segunda-feira, 29 de julho de 2013

É um design optimizado...


"A Chita é um design optimizado daquilo que funciona."

É o aperfeiçoamento, a evolução de um animal construído para matar, para caçar. A lei do mais forte, do mais adaptável, do mais capaz, do mais versátil, do mais veloz. Tal como o foram os Neanderthals.

Nós humanos, deixámos de ser os criadores do mundo, para passar a ser o declínio de uma civilização e  de uma espécie. Somos, tornamos-nos e caminha-mos para lá, para a nossa destruição. Caminhamos para a estandardização do individuo, dos pensamentos, do modo de vida.
Já fomos em tempos, os melhores animais que já caminharam neste planeta, porque evoluímos e sobrevivemos graças à nossa facilidade de adaptação em qualquer meio ambiente. Infelizmente, hoje em dia o que se vê é a desconstrução de pensadores, para o cultivo de escravos mentais.
Li há já algum tempo, um médico que dizia que todas estas novas doenças, como é o exemplo do stress, do cancro, depressão, raiva, são tudo coisas recentes, de uma civilização demasiado industrializada. O meu irmão leu também algures de que as guerras, sejam mundiais ou de conquista, são muito recentes no percurso da nossa civilização, pois antigamente, as únicas guerras que existiam era a de entre duas pessoas, por uma situação ocasional. Não era nem nunca foi com mais de 1000 pessoas toda para o mesmo fim.
O próprio povo europeu, permanece dos mais psicologicamente activos em termos de guerrear terreno. Fomos nós quem descobrimos o mundo, quem o conquistou, e somos nós que o colonizámos. Ainda existe em Portugal, um certo ódio aos Espanhóis, simplesmente porque não queremos que o nosso país caí nas mãos deles, ou deixemos de ter um "portugal" nosso. Somos territoriais e adoro isso. Adoro porque mantém as tradições, a cultura e a língua viva.
Infelizmente, aparecem por aí gente que odeia barreiras, e que a Europa deveria ser um país num todo e não por partes. A esses falta-lhes aulas de história e presença no mundo. Nasci em Portugal, e não quero um dia ele desapareça, seja conquistado ou comprado. Somos um povo que já fez história, que já descobriu e deu a conhecer o mundo, que revolucionou a navegação marítima e até ajudou a levar o homem à lua com a utilização do Astrolábio. Mas estamos a perder o nosso "design optimizado" para um bando de pitas e pitos que não pensam, não racionalizam, não amadurecem, que têm nariz empinado e que só se preocupam com a sua vida profissional e não uma vida pessoal. Vão para o estrangeiro, porque o país já não dá nada. Eles não vão para fora porque o país já não lhes dá emprego ou "apoios", mas porque sonham com uma vida que só lêem em livros. Não é por arranjarem trabalho lá fora, não é só, é porque para onde quer que vão, podem ser quem quiserem e criar uma nova história, mas nunca uma nova entidade.


Nós, portugueses, já fomos uma Chita, e das melhores que existiram na Europa. Fomos um povo de bárbaros que correu com os Romanos. Tornámos um pedaço de quintal, num país vasto. Sonhámos alto, mas também lutámos bastante. Infelizmente, outra infelicidade, o povo empobreceu e deixou apodrecer a sua mente tão aventureira. Apareceu um povo, que não é português, mas um povo que é interesseiro, que sonha com uma vida à americano, que sonha com dinheiro, com poder. Um povo em que cada um tem de ser a sua casa própria com quintal, o seu carro de marca, a sua casa de férias. Sonha com riqueza que não tem e que não sabe gerir. Sonha... com a cabeça virada para livros e fantasias. Porque se uns têm, "eu também tenho de ter". Este povo fudeu-se e a próxima geração será a pior de que há memória. Tenho medo de passar a ver um país ovelha, e não uma Chita.

