terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Não fugiu... nem foi embora...



Fechei os olhos por um momento, e a minha mente... não divagou, não fugiu, não desapareceu nem foi embora, não teve medo nem se assustou, ficou por ali... comigo, por algum razão.
Foi por amor? Amizade? Ou simplesmente não tinha nada em que pensar? Talvez quisesse sair dali, mas fechada em mim limitou-se a estar quieta. Seria do hábito? Tanto tempo sozinha, fechada... não estava bem numa prisão mas em algo que começava a ter um nome... "A minha casa", "O meu refugio".
O "meu" que não era bem meu pois não me pertencia, mas podia-o sentir muito chegado a mim como o sentimos por alguém de uma novela.
Olhar para ela no seu "meu", sentada no canto ao lado de uma janela iluminada, num espaço sem nada, um vazio incómodo, solitário e até do pó... fascinava, algo tão simples, uma criatura "presa numa caixa" despreocupada do tempo ou da saudade. Vivia ali, e dali vivia.

Sozinha estava então, numa pequena caixa, num espaço que não ia dar a lado algum, e que rara vez recebia a minha visita. Tinha apenas o mundo lá fora como companhia, pela janela que não sorria, mas que provocava pequenos e tímidos sorrisos. Sorria sozinha pela impossibilidade de não poder tocar.

Nunca se rendeu, nem nunca irá desistir. Não fugiu com medo, simplesmente deixou-se ficar sentada, ali "ao meu lado" a ver o tempo passar...

2 comentários:

  1. "A tua existência é duradoura
    Mas morres como qualquer corpo.
    Ou perduras para além da morte?
    És tão ou mais frágil que o teu deposito
    E vives das suas emoções.
    Eu neste momento estou a usar-te
    Ou será que és tu que me usas?
    Somos duas no seu conjunto
    E em separado não somos nada.
    Ou será que somos?
    O meu corpo vive para ti.
    Tu vives para o meu corpo"

    Há muito tempo eu escrevi este poema.
    No final as mesmas questões ainda se colocam. Mas realmente sabes o que penso...eu penso que a mente/alma/espirito o que quer que queiras chamar somos afinal ... nós.

    Nos mesmos, é apenas algo complexo é apenas algo que nós proprios descobrimos diariamente. É algo k o nosso “eu” não está separado da nossa mente porque na minha opiniao somos um só. A mente/alma, para mim nao precisa de um corpo (do nosso corpo) para viver, mas o corpo precisa da mente/alma para poder viver.

    O corpo é um simples deposito, que nós aprendemos a gostar.

    O corpo não é eterno.

    Agora a mente/alma para mim é eterna, para mim ela sobrevive, e continuará a viver talvez de um modo diferente.

    Por isso nao te limites.

    Não tentes perceber se a tua mente está fechada ou se te está a acompanhar,não separes as coisas.

    Á situações que a mente/alma deseja uma coisa e o corpo não quer obdecer porque quer outra completamente diferente...é isso o que parece mas não é verdade.

    Na minha opiniao são duvidas interiores que queremos ambas as coisa mas nao sabemos o que optar.

    No final regimos ou pela vontade que está na mente ou o que o corpo manda fazer,

    Errado...

    De ambos os casos é a mente que manda o corpo simplesmente obedece.

    Quando agimos pelo corpo e dizemos que foi sem pensar é errado novamente. È a nossa mente que manda é nossa opção, simplesmente não nos julgamos capazes de assumir ou temos medo de assumir, ou temos imensas duvidas e não acreditamos que esse tipo de pensamento nos passe pela cabeça.

    No final aprendemos todos os dias

    Bj
    ****Lia

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  2. E no fim desses dias, aprendo sempre alguma coisa contigo. ^^

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