caminhando sobre a água.. aguardando os raios do nascer do sol na minha cara.
sinto as tuas mãos frias tocarem-me no rosto. os teus lábios roxos aquecem-se nos meus.
o teu corpo gelado treme, e agarro-te da exaustão que água provocou em ti..
cabelo molhado, coração fraco..
tão frágil és nos meus braços..
flocos de neve caiem, enquanto cubro com o meu corpo o teu,
com o meu manto nos cobrimos...
arrasto-te na neve,
com dificuldade te arrasto para casa,
onde uma lareira te aguarda o corpo.
os teus peitos e as costelas gélidas,
ameaçam-me o coração, e o corpo forte e quente.
luto por ti.. nao te quero ver morrer.
Se morreres, quero ir contigo!
nao me deixes nesta fira montanha...
nao queiras ficar com os homens que lutaram para chegar até aqui..
nao caias..
o lume, aqueço-te agora.
por fim abres os olhos, a névoa desaparece...
olhas-me nos olhos, e deixas um beijo da montanha nos meus lábios..
cais no meu colo, de cabeça no ombro..
ombros que sustentaram amigos, e muitas batalhas..
esta é a terra onde nascemos!
esta foi a terra onde nos apaixoná-mos!
e onde ainda hoje cuido de ti e te amo..
Foi o aproximar da morte no inverno que nos juntou...
Estaremos para sempre em divida com a terra que nos acolheu!
e ao Deuz Tór pela força e bravura.
Thank you Mother Earth!
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Poema - Gélido Inverno [Cold Winter]
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