"A fina flor do entulho.
"É tão chique brincar aos pobrezinhos"! 
Ao Expresso, disse Cristina Espírito Santo, uma das veraneantes, que viver ali, na Comporta, "é como brincar aos pobrezinhos". Disse-o sem pudor. E nesta simples frase transparece toda a raça desta gente, o pensamento, a atitude perante a vida e os seus "semelhantes". Gente para quem as criadas ainda são bonnes, os motoristas são chauffeurs, os operários são a canalha. Gente que despreza quem os serve e os ajudou a enriquecer. Gente que gasta, numa hora, o que a esmagadora maioria dos portugueses não ganha num mês. Não houve 25 de Abril que os obrigasse a mudar de rumo, nem sobressalto que os levasse a arrepiar caminho. Eles aí estão de pedra e cal. Os amos. Os donos de Portugal. A brincar aos pobrezinhos. Com os pobrezinhos. A quem, esmoleres e cristãos, dão esmolas. Com um esgar de asco nas faces bronzeadas pelo Sol da Comporta. 
Há gente tão pobre, tão pobre,mas tão pobre... que a única coisa que têm é dinheiro.
Desculpem-me o desabafo."
por João Monge Ferreira em Facebook


O idealismo de uma mulher "perfeita"...

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Conhece o teu silêncio...



Podia sentir as pedras desconfortáveis debaixo dos meus pés, mas era incapaz de sentir a dor que me rasgava em cócegas a sensibilidade. Era incapaz de parar a tortura daquele passeio húmido e sem segurança.  Hipnotizava-me no horizonte defunto, arrepiantemente solitário e vazio. O frio arranhava a pele, cortava as orelhas e fechava-me os olhos. A escuridão daquela praia confundia-se com a mente desfeita, chorosa, irrequieta, com as saudades de um beijo e entrelaçar de dedos. O inferno tinha tomado forma. Diante de mim dispersavam-se as nuvens mais brancas que papel, flutuando à minha volta como carrascos que me condenavam atitudes de gente sem cérebro.
O mar falava comigo. As suas ondas rebentavam levemente naquela areia lisa, e o silêncio do mundo observava a escuridão daquele momento único do pôr do sol. Sentava-se ele, de pernas cruzadas, contemplando o jardim que esquecia existir. Já não se recordava de que algures perdido neste ponto azul, existiam paisagens de tirar o fôlego, imagens poéticas que faziam chorar. Era essa a razão de as nuvens e o vento partilharem e criarem uma profundidade assustadoramente bela na imagem de um planeta perdido na escuridão gélida do espaço.
Dizia-me, o silêncio, que precisava de viver cada som, cada pedra, cada onda, cada arrepio na espinha, cada gesto do meu ser imperfeito. Cada beijo deve ser único, cada toque deve ser um abraço à alma, cada palavra um poema.

O "segredo" não é não te magoares, mas usares a dor para aprender e crescer.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Está na hora...




Vocês não estão casados, vocês estão em guerra...

Estão em guerra à demasiado tempo. Em contradição à demasiados aniversários e com paciência a menos para aquela que deveriam ter. Torcem e retorcem o braço um do outro, à espera de a tampa do taxo pousar novamente, ou simplesmente à espera do momento em que a panela de pressão rebente, como uma granada, cheia de intenções que se tornam cancerígena para quem vive perto de vocês.
Deixam as rotinas que vos unia, para rotinas que vos afasta dia após dia. E perguntam-se à noite, porque se afastam os sentimentos um do outro. Porque o sexo parece ser só mais um momento incómodo. Um incómodo por malandrismo.
Estão-se a aturar, e uma relação como a que se prepuseram, a única coisa que deveriam aturar é a estupidez dos amigos quando ficam bêbados ou falam demais. Arranham-se e ralham à demasiado tempo para dizerem hoje que têm uma "relação saudável".
Vocês não vivem, vocês não partilham, convivem. Um convívio que vos afasta por não terem percebido onde estavam a falhar no inicio e nos erros que cometeram pelo caminho, para chegar ao dia de hoje e continuarem convencidos de que a culpa é do outro, ou que é difícil crescer e instruir quem amamos.
Já não têm amor... têm hábito. Um hábito que se torna rotina. Um hábito pela força das opiniões diferentes, afastou de cada um, os sonhos, os desejos, as fantasias e o próprio Eu. Deixaram de ser cúmplices um do outro, para passarem a ser carrascos que medem forças, que desconfiam e descredibilizam os argumentos daquele que um dia disse "Sim".
Estão a errar e ainda não se aperceberam... ainda não se aperceberam porque a gula do egocentrismo, do vosso "eu tenho razão", não vos permite ser humildes, não vos permite serem transparentes perante uma opinião que se formou durante anos pela pessoa que escolheram um dia para ser vosso parceiro na magia daquilo que é criar um filho e partilhar uma vida. Deixaram de sorrir verdadeiramente, para passar a usar uma máscara de falsidade. Erraram no momento em que deixaram de ouvir o outro, em que deixaram de ensinar e aprender. Erraram no momento em que desistiram, em que deixaram de usar um "nós" e ser para sempre um "eu", porque a partilha não é mutua e acham que uma mente já não pode aprender porque é velha demais para se re-construir. Erraram e falharam.
Construíram um império vasto, com pessoas e entre pessoas. Ensinaram, educaram e mostraram aos outros, como fazer e onde não errar. Criaram não só para vocês mas também para os outros, sonhos incríveis, e os vossos são os únicos que se mantém juntos através de correntes e muitas tristezas. Dão as melhores opiniões e são os únicos que erram todos os dias precisamente onde não querem que falhemos. Fazem tudo ao contrário daquilo que era suposto.
Vocês não vivem, não amam, não constroem. Vocês convivem e sobrevivem, porque já não sabem fazer mais nada. O hábito da escravidão e da ausência pela vontade de não ter vontade de partilhar um momento, é trocado e desculpado pelas viagens e passeios até ao shopping, onde cada um de nós vai para o seu lado, para o seu canto, como tanto acontece nesta casa que a pouco e pouco se torna tão vazia como a própria relação que criaram, que alimentaram e mantém por não conhecerem outra realidade.

