Porque são os amigos importantes?
Ou assim tão importantes?
Não os podemos ver como simples professores?
Pais?
Com quem trocamos informação, conhecimento, opiniões, ideias, pontos de vista?
Os amigos são processos, e se dás demasiado importância, valor e carinho, é porque necessitas sempre de alguém que te ajude nos obstáculos, necessitas sempre de crescer, de aprender, precisas de um bengala para todas as tuas tarefas.
Amigos devem ser vistos como pessoas comuns, eu pelo menos vejo assim, a única diferença, é que eles são diferentes pois partilhamos opiniões e ideias semelhantes, logo o nosso cérebro diz-nos que podemos-nos sentir seguros e confortáveis ao lado deles, pois também eles processam a mesma informação.
Para mim, não vejo os meus amigos como... grandes heróis, ou gente importantíssima.
Para mim são... como um irmão, como gente da rua, alguém com quem falo e partilho mais do que simples e supérfluas palavras. Partilho carinho e amizade (ajudo se precisarem), mas não faço disso um grande alarido.
Não me são importantes, são conhecidos, são pais, professores, são lápis e papel.
São simples pessoas a quem eu me dou a conhecer, um bocadinho mais.
Conseguiria viver sem eles, pois são-me irrelevantes.
O meu cérebro tem prazer em "socializar" com eles, mas apenas no seu instinto primitivo, porque para mim, cumprimentar chega.
Amigos são processos, e eu não estou rodeado deles, pois o que eu faço girar à minha volta, floresce por si só. Agira sozinho é o melhor e maior feito, para mim.
Agir com ajuda de outro não é o meu forte, além disso deixei de me dar com gente à algum tempo.
Para mim, não falar do que sofro, do que me faz feliz, do que assusta, do que sou, do que faço, do que gosto e do que me faz sentir vazio, guardo-o para mim.
Não preciso de amigos, de frascos, de pais nem irmão, não preciso de animais para me ajudarem naquilo que construo, mas como sempre, os processos acontecem, e acontecem à força. E desses eu não tenho controlo.
Pois são obrigados a acontecer.
Amigos são processos, para alguns, visíveis que os guia ou ajuda a atingir e a lidar com outros processos mais importantes para o seu próprio desenvolvimento.
Logo, quem dá demasiado valor ao "amigos", é porque está sempre a crescer, talvez depressa demais, ou de uma forma errada, a meu ver. Pois quando não os tiver por perto, a queda vai ser maior.
Vai doer muito mais, e aí o mundo parece estar contra vocês, quando na verdade... foram vocês que não se prepararam para cair, para se magoar, para levantarem-se sozinhos, e continuar a pedalar na vossa bicicleta que era e fora sempre empurrada pelos vossos amigos. Empurrando e afastando processos importantes da vossa linha da vida.
Amam mais os vossos amigos que o próprio namorado/(a), decerto modo até pensam bem, pois se ele/ela vos deixar, apoiam-se nos amigos.
Se assim for, nunca confiaram, nem nunca amaram verdadeiramente uma pessoa.
As pessoas de hoje não sabem amar, sabem que é bom ter uma boa "cunha", e agarram-na!
Não por amor, mas por jeito, por oportunismo, com intenções.
Eu talvez não seja a pessoa mais indicada para "discutir" este tema dos amigos e mal-amores.
Mas como o blog é meu, e a minha opinião é que conta, digo-o à mesma!
Uma pessoa que necessita ou dá demasiada importância à sua família, é alguém que é tão fraca, que quando sai à rua tem sempre de usar uma máscara, até mesmo quando está com a família, que apesar de mostrar que ela (a família) é o mais importante para ela, não mostra a sua parte fraca, nem frágil.
Eu não uso uma máscara para esconder os meus sentimentos, basta este meu corpo, este frasco!
Basta não falar, e vocês nunca saberão o que penso!
Olham para mim, e os vocês cérebros, pedem que me tente fazer falar, para me conhecer, para me compreender e guardar algo de mim nas vossas memórias fétidas, guardar mais do que uma simples imagem do meu rosto, do meu cabelo, da minha roupa.
Eu vejo o constrangimento que os meus pais sentem de cada vez que tentam "abrir-me", fazer-me falar.
