Errar, não é algo única e exclusivamente humano. A tão célebre frase "Errar é humano", é uma desculpabilização pelos erros que cometemos, desde os mais imperceptíveis ao mais graves. É um atenuar da culpa que sentimos, uma forma de "desvalorizar" o erro, que por sua vez torna a dor que sentimos em algo mais fácil de tolerar.
Errar, não é humano, é animal. Acham-se tão superiores aos animais, que eles não têm autorização para errar!? Porque se um cão morde, é abatido, se uma pessoa agiu mal e é despedida, é-lhe dado como consolo, a frase que aparece sobre à porta de entrada de cada sala de bloco operatório dos hospitais por todo o mundo. Tornamos fácil e fechamos os olhos, parte das vezes, a um problema que não deveria ser desculpável ou apaziguado por uma frase e alguns dias de sentimento de culpa. O que deveríamos fazer seria estudar o erro, decompô-lo, perceber onde se falhou, o que fizemos de mal e como o evitar. Mas o que é que as pessoas adoram fazer!? Atirá-los para trás das costas ou aparafusarem-se a eles durante alguns dias até se esquecerem de que alguma vez os cometeram.
Errar, no mundo animal, é inaceitável. Por essa razão, errar no mundo social, não deveria ser algo que se deixasse passar de forma tão fácil. É a errar que aprendemos, mas só aprendemos com a "infelicidade" se a olharmos de frente e a enfrentarmos. Não defendo a violência física ou verbal caso alguém erre, já é suficientemente mau errar, apesar de hoje em dia isso não ter valor nenhum a não ser pelo facto de vivermos em conjunto e não o de: sobrevivermos juntos. Os erros de uma pessoa não são esquecidos, mas se assim fosse o caso, todos os adolescentes de hoje jamais arranjariam um emprego, amizades com valor ou respeito por todos os outros com quem se cruzam, obrigatoriamente ou não.
Não errar, e não deixar que se erre, nas coisas mais simples e "óbvias", é o mesmo que negar a aprendizagem e a evolução psicológica de um ser, é estar a proteger o animal de todo o mundo de possibilidades, de acontecimentos importantes que deveriam ser enraizados ou sentidos. Se nos tornarmos todos Pais e Mães galinhas, os nossos filhos e também as outras pessoas, acabaram por nunca saber o que é tentar ou arriscar por terem medo de errar. "Proibir" que alguém erre é o mesmo que exigir que todos sejamos perfeitos, que estejamos sempre a agir bem, da forma mais correcta, que nunca haja guerras sociais, que as amizades sejam verdadeiras, que as mulheres não sejas cabras e os homens uns cabrões. Mas esperar que alguém não erre e esperar que toda a gente seja "perfeita"...
Os animais evoluem através da tentativa e erro. É dessa maneira que guardam na memória o que devem evitar fazer se quiserem continuar vivos.
Errar não é humano, faz parte da evolução de toda a espécie animal e vegetal. Errar pode ser fatal, mas se for usado com inteligência analítica poderá ser algo extraordinário. Sempre foi assim que a ciência e a tecnologia evoluíram, e grande parte das experiências poderiam ter um fim trágico.
Não facilitemos o incómodo que nos vai na cabeça depois de um erro, com uma frase pseudo-reconfortante, só porque as pessoas não sabem ou não conseguem valorizar uma falha sua o suficiente para entenderem que elas não falharam mas que criaram uma oportunidade de aprender.
É através do erro que procuramos a perfeição e o aperfeiçoamento. Nós, animais, não erramos, aprendemos uma nova maneira de nos adaptarmos ao ambiente e a sobreviver, e só o simples facto de continuarmos vivos depois de sairmos de um rio onde a água nos chegava pelo pescoço e os crocodilos nos tentavam abocanhar, deveria servir de motivação para continuarmos a correr da morte e do azar. Devemos evitar errar, mas se errarmos, que estejamos preparados para o compreender e resolver.
No entanto, se todo o planeta enfrenta-se uma extinção em massa, o acontecimento visto de Marte passaria despercebido, tornando-se assim, todos os erros que cometemos, em absolutamente nada.
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O importante, é descobrires que o podes fazer...
Evoluímos ou Evoluímos-nos?
É um design optimizado...
O fogo esquecido...
Moralmente incorrecto...
Errar, no mundo animal, é inaceitável. Por essa razão, errar no mundo social, não deveria ser algo que se deixasse passar de forma tão fácil. É a errar que aprendemos, mas só aprendemos com a "infelicidade" se a olharmos de frente e a enfrentarmos. Não defendo a violência física ou verbal caso alguém erre, já é suficientemente mau errar, apesar de hoje em dia isso não ter valor nenhum a não ser pelo facto de vivermos em conjunto e não o de: sobrevivermos juntos. Os erros de uma pessoa não são esquecidos, mas se assim fosse o caso, todos os adolescentes de hoje jamais arranjariam um emprego, amizades com valor ou respeito por todos os outros com quem se cruzam, obrigatoriamente ou não.