Pai e Mãe... agora que a alcançaram a estabilidade, está na hora de se preocuparem mais com vocês, com a vossa relação e corrigir os problemas que deixaram acumular.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O idealismo de uma mulher "perfeita"...


Rafael Daking: "Meninas agr já vos compreendo melhor :s" (link)

Se as raparigas forem tal e qual como está descrito no texto, o que lhes falta é maturidade e não mais atenção ou compreensão. Para quem se preocupa em andar bonita com toneladas de maquilhagem, salto alto que desfigura os pés, e roupa de moda só para "nos" atrair, o que elas são é supérfluas e desdém de inteligência.
Se deixarem de se preocupar com a "boa imagem" e se preocuparem em construir uma personalidade, talvez sejam mais respeitadas, ouvidas e valorizadas.

"I don't suppose you can, 'cause you're not even a real person, 
you're just an idea.
You're a concept of what boys want to fuck."  
Darren in Wasted On The Young (2010)

Uso de salto alto pode encurtar músculos e tendões e até provocar varizes

Não sou apologista dos saltos altos, e prefiro-os ver num momento mais intimo e provocador, do que na rua ou onde quer que seja. Não apoio a maquilhagem e odeio cabelos artificiais. Continuo a preferir uma mulher naturalmente bonita, que artificialmente construída apenas e só para "provocar" ou ser um objecto de falsa beleza. O que não falta para aí, é raparigas e mulheres, a quererem parecer o que não são. Que se preocupam com o que não tem valor, para o qual a imagem vale mais do que uma conversa ou um passeio. Não queiras ser igual. Se para agradar aos outros, tens de deixar de ser tu mesma, não venhas chorar, gritar ou criticar quem te vê de lado ou te entorse o nariz. Deixa de ser superficial e vazia, lê um livro e aprende a conversar. Não é por andares preocupada como os outros te vêm nessas roupas ou com esse cabelo, que fará de ti especial, importante ou valorizada. Se é uma imagem vazia que queres passar, não me admira que o que vá sair da tua boca, também sejam palavras vazias, vendidas, distorcidas, arranhadas. Falta-te a consciência e a maturidade.

A única mensagem que este texto transmite, é a da falta de maturidade, inteligência e consciência que a sociedade transmite como valores ideais para a mente fraca das crianças, dos jovens e dos "adultos". Mentes cuja a própria opinião lhes é vendida, e as necessidades manipuladas. Estão a criar uma sociedade de merda e ainda não se deram conta... Espero não vir a viver no país que prevejo...


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És um simples conceito...
A tua mente num frasco...
O riquismo e a superioridade...
Os príncipes, são sempre perfeitos...
Os príncipes, são sempre perfeitos... II
Os príncipes, são sempre perfeitos... III
Se não és parte da solução, fazes parte do problema...

terça-feira, 16 de julho de 2013

Uma fatia de bolo...


