sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Os jovens da sociedade...


Hoje estava a dar uma volta pela floresta, e vi uma rapariga de 15 ou 16 anos... não tinha nada de diferente das outras raparigas da idade dela.
São jovens, são um misto de uma revolta descontrolada, controlados pela moda. São "revoltados" pela diversão, pelo prazer, pelos sentimentos, são a adolescência em moda. São a geração dominadora, a destruidora de gerações. Serão estes os velhos do futuro, que irão dizer:
-- No meu tempo é que era!
Bem, tu no teu tempo já fodes-te tudo o que havia para foder. Estragaram os baloiços que haviam nos parques. Estragaram e partiram os vidros das casas abandonadas, pontapearam os cães vadios que entravam na escola. Fumaram até apanharem cancro nos pulmões, roubaram a inocentes que são agora donos de empresas. Foram mal criados e mal comportados, nessa vossa "revolta" que pensam existir. São a sociedade.
Não são o diferente, por fumarem ou serem drogados ou roubarem, não são diferentes por terem facebook ou hi5, ou Myspace. Não são diferentes por não gostarem de ter aulas ou dos professores. Não serão, diferentes por namorarem com este, por dizerem que gostam mesmo até ao fim.

Pensam que serão mais! Que são donos da palavra, que são revoltados só porque gostam, por diversão de bater ou se tornarem mais fortes, eu já passei pela adolescência, e nunca fui nada disso. Criei a minha realidade, sem nunca pôr em causa a dos outros. Sem nunca ser mal educado. Revoltado, mas por causa de vocês, o nojo da sociedade. Os filhos que de educação não parecem ter nada. Eu tive, e pareço ser mau, mas pelo menos não sou como vocês, inconscientes dos sentimentos, ou das acções que fazem. Eu compreendo-me, eu sou consciente, sou, já à muito tempo, ou tenho, postura.
Eu marco uma presença. Eu mostro-me alguém, sem ter de abrir a boca. Agora vocês, a "juventude revoltada", só o é, porque são adolescentes, porque modam-se e acomodam-se. Deixam-se consumir e comandar pela moda.

São tão inocentes. Tão donos da sua palavra, que não é mais do que a de todos... palavras de revolta e amor incompreendido. Eu também fui um "inocente", mas um inocente "comum", tratado como lixo. Como um ser-humano mais fraco que todos os outros. Até ás raparigas eu era repelente, excepto àquelas que realmente tinham inteligência. Eles eram o hitler, e eu o judeu.

A moda não é só a roupa, são as ideias, as mentalidades, o caminhar, o falar, o agir, o comprar, o pensar, o conviver, o chorar, o gostar, o lamber, o falar, o usar, e tudo tem haver como o fazem. E fazem-no, da única forma que vos é mais fácil.... ser igual aos outros, fingindo que não o são. Não sou diferente, só porque sim, sou diferente à força, mas consciente do porque é que o sou. Não é só para satisfazer o meu ego que tenta "desesperadamente" agir contra a corrente. Sou controlador comigo mesmo, sou inteligente para comigo mesmo, e não tolero, como já referi, ser ignorante a esse ponto. Ser mais um Zé-povinho, que come e caga, sem nunca serem ninguém, sem nunca marcarem uma presença. Sem nunca influenciarem, ou pelo menos influenciarem pelo lado negativo. Eu sou negativista, mas continuo a fazer o que mais gosto, programar, ainda que pense que não vá longe, a cada projecto pareço subir, não um degrau, mas um patamar inteiro. Porque eu não olho com olhos de ver, mas de compreender. Porque eu não percebo as coisas, compreendo-as!

Depois também existem aqueles que... são "inteligentes" ou pelo menos têm o seu mundo, e são-o assim aos 14 anos, com o nariz empinado, ou que se mostram aos outros, que sobem ao pedestal ou ao cimo de um muro, e gritam ao mundo:
-- "Eu sou o melhor!", quando na verdade são é controladores.
Da mesma maneira que eu não ponho a minha música aos altos berros, só para dizer aos outros que ouço metal, e que a minha música é melhor que a vossa. Prefiro manter isso para mim! Prefiro conversar sobre isso e explicar porque prefiro e digo, e afirmo, que a minha música é a melhor. Não me limito a dizer que foi influencia, também gosto de provar com dados "estatísticos", ou pela experiência e vivência que vou tendo.
E agora... só porque leram isto, querem já também dedicar-se a essa causa! Dedicarem-se a tentar explicar o porquê de gostarem mais de azul ou vermelho, mais da erva verde do que da seca, mais dos castelos de areia do que os buracos. Força! Mas pelo menos guardem isso para vocês. Eu não precisei de mostrar aos outros aquilo que sei, ou que fui aprendendo. Não precisei de me mostrar, talvez às vezes, porque também faz bem ao ego, ele próprio ser reconhecido...

Eu fui sozinho, e sou-o sozinho. Cresci com metade da ajuda do meu pai e da minha mãe, criando experiências com o meu irmão gémeo. Contudo não preciso de falar sobre mim aqui e glorificar-me... só que, eu sei o que atinge. Sei onde estou, sei o que sou e compreendo-me. Não é de agora, é de à muito tempo.
Quem lê o que escrevo, ainda que por vezes não seja nada de jeito... pelo menos tento mostrar uma ideia diferente. Uma visão diferente. Que aviso desde já. Todos tentam ver como eu, e não conseguem. Ou pelo menos, alguns deles tentam perceber.
-- Pois pois... Tu és muita bom! És o melhor do mundo!
-- Pelo menos escrevo-o aqui. Pelo menos guardo-o para mim e para quem me lê. Porque se me visses na escola, ou rodeado de pessoas que não conheço, verias que não sou pessoa de falar muito. Sou mais de estar calado a olhar para as coisas, não só para as pessoas, mas também para os momentos.
Sou-o fechado, não preciso de gritar ou de andar vestido de X e Y maneira para mostrar que sou mais. Ou que sou confiante. Basta sentar-me, fazer coisas diferentes e anormais, desde que não seja bater ou gozar com as com as outras pessoas. Faço as coisas pela minha consciência, e não pelo pensamento dos outros. Não preciso de aceitem o que faço. Sinto-me bem em ser diferente.

3 comentários:

  1. Ou seja, sentes-te bem em utilizar a ferramenta mais poderosa dos humanos: a Razão. Pudera que houvessem muitos mais assim! Não que desejasse que fôssemos todos com determinadas características - mas tendo por base um característica em comum, a verdadeira independência, o agir consciente e próprio, só isso nos faria realmente diferentes uns dos outros.

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  2. Mas também tenho de admitir... Se não houvessem pessoas iguais, era difícil compreender o ser humano, e ainda mais os "diferentes". :)

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  3. Tu expressas-te de uma forma, há outras pessoas que se expressam de outra. Concordo que roubar ou andar para aí armados em muita bons é desprezível,mas não metas tudo para o mesmo saco. E podes não ser como eles, mas isso não faz de ti melhor. Porque tens falhas noutros sítios.
    Os miúdos nessas idades estão num processo de introspecção, ainda estão a tentar entender o que estão aqui a fazer. É normal que cometam erros. É normal que se deixem influenciar, quando ainda não sabem bem que posição tomar acerca de alguns assuntos. Mas já fomos todos adolescentes.

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