terça-feira, 7 de agosto de 2012

Deixa-me!


Eu acredito que quando vires o meu caixão no buraco, lhe vais cuspir em cima!! E não me irás cuspir na cara porque não podes. Mas era essa a tua vontade, não era? Olhares para mim lá do alto, e sentires a raiva ferver-te nas mãos, na tua garganta, no peito, e quereres bater-me mas não poderes. Magoares-me como sempre fizeste mas eu já cá não estar para chorar.
Saudades? Que saudades? Quais lágrimas? Choras-te por mim? Em morri por causa de ti, mas nunca parei.
Eu acredito que vivo ou morto não te farei diferença. Sou só mais um sem nada para dar. Que se tornou insuportável de conviver e de valorizar.
Deixa-me no meu canto! Sonhar e acreditar que um dia, talvez um dia, eu possa ser feliz, talvez alguém me possa realmente amar e tocar como eu nunca senti. Deixa-me estar na "depressão", na tristeza, nas minhas recaídas, nos meus momentos e dias mais negros, na minha vontade de morrer e desaparecer, na minha vontade de me matar e não deixar saudades.

Deixa-me! E por favor nem me toques! Não quero nada teu. Pára! Estás-me a magoar, não vês isso? Já não choro por ti, já não escrevo sobre ti, já não és tu, sou eu e a minha dor, de uma rapariga que nunca tive, e do meu ódio para as que nunca souberam ser. Dei tanto e continuas? Pára por favor! Pára!
Não me abraces! Afasta-te! Pára! Deixa-me! Por favor... procura outro banco, outro rapaz, outra vida.

Foi tão fácil para ti, como foi difícil para mim? Agora deixa-me... e vai-te foder!

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