sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sabes o que és?


-- Eu hoje vi a lua sabes?
-- A lua?
-- Sim, a Lua.
-- Aquela coisa lá no alto? Quer dizer... é interessante, mas não é algo por aí além.
-- Sim, aquela coisa lá no alto.
-- O que tem?
-- Nada...
-- Nada?! E olhas-te para ela? Chiça! Onde tu andas a perder o teu tempo...
-- É mais do que um pedaço de pedra suspenso no universo.
-- O que tem de tão especial? Estás bem da cabeça? Agora admiras coisas assim?
-- Eu era cego mas agora vejo. Agora vejo o amor que sinto por ela.
-- Por aquela coisa?! Estás doidinho! Tu mal a conheces e pouco se falam!

As coisas que não sabes sobre mim, prejudicam-me. As coisas que me falas na cara, deixam-me mais infeliz do que sou. Aquilo que me fazes sentir, é uma morte lenta que eu quero que venha depressa. Devia ser de outra forma e não é, gostava de sentir amor e não sinto. Sonho porrada e zangas, e ficas sempre por cima com as tuas atitudes de merda que pensas ser as mais acertadas. Pensas ser alguém que na verdade não és. Julgas ser melhor do que eu e cada vez te tornas pior. Nunca sonhei chegar ao ponto de perceber aquilo que me fazes, e prometo-te que nunca farei o mesmo a outra pessoa. Rasgas-me, violas-me a mente e provocas discussões que desconheces. Fazes pior e nem te apercebes. Não me preparas para nada a não ser para a morte dolorosa emocional. Preparas-te-me para a fraqueza e não para a riqueza. És uma merda e tens sido uma merda. Odeio-te o que tentas ser. Odeio-te de tanta tentativa repugnante e exaustiva a que me submetes só porque achas que é bom, mas não sabes a merda que andas a fazer.
Tentas tudo e de nada te vale, mas um dia vais ver... um dia vais ver a merda que andas a fazer! Pois a merda que andas a fazer, é a pior coisa que se pode fazer e dizer. A porcaria que me tentas injectar na mente, jamais deveriam sair da tua boca, mas és um filho da puta que nunca sabe estar calado quando deve estar calado. És um filho da puta que não sabe ser! Que pensa que é mais do que os outros, e que os outros não são nada. Metes-me raiva e desconheces o ódio que me vai cá dentro, que CRESCE cá dentro cada vez que abres a boca para falar comigo, e eu sempre à espera, do dia em que me fales direito. Que me fales sem pedras na mão! Que olhes para mim com orgulho por me teres ao teu lado, e não do teu lado. Que me ames e me trates como uma pessoa deve ser amada e tratada! Mas eu sou bom e nunca ouço isso de ti. Mas eu sou capaz e nunca ouvi isso de ti. Mas eu existo e pareço ser só mais um na tua vida de merda! Tens tudo? Bela merda! Tens tudo e não sabes ser! E eu?! Sou o resultado da merda que me espetas na cara, daquilo que nunca soubeste ser, dizer ou fazer. Porque eu não sou como tu, não tenho de ser como tu, de pensar como tu, mas nem vês isso. Só está certo o que vês, porque fora deste banco tudo é uma merda. És a pior coisa que me aconteceu na vida, e infelizmente continuas nela da maneira que eu mais odeio e desprezo. Sem valor, sem sentimentos, sem nunca estar calado, sem nunca incomodar, sem nunca deixar que os outros sejam os outros, mas um pouco de ti. Impregnas os outros, mas não a mim. Mudas os outros, mas não a mim. E isto não é uma injecção que me deste, é a consequência de sentir e consciencializar que aquilo que me fazes é a pior coisa que se podia fazer. Já não és aquilo que tanto defendeste! Deixas-te de ser muita coisa "boa" para passar a ser o pior de tudo! És tudo aquilo que nunca quiseste ser, que sempre criticas-te, que sempre mostraste e tentas-te não ser. Mas os anos só te fazem merda à cabeça!! És pior e nem sequer tens a puta da consciência. Nisso, pelo menos sou melhor...a cada mês que passa cresço para o lado positivo, e tu cada vez mais rápido te enfias na merda!
Não, não é para ser bonito ou para ser percebido, é para ouvires e ficarem calados!! Sim, ficarem.
Aquilo que te ouço da boca, é algo com que nunca sonhei. Já vi e ouvi de outros, mas nunca o esperei de ti. Tentas foder-me a mente à força toda, porque achas que lá no fundo até mudo e cresço, mas não sabes nada de nada. A merda que vomitas enerva-me. A merda que tanto dizes e que tu achas que tem tanto açúcar, não vale um peido! Parabéns, conseguis-te o que querias?
Não vou ter uma pessoa como tu, ao meu lado, para o resto da minha vida. Não te quero perto de nenhum. A merda que andas a fazer e nem percebes. A porcaria que tanto trazes debaixo dos teus pés e que acusas ser dos outros. A fraqueza que vês em mim são as putas das conversas que me tentas enfiar pela garganta abaixo e que eu nunca engulo. Pensas que sabes tudo, mas não sabes nada de absolutamente nada.
Não sabem lidar com depressivo-suicidas, psicologicamente instáveis, e atiram-se de cabeça, de berros e gestos que só tornam tudo pior. Não fazes bem a ninguém, só fazes merda!