Pois para "todos nós", a informação é importante, a compreensão e a catalogação, ou conhecer algo que não se envolve, algo que não temos guardado.
Pessoas que não falam provocam-nos sentimentos de irrequietação. O nosso cérebro obriga-nos a "tentar" conhecer pelo menos algo pessoal daquela pessoa. (os amigos de amigos de amigos ajudam nessas merdas!)
É como tentar compreender e conhecer o que existe para lá daquele misterioso corredor, ou daquele buraco no chão, escuro como a noite, e do qual não conseguimos qualquer informação.
Somos um ser curioso, daí advém a importância que os amigos têm para muitos de vocês, pois eles trazem sempre noticias novas. Algo novo... mas sempre igual.
Não me sinto minimamente preocupado com o facto de não ver as coisas como vocês, com a mesma preocupação, amor e carinho.
O suspense é "algo terrível". E é por isso que tentam conhecer alguém diferente, como aquele gajo sempre vestido de preto, ou aquela rapariga que fica sempre sentada a um canto, a desenhar umas merdas...
Simplesmente porque os vossos cérebros putridos, querem conhecer simplesmente porque é curiosidade, com intenções, porque são uma boa escolha de amigos, ter alguém importante em cada área, para que aconteça como nos filmes de acção e pós-apocalípticos, em que o general, ou o presidente, ou o médico mais importantes, tenham um helicóptero só para eles. Ou para que se safam com cunhas quando a situação o exige.
A importância que damos a essas pessoas, reflecte o contrário do amor que temos por dentro e que queremos demonstrar para com os outros.
A importância para mim deixou de me importar. Se acontecer aconteceu!
Não posso mudar, mas aprender, e aprendo-o sósinho! Com os processos.
Tentar compreende-los é-me importante, mas não necessito de ser carinhoso para com outros, não preciso de agradecer, nem fingir que me esforço, ou esforçar-me para continuar à mesma velocidade que aqueles.
Faço-o o que faço à minha maneira, ao meu ritmo, da maneira como eu quero!
Não preciso nem quero ajudas.
O meu frasco é algo que todos poderão ver e para sempre interrogarem-se que género de pessoa sou.
Nada do que escrevo, ou a maneira como escrevo aqui é a minha verdadeira pessoa...
Sou algo muito mais profundo, muito mais complicado.
Sou o frasco que todos olham, e que todos se interrogam: "O que existe dentro dele?".
Pois eu sou e conheço-me. Sou alguém diferente, extremamente diferente.
Difícil e complicado. Talvez para vocês demasiado convencido, criança, frio, mau...
Sou alguém com quem não te consegues ver valorizada. Pois a tua convença para mim, é só merda!
Achas que me deixo envolver nas tuas frases?
Nas tuas opiniões?
Achas mesmo que me consegues fragilizar?
Não preciso de me preocupar nem de entreter o meu cérebro com teatros de outros.
Tudo o que dizes não me tem a maior importância, e até tu, existires ou não, não me afecta.
Podes falar... mas não te ouvirei como os outros.
Podes perguntar... mas não te responderei como os outros.
Eu não sou os "outros". Serei puro e duro, frio e feio em todas as palavras que demonstrarão a visão que tenho do mundo, das coisas... de ti.
Amigos dão ao corpo e cérebro energia e reconforto. Para mim... isso é-me irrelevante.
Eu dou a mim mesmo o que necessito e quero! Eu mando no meu ser, na minha alma, no meu cérebro.
Se o fodo todo? Para mim não tem importância... sou-o sozinho.
Conhecidos caminham ao meu lado, não amigos, nem familiares... processos!!
IMO, não t podes impedir de teres várias facetas ou de evoluíres, nem que seja um cagagésimo por dia. Tu ages d uma maneira no blog, outra pros teus familiares e por ai adiante. Já o simples facto de decidires 'não t abrires' é por si só uma faceta. Se achas que consegues viver sem interacção de qualquer género, dou-te os parabéns pq é uma coisa impossível. A não ser que vás viver pras montanhas dos himalaias como eremita..talvez ai hmmm x)
ResponderEliminaristo é apenas a minha visao subjectiva, mas achei que devia partilha-la.