Sai de casa, sobre um sol ainda a acordar da Sexta-Feira selvagem. Uma leve brisa agarrou-se nos meus cabelos, esticando os seus caracóis e deixou-se ir, percorrendo a rua. Na face levava um pequeno sorriso quase imperceptivel. Estava feliz por podermos finalmente voltarmos a estar um ao lado do outro, a lanchar, a conversar, a acarinhar saudades e limpar as feridas emocionais da distância.
Na esplanada do café, no exterior, sentavas-te tu, observando o mundo, comprimentando-o com um ligeiro acenar de mão e um sorriso bonito. Olhaste-me de longe, como mais uma figura na tua vida, como mais um adereço naquela rua pouco movimentada. Foi preciso aproximar-me um pouco mais para saltares da cadeira com um grande sorriso na cara e correr-mos os dois para os braços abertos um do outro. Estávamos à espera deste momento. O teu coração batia no meu peito como um tambor entusiasmado, e o beijo trémulo, pedia-me num mermúrio que te agarrasse com força.
As tuas pequenas e finas mãos seguraram-me a cara e olhaste-me, tentanto ler tristeza. Ficaste pasmada por uns segundos e sorriste, deixando a tua cabeça cair no meu peito. As minhas mãos contiuavam no teu corpo e deixaste-te ficar assim, no aconchego carente que tanto necessitas de ser sacieado. Não és frágil, mas quando estás comigo autorizas a tua inocência e sencibiliade a desabrocharem sem medo. Sabes que os seguro com cuidado e carinho, e também não precisas de me dizer o que fazer, pois sempre confiaste.
A tua mão entrelaçou-se na minha. As pessoas olhavam-nos enquanto caminhávamos de volta à mesa, e eu mais do que tu, senti-me envergonhado e um pouco incomodado. Não era só por sermos um casal diferente, ou de uma rapariga tão bonita como estar ao lado de um rapaz com o cabelo tão comprido como o meu, de eu parecer "jesus cristo" (anti-cristo), mas pelo facto de eu sair pouco da concha, da minha zona de conforto ao qual só tu tens a chave.
Constrangido com os olhares, beijaste-me, deste-me a mão e sem o mesmo medo de vergonha que me pelava, declaras-te:
-- Estava cheia de saudades tuas!!! Ah! E hoje os meus pais vão ao castelo de "Castelo de Montemor-o-Velho". Hoje tens alguma coisa para fazer de tarde? -- perguntaste, à espera de um "não".
-- Não. -- respondi juntamente com um sorriso.
-- Yey!! -- agarraste-te de alegria ao meu pescoço.

O que é um conto sem uma conversa? O que é um conto sem interacção? Porque criar parte da imagem de um momento é sinónimo de bloquear a imaginação!?
Porque uma história sem falas, peca nas tentativas, na força e na vontade de ser mais forte que o medo ou a vergonha e agir, reagir, agarrar, abraçar e beijar. Um conto sem vozes, é um conto de todos sem nunca tocar ninguém em especial.
Continua...

domingo, 14 de julho de 2013

Os príncipes, são sempre perfeitos... III


Vou deixar que façam a pesquisa por vocês próprios, e espero que percebam que nada disto é teoria, mania, uma ideia pré-concebida ou criticar por criticar. Tudo tem fundamentos e argumentos, que podem encontrar nos links que voz deixo aqui e nos textos anteriores. Não se preocupem, ainda voltarei a este tema. Simplesmente é tanta informação em pedacinhos que fazer um apanhado de tudo se torna dificil.

Ja ouviram a frase: Se queres um principe comporta-te como uma princesa? -.-
(fartinha de ver estados que rebaixam os homens) - Natasha Smaga

Os homens que limpam a casa são mais felizes
10 Motivos para não desfazer a barba
As mentiras mais usadas pelas mulheres
As maiores mentiras que as Mulheres contam
As 42 frases tipicas que a mulher utiliza para não fazer sexo!
O que oferecer a uma mulher infiel?
As maiores fantasias intimas das mulheres
Tenha relações com mulheres sem compromisso com a técnica da mulher infiel
Os 7 sinais de traição das Mulheres
Forma de andar mostra se a Mulher já teve O R G A S*M O S
Cuidado ao andar de metro…
Os cinco tipos de homens que você deve testar na cama antes de se casar!