Não sou um simples badamerdas que não trabalha e tem más notas nos estudos, lá por não ser bom na universidade, não significa que não tenha valor. E é triste, porque devias ser a primeira a ver valor e tornas-te parte da estatística. Cruzas a linha daqueles, que como tu e pior, não me dão valor, não me vêm, não me sentem, não me falam, não valorizam. Não sou "só mais uma pessoa", sou um ser humano. Sou incomum. E sou mais que muitos, mas acham-me arrogante e narcisista. Porque acabaram comigo porque não souberam lidar com aquilo que sou e não por causa de pornografia. Medo? Medo de quê? De me expor assim? E depois? Já vi pior e ninguém critica. Já vi merdas que ninguém liga. É a minha verdade, e por ser minha tem  mais valor.
O que tenho de tão mau? A minha critica? A minha maneira de agir? A minha maneira de falar? Sou mais verdadeiro para comigo do que vocês para vocês mesmos. Sou mais sincero para com os outros, do que vocês para com vocês mesmos. Mas continuo a pensar que sou um merdas. E não tenho medo de ser contraditório, porque pelo menos tenho voz própria e respondo a tudo o que penso e sinto. Não tenho só uma resposta, como vocês oh montes de merda! Julgam ser tanto e não são nada. Têm tudo e não sabem o que é ser-se. Apenas são e isso deixa-os miseravelmente felizes.
Criticam-me por criticar, mas mais razão tenho eu. Pelo menos tenho voz. Pelo menos eu falo, e vocês só lêem. Porque é mais fácil foder tudo do que tentar ser.
Não fui talhado para grandes coisas, mas para amar... isso sim, foi um dom. É o meu dom. É nisso que sou bom, ou talvez não... assim parece não é? Se sou assim tão bom, porque não tenho namorada? Porque nenhuma rapariga quer um rapaz cuja única coisa em que é bom é em amar. Quer machos com muito vivido. Querem bodes que elas julgam ser os melhores pais do mundo, e acabam por se tornar em mais um casal cujo numero aparece em estatísticas. Falo mal? Porque posso. Porque sei do que falo. Talvez me falte um algo para criticar mais e melhor.
-- Deixa de ser um fraco de merda!!!
Aquilo que ganho em ser assim é inestimável, e pelo menos eu sei ver o lado positivo de tudo o que me acontece de mal. Porque eu quando critico tudo e todos, não critico, aprendo uma nova forma de lidar com as coisas. Para conhecer uma maçã, tenho de estudar todos os frutos que não são maçã. Para me conhecer a mim e aos meus filhos, à minha mulher, tenho de me conhecer bem a mim, e para eu me conhecer bem a mim, tenho de saber como são os outros. Saber o que quero ser, como quero ser.
O meu mundo, cá dentro, bem cá dentro, é fechado. Sabes o que és? Nada.

