Quem trabalha e faz trabalhos com madeira, costuma dizer que a madeira dará o objecto para o qual nasceu para ser.
Nesta pequena curta-metragem, um objecto de madeira com características humanizadas, cria um retrato do seu oposto.
O ponto importante neste pequeno filme, não é apenas o facto de ensinar de uma forma muita fácil e transparente, que não devemos mudar ou moldar à força quem amamos, mas sim também, a razão de um objecto criado "humano" ser capaz de criar através da sua imaginação, sonhos e fantasias, o seu oposto. Um oposto que nunca viu e que nunca conheceu.
É então razão para dizer e constatar, que apesar de nunca termos visto algo, não quer dizer que não exista ou que não possa ser inventado. Mas isso significa que a ideia "abstracta", foi-nos implantada através de "poder divino", ou foi algo que realmente teve origem nas profundezas da nossa mente?
Sendo todos os animais capazes de sonhar, de recordar, de reconhecer e se adaptar, mesmo que apenas psicologicamente, significa que são também eles criadores de ideias abstractas? De dar origem na sua mente, no céu cérebro consciente, imagens que nunca viram?
Existe uma espécie de macacos, capaz de criar/inventar, desenvolver e aperfeiçoar ferramentas. Mas segundo os cientistas, têm dificuldade em passar à geração seguinte essa informação. Será, porém, que a sua capacidade "única" de transpor fisicamente uma ideia inexistente na matéria do cosmos, ser de origem divina e não através de um processo evolutivo no qual teve origem, não só o seu instinto de sobrevivência que obrigou a desenvolver planos de fuga ou de conseguir visualizar antecipadamente a sua rota de fuga, mas também em tornar eficaz uma tarefa? Como comer ou correr?
Não é no fundo, no fim e ao cabo, a evolução, uma construção, degrau a degrau de inovações? De uma melhor capacidade de previsão de uma acção, como por exemplo do tempo ou de um trajecto de fuga entre uma densa floresta?
Não é também uma evolução psicológica e emocional de ideias e pensamentos? Que de geração em geração se tornam mais nítidas e fáceis de compreender?
Significa então que é o nosso cérebro que nos adapta? Que não é a exigência do ambiente mas a capacidade que todos os seres vivos são capazes de objectivar, planificar e criar do nada, uma solução e/ou uma alternativa para aquilo que vêm?
Colour is in the eye of the beholder
Horizon - Do You See What I See (Part 1)
Horizon - Do You See What I See (Part 2)
Horizon - Do You See What I See (Part 3)
Horizon - Do You See What I See (Part 4)
Segundo o documentário "Do You See What I See" produzido pela BBC Horizon, as cores que o nosso cérebro consegue ver, encontram-se ligadas ao nosso vocabulário. Quanto mais nomes formos capazes de dar a cada cor, melhor será a sua visualização.
Comprovando que não é o ambiente que nos evolui, mas a mente.
Sendo então a resposta a uma pergunta que nunca foi feita e que por essa razão não existe:
Colour is in the eye of the beholder
Horizon - Do You See What I See (Part 1)
Horizon - Do You See What I See (Part 2)
Horizon - Do You See What I See (Part 3)
Horizon - Do You See What I See (Part 4)
Segundo o documentário "Do You See What I See" produzido pela BBC Horizon, as cores que o nosso cérebro consegue ver, encontram-se ligadas ao nosso vocabulário. Quanto mais nomes formos capazes de dar a cada cor, melhor será a sua visualização.
Comprovando que não é o ambiente que nos evolui, mas a mente.
Sendo então a resposta a uma pergunta que nunca foi feita e que por essa razão não existe:
Só somos de capazes de manipular o que nos rodeia, quando formos capazes de o entender? Quando consciencializarmos intrinsecamente que uma pedra não é só uma pedra, mas uma ferramenta de caça?
Que um conjunto delas não servirão apenas para enterrar os mortos, mas também para edificar um abrigo contra o vento, a chuva e o frio?
Só avançamos na árvore da evolução, quando na nossa mente der algum tipo de "clique"?
Explicar psicologicamente, a capacidade que este objecto humanizado teve para criar alguém seu semelhante, torna-se difícil, a partir do momento em que tento perceber de onde e como surgem os meus sonhos, principalmente aqueles que nunca vivi. Isso não é capacidade de projectar um pensamento no futuro, é algo muito mais.
Se mudar alguém não deve ser um objectivo da cara metade, melhorá-la não será a mesma coisa? E se então não há maneira de duas pessoas interagirem de forma positiva, isso impõe duas questões.
A alma gémea não se tornará com o tempo, um aborrecimento? Porque, se gostam de "tudo" e fazem "tudo". Esse entusiasmo e todas essas experiências têm uma razão para existir? Não evoluímos através da partilha de informação e da educação dos iliterados?
Como poderão duas pessoas conviveram se a maneira como vêm e sentem o mundo não pode ser aproximada através de um melhoramento da psicologia do outro? Se não há partilha, se as arestas não são limas, como poderão duas peças coe-existir? Não está em causa a leia da atracção, mas a capacidade emocional, mais do que psicológica, de suavizar as nossas decisões, ideias e opiniões.
Mas... significa então que deixaríamos de ser nós mesmos, apenas e só para um "bem maior"? E neste caso, o que está em casa? A sobrevivência da espécie ou uma escolha emocionalmente egocêntrica e instintivamente social?
Somos grupos ou formamos grupos?
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