O sexo é uma coisa animalesca!? O sexo está-se a tornar banal? Não eram precisamente as mulheres as mais púdicas em relação a este assunto? Como já referi antes. Quando um animal é preso durante muitos anos, basta soltarem-no uma vez na vida, para ele ficar completamente tolinho. O que aconteceu com as mulheres desde a sua "libertação", foi uma explosão excessiva de "direitos" para elas. Sendo o sexo, hoje em dia, algo que antigamente fora "proibido" de ser tema de conversa, como já disse, para passar a ser algo... quase como um episódio louco de gulosice.
Não estou contra este tipo de textos, nem contra as mulheres gostarem e falarem cada vez mais de sexo, ou fazerem cada vez mais sexo, os homens agradecem, acreditem, mas desta maneira parece que o homem não sabe nem serve para mais nada.
"Não me referindo necessariamente a tabus, as revistas (neste caso, refiro-me à Cosmopolitan porque foi a que tive acesso mais recentemente) falam muitas vezes em usar abordagens sexuais para manter um homem interessado ou, simplesmente, para perder as calorias extra para caber num tamanho "XS" e, agora, parafraseando: "Na manhã de domingo faz sexo duas vezes e "obriga" o teu namorado a prolongar as sessões, pelo menos, 30 minutos para perderes 350 calorias".
Assusta-me viver num mundo em que o sexo não é visto como algo natural, algo que vale por si e é complementar ao amor, não, parece que é uma simples moeda de troca, um meio para atingir um fim. Uma espécie de sacrifício para um bem maior. Brrr."
Beatriz em Vamos falar de sexo (?)
O que muda aos 40? - TVI (13-06-2013) (10:10min - 44:50min)
Manual de Instruções para Sobreviver aos 40, Continuar Sexy, Com Alguma Vida Social e Não Parecer uma Lontra Livro


No Euromilhões do dia 18-06-2013, a TVI passou um pequeno video do que se podia fazer com o prémio. Falaram logo à cabeça, para ser rápidamente mais fácil de esquecer, sobre pagar as dividas. Logo de seguida, falaram de milhares de maneiras de como poderiam esbanjar aquele dinheiro todo. Deram, não só uma prespectiva do que se podia fazer com o dinheiro todo, viajar até ao espaço ou comprar X milhares de carros de marca, como falaram também na luxuria de que é ser-se rico. No glamour e poder que se é e tem.
É este tipo de pensamentos que a sociedade implanta e intoxica as crianças e os próprios pais. Está tudo na televisão e nas revistas, basta estar atento.

The Hidden Meanings in Kids' Movies: Colin Stokes at TEDxBeaconStreet

Sociedade Civil (VIII) de 28 de Junho de 2013 - RTP2
Aos 27 minutos, dizem que o número de mulheres na universidade está a aumentar. Uma coisa que não disseram, foi que o número de empregos pesados está a aumentar e são precisamente os homens os únicos capazes de aguentar e suportar esse tipo de esforços. Ora... para quem anda a estudar e a trabalhar ao mesmo tempo, sabendo nós que os homens se esforçam menos na escola, é natural que o número esteja a diminuir, não só porque, como referi, o número de postos de trabalho de trabalho pesado está a aumentar e as mulheres não sabem fazer nada, nem mesmo cozinhar, acreditem, é natural que elas ao fim de uns anos tenham um curso superior e provávelmente um mestrado, mas não experiencia de trabalho como têm e estão a ter os homens. É fácil prever que estas mulheres "proficionais" e bem "educadas" irão casar com estes homens que só têm o 12º ano.

Imagens "cómicas", sem piada nenhuma.
TaFeio - Realidade
TaFeio - Ciumes
TaFeio - Não Gervasio, ainda não...
TaFeio - Uma decisao dificil
TaFeio - Ilustracção perfeita
TaFeio - A logica das pessoas ou falta dela
TaFeio - Piroca pequena pode levar a obsessao por musculacao

Estas piadas não são piada, são uma realidade corriqueira. Uma realidade banal.
Os homens, nalguns destes posts, fazem figura de tolos, de bobos, de palhaços. Não usam as palavras para ferir, como usa a mulher, mas para brincar. Grande parte dos homens é brincalhão, uma qualidade que as mulheres adoram. Não acreditam!? Toda a mulher gosta de um homem que a faça rir, que a faça distrair do que a preocupa. A mulher, muito pelo contrário! Como mostra a ilustração "Não Gervásio, AINDA não!", em que a mulher demonstra o seu lado mais bruto, frio. O seu lado insensível, mesmo para com o próprio filho. Um filho que é dos dois, a menos que ela odeie o marido e ache que cada vez que sai de casa, que foda tudo o que encontra pelo caminho.
Não vi uma única mulher puxar os animais para dentro de água. Porquê? Porque nesta situação, já são SÓ os homens que têm força suficiente para os arrastar. Que têm garra, que são destemidos. Para a mulher, os homens foram feitos para isto, para a força, para o "desenvencilhar", para lidar com as coisas perigosas, pesadas, brutas e bruscas. O papel das mulheres? Ficarem a tomar conta das crianças e das costas dos seus "protectores", enquanto eles vão fazer o seu serviço.


