terça-feira, 26 de março de 2013

Não são só animais...


No seguimento de um texto "The Intelligence of Animals", pus-me a pensar:
Poderíamos dizer que os animais, não têm tanta personalidade como os humanos. São apenas animais e nada mais. E muitos de vocês iriam dizer que isso é verdade, não passam de carne, de seres interessantes de se observar na selva através da televisão, ou de os ver em poses fotogénicas em livros sobre a vida animal no planeta terra.
Achamos por tanto, com a nossa grande sabedoria e orgulho de superioridade psicológica, que os animais não são como nós, inteligentes. Que não têm personalidade, não têm vós e nada os afecta, que só sabem reconhecer predadores ou os frutos bons para comer.
Olhamos para um elefante e vemos apenas um elefante, um mamífero, um animal de tromba grande, sem saber como vê ou sente o mundo. Porque achamos que pelo facto de não possuírem 5 dedos, caminharem sobre as duas pernas e não entendermos a linguagem deles, que não são lá grande coisa. São sim, aborrecidos, por vezes nojentos e incompreensivelmente complexos, sem padrões sociais que possamos ...
Acredito, que pense ou tenha uma personalidade, uma forma diferente de estar da dos outros elefantes, uma bagagem com experiências próprias e únicas. Vê-mo-lo apenas a fazer coisas de elefante, agir, falar, caminhar e comer. Mas isso significa que o animal não seja mais nada do que aquilo que vemos?
Vê-mo-lo como um herbívoro, mas também podemos vê-lo como cinzento, como um conjunto de átomos, com padrões, com costumes e técnicas próprias.
À que dissecar e partir as coisas em pequenas partes, como fez "Richard Seymour" em How beauty feels, que partio em vários pedaços a imagem de uma rapariga para perceber que parte da sua cara o atrai-a mais.

Animais espelhados como humanos...
O que faz dos humanos, humanos?
Inteligência Animal
A diversidade humana...

Em "O Mistério das Cores", mostrou que as pessoas vêem e sentem as cores de maneira diferentes, e em "O Cérebro Inconsciente: Poder", que vêm os números de cores diferentes ou com um sabor em particular. Pergunto-me então: Será uma nova maneira de o ser humano se reproduzir? Uma nova maneira de se juntar a outra pessoa utilizando dados de interesse em comum? Tal como a maneira idêntica de verem o mundo? Talvez seja algo benéfico para os seus filhos, porque passam esses dados genéticos hereditariamente, criando um individuo mais capaz de compreender, ver e sentir o mundo à sua volta.

No documentário "O Mistério das Cores", o padrão de cores numa das experiências, segue o mesmo conjunto de cores padronizados pela sociedade. Significa que a mente das pessoas está padronizada, para economizar, para ser fácil. Porque é manipulada todos os dias, com a mesma facilidade que decoramos o Abecedário. Simbolizam as regras da sociedade pelo que regemos a nossa vida. E tal facto é a experiência do desenho numa folha A4 com 4 linhas a formar uma borda. Os adultos desenham o objecto dentro das linhas, simbolizando as regras a que estão sujeitos e obrigados a seguir na sociedade, mas uma criança inocente, desenha o mesmo objecto pela folha toda, sem ligar às linhas, que a única coisa que estão lá a fazer é a ocupar espaço ou como uma guia para fazer um desenho mais florido à volta delas. Por tanto, se a mente humana é facilmente controlada e manipulada, de uma forma tão absoluta através da estatística, também o é a mente dos animais que não são muito diferentes. Melhor ainda. Nós é que não somos muito diferentes.
São regras estandardizadas, que facilitam o raciocínio e o controlo da população "inteligente".

O que quero dizer com isto? Que as pessoas que gostam de viver através da e para a sociedade, são as mesmas que gostam de empinar o nariz e afirmarem que elas é que são inteligentes, que não somos animais mas sim pessoas civilizadas e inteligentes, muito diferentes daqueles bandos de animais irracionais e incontroláveis que até se podem ver num zoo e que matam cagam e comem porque não têm mais nada de bom para fazer. São as mesmas pessoas pessoas que vão arranjar as unhas, o cabelo, que se perfumam e vestem as roupas mais "chiques" para se glorificarem da superioridade intelectual que não têm. Porque na realidade, os animais são tão naturalmente curiosos como nós, e aprendem a viver da forma mais negra e fria que algum animal poderia alguma vez aprender a viver. Porque nós achamos que as nossas vidas são muito difíceis, só porque os namoros nunca correm bem, ou porque temos vergonha da primeira entrevista de emprego, de perguntar as horas àquela rapariga ou pedir ajuda àquele rapaz. Quando na realidade, todos os dias existem crias que começam a viver a sua vida no maior turbilhão de desconfiança e cautela que se pode imaginar. Sozinhas sem pais e mães, amigos ou familiares para os ajudar a caçar, a escolher os frutos saudáveis dos venenosos. Uma luta pela própria sobrevivência física do seu ser. MAS MAIS AINDA!! Uma sobrevivência feita e conseguida através da resistência psicológica, persistente e corajosa, por vezes de se erguer e lutar para se manter vivo, para encontrar o seu canto e a sua família. Tal como nós, cuja experiência se faz pelos sucessos e fracassos, quem lidera toda a nossa garra e vontade de continuar a lutar, é a mesma resistência psicológica que nos, ou desistir de continuar a subir a montanha porque é muito difícil, ou de continuar a caminhar monte a cima, porque não queremos desistir mesmo estando cansados, mesmo o caminho sendo difícil. Uma resistência que se desenvolve e se reforça com a vontade de viver, de fazer e de chegar mais longe, por nós, pelo próprio pé, ao topo daquele monte tão impossível de subir.

Porque nós não somos mais, mas sim menos!
Porque nós não somos melhores, não quando se trata de sobreviver.
Porque somos capazes de desenvolver e de melhorar, de aprender com o passado, mas aparentemente incapazes de corrigir os nossos erros, de fazer o correcto e salvar o planeta do fim imutável.
"Temos duas opções na vida: ficar solteiro e ser infeliz, ou casar e querer morrer." - Bob Hope
"Os pinguins acasalam para toda a vida. O que não me surpreende, porque parecem todos iguais. Não se imagina que algum pinguim venha a encontrar outro com mais bom aspecto que a sua parceira." - Ellen Degeneres
Por tanto, antes de que alguém volte a dizer que nós somos pessoas não somos animais irracionais, que temos carros, sentimentos, emoções e memórias. Lembrem-se de que vocês, tal como eu, somos uma extensão da árvore genealógica que habita neste planeta. Não somos superiores. Não somos mais e não merecemos medalhas nem de subir mais alto só porque inventámos vacinas, computadores, telemóveis e a internet. De nada vos adiante de se acharem superiores a qualquer animal, se vocês não conhecem a natureza e não sabem ver e sentir o mundo como uma sinfonia.

Os animais têm consciência, têm sentimentos e uma grande memória. Lá por não serem capazes de contar pelos dedos, não significa que não desenvolvam tácticas de caça, que brinquem ou ensinem.
"Por isso... da próxima vez que olharem para algum animal e pensarem:-- Olha! Parece mesmo uma pessoa.Tenham consciência de que não são eles que parecem pessoas, pois antes de nós existirmos, já eles caminhavam neste planeta à milhares de anos.Não são eles que são parecidos connosco, somos nós que para além de descendermos deles, somos semelhantes a eles." - Animais espelhados como humanos...

Não são só animais... são também um conjunto de adaptações e evoluções com milhares de milhões de anos, que por alguma razão ainda existem hoje em dia. 

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