segunda-feira, 29 de julho de 2013

É um design optimizado...


"A Chita é um design optimizado daquilo que funciona."

É o aperfeiçoamento, a evolução de um animal construído para matar, para caçar. A lei do mais forte, do mais adaptável, do mais capaz, do mais versátil, do mais veloz. Tal como o foram os Neanderthals.

Nós humanos, deixámos de ser os criadores do mundo, para passar a ser o declínio de uma civilização e  de uma espécie. Somos, tornamos-nos e caminha-mos para lá, para a nossa destruição. Caminhamos para a estandardização do individuo, dos pensamentos, do modo de vida.
Já fomos em tempos, os melhores animais que já caminharam neste planeta, porque evoluímos e sobrevivemos graças à nossa facilidade de adaptação em qualquer meio ambiente. Infelizmente, hoje em dia o que se vê é a desconstrução de pensadores, para o cultivo de escravos mentais.
Li há já algum tempo, um médico que dizia que todas estas novas doenças, como é o exemplo do stress, do cancro, depressão, raiva, são tudo coisas recentes, de uma civilização demasiado industrializada. O meu irmão leu também algures de que as guerras, sejam mundiais ou de conquista, são muito recentes no percurso da nossa civilização, pois antigamente, as únicas guerras que existiam era a de entre duas pessoas, por uma situação ocasional. Não era nem nunca foi com mais de 1000 pessoas toda para o mesmo fim.
O próprio povo europeu, permanece dos mais psicologicamente activos em termos de guerrear terreno. Fomos nós quem descobrimos o mundo, quem o conquistou, e somos nós que o colonizámos. Ainda existe em Portugal, um certo ódio aos Espanhóis, simplesmente porque não queremos que o nosso país caí nas mãos deles, ou deixemos de ter um "portugal" nosso. Somos territoriais e adoro isso. Adoro porque mantém as tradições, a cultura e a língua viva.
Infelizmente, aparecem por aí gente que odeia barreiras, e que a Europa deveria ser um país num todo e não por partes. A esses falta-lhes aulas de história e presença no mundo. Nasci em Portugal, e não quero um dia ele desapareça, seja conquistado ou comprado. Somos um povo que já fez história, que já descobriu e deu a conhecer o mundo, que revolucionou a navegação marítima e até ajudou a levar o homem à lua com a utilização do Astrolábio. Mas estamos a perder o nosso "design optimizado" para um bando de pitas e pitos que não pensam, não racionalizam, não amadurecem, que têm nariz empinado e que só se preocupam com a sua vida profissional e não uma vida pessoal. Vão para o estrangeiro, porque o país já não dá nada. Eles não vão para fora porque o país já não lhes dá emprego ou "apoios", mas porque sonham com uma vida que só lêem em livros. Não é por arranjarem trabalho lá fora, não é só, é porque para onde quer que vão, podem ser quem quiserem e criar uma nova história, mas nunca uma nova entidade.


Nós, portugueses, já fomos uma Chita, e das melhores que existiram na Europa. Fomos um povo de bárbaros que correu com os Romanos. Tornámos um pedaço de quintal, num país vasto. Sonhámos alto, mas também lutámos bastante. Infelizmente, outra infelicidade, o povo empobreceu e deixou apodrecer a sua mente tão aventureira. Apareceu um povo, que não é português, mas um povo que é interesseiro, que sonha com uma vida à americano, que sonha com dinheiro, com poder. Um povo em que cada um tem de ser a sua casa própria com quintal, o seu carro de marca, a sua casa de férias. Sonha com riqueza que não tem e que não sabe gerir. Sonha... com a cabeça virada para livros e fantasias. Porque se uns têm, "eu também tenho de ter". Este povo fudeu-se e a próxima geração será a pior de que há memória. Tenho medo de passar a ver um país ovelha, e não uma Chita.

"A fina flor do entulho.
"É tão chique brincar aos pobrezinhos"! 
Ao Expresso, disse Cristina Espírito Santo, uma das veraneantes, que viver ali, na Comporta, "é como brincar aos pobrezinhos". Disse-o sem pudor. E nesta simples frase transparece toda a raça desta gente, o pensamento, a atitude perante a vida e os seus "semelhantes". Gente para quem as criadas ainda são bonnes, os motoristas são chauffeurs, os operários são a canalha. Gente que despreza quem os serve e os ajudou a enriquecer. Gente que gasta, numa hora, o que a esmagadora maioria dos portugueses não ganha num mês. Não houve 25 de Abril que os obrigasse a mudar de rumo, nem sobressalto que os levasse a arrepiar caminho. Eles aí estão de pedra e cal. Os amos. Os donos de Portugal. A brincar aos pobrezinhos. Com os pobrezinhos. A quem, esmoleres e cristãos, dão esmolas. Com um esgar de asco nas faces bronzeadas pelo Sol da Comporta. 
Há gente tão pobre, tão pobre,mas tão pobre... que a única coisa que têm é dinheiro.
Desculpem-me o desabafo."
por João Monge Ferreira em Facebook


O idealismo de uma mulher "perfeita"...

Sem comentários:

Enviar um comentário