-- O que falta a alguns adolescentes hoje em dia?
-- Inquisição!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Às vezes...


Às vezes temos de fazer coisas más, para evitar fazer coisas piores.

Às vezes precisamos de errar, para aprender a ser melhor. Mas é preciso saber aprender. Conheço muita gente que erra, e que não aprende, que não desenvolve, que não se preocupa, que não cresce, que não interioriza e re-escreve parte de si com a experiência que teve.
Mas só às vezes, porque nos outros "às vezes", conseguimos fazer coisas boas sem ser preciso fazer uma coisa má. Saltamos ou subimos mais um degrau ao invés de cairmos. Teremos de certa forma, para cada paço, uma almofada que amortiza a queda.

A vontade que tenho em te agarrar com força pelo braço e arrancar-te da cara o sorriso estúpido que regorjitas vezes e vezes sem conta, fazendo de conta que és feliz mas não és. Uma falsa segurança que impregnas na mente dos outros, mas não na minha. Não, porque eu te conheço melhor do que julgas. Já o 8 passar a 80, e uma ideia nula passar a fanatismo aberrório de uma mente elitista, imperialista, fraca de educação e de húmildade. Atravessar-te pela barriga que escondes, e arrancar-te dos músculos a pele que cuidas demasiado. Ver-te cair em lágrimas e observar prazerosamente o medo esticar-se pelo teu pescoço. Que o nó do glamour e do riquismo te enforque e sufoque, te parta o pescoço e te arranque a cabeça dos ombros. Forçar-te em dor o que sempre achaste nogento e preencher-te a vida ensípida, num quadrado merdoso de quatro paredes negras para o resto da tua vida. Acorrentar-te em cativeiro para que te possa torturar e usar a meu belo prazer.

Sou assasino, racista, preconceituoso, xenófobo e apoiante das ideias Nazi. Simplesmente ainda não te deste conta, que és pior do que eu. És, e basta o teu fanatismo desmedido. Apodrece como bem entenderes.

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Os nossos valores morais

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Toda a vez que olho para ti...



Toda a vez que olho para ti, vejo em mim um melhor Eu. Toda a vez que sorris, e mostras sem medo os dentes brancos, a minha alma fraqueja e chora, por saber que tamanha infelicidade que causei no mundo, foste a primeira e a única, a esticar-me a mão de compreensão. O brilho dos teus olhos não se vê, o amor que tens por mim não se sente no ar, mas as tuas mãos mostram um mundo de sentimentos completamente diferente dos que sempre julguei conhecer. Porque os teus lábios não são só vermelhos, tornam-se húmidos e deixam escapar com carinho, as palavras de poemas esquecidos, as histórias e as aventuras de alguém sem casa, com a vida estampada em cada gesto, com a força a marcar cada passo da tua jornada. A tua companhia não ocupa espaço, a tua roupa que se espalha desarrumada-mente pelo chão, pinta-o de alegria, de liberdade.
Partes correntes mais depressa do que corações e soltas a criança da birra tão devagar como lambes um gelado. Porque as tuas palavras são para ser ouvidas, para serem entranhadas e digeridas. E dás tempo. Dás espaço. Entregaste sem nunca te segurar, mesmo insegura como nunca antes conheci. Dás um pulo, levantaste, sorris e apertas a mão. A tua vida parece ser tão simples que me imagino nas tuas histórias.
Falas comigo, como se fosse o ultimo dia das nossas vidas, e as brincadeiras mantêm longe a monotonia, mas muito perto, o medo de te perder, de sentir a terra negra nas mãos e o rosto sofrer por já não ter ao meu lado o livro e a música que abriu o meu coração.
Cada vez que te vejo caminhar para mim, sinto um fervor crescer-me no peito. Um doce sabor nos lábios que te gritam um beijo. Os meus dedos tremem e só sossegam quando te tocam, quando o teu corpo se cola ao meu. Porque estar ao teu lado simboliza saber ouvir-te, cuidar de ti, sentir o que tens para oferecer, arriscar uma aventura e largar da mão a criança envergonhada que sempre fui. Segurar-te, agarrar-te com força e dizer-te o quanto me és. Envolver-te no conforto das palavras que não chegam, nos sorrisos e jogos que não te cansas de oferecer. Escrever uma história que ambos imaginámos sem nunca saber como irá acabar. Se acabar...
A magia que me encanta o mundo, encanta a casa e a futura barriga. As conversas que ainda não tivemos, os livros que ainda não lê-mos, os filmes que não vimos. As bibliotecas depois do almoço, as caminhadas à luz das estrelas, os passeios ao sol e os mergulhos na praia.
És uma sonhadora, com os pés assentes na terra com vontade voar. Adoro a frieza com que me ralhas às vezes, e a tristeza que sentes ao me ver sofrer. Da energia jubilante com que te abraças ao me pescoço e te atiras com a confiança que nem sempre tenho, para sentires de novo a força dos meus braços, mãos e dedos te segurarem com o medo amoroso de te deixar cair.
Cada vez que olho para ti... deixas de me ser um mistério para passares a ser parte de mim, do espaço que respiro, da cama que partilho, dos sorrisos que me fazem florescer. Por quem és? Por quem vives? Por quem te tornas?

