

Tenho medo de ter perdido o jeito, para algo que fazia tão bem.
Tenho medo.... de não puder voltar a ser eu mesmo, o Paulo sorridente e descontraído que já fui.
Medo... de perder para sempre a essência que me fazia crescer criança...

Quero brincar com ela, e beijá-la sempre que me apetecer. Oferecer-lhe coisas feitas por mim, e levá-la às compras e ao parque, ao cinema e à feira... para puder sentir, durante esse sossego e reconforto, a lufada de ar fresco que à tanto tempo teima em não vir...

2 comentários:

  1. A diferença entre os fracos e os corajosos. É que os primeiros apenas vivem com o medo. Enquanto os corajosos o enfrentam. E mais tarde ou mais cedo tem o resultado de todo o seu esforço e luta. Eu não tenho dúvidas de onde pretences. (;

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  2. Beeemmm;), digo.te uma coisa: Este post foi sem duvida, dos melhores até agora.=)
    Sabes... eu penso que não deves ter medo das mais pequenas coisas, porque tu podes vir a ser o Paulo sorridente que sempre foste e fazer tudo aquilo que gostes de fazer com a "pessoa", basta em algumas situações deixar.te levar. Embora a taxa de sucesso desta medida seja pouco elevada...xp
    Mas sem duvida que tu és daquelas pessoas que marca uma sociedade, só pelo simples facto de queres mudar algo que estaria melhor de outra forma, e olha que não és o único.=D
    Só a tua maneira de escrever deixa qualquer um fascinados:')

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