domingo, 27 de outubro de 2013

Descobri o som que me acalma...



Liguei a torneira da água quente e temperei com a fria. Devagar deixei o meu cabelo molhar-se e o meu corpo cobrir-se por uma fina camada de aconchego. Uma massagem à muito esperada. Coloquei o cabelo para trás, fora da minha cara e tapei os ouvidos, e fechei os olhos. Comecei a ouvir a chuva e o som de forte que parecia um comboio pesado a aproximar-se. Como um gutural vibrante. Um silêncio vindo do espaço.

Descobri o som que me acalma... um som da chuva que se mistura com o correr do sangue nas minhas orelhas. Uma concha que me canta o som do abraço mais reconfortante, que me torna melancólico. Nesse momento tão único, o meu cérebro tem tempo para pensar, ser e observar o mundo que tendo em esquecer na escuridão e profundeza do meu ser.

Fecha os olhos e ouve...

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