Caminhas comigo?


important is not the day you find something
but the day it suddenly makes sense
by *Rona-Keller

sábado, 6 de julho de 2013

É castigo ou tortura?




Dar uma chapada na cara de uma criança, dos 2 ou 14 anos, de uma certa perspectiva, é algo obsceno, frio e insensível de se fazer. É algo que muitos pais e mães usam como ultimo recurso, mas é especialmente perpetuado quando a criança falta ao respeito na cara dos pais. Quando lhes chama nomes menos próprios para uma criança daquela idade.

Uma chapada na cara, é, grande parte das vezes, humilhante para quem a leva. Sendo a nossa cara a parte do corpo que constitui o maior número de músculos, e a "única" que nos permite comunicar de forma não verbal. Por tanto, a razão para uma chapada ter tanto impacto nas nossas emoções, deve-se ao facto de ela nos "proibir" expressarmos-nos. Um sinónimo de que deveríamos estar calados, que deveríamos ter vergonha e em parte, deixar de existir. Que a nossa opinião não conta para nada e não tem importância. É, para além do "cheiras mal da boca", uma forma de rebaixar, de inferiorizar. Se um adulto se sente incomodado e inferior, alvo de gozo, então uma criança, por muito inconsciente que seja, sentirá que fez a pior coisa do mundo. O que é o objectivo da chapada. Mas para uma criança, é quase como que os próprios pais dizerem ao filho:
-- Odeio-te! Não gosto de ti!


Dar uma chapada, só mesmo em ultimo caso e na altura certa, é a atitude mais correcta a ter? Pessoalmente acho que não, pois mexe bastante com a caixa psicológica da criança. Uma palmada no rabo ou nas mãos, é sempre melhor do que um puxão de orelhas ou uma chapada.
Como li na internet, existem crianças com problemas graves de audição devido a um puxão de orelhas que foi longe de mais. Inclusive, crianças que ficaram com os músculos da mesmas, rasgados.
Existem vários livros hoje em dia, que "ensinam" os pais a educar e a responsabilizarem-se pelos seus actos, sem ser à chapada e à palmada, ainda existe muito casal que, ou não sabe educar ou tem excesso de raiva a mais. Que usam e abusam do poder de serem "pais" para poderem descarregar o stress do seu dia-a-dia nos seus filhos. Da mesma forma que existem muitos pais que amam os seus filhos, que os respeitam e ouvem, existe também, de forma proporcional, pais que "odeiam" os filhos, que se tivessem poder de escolha ou capacidade de recuar no tempo, preferiam nunca ter tido filhos. Como abordo em parte em "Elas, que andam sozinhas...".
Para esses pais, o "castigo", tanto físico como psicológico é uma forma de tortura? Uma tortura do qual tiram prazer?
Vocês então perguntam-se: "Mas que tipo de pai é que haveria de retirar prazer por encher um filho de porrada e de violência psicológica?". Bem, todos os pais que são divorciados ou que estão separados e têm filhos, e que nunca os quiseram. Os mesmos pais que se tiveram uma noite de sexo com um rapaz ou rapariga qualquer e que ao saberem que a miúda estava grávida, sentiram a vida arruinar-se para sempre.