Não temo ser assim. Não temo a depressão nem as "descaídas" de merda que tu, ó linda, me tanto espetas na cara. Orgulho-me por as ter, saber entrar e sair, ter consciência e aprender com isso. Fosse eu como vocês e já me teria matado. Eu tenho tudo, mas não sei fazer nada. Sei pensar, o que é raro hoje em dia. O que é muito raro. Tenho tudo mas não tenho coragem para me matar. Tenho tudo mas sou um badamerdas nos estudos. Tenho tudo mas não sei fazer nada de jeito. Não é assim que me pintam? Não é por não me esforçar. Tenho tudo mas... não tenho o mais importante. Sou extraordinário apesar de ser uma badamerdas que todas as minhas ex-namoras acham e vêem que sou. Sim, porque se me deixaram é porque realmente não valho a ponta de um peido. E se eu sou assim, se entro neste estado, então coitados dos filhos que eu tiver. Coitados?! Aquilo que eles terão a mais do que os outros será indescritível! Mas continuo a passar de um granda filho da puta que só sabe é criticar. Cujos textos são maçudos e sem nada de interessante para ler. Se isto fosse para ser interessante, tudo era bonito e fácil de ler. Tudo era para rir e fácil de perceber. Se os meus textos não tivessem nada de valor, eu não os escrevia. Se eu não sentisse os meus textos, teria medo de os partilhar. Se eu tivesse medo de ser quem sou, nunca diria uma única palavra... Se eu não acredita-se que podia ajudar alguém, nunca expunha os meus problemas. Porque isto, como já disse, não é para vocês, é para mim, para os meus filhos. Porque as coisas más também devem ser ensinadas. As coisas negativas também devem ser explicadas. Porque eu não sou só mais um que escreve, sou um que consciencializa, aprende e ensina. Coitadas das pessoas não gostam de ler textos grandes... eu adoro ler e reler os meus textos. Especialmente porque os sinto. Porque são meus e eu posso "chorá-los" vezes e vezes sem contas. Porque posso ler e redescobrir o que antes tinha esquecido.
Sabes o que sou? Sou alguém que não tem medo de ser quem é! Sou alguém que cresce para um dia ser melhor. Sou alguém que ama algo que ainda não existe. Sou alguém que treme por o segurar e começar uma vida, fazer crescer um alguém, mas como animal que sou, como humano que não tem medo de errar, estou preparado, agora sim, para ser e dar o litro para ser, aquilo que nunca foram para mim e aquilo que eu gostava que eu tivesse sido. Não tenho medo das coisas que me saem da boca... tenho é medo daquilo que não sai!! Daquilo que fica.

Sabes o que és Paulo? Um zé-ninguém que tem muito para dar!
-- [...] tu sabes escrever de tudo sobre tudo o que é óptimo. Eu se não concordar com algo eu digo-te, mas tento ver o teu lado, mesmo nao concordando. Realmente gosto do que escreves, gosto da tua forma de te expressares. Mas admiro mais ainda a tua coragem sabes? Porque expões.
-- A minha coragem?
-- Sim... tu tens coragem. Lês comentarios que são pros e contras mas isso é bom no final, porque expões . Se não o fizesses nunca irias saber quem gosta e quem nao gosta e o porquê de não gostarem. E acima de tudo eu admiro isso, admiro muito essa tua coragem, e o facto de escreveres bem ainda mais admiração tenho, porque de facto escreves bem.

Mas escrever bem não chega.


"[...] Escreves de uma forma, como se conhecesses o mundo que vai dentro da cabeça dos outros, não te conheço pessoalmente, mas pareces-me um jovem meio perdido, ainda que fales de uma maneira, que pareces ser uma pessoas muito experiente na vida. Se calhar até és, mas se és, lá está entras em contradições, atrás de contradições. 
Mas continua, que gosto de vez enquando de ler algumas coisas tuas. Desculpa a minha opinião, mas hoje não resisti a comentar." De Gina em Não vim ao mundo... .


Sim, sou um jovem meio perdido... Que não vale um peido nem o esforço de ninguém. O problema, está em  "gosto de vez enquando de ler algumas coisas tuas". Só algumas? Que desilusão de pessoa. Tens a certeza que não és tu a "jovem perdida"? A jovem que tem a mente perdida em coisas sem interesse? Sim, realmente o meu blog para ti e para todos, porque não és especial nem mais do que ninguém, só gostam de ler coisas fáceis. Coisas que compreendam, porque usar o cérebro está fora de questão. Não é? Porque de facto os meus textos mais técnicos são uma dor de cabeça porque vocês não sabem nem metade daquilo que sei e penso. Porque na realidade vocês sentem-se inferiores quando os lêem e não se querem sentir diminuídas perante um "jovem meio perdido", um zé-ninguém, que não tem nada para dar e que só faz merda. É humilhante serem ultrapassadas nesse sentido não é? Não sou convencido da minha intelectualidade, sou confiante daquilo que me passa pela cabeça. É suposto tudo ser fácil de ler? Mentes que não crescem...

-- "Sabes o que és? Aquela pessoa incrível que ninguém conhece e com o qual todos deviam conversar, pelo menos uma vez."

--------------------

Sem comentários:

Enviar um comentário