segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Se precisares de mim...



Abro os meus braços e deixo que caias no meu peito. Agarras-me, envolvo-te e choras. Conheces de cor a maneira como os meus braços te tocam no corpo e isso deixa-te ainda mais triste. Cais tanta vez junto de mim, que julgas já não saber fazer mais nada a não ser chorar, dos erros, e depender de mim para te limpar as lágrimas.
Dizes-me então que não és fraca e que não precisas de mim, mas não falas das coisas e isso envenena-te por dentro, destruindo a fraca confiança que tens de ti mesma.
Os abraços já não chegam; Nem as palavras, nem a minha presença, o ramo de flores e o bilhete surpresa. Isolaste do mundo. Pões uma máscara dos "dias tristes" e deixas-te ficar na cama, a soluçar entre lençóis que falsificam o calor do meu corpo e a força dos meus braços.
Uma e outra vez, perdes o equilíbrio e precisas de mim, do meu ombro, para que voltes a olhar para cima. Aprender que se caíres sete vezes te levantas oito.
Este sorriso que trago comigo, não é um gozo do teu sofrimento, é o meu amor por ti, que te espera para poder proteger e ajudar a ultrapassar mais um degrau na aventura a que chamas inferno.

Se precisares de mim, não precisas de correr à minha procura, estou mesmo ao teu lado, onde sempre estive e onde sempre estarei. Decidas o que decidir, erres o que errar ou desesperes pela dor que aperta o peito, eu estarei aqui, para te ouvir, para te apoiar, para te ajudar a crescer.

A solidão é um buraco escuro que deves aprender a controlar.

Abraça-me.

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