Não errar, e não deixar que se erre, nas coisas mais simples e "óbvias", é o mesmo que negar a aprendizagem e a evolução psicológica de um ser, é estar a proteger o animal de todo o mundo de possibilidades, de acontecimentos importantes que deveriam ser enraizados ou sentidos. Se nos tornarmos todos Pais e Mães galinhas, os nossos filhos e também as outras pessoas, acabaram por nunca saber o que é tentar ou arriscar por terem medo de errar. "Proibir" que alguém erre é o mesmo que exigir que todos sejamos perfeitos, que estejamos sempre a agir bem, da forma mais correcta, que nunca haja guerras sociais, que as amizades sejam verdadeiras, que as mulheres não sejas cabras e os homens uns cabrões. Mas esperar que alguém não erre e esperar que toda a gente seja "perfeita"...
"In the right situation, we are all capable of the most terrible crimes. To imagine a world where this was not so, where every crisis did not result in new atrocities, where every newspaper is not full of war and violence. Well, this is to imagine a world where human beings cease to be human." - Quote from The InvasionUma gazela que come num prado verde e se esquece de levantar a cabeça para vigiar o horizonte dos predadores, está a falhar na sua própria segurança. Está a cometer um erro que lhe poderá custar a própria vida e, de uma perspectiva futura, a de uma inteira árvore genealógica.
Os animais evoluem através da tentativa e erro. É dessa maneira que guardam na memória o que devem evitar fazer se quiserem continuar vivos.
Porque se todos tivéssemos de fazer tudo de novo, de errar onde os outros erraram, de errar onde os nossos pais, amigos e familiares erraram, a palavra evolução não faria sentido. Não faria sentido porque nunca existiria. Aconteceria connosco o que acontece hoje com muitas espécies que existem neste planeta. A única coisa com o qual os animais podem contar é a sua própria memória. Mas a memória só é construída através das experiências. Experiências que foram vividas pelos próprios, como acontece com todas as tartarugas, ursos e leões depois de abandonarem a progenitora.Porque haveremos de ter tanto medo de errar se é a única coisa que nos permite conquistar? Errar é mau, dependendo da perspectiva, mas é algo deveríamos ensinar aos nossos filhos como algo saudável e não horrível. Deveríamos ensinar-lhes a ver o problema de várias formas e não apenas como um espinho que nos mói a cabeça dias e noites. Porque se eles não conseguirem compreender o erro, como poderão saber resolvê-lo? A interpretação das coisas que nos rodeiam, ajuda-nos a trabalhar melhor com aquilo que temos à mão. É como tentarmos apanhar peixes com um pau que não foi afiado na ponta. Se decompusermos o erro que estamos a cometer ou que cometemos, perceberíamos de que se a ponta fosse composta por um conjunto de espinhos compridos ou um bico afiado, deixaríamos de errar para passarmos a ter sucesso. Nessa altura, errar não seria relevante, apenas a inovação teria importância, pois foi ela que nos fez e moldou. Muitos até diriam, que aquele feito só poderia ter sido conseguido por um humano. "Inovar é humano". Não é. Polvos e macacos conseguem superar crianças de até 8 anos. Tal como abordo em "O que faz dos humanos, humanos?" e "Animais espelhados como humanos...".
Nós não somos fracos por errarmos. Não somos horríveis por cometer erros estúpidos ou inconscientes. Somos animais que têm sorte em não viver na selva. Se vivêssemos, mais de 90% de nós estaria com a cara e o corpo cheio de cicatrizes causadas pelos erros que criámos durante a nossa vida. Provavelmente mais de metade de nós não existiria hoje e muito menos sobreviveria à adolescência.
Em O importante, é descobrires que o podes fazer...
Errar não é humano, faz parte da evolução de toda a espécie animal e vegetal. Errar pode ser fatal, mas se for usado com inteligência analítica poderá ser algo extraordinário. Sempre foi assim que a ciência e a tecnologia evoluíram, e grande parte das experiências poderiam ter um fim trágico.
“I have not failed. I've just found 10,000 ways that won't work.” ― Thomas Edison
Não facilitemos o incómodo que nos vai na cabeça depois de um erro, com uma frase pseudo-reconfortante, só porque as pessoas não sabem ou não conseguem valorizar uma falha sua o suficiente para entenderem que elas não falharam mas que criaram uma oportunidade de aprender.
É através do erro que procuramos a perfeição e o aperfeiçoamento. Nós, animais, não erramos, aprendemos uma nova maneira de nos adaptarmos ao ambiente e a sobreviver, e só o simples facto de continuarmos vivos depois de sairmos de um rio onde a água nos chegava pelo pescoço e os crocodilos nos tentavam abocanhar, deveria servir de motivação para continuarmos a correr da morte e do azar. Devemos evitar errar, mas se errarmos, que estejamos preparados para o compreender e resolver.
No entanto, se todo o planeta enfrenta-se uma extinção em massa, o acontecimento visto de Marte passaria despercebido, tornando-se assim, todos os erros que cometemos, em absolutamente nada.
Se nos privarmos das experiências e do auto-conhecimento, o que nos resta? No que nos tornamos? - Em Moralmente incorrecto...
"A person who never made a mistake never tried anything new." - Albert Einstein
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O importante, é descobrires que o podes fazer...
Evoluímos ou Evoluímos-nos?
É um design optimizado...
O fogo esquecido...
Moralmente incorrecto...
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