Até que ponto, um castigo não é uma forma de tortura, mais do que educação? Até que ponto uma palmada, uma chapada, um castigo, um berro mais alto aos ouvidos, não é para os pais, um escape ao stress que os filhos lhe causam todos os dias, simplesmente por existirem, por terem despesas, por causarem prejuízo e mais dores de cabeça do que momentos de orgulho.

Castigar uma criança, não é o mesmo que estar a educar. O meu ralhava comigo e por vezes dava-me umas palmadas bem assentes no rabo e mandava-me, a mim e ao meu irmão, para o quarto de castigo. Como muitos pais fazem. No que ele se tornava único, era quando ao fim de algum tempo, depois de nos deixar pensar no que tínhamos feito, vir falar connosco, incutir, conversar, digerir a informação, o porquê do castigo, o porquê de estarmos errados, onde errámos e o que aprendemos.
Na minha opinião, acredito que a agressão verbal, é pior do que a física. A agressão psicológica, os jogos psicológicos, a frieza das palavras para com os sentimentos da criança. Uma palavra é capaz de fazer mais danos a uma criança, do que uma palmada marcada no rabo. Porque enquanto uma palmada forte, desaparece ao fim de umas horas, uns dias, uma palavra irá agarrar-se a qualquer parte do seu cérebro e ficar lá até ao dia da sua morte, a torturá-la e a manipulá-la da forma mais negativa que se conhece.

terça-feira, 2 de julho de 2013

A voz que me encanta...

Atarefado com trabalho que trouxe para casa, encontras-me debruçado sobre papeis e com os dedos aos pulos pelas teclas do teclado. Olhavas-me as costas largas, curvadas do cansaço, imaginando os sorrisos partilhados nos dias em que caminhávamos lado a lado pela praia, tu de barriga e eu ternurento por ti.
Ouvi-te os passos. Julguei por momentos vir a receber um beijo teu, mas afastavas-te, devagar, na esperança de não me perturbar a concentração.

Encostei-me um pouco para trás, para tentar organizar as ideias, e ouço então uma melodia, uma voz harmoniosa, sensível, aconchegante. Senti as notas encaracolarem-se nos meus cabelos, desembrulhando-me da memória os momentos nostálgicos de criança. Levantei-me da cadeira e deixei-me guiar com pezinhos de algodão, até à nascente daquele carinhoso tom de voz. Foi na porta do pequeno quarto, que na minha barriga se desembrulhou um presente,  uma borboleta, uma palavra, um sentimento. Amor.
De braços cruzados, seguravas com ternura e completa dedicação, o filho que trouxeras ao mundo, que partilhas-te comigo. Deitavas-te sobre uma manta de um verde muito fraco, sobre edredons grossos e macios. Era uma imagem que me criava nostalgia. Sentia o teu abraço à minha volta, a tua voz nas costas da orelha como um murmúrio apaixonado e um beijo húmido, demorado e saboroso, dos teus lábios.
Ele de olhos fechados, sossegado, ouvia-te. Calmo, tranquilo. Envolvido pela voz, pelo teu tom, pela tua energia e palavras de uma mãe carente de abraços. A canção de embalar, deliciava-o através da magia cuidada e ténue da mamã botão.

Ver-te deitada, com ele ao teu peito, embelezou e amaciou ainda mais a imagem e o calor que senti-a cada vez que te deitavas ao meu lado. Abriste os olhos, ao sentir a respiração mais suave do teu pequerrucho, e deparaste-te com o meu sorriso parvo de pai babado. A troca de olhares entre os dois foi reconfortante. Soube, sem proferires uma palavra, que o enlaçavas em nó debaixo das tuas asas. E eu, no momento em que o segurei pela primeira vez, senti nos dedos trémulos, a força motriz que me fez querer correr de novo, viver de novo, respirar de novo, partilhar. A mesma dedicação que te fluía pela voz, pelo abraço protector, fluía-me pelas veias, pelo peito que se tornou largo, pela mente que amoleceu, pela paciência que cresceu. És para mim uma musa, um anjo que caiu do céu para me trazer, não um perfume, mas uma vida de sorrisos, de abraços e beijinhos, de alegria, felicidade e muitas aventuras. És a mãe que sempre imaginei, tornaste-te na mulher menina de braços grandes como o mundo, capazes de acarinhar o universo inteiro de estrelas.